EAD

A Educação a Distância
Contribuindo para o Futuro do Brasil

Alunos
Flávio Lima
Marcelo Pimenta
Marcio Pereira Basílio
Marco A. Lessa
 Objetivos Pedagógicos

• Conceituar EAD - Educação a Distância;

• Reconhecer os desafios da EAD no Brasil;
• Discriminar as principais etapas do processo evolutivo da
EAD no Brasil;
• Apontar os principais elementos da legislação brasileira a
cerca da EAD no Brasil;
• Conhecer alguns exemplos internacionais de EAD em
universidades;
• Conhecer a estrutura de um projeto de EAD desenvolvido no
Brasil;
• Refletir sobre as possibilidades da utilização da EAD no
contexto brasileiro.

1
Educação a Distância

?
 O que é Educação à Distância (EAD) ?

EAD é a modalidade de educação em que

as atividades de ensino-aprendizagem são
desenvolvidas majoritariamente (e em bom
número de casos exclusivamente) sem que
alunos e professores estejam presentes no
mesmo lugar à mesma hora.
A EAD utiliza os mais diversos meios de
comunicação, isolados ou combinados
como, por exemplo: material impresso
distribuído pelo correio, transmissão de rádio
ou TV, fitas de áudio ou de vídeo, redes de
computadores, sistemas de teleconferência ou
videoconferência, telefone.

FONTE: ABED (http://www.abed.org.br) 3

 Educação à Distância e e-learning ?

e-Learning: Inclui uma ampla gama de

aplicações e processos, tais como
aprendizagem baseada na Web, no
computador, aulas virtuais, colaboração
digital. Inclui a entrega de conteúdos
através da Internet, extranet, intranet,
(LAN/WAN), áudio e vídeo, transmissão
via satélite, televisão interativa
e CD-ROM.

A educação a distancia não exclui a aula

tradicional. A definição de educação a
distancia é mais ampla que a definição
de e-Learning.

FONTE: EXPANSÃO CONSULTORIA (http://www.ecdm.com.br) 4

 Aspectos ligados a EAD

• Facilita o acesso à educação;

• Redução de custos;
• Proporciona a autonomia e o auto-aprendizado;
• Estimula a educação continuada;
• Necessita de maior esforço, motivação disciplina e organização do aluno;
• Apresenta limitações quanto a socialização do aluno;
• Dificuldades para o preparo, atualização e acompanhamento dos cursos;
• Alto custo de implantação da infra-estrutura;
• Dificuldades na interação entre alunos e professores, necessitando de uma
pedagogia especial;
• Estigma histórico de uma educação de segunda categoria.

5
 Desafios da EAD no Brasil

“é preciso que, o virtual não se sobreponha nunca o

virtuoso. Mas é preciso, cada vez mais, que o virtuoso
se aproxime e se acerque da tecnologia e a utilize, até
para se tornar mais virtuoso e fazer com que a
educação e as virtudes dela decorrentes, possam,
conseqüentemente contribuir para uma sociedade
melhor” (Eduardo Portella 1999)

Apesar do caráter supermoderno do mundo,

presenciamos taxas elevadas de analfabetismo, de
exclusão social, e de exclusão educacional,
traduzindo questões prioritárias, fruto de um longo
passivo histórico. (Fátima Bayma 2004)

6
 Desafios da EAD no Brasil

• População Brasileira: 181.568.030 pessoas (IPEA 2002);

• 31,27% da população abaixo da linha de pobreza (IPEA 2002);

• Renda média dos assalariados: R$ 53,40 (IPEA 2005);

• Taxa de desemprego de 9,4% (IBGE 2005);

• 12,4% da população analfabetos (IBGE 2001);

• 27,3% da população de analfabetos funcionais (IBGE 2001);

• Em 353 dos 5.507 municípios pesquisados: mais de 10% da população

possuem computadores em casa (PNUD 2000);

• Em 2.281 dos 5.507 municípios pesquisados: menos de 10% da

população possuem telefone em casa (PNUD 2000).

7
 Desafios da EAD no Brasil

Percentual de pessoas de 18 a 24 anos com Taxa de acesso à Internet dos domicílios

acesso a curso superior (PNUD 2000) particulares permanentes (PNAD 2002)

Cerca de 4.900 municípios possuem menos de 10% da população Média no Brasil de acesso doméstico
de 18 a 24 anos com acesso a curso superior à Inernet é de 10,33%
8
Evolução da EAD no Brasil
 Primeiro Ciclo (1900 – 1960)

Em 1904
– Escola Internacional

Em 1939
– Instituto Monitor

Em 1941
– Instituto Universal

10
 Segundo Ciclo (1960 – 1990)

– Projeto Minerva

– Projeto Saci

– Novela "João da Silva"

11
 Terceiro Ciclo (1990 – 2000)

– TV Escola

– Salto Para o Futuro

– Proinfo

– E-Proinfo
– Criação da ABED

– Telecurso 2000

12
 Quarto Ciclo (2000 – hoje)

– Portais Educativos

– Consórcios de Universidades

– Educação coorporativa

– Criação da ABEC

13
Regulamentação da
EAD no Brasil
 Regulamentação da EAD no Brasil

Em 1996
– Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional

Em 1998
– Decreto nº 2.494;
– Decreto nº 2.561;
– Portaria Ministerial nº 301.

