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SÃO PAULO - SP
2010
MARIA DE FÁTIMA PEREIRA
Trabalho apresentado ao
Centro Universitário
Salesiano de São Paulo,
como parte das
exigências à conclusão
da pós-graduação Lato-
Sensu em Direito
Previdenciário.
SÃO PAULO-SP
2010
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
Capítulo 1 - A origem constitucional do direito previdenciário brasileiro ..................... 5
Capítulo 2 - A autonomia do Direito Previdenciário brasileiro ..................................... 7
Seção 1 - Conceito de Seguridade Social. .............................................................. 8
Seção 2 - Os princípios e objetivos da previdência social ....................................... 8
Capítulo 3 - Considerações da aposentadoria por tempo no tempo ....................... 11
Capítulo 4 - A aposentadoria por tempo de contribuição hoje ................................... 14
Seção 1 - O Fator Previdenciário ........................................................................... 18
Seção 2 - A Expectativa de vida ............................................................................ 21
Capítulo 5 - A aposentadoria por tempo de contribuição no futuro ........................... 23
Capítulo 6 - O custeio da previdência social e sua fiscalização ................................ 25
Seção 1 - Do financiamento da aposentadoria ...................................................... 25
Seção 2 - Crimes Previdenciários .......................................................................... 26
Capítulo 7 - O privilegio da mulher, no tempo para a aposentadoria ........................ 28
Capítulo 8 - A aposentadoria por tempo de contribuição deve ser abolida? ............. 32
Capítulo 9 - A aposentadoria por tempo de contribuição e o risco social .................. 34
Seção 1 - de Risco Social no Seguro Social.......................................................... 35
Seção 2 - Nova Concepção de Risco Social – Necessidade Social ...................... 35
Capítulo 10 - Aposentadoria por Tempo de Contribuição e distribuição de renda .... 37
Capítulo 11 - A aposentadoria sob égide da Constituição Federal.......................... 41
Capítulo 12 - A aposentadoria por tempo de contribuição e o pressuposto de
configuração da relação de trabalho protegida pelo estado – o conceito de igualdade
.................................................................................................................................. 45
Capítulo 13 - A aposentadoria por tempo de contribuição e a idade do vigor. .......... 48
Capítulo 14 - A grande dificuldade em completar o tempo de contribuição .............. 49
Capítulo 15 - A importância da aposentadoria por tempo na hierarquia das leis ...... 52
Capítulo 16 - A aposentadoria por tempo de contribuição e a valorização do salário
mínimo ...................................................................................................................... 55
CONCLUSÃO............................................................................................................ 58
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 61
4
INTRODUÇÃO
1
MARTINEZ, Wladimir Novaes, Curso de Direito Previdenciário-Tomo I – 2ª. ed. Ltr, 2001
2
DUARTE, Marina Vasquez, Direito Previdenciário, 6ª. edição, Verbo Jurídico, 2008
6
3
MARTINEZ, Wladimir Novaes, Curso de Direito Previdenciário-Tomo I – 2ª. ed. Ltr, 2001
7
4
Ionas Deda Gonçalves ( Direito Previdenciário, coleção Curso e Concurso, ed. Saraiva,
2005
8
5
MARTINEZ, Wladimir Novaes, Curso de Direito Previdenciário-Tomo I – 2ª. ed. Ltr, 2001
6
ibid,pag.13
7
Ionas Deda Gonçalves ,Direito Previdenciário, coleção Curso e Concurso, Saraiva, 2005
9
8
FAGNANI, Eduardo, Economia Social e do Trabalho: o Salário Mínimo e Seguridade
Social: a Vinculação Necessária
10
9
CASTRO, LAZZARI, Carlos A. Pereira; J. Batista. Manual de Direito Previdenciário,10ª.
ed. Editora Conceito, 2008
10
Ibid, pag.43
12
cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% aos trinta e cinco anos
de serviço.
11
CASTRO, LAZZARI, Carlos A. Pereira; J. Batista. Manual de Direito Previdenciário, 10ª.
ed. Editora Conceito, 2008
15
regime de Previdência Social, desde que cumprida a carência exigida, terão direito à
aposentadoria por tempo de contribuição nas seguintes situações: I - aposentadoria
por tempo de contribuição ou de serviço, conforme o caso, com renda mensal no
valor de cem por cento do salário de beneficio, desde que cumpridos: a) 35 anos de
contribuição, se homem; b) 30 anos de contribuição, se mulher; II – aposentadoria
por tempo de contribuição com renda mensal proporcional, desde que cumpridos os
seguintes requisitos, cumulativamente: a) idade: 53 anos para o homem; 48 anos
para a mulher; b) tempo de contribuição: 30 anos, se homem, e 25 anos de
contribuição, se mulher; c) um período adicional de contribuição equivalente a
quarenta por cento do tempo que, em 16 de dezembro de 1998, faltava para atingir o
tempo de contribuição estabelecido na alínea b.
