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Excelentíssimo (a) Senhor (a) Juiz (a) de Direito do ____ Juizado

Especial Cível da Comarca da Capital:

Robson Herrero, brasileiro, casado, empresário, RG nº


267963129/SSP-SP, CPF nº 275.205.168-90, residente e domiciliado na Rua
Severino Massa Espinelli, 381, apt. 1902, Tambaú, João Pessoa-PB,
representado por seu advogado no final assinado, constituído conforme
instrumento procuratório anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência propor a presente

Ação Ordinária de Rescisão Contratual


c/c Indenização por Perdas e Danos Materiais e Morais

contra Isac Veloso da Cunha, brasileiro, solteiro, construtor, RG nº


1756136/SSP-PB, CPF nº 917.059.244-68, com endereço à Rua Severino Massa
Espinelli, 381, apt. 2004, Tambaú, João Pessoa-PB, com base nas razões de fato
e de direito a seguir expostas resumidamente.

Dos Fatos

O autor, objetivando executar obra de construção de sua


residência pessoal, contratou com o réu o fornecimento de mão de obra para
concretização da obra, consoante se observa do Contrato de Construção –
Empreitada e seu Anexo (cópia acostada), firmado a 23 de julho de 2009.

Pelo contrato, o promovido se obrigara a construir uma


residência unifamiliar, medindo 330m², localizada no Condomínio Residencial
Cabo Branco Privê, Lotes 268 e 280, Quadra 760, nesta Capital, com prazo de
entrega de oito meses a contar da assinatura do contrato (Cláusulas 1ª e 10ª do
Contrato) mediante a remuneração contida no mesmo instrumento (Cláusula
11ª e Anexo).

1
Assim, em 23 de julho de 2009, o autor pagou a quantia de R$
10.000,00 (dez mil reais), a título de sinal, para limpeza do terreno, fundação e
alvenaria (1ª etapa do cronograma); em 21 de setembro de 2009, pagou R$
2.000 (dois mil reais), para aquisição de tijolos e, por fim, R$ 1.600,00 (um mil
e seiscentos reais), para pagamento de mão de obra.
Apesar de haver honrado com o pagamento das citadas
parcelas, totalizando R$ 13.600,00 (treze mil e seiscentos reais), o promovido
não cumpriu o avençado, passando a se esconder do autor desde então. Dentre

as obrigações pactuadas, pasmem, o réu apenas providenciou a


limpeza do terreno, primeiro item do cronograma ajustado, suspendendo,
sem justa causa, a execução das obras.
Não é difícil imaginar o prejuízo e o transtorno provocados pelo
réu que deliberadamente se omitiu de construir o imóvel objeto do contrato. E o
que é mais grave: locupletou-se ilicitamente dos valores pagos pelo autor, já que
deixou de cumprir as etapas contratadas.
Quanto ao prazo para entrega da obra, este expirou-se em
março do corrente, havendo o promovido, repita-se, providenciado apenas a
limpeza do terreno, mesmo ante o pagamento de R$ 13.600,00 (treze mil e
seiscentos reais), equivalente a quase 30% do valor total da obra.
Com a devida vênia, tal conduta, pode-se dizer, é, no mínimo,
CRIMINOSA, eivada da mais cruel ilicitude e coberta pelo manto da má-fé, digna
da mais dura reprimenda por parte da Justiça que não deve deixar impune
tamanha afronta à lei. Estelionato, golpe, fraude, furto, mesmo não os sendo
tecnicamente, expressam quão repugnante a conduta adotada.
Destaque-se, ainda, que o cunhado do autor, Sr. Marcelo
Medeiros, foi, nos mesmos moldes, lesado pelo promovido e igualmente ajuíza
Ação visando a reparação dos danos sofridos.

