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Os valores e as carreiras

Luís Portela, Médico e administrador de empresas

Recentemente, ouvi um orador defender em público


que lhe parecia que no mercado de trabalho se estão
a preferir os profissionais que se procuram enquadrar
nos valores universais, dando-se-lhes maior
importância do que às capacidades técnicas. Alguns
ouvintes pareceram não concordar, mas uma parte
significativa da audiência - em que me incluo -
mostrou concordância.

Claro que estamos numa época em que se valorizam


as apetências técnicas de um qualquer profissional,
quer em termos de formação escolar quer em termos
de experiência adquirida quer em termos de formação
continuada. Os níveis de formação médios são cada
vez mais elevados e a experiência profissional -
especialmente se bem sucedida - é muito valorizada.

Contudo, o que parece fazer realmente a diferença é a


postura da pessoa perante a vida. Ser honesto e
verdadeiro, trabalhador dedicado, procurar ser
correcto e, se possível, delicado com tudo e com
todos, respeitador, com uma atitude
permanentemente construtiva, procurando sempre
fazer parte das soluções e nunca dos problemas, terá
de ser muito valorizado. Até porque, quando os
profissionais assumem esses valores, tornam-se
responsáveis e, muitas vezes, criativos e
empreendedores.

Talvez os pais e os educadores em geral devam ser


sensibilizados para esses aspectos, de modo a poder
conquistar e orientar os filhos e outros educandos
para as vantagens da assunção dos valores
universais. Quando os jovens são sensibilizados para
esses aspectos e os assumem vão, com naturalidade,
desenvolvendo-os, pela sensação de consciência
tranquila, estando de bem consigo próprio, que lhes
dá prazer interior. Mas também por perceberem que,
dessa forma, ampliam a sua capacidade de
realização, podendo ir mais além no desempenho das
suas actividades.

Assim se forjam profissionais competentes e cidadãos


cumpridores, que são procurados e valorizados no
mercado de trabalho. Assim se iniciam e desenvolvem
carreiras de sucesso, com grande satisfação dos
próprios e das organizações que servem.

Claro que cada vez mais se exigem maiores níveis de


formação, mas a oferta é também cada vez maior,
pois o número de licenciados e mesmo de mestres e
doutores é crescente e sê-lo-á provavelmente cada
vez mais, dadas as tendências nesse sentido na
Europa e no Mundo em geral. Pelo que um elevado

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nível de formação se torna cada vez mais uma


exigência apenas básica.

A experiência profissional bem sucedida poderá fazer


a diferença, mas, para quem começa ou para quem
quer ascender, parece que um bom carácter, forjado
na defesa dos valores universais, será, mais que tudo,
decisivo. Decisivo para conquistar as boas
oportunidades, mas também para corresponder
apropriadamente, progredindo e fazendo progredir.

Luís Portela escreve no JN, quinzenalmente, às


quartas-feiras

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