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25 DE DEZEMBRO
– Adoração dos pastores. Humildade e simplicidade para reconhecer Cristo em nossas vidas.
Hoje nós podemos ver claramente que o decreto do imperador romano foi
uma providência de Deus. Maria e José foram a Belém por essa razão, e ali
nasceu Jesus, segundo fora profetizado muitos séculos antes2.
Talvez José tivesse julgado que a pousada repleta de gente não era lugar
adequado para Nossa Senhora, especialmente naquelas circunstâncias. Seja
como for, deve ter batido a muitas outras portas antes de levar Maria a um
estábulo, nas redondezas. Imaginamos bem a cena: José explicando e
voltando a explicar a mesma história, “que vinham de...”, e Maria, a poucos
metros, vendo José e ouvindo as negativas. Ninguém deixou Cristo entrar.
Fecharam-lhe as portas. Maria sente pena por causa de José, e também
daquelas pessoas. Como o mundo é frio para com o seu Deus!
II. JESUS, MARIA E JOSÉ estão sós. Mas Deus procurou gente simples
para acompanhá-los: uns pastores que, por serem humildes, não se
assustariam certamente ao encontrarem o Messias numa gruta, envolto em
panos. São os pastores daquela região, aqueles que o Profeta Isaías
mencionara: O povo que caminhava nas trevas viu uma grande luz7.
Nesta noite, eles são os primeiros e os únicos a sabê-lo. “No entanto, hoje
sabem-no milhões de homens em todo o mundo. A luz da noite de Belém
chegou a muitos corações, e, apesar disso, a escuridão permanece; às vezes,
parece até mais densa [...]. Os que acolheram o Senhor naquela noite
experimentaram uma grande alegria, a alegria que brota da luz. A escuridão do
mundo foi dissipada pela luz do nascimento de Deus [...].
“Hoje nasceu o nosso Salvador. Não pode haver lugar para a tristeza,
quando acaba de nascer a própria vida, a mesma que põe fim ao temor da
mortalidade e nos infunde a alegria da eternidade prometida. Ninguém deve
sentir-se incapaz de participar de tal felicidade, a todos é comum o motivo para
o júbilo; pois Nosso Senhor, destrutor do pecado e da morte, como não
encontrou ninguém livre de culpa, veio libertar-nos a todos. Alegre-se o santo,
já que se aproxima a vitória. Alegre-se o gentio, já que é chamado à vida. Pois
o Filho, ao chegar a plenitude dos tempos [...], assumiu a natureza do género
humano para reconciliá-la com o seu Criador”16. Daqui nasce para todos, como
um rio que não pode ser contido, a alegria destas festas.
Cantamos com júbilo nestes dias de Natal porque o amor está entre nós até
o fim dos tempos. A presença do Menino é o amor no meio dos homens; e o
mundo já não é um lugar escuro; os que procuram o amor sabem onde
encontrá-lo. E é de amor que cada homem anda essencialmente necessitado,
mesmo quando pretende estar inteiramente satisfeito.
(1) Lc 2, 1; (2) Miq 5, 2 e segs.; (3) cfr. Lc 2, 7; (4) Lc 2, 6; (5) S. Josemaría Escrivá, É Cristo
que passa, n. 14; (6) ibid., n. 18; (7) Is 9, 2; (8) Lc 2, 9; (9) Lc 2, 10; (10) João Paulo II, Homilia
na Missa de Natal de 1980; (11) Lc 2, 18; (12) cfr. Francis M. Willam, Maria, Mãe de Jesus; (13)
Laudes de 5 de Janeiro, Preces; (14) Antífona de entrada da Missa de meia-noite; (15) São
Bernardo, Sermão 6. Sobre o anúncio do Natal, 1; (16) São Leão Magno, Sermão no Natal do
Senhor, 1-3; (17) Colecta da Missa de Natal.