12
CASTRO, LAZZARI, Carlos A. Pereira; J. Batista. Manual de Direito Previdenciário, 10ª.
ed. Editora Conceito, 2008
16
requerida até essa data ou até noventa dias depois) , ou da data do requerimento (
quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após noventa
dias). Para os demais segurados, será a data da entrada do requerimento.
“ através destas variáveis pode-se notar que aquele que deseja obter uma aposentadoria
por tempo de contribuição mas cuja idade é precoce, obterá um beneficio com um valor
menor do que aquele que se aposentar com mais idade”.
13
CASTRO, LAZZARI, Carlos A. Pereira; J. Batista. Manual de Direito Previdenciário, 10ª.
ed. Editora Conceito, 2008
14
XAVIER RIBEIRO, Juliana de Oliveira, Direito Previdenciário, ed. Quartier Latin, 2008
19
f= Tc X a X [1+(Id + Tc X a)
100
f - fator previdenciário
Es - expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria
Tc - tempo de contribuição até o momento da aposentadoria
Id - idade no momento da aposentadoria
a - alíquota de contribuição correspondente a 0,31 ( 20% da empresa e 11% do
segurado).
15
DUARTE, Marina Vasquez, Direito Previdenciário, 6ª. edição, ed. Verbo Jurídico, 2008
20
16
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/11/17/comissao+da+camara+aprova+o+fim
22
17
Livro Branco da Previdência Social, http://previdenciasocial.gov.br/livrobranco_parteI.pdf
26
Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes
receitas:
I - receitas da União;
II - receitas das contribuições sociais;
III - receitas de outras fontes.
Parágrafo único. Constituem contribuições sociais:
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu
serviço;
b) as dos empregadores domésticos;
c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição;
d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro ;
e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.
Art. 33. À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete planejar, executar, acompanhar e
avaliar as atividades relativas a tributação, fiscalização, arrecadação, cobrança e
recolhimento das contribuições sociais previstas no parágrafo único do art. 11, as
contribuições incidentes a título de substituição e as devidas a outras entidades e fundos.
Tema que vem ocupando pequeno mas insistentemente - algum espaço nos
debates sobre o modelo previdenciário brasileiro, é o concernente à diferenciação
entre homem e mulher no tocante ao tempo de contribuição necessário para
aposentadoria.
Ocorre que hoje em dia, o assunto já não é tão pacífico quanto possa ter sido
naquele ano de 1967. Diz-se que o homem se envolve mais hoje, com relação à
administração do lar e a maior expectativa de vida da mulher. No que diz com o fato
da administração dom lar, e eximindo-nos de investigar as respectivas causas
embora estejamos convencidos de que o fato de a mulher ter-se lançado mais
incisivamente no mercado de trabalho seja uma delas -, parece claro que, de um
modo geral, o homem do início do Século XXI ocupa uma parte do seu tempo com
18
O Plano de Benefícios da Previdência Social e a Aposentadoria por Tempo de Serviço.
Seminário Internacional sobre Previdência Social e a Revisão Constitucional, MPS/CEPAL,
1994, p. 146
29
19
A Previdência Social e a Revisão Constitucional, vol. 1, p. 54
20
A Previdência Social e a Revisão Constitucional, vol. 1, p. 80
30
21
Livro Branco da Previdência Social, http://previdenciasocial.gov.br/livrobranco_parteI.pdf
22
Responsabilidade Social Empresarial e a Reforma da Previdência Social, Instituto
Ethos,http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/publicações/Debates/entrevista.shtml.
Acesso em 24/04/2004
23
Comentários à Lei Básica da Previdência Social, p. 336
31
24
Ibid, p. 342
32
“(...) com uma lei de três artigos, que é a Lei. 4.130 de 28 de Agosto de 1962, o Presidente
João Goulart eliminou o limite de idade e, com isso, praticou o crime de maior expressão
contra a economia popular na área da Previdência Social”.
25
Revista de Direito Social, editora NOTADEZ n. 32, 10\12 – 2008-periodicidade trimestral,
ano VIII – SP 3367.1010 - págs. 55\70 POR : Fernanda Reis Pereira: monografia de
conclusão de semestre na disciplina de Direito Previdenciário do mestrado da PUC\SP
33
seja elevada. Se fixada em 65 anos, para o homem, e 60 anos, para a mulher, ter-
se-á aproximado demais este benefício da aposentadoria por idade, já assegurada
no nosso direito. Melhor será o estabelecimento de limites mais baixos (60 e 55
anos, respectivamente para homens e mulheres, conforme, aliás, propunha a PEC
33/95).
