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PAREDES 

Paredes, 15 de Dezembro 2009 

COMUNICADO À IMPRENSA 
 

Primeiro‐Ministro nomeou seu “assessor para a Educação” o candidato derrotado em 
Paredes que passou a campanha a dizer mal da política educativa do Governo 

APÓS DERROTA HUMILHANTE NAS AUTÁRQUICAS, 
ARTUR PENEDOS VOLTA A SER NOMEADO POR 
SÓCRATES E A VIRAR AS COSTAS A PAREDES 
VEREADOR DO PS QUE ACUSA PSD DE “ASFIXIA DEMOCRÁTICA” É O MESMO QUE COMPROU 
OS JORNAIS DE PAREDES ANTES DA CAMPANHA ELEITORAL 

Passadas as Eleições Autárquicas de 11 de Outubro, em Paredes, que deram a Celso Ferreira e 
ao  PSD  a  maior  votação  de  sempre  de  um  candidato  ou  partido  político  no  concelho  (pela 
primeira  vez  mais  de  30  mil  votos)  e  ao  PS  um  dos  piores  resultados  de  sempre,  o  Partido 
Socialista acaba de dar mais um exemplo de desprezo por Paredes e pelos seus eleitores. 

Com efeito, o candidato do PS, Artur Penedos, tem faltado de forma sistemática às reuniões 
de  Executivo,  fazendo‐se  substituir  por  outro  vereador  e  faltando  desse  modo  à  sua  própria 
palavra, quando afirmou que assumiria o cargo de vereador e jurou cumprir as suas funções. O 
“desaparecimento”  de  Artur  Penedos,  cabeça  de  lista  do  PS,  das  reuniões  de  Câmara, 
aconteceu  depois  de  ter  sido  noticiado  por  um  jornal  nacional  que  teria  sido  nomeado  pelo 
Primeiro‐Ministro para seu assessor. 

A  atitude  de  desprezo  de  Artur  Penedos  pelo  cargo  que  lhe  foi  instituído  em  Paredes  não  é 
nova.  Afinal,  o  candidato  do  PS  é  recorrente  quer  nas  derrotas  quer  nas  faltas  a  sessões 
camarárias. Contudo, a Comissão Política do PSD de Paredes não pode deixar de denunciar o 
extremo populismo e a despudorada hipocrisia que constitui a nomeação de Artur Penedos 
para assessor do Primeiro‐Ministro para a área da Educação. 

Na  verdade,  durante  a  campanha  eleitoral,  o  candidato  do  PS  não  soube  fazer  mais  do  que 
insultar  a  política  educativa  do  Governo,  renegando  a  Carta  Educativa  de  Paredes,  apontada 
como  “paradigma”  do  investimento  na  educação  pela  então  ministra  do  Governo  de  José 
Sócrates. O PSD classifica como “muito estranho” o comportamento do Governo ao nomear 
Artur Penedos, de novo, para o Gabinete do Primeiro‐Ministro, depois do mesmo ter feito do 
insulto pessoal e do jogo de influência a sua linha de actuação na campanha em Paredes. 

  
                                                

PAREDES 

Foram  públicas  as  situações  relatadas  pela  imprensa  nacional,  como  as  tentativas  de 
condicionamento  da  liberdade  de  imprensa  local  e  o  uso  das  suas  influências  no  Estado,  no 
Governo e mesmo em empresas públicas como a REN, para “garantir” benesses eleitorais. Os 
paredenses  que  deram  maioria  absoluta  ao  PSD  e  a  Celso  Ferreira  ainda  se  lembram  das 
lamentáveis promessas eleitorais de Artur Penedos, envolvendo membros do Governo, com 
a  suposta  oferta  de  ambulâncias  do  INEM  e  Esquadras  de  Polícia  para  Paredes  em  plena 
campanha  eleitoral,  e  mesmo  a  retirada  de  linhas  de  alta‐tensão  da  REN,  prometida 
após reunião com o seu irmão José Penedos, então ainda Presidente do Conselho de 
Administração daquela empresa pública. 

VEREADOR QUE ACUSA PSD DE “ASFIXIA DEMOCRÁTICA” É UM 
DOS ELEMENTOS DA LISTA DO PS QUE COMPROU JORNAIS DE 
PAREDES ANTES DA CAMPANHA ELEITORAL 
O  PSD  de  Paredes  foi  ainda  confrontado  esta  semana  por  dois  comunicados  do  PS,  onde 
Alexandre Almeida assume, aparentemente, o lugar de Artur Penedos, acusando o presidente 
da Câmara de “asfixia democrática”. Em causa a decisão do Executivo liderado legitimamente 
por Celso Ferreira ter decidido intercalar as reuniões de Câmara públicas com sessões privadas 
–  como aliás acontece em praticamente todas as 308 autarquias do país  – e o facto de 
não lhe ter sido disponibilizado um lugar de estacionamento na garagem da Câmara (!!!). 

O  aparente  ridículo  das  acusações  do  vereador  do  PS  assume,  contudo,  um  carácter  mais 
grave, se recordarmos a lamentável e recente história da propriedade dos jornais de Paredes. 
Segundo  a  imprensa  nacional,  tais  jornais  foram  comprados,  antes  das  eleições  autárquicas, 
por  elementos  da  candidatura  do  PS.  Decorrem,  contra  o  PS  e  contra  os  referidos  jornais 
vários  processos  por  violação  da  Lei  Eleitoral  e  por  condicionamento  da  liberdade  de 
imprensa, conforme o oportunamente denunciado pelo PSD, junto da CNE e da ERC. 

Se recordarmos notícias sobre o assunto publicadas na imprensa nacional de referência (p.ex. 
Diário de Notícias – 5 de Setembro de 2009 ‐ “Candidatura de Assessor de Sócrates compra 
dois  jornais”),  veremos  que  a  empresa  Alexandre  Almeida,  Contabilidade  e  Consultadoria 
Lda,  de  que  é  proprietário  precisamente  o  vereador  Alexandre  Almeida,  está  entre  os 
accionistas da sociedade que adquiriu os referidos jornais, a UNI, S.A. 

Se  Artur  Penedos  falta  às  reuniões  de  Câmara,  ao  seu  sucessor  parece  faltar  decoro  quando 
acusa o PSD de “asfixia democrática” a propósito de um lugar de garagem e de Celso Ferreira 
ter tomado a decisão de tornar públicas 50% das reuniões do Executivo, conforme o previsto 
na Lei e praticado em todo o país, sabendo‐se que é pública a sua posição accionista na UNI e 
conhecendo‐se o comportamento dos jornais de que é proprietário. 

  

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