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Análise crítica ao Modelo de Auto – Avaliação das Bibliotecas escolares

Práticas e Modelos de Auto – Avaliação das Bibliotecas Escolares no


contexto da Escola / Agrupamento

3ª Sessão – 2ª tarefa

Análise crítica ao Modelo de Auto - Avaliação das Bibliotecas Escolares

1. O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de


melhoria. Conceitos implicados.

“…Visa constituir-se como um instrumento pedagógico e de melhoria contínua


que permita aos Directores de Estabelecimento e aos professores bibliotecários
avaliar o trabalho da biblioteca escolar e o impacto desse trabalho no funcionamento
global da escola e nas aprendizagens dos alunos.” (RBE)

Será difícil não estar de acordo com este parágrafo visto que o mesmo resume no
essencial, os objectivos que regulam o modelo de Auto – Avaliação da RBE : o que se
pretende é avaliar para melhorar e crescer.
A elaboração e aplicação de um modelo de auto-avaliação das Bibliotecas
Escolares do país, resultou da análise do modelo utilizado nas bibliotecas escolares
inglesas e da adequação à realidade nacional, que propôs uma abordagem qualitativa,
orientada para uma análise dos processos e dos resultados e numa perspectiva
formativa, permitindo identificar pontos fracos e fortes , estabelecendo prioridade e
linhas de acção realistas que conduzem à mudança, numa procura incessante da
qualidade.
A RBE, devido aos anos da sua existência, tornou pertinente proceder a uma
avaliação do trabalho das bibliotecas escolares que fazem parte da Rede,
perspectivando os seus pontos fracos e fortes e aferindo o seu impacto junto dos alunos
e das suas aprendizagens, tal como é referido no documento do modelo.

Os conceitos e as ideias-chave que alicerçam a construção e a aplicação deste modelo


são:
A noção de valor – uma biblioteca bem apetrechada e agradável só tem
valor se for efectivamente usada pelos diferentes utilizadores nos vários

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domínios que caracterizam a missão para os quais ela foi criada e se for
eficaz na evolução no ensino – aprendizagem e no desenvolvimento de
competências.
A noção de que a auto – avaliação deve ser encarada no todo da escola
como uma necessidade própria e não como algo imposto do exterior, do
qual todos irão beneficiar.
A noção de flexibilidade este documento poderá e deverá ser adaptado à
realidade de cada escola e de cada BE.
A noção de exequibilidade e integração nas rotinas de gestão da equipa da
BE, a auto – avaliação não deverá apresentar-se como uma tarefa acrescida
mas sim como uma prática habitual.

É um modelo baseado na recolha sistemática de evidências que nos permitirão


estabelecer um foco estratégico e centrar os nossos objectivos na consecução de
alterações qualitativas, nas aprendizagens e no desempenho dos nossos utilizadores.

2. Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as Bibliotecas


Escolares

“ A avaliação centra-se no impacto qualitativo da biblioteca, isto é, na aferição das


modificações positivas que o seu funcionamento tem nas atitudes, valores e
conhecimentos dos utilizadores.” ( Texto da Sessão, p. 4)

É importante centrar a avaliação, não somente em termos de gestão da BE, da


colecção existente , do orçamento, staff (imputs), mas essencialmente na aferição das
modificações positivas. Por outro lado esta auto – avaliação pressupõe o envolvimento
da comunidade educativa.
Não tem havido grande prática na aplicação de estratégias de avaliação na BE,
mais concretamente no que diz respeito à avaliação dos benefícios da acção da BE nas
práticas educativas e nas aprendizagens dos alunos, ou seja, uma prática centrada no
impacto qualitativo da biblioteca.
A criação de um Modelo para avaliação das bibliotecas escolares permite dotar
os agrupamentos/ bibliotecas de um quadro de referência e de um instrumento que lhes
permite a melhoria contínua da qualidade, a busca de uma perspectiva de inovação. Esta

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transformação da BE só poderá ser feita através da recolha de evidências, nos vários


domínios da auto - avaliação.

3. Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.

O modelo de auto – avaliação da BE está dividido em quatro domínios: A-


Apoio ao Desenvolvimento Curricular; B – Leitura e Literacia ; C – Projectos, Parcerias
e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade; D – Gestão da Biblioteca Escolar.

Após uma primeira leitura os quatro domínios não levantam quaisquer dúvidas
quanto à sua pertinência e influência no cumprimento da missão da BE. Este modelo
preconiza a avaliação de quatro áreas essenciais da biblioteca em quatro anos, tendo a
professora bibliotecária que seleccionar anualmente o domínio a ser objecto de
aplicação dos instrumentos. O facto de anualmente a auto – avaliação incidir apenas
num dos domínios, parece-me ser uma mais valia, pois o modelo é bastante exaustivo,
se pensarmos nas propostas de análise das planificações das várias estruturas de
coordenação pedagógica( departamentos, conselhos de docentes, conselhos de turma,
programação de apoio às áreas de projecto…), apoio às TIC, questionários a alunos e
professores, elaboração de grelhas de observação / gráficos, participação no PTE,
PNL… De certeza que haverá falta de tempo e de recursos humanos para concretizar
todas estas actividades. Esta avaliação pressupõe , à partida , um esforço acrescido ao
trabalho da professora bibliotecária, contrariamente ao que é sugerido no Modelo. Um
dos aspectos que me chamou a atenção foi que a aplicação do modelo reside na
necessidade de envolver todos e de fazer sentir em todos a importância da avaliação da
BE. A maior parte dos professores vê a biblioteca e a equipa apenas como um recurso
que está disponível para todo o serviço. E sempre que os alunos conquistam resultados
satisfatórios com os trabalhos realizados na BE, raramente os professores atribuem este
sucesso à BE, mas somente a si próprios e aos alunos. O hábito de trabalho em parceria
dos professores com a BE não está implementado na nossa escola, facto que condiciona
significativamente a aplicação do modelo. O modelo também é único para todo o país e
certamente haverá diferenças entre as bibliotecas escolares, nem todas se encontrão em
igual nível de desenvolvimento. Além de que este modelo é único para os vários níveis
de ensino, que são muito diferentes.

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No que se refere, ainda aos domínios: a promoção da leitura e das literacias e o


apoio ao desenvolvimento curricular, provavelmente seria mais viável e funcional avaliá
– los num só domínio, na medida em que os mesmos possuem pontos comuns e as
actividades promovidas pela biblioteca geralmente estão integradas no
desenvolvimento curricular e muitas vezes com o apoio das docentes.

4. Integração/Aplicação à realidade da escola

O modelo de auto – avaliação das bibliotecas escolares integra-se nas mudanças


organizacionais das escolas. O processo de aplicação deste modelo de auto – avaliação
tem de ser conhecido, desenvolvido e aplicado por toda a equipa da BE. A aplicação do
modelo tem de estar directamente ligada ao processo de planeamento da BE, que deve
corresponder ao timing, objectivos propostos e estratégias definidas pelo agrupamento.
As decisões a tomar devem basear-se nas evidências e informação recolhidas, mas
devem sempre ter em conta o ambiente interno e externo em que está inserida :
oportunidades e ameaças, prioridades da escola, adequação aos objectivos e estratégias
do ensino – aprendizagem. A auto – avaliação da biblioteca escolar deve estar ligada
ao processo de auto - avaliação da escola, visto que a mesma é um recurso e uma
estrutura técnico – pedagógica da própria escola.