34
Diz-se alias, que o art. 201 da Constituição não prevê a aposentadoria por
tempo de contribuição como contingência a ser coberta pelo sistema.
26
MAGANO, Octávio Bueno. Aposentadoria, 1992:303.
35
O “risco social”, conforme pretendemos modelar, é o perigo, é a ameaça, a que fica exposta
a coletividade diante da possibilidade, de qualquer de seus membros, por esta ou aquela
ocorrência, ficar privado dos meios essenciais à vida, transformando-se, destarte, num
nódulo de infecção no organismo social, que cumpre extirpar.”
27
Revista de Direito Social, editora NOTADEZ n. 32, 10\12 – 2008-periodicidade trimestral,
ano VIII – SP 3367.1010 - págs. 55\70 POR : Fernanda Reis Pereira: monografia de
conclusão de semestre na disciplina de Direito Previdenciário do mestrado da PUC\SP, sob
coordenação do Prof. Dr. Wagner Balera. Conforme Fernanda Reis Pereira, CITA RIO
NOGUEIRA ( pág.42)
37
“Ao longo dos últimos anos, a discussão sobre pobreza tem-se tornado cada vez
mais central no debate nacional e internacional. Todavia, no que se refere ao caso
brasileiro, a importância do crescimento econômico para a redução da pobreza tem sido
freqüentemente minimizada, o que contradiz as experiências de países mais bem-sucedidos
nesse campo.
Na verdade, o que cabe destacar é que a idéia propagada de que países como o
Brasil já gastam muito na área social, em saúde ou educação, por exemplo, não
corresponde à realidade. De fato, talvez gastem demais tendo em vista a estagnação, a
precariedade das finanças publicas e a falta de recursos derivadas do limitado
desenvolvimento econômico.
A experiência brasileira mais recente ( 2004) também confirma a forte relação entre
crescimento econômico e redução da pobreza. Os resultados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios ( PNAD) revelaram uma redução de 8% na proporção de pobres no
28
28, ANTUNES, GIMENEZ e FAGNANI, Davi Jose, Denis Maracci, Eduardo, Economia
Social e do Trabalho, vol1, Ltr,2007
38
Brasil ( linha de pobreza de R$ 115,00) entre 2003 e 2004. Muitos se apressaram em eleger
o Programa Bolsa-Familia como o “ maior responsável” pelos feitos. Todavia, em ultima
instancia, a despeito do inequívoco papel da política social (universais e focalizadas), os
resultados da PNAD 2004 refletem, sobretudo, o crescimento de quase 5% do PIB –
elevado ante a média mediocre dos ultimos 25 anos – e de seus impactos positivos sobre o
mercado de trabalho, dos quais se destacam:
a) A taxa de desemprego passou de 9,7% para 9,0% ( 2004), a menor dos últimos seis anos
b) O nível de ocupação foi o mais alto desde 1996 ( 56,3%).
c) A população ocupada aumentou 3,3% em relação a 2003. Foram abertos 2,7 milhões de
novos postos de trabalho ( 1,6 milhões de empregos formais e 1,1 milhão de informais).
d) O numero de pessoas ocupadas sem remuneração monetária declinu entre 2003 e 2004.
e) Em contrapartida, houve um crescimento dos empregados ( 6,1%) e trabalhadores
domesticos ( 4,2%), enquanto a variação do numero de trabalhadores por conta própria foi
insignificante ( 0,6%).
f) o número de empregados com carteira assinada aumentou 6,6%.
g) A remuneração media real das pessoas com rendimento de trabalho deixou de cair em
2004, mantendo o patamar de 2003 ( R$ 733,00) e interrompendo-se a tendência de queda
real ( 18,8%) iniciada em 1997.
h) a melhora na distribuição de renda é explicada por um duplo movimento: os 50% dos
ocupados com as menores remunerações tiveram ganhos reais de 3,2% enquanto os 50%
com os maiores rendimentos sofreram perda real de 0,6%. Em suma houve um nivelamento
para baixo da pirâmide social: os miseráveis ficaram menos miserais e a classe media
empobreceu ainda mais.
Notas finais: estratégia de combate à pobreza no Brasil
pobres, o Brasil talvez não pareça precisar de crescimento para por fim à pobreza ( Banco
Mundial, 2003, p.13)”.
