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O modelo cognitivista ocupa-se dos processos centrais internos que se dão em relação ao
conhecimento, levando em conta, portanto, o sujeito, o interno, bem como a interação com o
meio ambiente. Considera a ação do indivíduo dirigida a um fim, isto é, leva em conta a
intencionalidade do sujeito. É a consciência que atribui significado aos objetos e situações.
Jerome Bruner
Bruner divulgou o método de aprendizagem por descoberta após observar muitos educadores
trabalhando. Concluiu que a aula expositiva, em que o professor traz tudo pronto não é tão
eficaz como aquela em que o professor lança problemas ou questões para o aluno resolver,
discutindo com ele as alternativas apresentadas. Para o professor esta abordagem exige
conhecimento profundo de sua matéria, além de competência, flexibilidade para caminhar
com seus alunos.
Para Ausubel a cognição é o processo através do qual o mundo de significados tem origem. À
medida que o ser se situa no mundo, estabelece relações de significação; os significados são
pontos de partida para a atribuição de outros significados. Tem origem, então, a estrutura
cognitiva ( os primeiros significados), constituindo-se nos “pontos básicos de ancoragem” dos
quais derivam outros significados.
Assim, Ausubel propõe a aprendizagem receptiva, o que não quer dizer passiva; o aluno atua
mentalmente sobre o novo material estabelecendo relações. Ao ensinar, o professor deve
trabalhar com as estruturas conceituais de sua disciplina, a que ele chama de hierarquias
conceituais, como um processamento de informações que deve ser ensinado ao aluno, seja
cognitivo, seja afetivo ou psicomotor.
Jean Piagget
Considerando o fato de que a lógica não é inata, mas que se constrói, a primeira tarefa
da educação deveria consistir em formar o raciocínio. Piaget declara que:
Todo ser humano tem o direito de ser colocado, durante a sua formação, em um meio
escolar de tal ordem que lhe seja possível chegar ao ponto de elaboração, até à conclusão,
dos instrumentos indispensáveis de adaptação que são as opera¬ções da logica. (l973f, p.
38)
Uma educação assim concebida é a que procurará pro¬vocar nos alunos, constantemente,
busca de novas soluções, criar situações que exijam o máximo de exploração por parte deles
e estimular as novas estratégias de compreensão da realidade.
A escola, dessa forma, deveria dar a qualquer aluno a possibilidade de aprender por
si próprio, oportunidades de investigação individual, possibilitando-lhe todas as tentati¬vas,
todos os tateios, ensaios que uma atividade real pres¬supõe. Isso implica diretamente que a
motivação não ve¬nha de fora, mas lhe seja intrínseca, ou seja, da própria capacidade de
aprender, para que se torne possível a cons¬trução de estruturas do ponto de vista endógeno.
No Brasil suas idéias tiveram difusão na década de 70, em confronto direto com as
idéias Comportamentalistas (behaviorismo), que teve em Skinner um de seus principais
representantes. Rogers é considerado um representante da corrente humanista, não diretiva,
em educação. Rogers concebe o ser humano como fundamentalmente bom e curioso, que,
porém, precisa de ajuda para poder evoluir. Eis a razão da necessidade de técnicas de
intervenção facilitadoras.
O rogerianismo na educação, aparece como um movimento complexo que implica
uma filosofia da educação, uma teoria da aprendizagem, uma prática baseada em pesquisas,
uma tecnologia educacional e uma ação política. Ação política, no sentido de que, para
desenvolver-se uma educação centrada na pessoa, é preciso que as estruturas da instituição
escola mudem.
" Por aprendizagem significativa entendo uma aprendizagem que é mais do que uma
acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca uma modificação, quer seja no
comportamento do indivíduo, na orientação futura que escolhe ou nas suas atitudes e
personalidade. É uma aprendizagem penetrante, que não se limita a um aumento de
conhecimentos, mas que penetra profundamente todas as parcelas da sua existência."
Rogers, in Tornar-se Pessoa, 1988, editora Martins Fontes.