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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ÚNICA VARA

CÍVEL DA COMARCA DE MIGUELÓPOLIS – ESTADO DE SÃO PAULO

A FAZENDA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE


MIGUELÓPOLIS, pessoa jurídica de direito público, inscrita sob o
CNPJ nº 45.353.307/0001/04, com sede na cidade de Miguelópolis,
Estado de São Paulo, á Praça Vovó Mariquinha, nº 100, representada
pelo Prefeito Municipal Eleito, o Sr. CRISTIANO BARBOSA MOURA,
brasileiro, casado, portador da cédula de dentidade nº ..., inscrito no
C.P.F. nº ..., residente e domiciliado nesta comarca, vem por
intermédio do seu bastante procurador que esta subscreve, propor a
presente

MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO

em face a CÂMARA MUNICIPAL DE MIGUELÓPOLIS, órgão


representativo do Poder Legislativo Municipal, com sede na cidade de
Miguelópolis a Praça Vovó Mariquinha, nº 101, representada por seu
presidente o Vereador RODOLFO BUENO JORGE, brasileiro,
casado, pelos fatos e motivos a seguir expostos:

DOS FATOS
O requerente é credor do requerido da
importância de R$ 118.300,00 (Cento e dezoito mil e trezentos reais
reais), representado por um cheque nominal a Prefeitura Municipal de
Miguelópolis, em face da devolução regular de duodécimos.

A Câmara não possui receitas ou bens


próprios, necessitando do repasse mensal efetuado pela Prefeitura
para a sua sobrevivência.

Entretanto, ao final do exercício, o Presidente


da Câmara deve devolver tais valores a Câmara, pois já que a
instituição não possui patrimônio próprio, o Legislativo não pode ficar
com dinheiro em conta própria.

Em virtude de tal fato a Câmara emitiu um


cheque nominal para a Prefeitura Municipal de Miguelópolis
objetivando a devolução de tais valores no final do exercício.

Contudo, o referido cheque não foi


compensado pelo banco, pois o presidente da Câmara determinou
a sustação do Cheque, com base na alínea 21, que estabelece o
não pagamento do título em virtude de roubo ou extravio.

Tal ato caracterizou a má-fé da requerida que


claramente pretende realizar atos fraudulentos contra o patrimônio,
não pretendendo devolver os valores aos cofres públicos, gastando o
referido valor sem o devido processo de despesa.

Tal ato claramente foi realizado pelo Presidente


com o objetivo de manter tal valor em conta para o gasto irregular do
dinheiro público. Ora, se a Câmara desejasse gastar regularmente tal
dinheiro deveria apenas solicitar a devolução de tais valores e não
dizer que o cheque tinha sido roubado ou extraviado.

Outra prova de má-fé é o fato de do cheque ter


sido depositado na conta da Prefeitura Municipal de Miguelópolis.
DOS FUNDAMENTOS LEGAIS

A presente medida encontra embasamento


legal no Artigo 813 inciso II, letra “b”, do Código de Processo Civil.
Art. 813: O arresto tem lugar :

I - ....
II –Quando o devedor que tem domicílio:
a. ....
b. caindo em insolvência aliena, ou tenta alienar bens
que possui; contrai ou tenta contrair dívidas
extraordinárias, põe ou tenta pôr os seus bens em
nome de terceiros; ou comete outro qualquer
artifício fraudulento, a fim de frustrar a execução ou
lesar credores.

Nesse sentido é o entendimento dos nossos


Tribunais:
EMENTA: PROCESSO CIVIL. CAUTELAR DE ARRESTO.
PRESENÇA DOS REQUISITOS LEGAIS. DEFERIMENTO.
Segundo o art. 813, II, `b¿, do Código de Processo Civil,
quando se tratar de devedor com domicílio certo, o arresto
será concedido quando este, caindo em insolvência, aliena ou
tenta alienar os bens que possui. Se a prova produzida
ampara o receio contido na inicial de que o devedor, de dívida
líquida e certa, estaria buscando se desfazer de seus bens, se
mostram presentes os requisitos legais para o arresto,
devendo, portanto, ser deferido, mormente se há
oferecimento de caução. AGRAVO A QUE SE NEGA
SEGUIMENTO. (AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 70011555760,
NONA CÂMARA CÍVEL, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS,
RELATOR: MARILENE BONZANINI BERNARDI, JULGADO EM
06/05/2005
O fumus boni iuris caracteriza-se pela existência
da dívida entre o requerente e o requerido, consubstanciada no
Cheque em anexo (que foi depositado na conta da Prefeitura)
que instrui a presente ação. Mas não basta a existência da
dívida que possa caracterizar o fumus boni iuris, para a
concessão do Arresto.

Como toda e qualquer medida cautelar, o Arresto


exige, também o periculum in mora, que no caso se revela por
situações fáticas determinadas, as quais, se presentes, fazem
presumir a necessidade da medida, independentemente de
qualquer outra indagação.

A necessidade da medida se faz presente,


tendo em vista que o motivo da sustação, roubo ou extravio, nunca
ocorreu, deixando clara a intenção do presidente de gastar os valores
no período que os mesmos ficarem em conta, alegando que o valor e
conta “desapareceu” em face do roubo ou extravio.

Fica clara a intenção da Câmara de devolver


tais valores, pois a própria instituição depositou o cheque na conta da
Prefeitura.
Outro perigo na demora de tal repasse esta no
fato de que tais valores devem ser entregues para a Prefeitura até o
final do exercício do contrario os administradores terão problemas
com o Tribunal de contas, incluindo o requerente.

Outro fator a ser levado em consideração é a


obrigatoriedade do arresto neste determinado caso:

Art. 816. O juiz concederá o arresto


independentemente de justificação prévia:
I - quando for requerido pela União, Estado ou Município,
nos casos previstos em lei;
Portanto é necessário imediato arresto de tais
valores para a proteção do patrimônio público.

DO PEDIDO

Assim, serve a presente para requerer a Vossa


Excelência que conceda liminarmente, inaudita altera parte a medida
Cautelar de Arresto do valor de R$ 118.300,00 (cento e dezoito mil e
trezentos reais) na conta 13-000052-8, agência 0251-8, no banco
Nossa Caixa S.A. situado a Avenida Leopoldo C. Oliveira, 1196,
Miguelópolis/SP, em nome da requerida, a fim de garantir futura Ação
de Execução a ser intentada pelo requerente, expedindo-se o
respectivo mandato com urgência para o banco mencionado.

Requer-se, ainda, a citação do requerido, para


os termos da presente ação, para que no prazo legal de 05 (cinco)
dias – art. 803 CPC, ofereça a defesa que tiver, sob pena de não o
fazendo, serem presumidos como verdadeiros os fatos alegados pelo
autor na peça exordial (artigo 319 do Código de Processo Civil).

Ao final, seja a presente ação JULGADA


PROCEDENTE, convertendo-se o ARRESTO em penhora, que
deverá garantir o juízo na Ação de Execução por Título Extrajudicial a
ser proposta pelo requerente no prazo legal de 30 dias, previsto no
artigo 806 do Código de Processo Civil

Pretende-se demonstrar a veracidade dos fatos


por todos os meios de prova em direito admitidas, especialmente pelo
depoimento pessoal do requerido, oitiva de testemunhas e todas as
que se fizerem necessárias, que ficam desde já requeridas.

Atribui-se à causa o valor de R$ 118.300,00


(cento e dezoito mil e trezentos reais).

Termos em que
Pede e espera deferimento
Data
Assinatura

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