Em 2001
– Resolução nº 1 do Conselho Nacional de Educação.

Em 2004
– Portaria Ministerial nº 4.059;
– Portaria Ministerial nº 4.361.

15
 Regulamentação da EAD no Brasil

LDB
– Art. 80º. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de
ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação
continuada.
– .........
– § 2º. A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de
diploma relativos a cursos de educação a distância.
– ........
– § 4º. A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá:
• I – custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de
sons e imagens;
• II- concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas;
• III – reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários
de canais comerciais.

16
 Regulamentação da EAD no Brasil

Decreto nº 2494/98
– Art. 1º. Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a
mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de
informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação.
– .........
– Art. 2º. Os cursos a distância que conferem certificados ou diplomas de conclusão do ensino fundamental
para jovens e adultos, do ensino médio, da educação profissional, e de graduação serão oferecidos por
instituições públicas ou privadas especificamente credenciadas para esse fim........
– ........
– § 4º. O credenciamento das instituições e a autorização dos cursos serão limitadas a cinco anos, podendo ser
renovadas após a avaliação.
– .......
– Art 4º Os cursos distância poderão aceitar transferências e aproveitar créditos obtidos pelo alunos em
cursos presenciais, da mesma forma que as certificações totais ou parciais obtidas em cursos a distância
poderão ser aceitas em cursos presenciais.
– .......
– Art 6º Os certificados e diplomas de cursos a distância emitidos por instituições estrangeiras, mesmo
quando realizadas em cooperação com instituições sediadas no Brasil, deverão ser revalidados para
gerarem efeitos legais, de acordo com as normas vigentes para o ensino presencial.
– Art 7º A avaliação do rendimento do aluno para fins de promoção, certificação ou diplomação realizar-se-a
no processo por meio de exames presenciais........
– Art 8º.........
– § 2º Os exames dos cursos de educação profissional devem contemplar conhecimentos práticos,
avaliados em ambientes apropriados.

17
 Regulamentação da EAD no Brasil

Portaria Ministerial 4.059/04

– Art. 1º. As instituições de ensino superior poderão introduzir, na
organização pedagógica e curricular de seus cursos superiores
reconhecidos, a oferta de disciplinas integrantes do currículo que
utilizem modalidade semi-presencial, com base no art. 81 da Lei n.
9.394, de 1.996, e no disposto nesta Portaria.

– § 1º. Para fins desta Portaria, caracteriza-se a modalidade semi-

presencial como quaisquer atividades didáticas, módulos ou unidades de
ensino-aprendizagem centrados na auto-aprendizagem e com a
mediação de recursos didáticos organizados em diferentes suportes de
informação que utilizem tecnologias de comunicação remota.

– § 2º. Poderão ser ofertadas as disciplinas referidas no caput, integral

ou parcialmente, desde que esta oferta não ultrapasse 20 % (vinte por
cento) da carga horária total do curso.

18
 Instituições Credenciadas
pelo MEC por Região

30
27
25

20 19

15 13
11 11
10 8 8
5
5 3
1
0
Sudeste Sul Nordeste Centro-oeste Norte

Curos de Graduação EAD Pós-graduação Lato-sensu EAD

Fonte: Site do MEC

19
 Tipo Instituições Credenciadas
pelo MEC no Brasil

35
35
30
25 23
20
15 14
15
10
10
5
5 3 2
0
Federal Estadual Particular Comunitária

Curos de Graduação EAD Pós-graduação Lato-sensu EAD

Fonte: Site do MEC

20
 Credenciamento de instituições
de ensino por ano
Emissão de pareceres favoráveis

30
26
25 24

20
17
15

10 8 9 8
6
5 3 3
2 12 2
0 0
1998 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Curos de Graduação EAD Pós-graduação Lato-sensu EAD

Fonte: Site do MEC
21
 Cursos de Graduação EAD em 2003

39
40
35
30
25
20
15
7
10
2 2 1 1
5
0
Formação de Prodessores Pedagogia Biologia
Administração Educacional Negócio internacional Administração

Fonte: MEC/INEP/DEAES
22
 Evolução dos Cursos
de Graduação EAD

60
52
50 46

40

30

20 16
10
10

0
2000 2001 2002 2003

Cursos de Graduação EAD

Fonte: MEC/INEP/DEAES
23
Experiências internacionais
de EAD em Universidades
 Experiências Internacionais em EAD

– Excelsior College

– University of Southern
Queensland

– Indira Gandhi National Open

University

25
Experiência CEDERJ
 A experiência do CEDERJ

• Brasileiros entre 18 a 24 anos que freqüentam o ensino superior: 10%.

