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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PROFESSOR DELFIM SANTOS

4.ª sessão

Tarefa 2
1.ª Parte
1. Faça uma análise à realidade da sua escola e à capacidade de resposta ao
processo e identifique os factores que considera inibidores do mesmo.
2. Delineie um plano de acção que contemple o conjunto de medidas
necessárias à alteração da situação e à sua consecução com sucesso.

Atrevo-me a afirmar que a BE da minha escola (como muitas outras, penso eu)
«…é encarada como um anexo da escola, quando na verdade, ela deveria ser a sua
alma», como refere Sanches Neto (1998), a propósito das bibliotecas escolares.
Importa referir que só desde 2006/2007 exerço funções neste Agrupamento, a
cujo quadro pertenço, e que este é o primeiro ano de coordenação nesta BE, não
tendo sequer pertencido à equipa.

Ao longo destes anos lectivos, o trabalho desenvolvido pela BE do Agrupamento


focalizou-se sobretudo em projectos de leitura, estabelecendo-se uma relação
próxima entre a BE e os professores que estavam intimamente ligados com esses
projectos.
Ao nível dos objectivos programáticos e curriculares, o relacionamento efectivou-
se, sobretudo, no âmbito da Área de Projecto. Este baseou-se na saída de livros da
BE para a sala de aula ou na utilização da BE para pesquisa, durante o período de
aula, por pequenos grupos de alunos. A relação BE / Escola resumia-se à disponibili-
zação da informação, não avançando para a construção do conhecimento.
Quanto à prática pedagógica, há um diminuto recurso aos diferentes suportes em
que a informação é disponibilizada, privilegiando-se o manual escolar.
O fundo documental é vasto no que respeita à Literatura, mas carece de
actualização nas outras áreas.
A ligação entre a BE e o sucesso educativo não tem sido equacionada. Não há
uma cultura de avaliação.

O enorme desafio, como as leituras apontam, é saber gerir a mudança.

Relativamente à capacidade de resposta ao processo de auto-avaliação,


considero que a Direcção apoiá-lo-á, porque, além de me parecer estar sensível ao
“novo” papel da BE, o Agrupamento vai entrar no processo de avaliação externa. No
entanto, há constrangimentos que se prendem com a afectação de funcionários e

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com o orçamento. Quanto à posição do corpo docente, estou convencida que a


resposta acabará por ser positiva, levando, no entanto, algum tempo a acontecer.
Aponto como principal factor inibidor a pouca disponibilidade apresentada pelos
colegas para reuniões/sessões de trabalho, compreensível, tendo em conta a
diversidade de actividades que realizam. A sensação de que o seu trabalho pode ser
posto em causa, bem como a dificuldade habitualmente sentida aquando da
aplicação de questionários poderão também funcionar como factores inibidores.

Como agir, então?


Haverá necessidade de, inicialmente, prestar esclarecimentos genéricos (é para
tranquilizar e não para assustar) sobre o modelo de auto-avaliação e o seu processo
de implementação. Será importante divulgar os resultados dos estudos efectuados
sobre as vantagens, para o sucesso educativo, de uma colaboração estreita entre a
BE e a escola.
O professor bibliotecário e a sua equipa deverão ter uma postura de abertura a
toda a comunidade educativa, evitando que a BE seja um “feudo”. Procurar-se-á
“ganhar” os professores para o desenvolvimento de um trabalho colaborativo,
valendo-se do Conselho Pedagógico, numa perspectiva de valorização do trabalho
conjunto com reflexos no sucesso educativo.
A aproximação aos docentes poder-se-á iniciar pela apresentação dos recursos
existentes na BE, pela disponibilização do professor bibliotecário em colaborar na
construção de instrumentos que facilitem a prática pedagógica e a aprendizagem, e,
também, pela solicitação da sua colaboração na actualização do fundo documental.
Esta estratégia envolverá os professores na vida da BE e servirá de trampolim para a
sua colaboração na elaboração de instrumentos que revelem o impacto que o
trabalho desenvolvido teve nas aprendizagens, portanto, na recolha de evidências e,
também, na sua interpretação.
A apresentação dos resultados obtidos, nomeadamente ao Conselho Pedagógico
que deve ter uma atitude reflexiva, será também uma etapa muito importante. Estes,
tendo em consideração o seu carácter formativo, aferindo a eficácia dos serviços
prestados e o impacto obtido junto dos utilizadores, devem fornecer linhas orientado-
ras para elaboração do novo plano de acção.
Uma síntese do relatório de auto-avaliação da BE integrará o relatório da escola.

O professor bibliotecário ao integrar e apoiar o desenvolvimento curricular está a


intervir no percurso formativo e curricular dos alunos. Está não só a colocar a BE na
“rota das práticas pedagógicas”, como também a promover a inclusão da BE nos
documentos orientadores da política educativa do Agrupamento.

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Esta estratégia seria, como atrás referi, de envolvimento, mas penso que, ainda
antes da fase de recolha de evidências, seria desejável realizar-se um workshop para
os directores de turma, a fim de haver uma sensibilização geral para a aplicação do
modelo e, até, para a inclusão da BE nos Planos de Recuperação dos alunos.

Este ano lectivo, realizou-se uma sessão de apresentação da BE /boas-vindas


aos docentes; foi realizado um primeiro contacto com alguns Coordenadores de
Departamento e de Ano, e, pontualmente, com alguns professores de Área de
Projecto, perspectivando-se uma boa colaboração.
Temos vindo a fazer algum trabalho estatístico, embora saibamos que o mais
importante seja saber que benefícios os utilizadores retiram da utilização da BE, o dito
impacto qualitativo da BE.

Termino com uma nota de optimismo, porque eu acredito que o valor da avaliação
está no seu carácter formativo, não tendo, por isso, dificuldade em apresentar o
modelo.

Maria Madalena Figueiredo, 2009 3

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