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1) A Primeira Epístola de Pedro trata extensivamente do tema da perseguição dos cristãos, que é evidenciado já no primeiro capítulo.
2) Os destinatários da carta viviam como estrangeiros em terras estrangeiras e sofriam segregação e injustiças sociais por isso. Sua perseguição especificamente como cristãos era circunstancial e local, não oficial.
3) Os cristãos eram difamados e isolados socialmente porque sua maneira íntegra de viver incomodava os pagãos. O so
Исходное описание:
Uma breve análise bíblico-histórica do tema "perseguição", evidente na primeira epístola de Pedro.
Оригинальное название
PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS NO CONTEXTO DE 1 DE PEDRO
1) A Primeira Epístola de Pedro trata extensivamente do tema da perseguição dos cristãos, que é evidenciado já no primeiro capítulo.
2) Os destinatários da carta viviam como estrangeiros em terras estrangeiras e sofriam segregação e injustiças sociais por isso. Sua perseguição especificamente como cristãos era circunstancial e local, não oficial.
3) Os cristãos eram difamados e isolados socialmente porque sua maneira íntegra de viver incomodava os pagãos. O so
1) A Primeira Epístola de Pedro trata extensivamente do tema da perseguição dos cristãos, que é evidenciado já no primeiro capítulo.
2) Os destinatários da carta viviam como estrangeiros em terras estrangeiras e sofriam segregação e injustiças sociais por isso. Sua perseguição especificamente como cristãos era circunstancial e local, não oficial.
3) Os cristãos eram difamados e isolados socialmente porque sua maneira íntegra de viver incomodava os pagãos. O so
Ao lermos a Primeira Epstola de Pedro, logo notamos uma forte presena
do tema perseguio/sofrimento. J no primeiro captulo observamos essa temtica evidenciando-se a partir do versculo 6 e, no s a, mas vemos esse assunto permeando todos os captulos e se tornando o principal dentro da carta. O apstolo Pedro escreve essa carta a uma igreja dispersa, ou seja, homens e mulheres que esto vivendo em uma regio que no lhes de origem (1.1). Por si s, esse j um motivo de sofrimento visto que eles no foram viver nessas regies por livre vontade, mas devido a situaes adversas. A palavra grega usada para designar esse estado de estrangeirismo dos destinatrios dessa carta paraikos. Hernandes D. Lopes nos diz que um paraikos algum que est longe do seu lar, em terra estranha, e cujos pensamentos sempre retornam ptria (LOPES, 2012, p. 14). Tambm, Mueller explica que paroikos um termo especfico e tcnico para designar uma classe da populao que, embora residente em determinado lugar, no tinha plenos direitos de cidadania (LOPES, 2012, p. 14). Desse modo, por viverem nessas condies eles eram vtimas de segregao e injustias sociais. Porm, a perseguio da qual Pedro trata nessa carta est relacionada somente ao fato de os destinatrios serem cristos. Quanto a isso, vale ressaltar que no se trata de uma perseguio formal e oficial, instituda por algum imperador, mas, uma perseguio local e circunstancial. Alis, Pedro trata o governo como um rgo protetor da justia e que no deve ser temido por aqueles que a praticam (cap. 2). Alm disso, boa parte dos estudiosos coloca a autoria dessa carta por volta de 62-63 d.C., contudo, a primeira perseguio oficial contra os cristos foi decretada por Nero em 64 e culminou na morte do apstolo Pedro em 65 d.C. No contexto dessa carta vemos os cristos sendo difamados por todo tipo de calnia, justamente porque a sua maneira ntegra de viver incomodava aqueles que estavam ao seu redor. Mueller diz o seguinte a esse respeito: Podemos imaginar os que esto de fora do crculo, talvez nem entendendo bem o que est se passando, e todo tipo de falatrio que se espalha, muitas vezes com ms intenes. Talvez at as autoridades estejam em posio de suspeitar desse movimento religioso de origem oriental, relacionado de alguma forma com os
detestveis judeus, e que se excluam assim das festas e cerimnias
da vida pblica (tambm no prestando culto ao imperador, nem aos deuses locais, os patronos (padroeiros) das vrias localidades. Assim, os crentes eram ameaados (3.14), injuriados (4.14), tendo de sofrer pelo simples fato de serem cristos (4.16). (MUELLER, 1998, p. 39)
A postura de santidade dos cristos caa sobre os mpios com um peso
de condenao e, por isso, os pagos falavam mal deles. No s falavam mal, como tambm, os isolavam socialmente, faziam levantes populares e, tambm, aes policiais localizadas. Outro ponto importante que diz respeito ao sofrimento, destacado nessa carta, de que ele se faz necessrio. O versculo 6 do primeiro captulo diz: ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser entristecidos por todo tipo de provao, o que explicita a necessidade daquela provao. Alm disso, vemos, tambm, o propsito de toda essa perseguio que para que fique comprovado que a f que vocs tm (...) genuna e resultar em louvor, glria e honra, quando Jesus Cristo for revelado. Esse processo de provao est em absoluta concordncia com os demais escritos do Novo Testamento, desde as falas de Jesus nos evangelhos (Mateus 6.10-12, p.ex). Est, tambm, em concordncia com os escritos de Paulo, as cartas de Joo, Tiago, e o livro de Apocalipse. Portanto, fica evidente o quo importante esse tema para a igreja crist do perodo apostlico e, tambm, aos crentes do sculo XXI, afinal, recorre vrias vezes no decorrer dos escritos neotestamentrios. Como participantes da nova aliana em Cristo, cada cristo verdadeiro deve estar disposto a sofrer por Jesus Cristo, como nos mostra o versculo 1 do captulo 4: Portanto, uma vez que Cristo sofreu corporalmente, armem-se tambm do mesmo pensamento. Se Cristo sofreu por ns, devemos nos armar do mesmo pensamento e estar dispostos a sofrer por sua nobre causa.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
BRUCE, F. F. Comentrio Bblico NVI: Antigo e Novo Testamento. Traduo
de Valdemar Kroker. So Paulo: Vida, 2008.
GUNDRY, Robert H. Panorama do Novo Testamento. Traduo de Joo
Marques Bentes; Fabiano Medeiros e Valdemar Kroker. 3. ed. So Paulo: Vida Nova, 2008. LOPES, Hernandes D. 1 Pedro: com os ps no vale e o corao no cu. So Paulo: Hagnos, 2012. MUELLER, nio R. 1 Pedro: introduo e comentrios. So Paulo: Vida Nova, 1998.