Na Bolívia essa média é 20%, no Chile 30%, países desenvolvidos >50%.
Pior situação que o Brasil, na América Latina e Caribe, só o Haiti.

• Expansão da oferta do ensino superior pública reprimida;

• Qual o impacto disso no futuro do nosso país ?

• Um modelo de solução surge no estado do Rio de Janeiro: CEDERJ

Consórcio de Educação Superior a Distância do Rio de Janeiro, formado
por 6 universidades públicas (UFRJ, UERJ, UFF, UNIRIO, UENF e UFRRJ),
prefeituras municipais e governo do Estado, criada em março de 2002;

• Missão: Democratizar o acesso ao ensino superior público, gratuito e de

qualidade utilizando a metodologia a distância.

27
 Cursos oferecidos pelo CEDERJ

• No vestibular 2005, o CEDERJ oferece vagas para os seguintes cursos:

- Curso de Licenciatura em Matemática (UFF);
- Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas (UENF e UFRJ);
- Curso de Licenciatura em Física (UFRJ);
- Curso de Pedagogia para as Séries Iniciais do Ensino Fundamental (UERJ);
- Curso de Tecnólogo em Processamento de Dados (UFF).

• Cursos regulares de educação continuada para professores nas áreas de:

- Biologia;
- Física;
- Matemática;
- Geografia;
- Química;
- Geologia;
- Informática Educativa.

• Curso de pré-vestibular social.

28
 CEDERJ em Números

Número total de alunos: 16.000

Alunos na graduação e licenciatura: 6.000

Alunos no pré-vestibular social: 7.500

Alunos em cursos de educação continuada: 2.500

Número total de pólos de ensino: 18

Número de postos regionais: 3

Meta para 2005: + 6.000 vagas*

* O número total de vagas oferecidas representará 1/3 das vagas oferecidas ao

na modalidade presencial, na soma das universidades públicas do estado.
29
 Metodologia utilizada pelo CEDERJ

• Entender EAD como um composto formado por 3 elementos principais:

material didático, interatividade e avaliação;
• Corpo docente pertencente as universidades consorciadas;
• Material Didático: material impresso e para web preparado especificamente
para o CEDERJ, pela própria equipe da CEDERJ. Sendo o material impresso
considerado como a base do curso. O material web assume uma configuração
mais interativa, complementar ao material impresso;
• Interatividade: O aluno tem de estar permanentemente interagindo com os
estudos. Fator considerado primordial para o sucesso de um curso de EAD. A
interação se dá de forma de uma tutoria presencial (pólos e postos regionais)
e a distância. Oferecimento de uma infra-estrutura “real” de atendimento com
laboratórios de informática, Física, Química, Biologia, bibliotecas e salas de
estudo, além da plataforma “virtual”;
• Avaliação: A credibilidade dos cursos de EAD é considerada muito importante
e intimamente ligada a avaliação dos alunos. A avaliação é essencialmente
presencial, com o mesmo rigor dos cursos presenciais.
30
 Conclusões - CEDERJ

• Inicio dos trabalhos em novembro de 2001

(licenciatura em Matemática na UFF) com 4 pólos
regionais disponibilizando 160 vagas;
• Em 2004 já eram oferecidas 3.600 vagas em 18
pólos e postos regionais;
• Em 2005 a meta será oferecer mais 6.000 vagas;
• Constatação de que a maior parte dos alunos
trabalha e contribui total ou parcialmente para o
sustento da família e já concluíram o curso de
ensino médio há bastante tempo.
• Aumento da taxa de retenção de alunos,
semelhante aos cursos tradicionais;
• Resultados mostram que a educação superior a
distância é um poderoso instrumento de
democratização do acesso ao ensino superior
público e de qualidade.
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 Regulamentação da EAD no Brasil

Em 1996
– Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional

Em 1998
– Decreto nº 2.494;
– Decreto nº 2.561;
– Portaria Ministerial nº 301.

Em 2001
– Resolução nº 1 do Conselho Nacional de Educação.

Em 2004
– Portaria Ministerial nº 4.059;
– Portaria Ministerial nº 4.361.

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