Art. 201. Os planos de previdência social, mediante contribuição, atenderão, nos termos da lei, a: I –
cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte, incluídos os resultantes de acidentes do trabalho,
velhice e reclusão; II – ajuda à manutenção dos dependentes dos segurados de baixa renda; III –
proteção à maternidade, especialmente à gestante; IV – proteção ao trabalhador em situação de
desemprego involuntário; V – pensão por morte de segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou
companheiro e dependentes, obedecido o disposto no parágrafo 5º. e no art.202; parágrafo 1º.
Qualquer pessoa poderá participar dos benefícios da previdência social, mediante contribuição na
forma dos planos previdenciários. parágrafo 2º. É assegurado o reajustamento dos benefícios para
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. Parágrafo 3º.
Todos os salários de contribuição considerados no cálculo de benefícios serão corrigidos
monetariamente.
Parágrafo 4º. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário
para efeito de contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e na
forma da lei. Parágrafo 5º. Nenhum beneficio que substitua o salário de contribuição ou o rendimento
do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. Parágrafo 6º. A gratificação dos
aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano.
Parágrafo 7º. A previdência social manterá seguro coletivo, de caráter complementar e facultativo,
custeado por contribuições adicionais. Parágrafo 8º. É vedado subvenção ou auxilio do Poder
Publico às entidades de previdência privada com fins lucrativos.
Art.202. É assegurada aposentadoria, nos termos da lei, calculando-se o beneficio sobre a media dos
trinta e seis últimos salários de contribuição, corrigidos monetariamente mês a mês, e comprovada a
regularidade dos reajustes dos salários de contribuição de modo a preservar seus valores reais e
obedecidas as seguintes condições
...
II – após trinta e cinco anos de contribuição, ao homem, e, após trinta, à mulher, ou em tempo
inferior, se sujeitos a trabalho sob condições especiais, que prejudiquem a saúde ou a integridade
física, definidas em lei;
...
Parágrafo 1º. É facultada aposentadoria proporcional, após trinta anos de trabalho, ao homem, e,
após vinte e cinco, à mulher.
43
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e
de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e
atenderá, nos termos da lei, a: I – cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade
avançada; II – proteção à maternidade, especialmente à gestante; III – proteção ao trabalhador em
situação de desemprego involuntário; IV – salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos
segurados de baixa renda; V – pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou
companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. § 1º É vedada a adoção de requisitos e
critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de
previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de
deficiência, nos termos definidos em lei complementar.* § 1º com a redação dada pela EC 47, de 5-7-
2005. § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do
segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.§ 3º Todos os salários de contribuição
considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei. § 4º É
assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,
conforme critérios definidos em lei. § 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na
qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. § 6º A
gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de
dezembro de cada ano. § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos
termos da lei, obedecidas as seguintes condições: I – trinta e cinco anos de contribuição, se homem,
e trinta anos de contribuição, se mulher; II – sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta
anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os
sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o
produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. § 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do
parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente
tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e
médio.* §§ 2º a 8º com a redação dada pela EC 20, de 15-12-1998.§ 9º Para efeito de aposentadoria,
é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na
atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se
compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. § 10. Lei disciplinará a
cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de
previdência social e pelo setor privado. § 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título,
serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão
44
em benefícios, nos casos e na forma da lei.* §§ 9º a 11 acrescidos pela EC 20, de 15-12-1998.§ 12.
Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa
renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no
âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso
a benefícios de valor igual a um salário mínimo.* § 12 com a redação dada pela EC 47, de 5-7-2005
.§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e
carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social.* §
13 acrescido pela EC 47, de 5-7-2005.
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma
em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de
reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar. * Caput com a
redação dada pela EC 20, de 15-12-1998. * Art. 7º da EC 20, de 15-12-1998. § 1º A lei complementar
de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de
previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. §
2º As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos,
regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato
de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a
remuneração dos participantes, nos termos da lei. * §§ 1º e 2º com a redação dada pela EC 20, de
15-12-1998. § 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades
de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual,
em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. * Art. 5º da EC 20, de
15-12-1998. § 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou
Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas
controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência
privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada. * Art. 40, § 14, desta
Constituição. * Lei nº 108, de 29-5-2001, regulamenta este parágrafo. § 5º A lei complementar de que
trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias ou
concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de
previdência privada. * L* nº 108, de 29-5-2001, regulamenta este parágrafo. § 6º A lei complementar a
que se refere o § 4º deste artigo estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das
diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes
nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e
deliberação. * §§ 3º a 6º acrescidos pela EC 20, de 15-12-1998.