“O modelo indica o caminho, a metodologia, a operacionalização. A obtenção da


melhoria contínua da qualidade exige que a organização esteja preparada para a
aprendizagem contínua. Pressupõe a motivação individual dos seus membros e a
liderança forte do professor coordenador, que tem de mobilizar a escola para a
necessidade e implementação do processo avaliativo.” (Texto da sessão, p.7)

5.Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua


aplicação

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The school librarian “ joins with teachers and others to identify links across
student information needs, curricular content learning outcomes , and a wide variety of
print, nonprint, and electronic information resources.”(Einsenberg,2002)

Segundo as palavras de Mike Einsenberg, o professor bibliotecário deverá aliar-


se aos restantes professores para solucionarem as necessidades de informação dos
alunos, articulando conteúdos curriculares , educativos e os recursos impressos , não
impressos e electrónicos existentes na BE.
O professor bibliotecário deve ser um professor especialista em literacia da
informação e um parceiro dos outros professores. Enquanto professor , colabora com os
alunos e outros utilizadores analisando a aprendizagem e as necessidades de
informação, localizando a disponibilizando recursos que satisfaçam essas necessidades e
comunicando a informação e que os recursos fornecem.
No ponto de vista de Eisenberg ( 2002) e do texto da sessão(p. 8), o professor
bibliotecário deve evidenciar as seguintes competências:

Ser um comunicador efectivo;


Ser um especialista da informação;
Ser proactivo;
Saber exercer influência junto dos professores e do director;
Ser um administrador de programas e um gestor /promotor de serviços de
aprendizagem e de recursos;
Saber estabelecer prioridades;
Ser promotor dos serviços e dos recursos;
Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola
Trabalhar em articulação com a comunidade educativa.

O professor bibliotecário deverá ter uma capacidade de liderança associada a


uma visão de gestão estratégica determinantes para o sucesso da implementação de um
processo de avaliação. Assim sendo o professor bibliotecário deverá articular uma visão
estratégica com uma agenda, gerir estrategicamente articulando a sua gestão com as
prioridades e objectivos da escola; promover uma cultura de avaliação e comunicar
continuamente com a comunidade educativa. Ao professor bibliotecário “Cabe-lhe,

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como Todd (2001) refere, transformar a biblioteca escolar em “espaço de conhecimento,


por oposição a um espaço de informação”.

No entanto é de recordar que a auto-avaliação da biblioteca “não é um fim em si


mesma. É um processo de melhoria que deve facultar informação de qualidade capaz de
apoiar a tomada de decisão.” (Texto da sessão, p. 9)

Bibliografia

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Texto da sessão “O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:


problemáticas e conceitos implicados”

Eisenberg, Michael & Miller, Danielle (2002) “This Man Wants to Change Your Job”,
School Library Journal. 9/1/2002
<http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html> [5/11/2009].

Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based
practice”. 68th IFLA Council and General Conference August.
<http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119e.pdf> [6/11/2009].

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação – Instrumentos


de recolha de dados, disponível em: http://www.rbe.min-edu.pt/np4/427.htlm

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2ª parte da tarefa : Seleccione o contributo de um dos seus colegas e faça um


comentário fundamentado à análise efectuada

De todos os trabalhos que li considero que todas as questões neles levantadas


são pertinentes. Todos concordamos com a importância da aplicação deste modelo de
auto avaliação, apesar de considerá-lo demasiadamente exaustivo. É um modelo que
permite demonstrar a importância da BE na comunidades escolar. No entanto é
necessário o trabalho conjunto com todas as estruturas escolares para que este modelo
possa ter sucesso. Este documento da auto- avaliação vai ajudar o professor
bibliotecário a planear as suas actividades e a definir o seu papel na organização e
gestão da informação é um instrumento que permite a melhoria contínua da qualidade.

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Após a análise da literatura disponibilizada sobre o assunto tenho que


manifestar uma certa insegurança e incapacidade no que diz ao domínio das
competências exigidas ao professor bibliotecário. Penso que só com formação adequada
e muito apoio da comunidade educativa será possível a implementação do processo de
auto – avaliação. Além de que devo dar continuidade ao trabalho já desenvolvido nas
BEs na promoção da leitura , no desenvolvimento das aprendizagens e na dinamização
de actividades extra curriculares e de integração na comunidade.

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