Do Direito

Deflui-se da narração dos fatos que o contratado/promovido


suspendeu a execução da empreitada sem justa causa, posto que, mesmo
mediante o pagamento de quase 30% do valor total do contrato e já transcorrido
o prazo ajustado, apenas promoveu a limpeza do terreno.
O Código Civil Brasileiro disciplina em seu art. 624 a matéria.
Assim, vejamos:

“Art. 624. Suspensa a execução da empreitada sem justa causa,


responde o empreiteiro por perdas e danos.”

2
Ademais, na formação do contrato, constou expressamente
pacto comissório, preceituado no sentido de que o inadimplemento das
prestações importaria imediata rescisão contratual.
É o princípio da força obrigatória dos contratos (pacta sunt
servanda), a qual assevera ORLANDO GOMES, em sua obra "Contratos", 12ª
Edição, 1991, página 38, Editora Forense:

"O princípio da força obrigatória consubstancia-se na regra de que o


contrato é lei entre as partes. Celebrado que seja, com observância de
todos pressupostos e requisitos necessários à sua validade, deve ser
executado pelas partes como se suas cláusulas fossem preceitos
legais imperativos. O contrato obriga os contratantes, sejam quais
forem as circunstâncias em que tenha de ser cumprido. Estipulado
validamente seu conteúdo, vale dizer definidos os direitos e
obrigações de cada parte, as respectivas cláusulas têm, para os
contratantes, força obrigatória. Diz-se que é intangível, para
significar-se a irretratabilidade do acordo de vontades. Nenhuma
consideração de eqüidade justificaria a revogação unilateral do
contrato ou a alteração de suas cláusulas, que somente se permitem
mediante novo concurso de vontades. O contrato importa restrição
voluntária da liberdade; cria vínculo do qual nenhuma das partes
pode desligar-se sob o fundamento de que a execução a arruinará ou
de que não o teria estabelecido se houvesse previsto a alteração
radical das circunstâncias. Essa força obrigatória atribuída pela
lei aos contratos é a pedra angular da segurança do comércio
jurídico”

Restando descumprido o liame obrigacional com a comprovada


mora por parte do requerido, busca-se a rescisão do contrato firmado entre as
partes, sem prejuízo das perdas e danos, conforme preceituam os arts. 624 e
927, ambos do Código Civil Brasileiro, uma vez que o suplicante experimentou
amargo prejuízo e foi vítima de inescrupuloso golpe.
Note que a conduta assumida pelo réu, além de haver lesionado
o patrimônio material do autor, representou desgastante experiência,
provocando-lhe reiterados dissabores, sendo o mais grave deles a
impossibilidade de desfrutar, junto com sua família, de seu lar, sua morada,
como já há muito programado. O sonho de mudar com a família para a nova
casa foi levianamente transformado em frustração, exclusivamente ante a
deliberada omissão. Salta aos olhos, portanto, o dano moral praticado pelo réu e
suportado pelo autor.

Do Pedido

Pelo exposto, vem o autor requerer a citação do réu no endereço


declinado, para que, querendo, conteste a presente lide, sob pena de revelia,

3
para, após o decurso do prazo para resposta, com ou sem estas, ser a presente
lide julgada totalmente procedente e, por sentença nos autos, ser decretada a
rescisão contratual reclamada, condenando-se o réu a indenizar o autor pelo
dano material sofrido, ou seja, R$ 13.600 – treze mil e seiscentos reais,
acrescidos de juros e correção monetária, como também pelos danos morais
suportados, este em montante a ser fixado por esse r. Juízo.
Requer provar o alegado por todos os meios de prova admitidos
em juízo, não só pelos documentos acostados aos autos, mas ainda por outros
que poderá juntar ao processo, inclusive, depoimento pessoal do réu que fica,
desde já, expressamente requerido, sem prejuízo da produção de outras que se
venham fazer necessárias.
Dá-se a causa o valor de R$ 20.400,00 (vinte mil e
quatrocentos reais).
Termos em que requer e espera deferimento.
João Pessoa - PB, janeiro de 2010.

José Samarony de Sousa Alves


Advogado OAB/PB 11243

Soraya Chaves de Sousa Alves


Advogada OAB/PB 10576

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