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Sumário: Pág.
Introdução ………………………………………………………………………. 5
2. O Conceito de Transição…………………………………………………... 8
2.1. Meleis e Modelo das Transições ………….……………………………… 10
Conclusão ………………………………………………………………………...17
Bibliografia
Introdução
No âmbito da disciplina de epistemologia foi-nos proposta a realização
de um trabalho acerca do Modelo das Transições apresentado e defendido por
Meleis e outras autoras. Este tema relaciona-se directamente com a matéria
acerca das diferentes teorias de tratamento de pessoas, apresentadas e
defendidas por algumas personalidades da Enfermagem (por exemplo: Virgínia
Anderson – independência na satisfação das necessidades de vida; Afaf Meleis
e Shumacher – modelo de transição). A compreensão dos componentes
centrais desta teoria tem especial importância para nós futuros enfermeiros,
pois é importante sermos capazes de identificar, lidar e orientar pessoas em
processos de transição (reabilitação, adolescência, gravidez, menopausa,
reforma).
Para este trabalho definimos alguns objectivos que pretendemos atingir.
Perceber o papel da teorização na evolução da enfermagem; perceber quais os
diferentes tipos de transição, quais as principais mudanças e características de
cada fase de transição, qual o papel do enfermeiro na ultrapassagem e
adaptação a cada fase de transição do cliente. Também pretendemos alargar
os nossos conhecimentos acerca de Afaf Meleis.
Para uma melhor realização deste trabalho recorremos à consulta de
vários artigos de revistas, sites da Internet e artigos da biblioteca da escola. A
distribuição da pesquisa foi feita de acordo com as preferências de cada um.
Esta distribuição ajudou a que cada um desenvolvesse o trabalho da melhor
forma e ajudou a cultivar o espírito de inter-ajuda entre todos os elementos do
grupo.
Este trabalho está organizado em várias partes: uma onde relacionamos
a evolução da enfermagem com o começo da teorização; outra onde
explicamos o significado de transição e o Modelo de Transições; uma outra
onde damos a conhecer um pouco da vida de Afaf Meleis; e a última onde
relacionamos as transições com o cuidado de enfermagem (cuidado
transicional)
1. As Teorias e a Evolução da Enfermagem
A Enfermagem nem sempre foi considerada como uma ciência da
saúde. Inicialmente, era algo que se fazia apenas com vocação, não era
considerada uma profissão nem uma disciplina académica. No entanto, ao
longo dos anos a enfermagem tem se vindo a desenvolver e a ganhar um lugar
nas profissões ligadas à saúde. Para esta afirmação da enfermagem muito
contribuíram o desenvolvimento de várias teorias sobre cuidados de
enfermagem, bem como a adopção de uma nova consciência da enfermagem.
Esta mudança de vocação para profissão foi um marco muito importante para a
enfermagem, segundo Meleis, “este progresso na teoria de enfermagem é um
aspecto muito significativo da evolução erudita e a pedra angular da disciplina
de enfermagem”.
Em comparação a outras ciências em desenvolvimento, a enfermagem
era considerada atrasada relativamente ao desenvolvimento científico, isto
devia-se ao facto da base de conhecimento para a prática de enfermagem
estar incompleta, sendo por isso prioritário o desenvolvimento de uma base
científica para a prática. Meleis concluiu que “a teoria já não é um luxo para a
enfermagem. Actualmente, a teoria é parte essencial do léxico do enfermeiro
na educação, na administração e na prática.”
As teorias de enfermagem têm como objectivo relacionar conceitos
como utente, ambiente, saúde, processo de enfermagem, de modo a explicar o
desenvolvimento de inter-relações, a prática e o esclarecimento acerca dos
cuidados prestados pelos enfermeiros. A busca pela clarificação dos cuidados
de enfermagem vem de longe, de Florence Nightingale, que estabeleceu uma
ligação entre o indivíduo doente, a interacção com o enfermeiro e o ambiente.
Essa busca baseia-se na análise das práticas, em teorias já existentes e na
investigação. A evolução tem sido no sentido de passar da explicação da
relação enfermeiro-cliente, através de modelos e teorias para a procura da
compreensão do fenómeno.
As teorias de enfermagem têm uma importante missão de inter-
relacionar a teoria, pesquisa e prática, que se completam mutuamente. As
teorias de enfermagem para Chick e Meleis devem conceituar mudança de
uma forma ou de outra. A principal abordagem dentro das teorias de
enfermagem para Torres tem sido "a compreensão dos seres humanos dentro
de seu ambiente em relação às suas necessidades".
Meleis afirma a existência de três tipos de teóricos de enfermagem: os
que se centram na interacção, os que se centram nas necessidades e os que
se centram nos resultados.
Foi e é com a formulação de teorias de enfermagem que esta ciência
tem vindo a evoluir continuamente a todos os níveis e que tem permitido aos
enfermeiros explicarem melhor aos outros as suas actividades e a sua
importância no mundo e para o mundo.
2. O Conceito de Transição
Este modelo remete para uma “transição ecológica”, que ocorre sempre
que a posição ou situação da pessoa no meio ambiente ecológico é alterada
em resultado de uma mudança de papel, ambiente ou de ambos.
O modelo explora tipos e padrões de transições, propriedades da
experiência, condições (inibidoras ou facilitadoras), indicadores processuais,
indicadores de resultados esperados da intervenção profissional.
○
○ De desenvolvimento: da infância para a adolescência tem o
potencial de estar associada a problemas próprios desta fase e
exigem do adolescente a superação e a adaptação;
○ Situacionais: inclui o nascimento ou a morte, situações
inesperadas que requerem uma definição dos papéis a que o
cliente está envolvido;
○ Saúde-doença: inclui transições como mudanças súbitas de
papel, as quais resultam ao mover-se de um estado de saúde para
o de doença aguda, de bem-estar para doença crónica.
○ O sentir-se envolvido;
○ Interagir;
○ Estar situado;
○ Auto-confiança.