29
ROMITA, Arion Sayão , A Norma Juridica no Direito do Trabalho
46
30
MAGANO, Octavio Bueno , Manual de Direito do Trabalho, 3ª. edição, LTR, 2003
47
Por outro lado ainda, também é certo, que o trabalho exercido pelo
aposentado , produz o bem estar de forma ampla, torna-o importante para a família,
a comunidade, a sociedade de forma geral, o trabalho assim, é poder, força motriz ,
é vida.
RIO NOGUEIRA, citado por Fernanda Reis Pereira em sua monografia, supra
citada, enumera as diferentes atividades que estariam mais ligadas à capacidade
laborativa do ser humano, diferenciando o trabalho intelectualizado do trabalho
braçal. Ele ensina que no primeiro caso, aos 65 anos de idade, o trabalhador está
no auge da sua produtividade , sendo-lhe menos agressiva a velhice, enquanto no
outro, na mesma faixa etária, o laborista encontra-se, seguramente, com 20% da sua
produtividade máxima.
49
31
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/09/22/materia.2009-09-22.2149795000/view
50
“Qualquer acadêmico de direito sabe que os dois incisos do referido § 7º estão a indicar
duas espécies diferentes de aposentadoria. Fosse uma só espécie de aposentadoria, por
tempo de contribuição com idade mínima, bastaria o § 7º, os incisos teriam sido suprimidos.
Além do mais, a Emenda, quando estabeleceu requisitos cumulativos o fez de forma
expressa como se verifica de seu art. 9º”.
32
Kiyoshi HARADA, A falsa polêmica em torno da Aposentadoria e Solução Equivocada .
53
“No final de 2004, o Governo Lula adotou uma iniciativa positiva ao instituir o
Conselho Nacional do Salário Mínimo, com o objetivo de formular uma política de
valorização do salário mínimo. No debate em torno desse tema, ressurgiu a posição
dos setores conservadores, que voltaram suas baterias a favor de desvincularem-se
o salário mínimo e os benefícios da seguridade social. Reavivando teses que
espalham o espectro da catástrofe econômica, difundem que, sem desvinculação,
haveria um impacto financeiro que seria “insuportável” para a seguridade social.
Além disso, essa medida teria efeitos redistributivos pífios no mundo do trabalho e,
sobretudo, no campo da seguridade social.
O paradoxo dos tempos atuais é que essa falsa “escolha de Sofia” tem sido
aceita até mesmo por setores ditos “progressistas” e que se mantiveram
historicamente comprometidos com a luta por maior justiça social, sabiamente
estabelecida pelos constituintes de 1988.
33
FAGNANI, Eduardo, Economia Social e do Trabalho, no artigo Salário Mínimo e
Seguridade Social: a Vinculação Necessária – 2007, pág. 58\59
56
Foi no bojo dessas reformas mais amplas que foi estabelecida a vinculação
entre os benefícios da seguridade social e o salário mínimo. Especificamente neste
caso, a CF inovou em dois pontos principais. O primeiro foi o piso de um salário
mínimo, fixado para os benefícios. De acordo com o texto constitucional, “nenhum
benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do
segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo” (art. 201, § 5º).
34
POCHMANN, Marcio, Economia Social e do Trabalho, LTR, 2007
58
CONCLUSÃO
privilégio de aposentar-se com menos cinco anos, que o homem, ou seja, mais de
um filho , dupla jornada.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MARTINS, Sergio Pinto. Direito da seguridade social. 27ª. ed. São Paulo. Atlas,
2008.
DUARTE, Marina Vasquez, Direito Previdenciário, 6ª. edição, ed. Verbo Jurídico,
2008, pág.111\113)
Comissão da Câmara aprova o fim do fator previdenciário - Último ...17 Nov 2009 ...
Comissão da Câmara aprova o fim do fator previdenciário
BRASÍLIAhttp://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/11/17/comissao+da+camara+ap
rova+o+fim...
Expectativa de vida baixa média do IDH brasileiro - Último Segundo ...5 Out 2009 ...
Expectativa de vida baixa média do IDH brasileiro O desempenho do Brasil no
ranking do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/10/05/expectativa+de+vida+baixa+media..
.
Lei
BRASIL. Lei n. 8.212, de...............1991. Dispõe sobre LEI ORGANICA DA
SEGURIDADE SOCIAL Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 fev. 1998. Seção 1
Constituição
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil:
promulgada em 5 de outubro de 1988. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. (Coleção
Saraiva de Legislação).
MAGANO, Octavio Bueno , Manual de Direito do Trabalho, parte geral, 3ª. edição,
LTR,