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Após três dias de verificações, começou oficialmente a 32ª edição do maior rali do mundo, pelo segundo
ano consecutivo a disputar no continente sul-americano, na Argentina e no Chile.
Tal como há um ano, a longa e majestosa Avenida 9 de Julho, bem no centro de Buenos Aires, serviu de
cenário à muito aguardada cerimónia oficial de largada. Um a um, passaram pelo palanque de partida, junto
ao famoso Obelisco, um total 362 competidores, distribuídos por 151 motos, 25 quads, 134 carros e 52
camiões…
Exibindo o número 314 nas portas do seu Mitsubishi Racing Lancer MRP 10, Carlos Sousa deu formalmente
início à sua prova quando o relógio indicava 17h20, num momento sempre carregado de alguma emoção:
“Há sempre uma mistura de sentimentos nesta altura. Por um lado, uma certa impaciência, pois estamos
todos ansiosos para que o rali finalmente comece. Por outro, algum nervosismo e ansiedade, próprio de
quem vai iniciar a mais importante competição do ano”, começa por explicar Carlos Sousa.
“Apesar de já ter 20 anos de carreira, confesso que esta é uma das poucas provas em que saio com papel
em branco, ou seja, sem saber realmente onde nos vamos situar em relação à restante concorrência.
Temos muita gente a torcer por nós e a equipa acredita que vamos conseguir colocar três carros no top-10
e pelo menos um no top-5… Espero que seja verdade, pois apesar do ligeiro decréscimo de concorrentes
este ano, a verdade é que a prova deste ano vai ter uma primeira e segunda linhas muito fortes”, analisa o
piloto português, unanimemente apontado como o ponta-de-lança da estreante JMB Stradale Off Road.
Cumprida a um ritmo tranquilo e aproveitando “para experimentar pela primeira vez o carro”, Carlos Sousa
deixou já para atrás os cerca de 317 quilómetros de ligação entre Buenos Aires e Cólon, o local onde amanhã
será dada partida da primeira especial do rali, num total de 251 quilómetros contra o cronómetro.
“Para este primeiro dia de competição a sério, as indicações que recebemos da equipa e da própria
Organização é para ninguém exagerar e se ter extrema cautela, tanta nesta primeira como na segunda
especial. As ultrapassagens serão difíceis e a previsão é para haver muito pó na estrada. Ainda de acordo
com a Organização, será uma especial rápida e muito ao jeito dos pilotos vindos do WRC”, conclui Carlos
Sousa, o piloto em quem estão depositadas as maiores esperanças lusas num bom resultado.
A ETAPA DE AMANHÃ
CURIOSIDADE DO DIA
A largada da primeira edição do Rali Dakar teve lugar a 26 de Dezembro de 1978. 170 concorrentes
apresentaram-se na Place du Trocadero, frente à Torre Eiffel, mas 69 completaram a prova na capital
senegalesa. Nesse ano, carros, camiões e motas competiram numa mesma categoria, vencendo o francês
Cyril Neveu, aos comandos de uma Yamaha XT 500.