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Quarentão, este deve ser algo a si pensar, tem muitas histórias vividas e

outras para viver, mas parece que o passado foi ontem o futuro daqui a
pouco e o presente uma incógnita. Assim é que eu pensava, veja bem,
pensava. Você se torna um usuário do sistema e se conforma com a
mesmice da vida segura e cheia de padrões, ai a vida mos coloca em
situações que seus conceitos são questionados. Hoje sou separado, vivo só,
mas vivo! Faço o que gosto vivo com o que tenho, e sempre estou apto a
mudar. Mas não foi sempre assim, pois fui casado com uma mulher
maravilhosa, linda em sua forma humana e magnífica em espírito, foram
cinco anos de namoro e vinte e quatro anos de casado, tivemos três filhos
que são a maior parte da minha felicidade e uma neta que é só coisa boa.

Mas como todos os casais que conheço, entramos no sistema e na mesmice


da vida. Trabalho, Casa, Trabalho, Casa. Isto com os anos se tornam tão
normal que esquecemos que somos pessoas, e que o sentimento e o
combustível da vida e não uma suposta segurança. O amor não acaba nas
esfria os sentimentos já não são vividos intensamente, pois o dia-a-dia os
tornam normais. A vida esta sempre mudando, e quem esta apto a
mudança aprende a esperar o momento e não o deixa fugir. Foi assim certa
noite quando voltava do trabalho, uma conversa com minha filha Barbara,
uma menina de dezesseis anos bela e inteligente e que aprendeu a
observar o mundo de outro prisma, mesmo sendo tão jovem. Ela me conta
uma história sobre uma cidade que o seu cemitério era extraordinariamente
lindo, todo em mármore branco e árvores frutíferas, e que em todas as
lapides havia uma poesia. Mas o mais estranho ao que ali chega pela
primeira vez e que além das poesias havia inscrições relatando os anos
vividos por cada pessoa, mas que não passavam de cinco a dez anos.
Perguntei então porque as pessoas viviam tão pouco. Ela me respondeu que
os anos escritos nas lapides eram os amos realmente vividos, e continua a
contar a história. Cada pessoa quando descobria o sentido da vida, não
importando a idade, daquele dia em diante escreveria em um diário os
momentos que realmente se sentia viva, não importava se os momentos
eram alegres ou tristes, deveria escrever o momento com horas e data, pois
assim ao termino de sua vida seriam somados estes momentos em anos e
escritos em sua lapide.

Naquele momento não dei muita atenção aquela história, mas ao chegar em
casa, tomei um banho, fiz um lanche e foi para meu escritório como sempre
fazia.

Mas naquele momento quando liguei o computador, em vez de começar a


trabalhar como sempre fazia primeiro coloquei um CD de Raul Seixas e a
musica que tocou era Metamorfose o que me fez recordar da história que
Barbara tinha me contado. Algo diferente estava acontecendo, pois me senti
só e buscava na lembrança algum momento que realmente eu vivi, como
contava a história. Recheada pela musica de Raul, que não se conformava
com a mesmice como dizia o refrão “Prefiro ser esta metamorfose
ambulante, a ter esta velha opinião formada sobre tudo”, pode perceber
que eram já distantes ou raros os momentos que realmente me sentia vivo.

Assim a noite foi se passando, e em minhas lembranças, com muito custo


foi buscando o que me fazia feliz. O sol já invadia o meu escritório e meus
olhos ainda estavam abertos, mas não olhava o natural e sim o meu interior
buscando minhas lembranças.

- Pai! Pai! Você esta bem! Perguntou Barbara minha filha.

Demorei a responder, pois sua voz parecia estar longe, mas ao tocar-me
Barbara me despertou do transe que as lembranças havia me levado.

- Sim filha, estou bem!

- O senhor já esta atrasado!

Já vou, já vou!

Mesmo voltando a vida normal, sentia algo diferente, daquele dia em diante
comecei a questionar a minha vida, a valorizar meus sentimentos. E com o
passar dos dias minha vida foi mudando.

Bom aqui começa esta aventura de minha vida, tenho uma ONG de incluso
Digital “Comunidade da Lojinha”, onde ensino juntamente com meus
amigos Informática aos jovens mais carentes de nossa comunidade. Esta
ONG fica numa sala pequena na frente de minha casa, mas isto é outra
história.

Um dia Júnior um amigo que freqüentava a ONG, e também um dos


professores, me convidou para fazermos vestibular junto na faculdade
Objetivo de Goiânia, onde morávamos. Relutante, pois havia mais de vinte
anos que não freqüentava uma sala de aula, e por isto achava que não
estaria apto a fazer as provas. Mas algo me incomodava,

Pesaram os dias, e eu continuava minha vida normal, trabalho, ONG e casa.


Meu relacionamento com minha família estava em crise, mas não queria
mudanças. Havia acostumado a viver a vida de meus filhos deixando de
lado minhas próprias vontades. O meu casamento também já não havia
mais sentimento, éramos apenas pessoas que se acostumaram a viver
juntos, apesar de ter um enorme carinho por Amélia minha esposa.

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