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DIAGNÓSTICO DA CADEIA PRODUTIVA

DA PESCA MARÍTIMA NO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO

MARCELO VIANNA
12/08/09
FAERJ – SEBRAE-RJ – SENAR-RJ – REDETEC - UFRJ
MAS O QUE É PESCA?
Art. 36. Para os efeitos da Lei (n.º 9.605,
12 de fevereiro de 1998), considera-se
pesca todo ato tendente a retirar, extrair,
coletar, apanhar, apreender ou capturar
espécimes dos grupos peixes,
crustáceos, moluscos e vegetais
hidróbios, suscetíveis ou não de
aproveitamento econômico, ressalvadas
as espécies ameaçadas de extinção,
constantes nas listas oficiais de fauna e
flora.
MAS O QUE É PESCA?
DIFERENTES TIPOS DE PESCA
MAS O QUE
(PESCA = PESCADOR...)
É PESCA...
Lei da Pesca 29 de junho de 2009

• Esportiva/ Recreativa (amadora)


• Subsistência (amadora/profissional)
• Científica
• Comercial (profissional)
» pequena escala (artesanal)
» média escala
» industrial
MAS O QUE É PESCA?

ECONÔMICO TECNOLÓGICO
PRODUÇÃO ESTRUTURAL

SOCIAL LEGAL

PESCA
COMO FAZER?
Convite à interdisciplinaridade
Uso de dados oficiais e obtidos no campo
QUEM SOMOS?
QUEM SOMOS?

SOCIAL ....
• Local onde surgiram as primeiras armações de pesca do Brasil,
no início do século XVII.
• A pesca foi responsável pela ocupação do território do RJ e
fundação de diversas cidades no entorno das lagunas e baías.
• A pesca representa uma das principais atividades econômicas
de diversos municípios, empregando em todas as etapas da
cadeia produtiva.
• Durante várias décadas o Estado do Rio de Janeiro foi o
principal pólo pesqueiro industrial do Brasil. Desembarcando
inicialmente as baleias e a partir dos anos de 1970, camarões e
sardinhas.
QUEM SOMOS?

PRODUÇÃO ....
• A terceira maior costa marinha do Brasil.

• O desembarque de pesca fluminense apresenta uma receita


anual de cerca de 180 milhões de reais (dados oficiais de
2006), na primeira comercialização.
• Corresponde ao terceiro estado brasileiro em produção de
pescado e o primeiro da região Sudeste.
• Maior produtor de pescados de fundos duros, tais como
batatas, namorados, pargos, etc...
• A captura pesqueira nos últimos anos está estável, tendo até
um pequeno aumento. Sendo baseada em pescados pelágicos,
tais como a sardinha-verdadeira e o bonito-listrado.
QUEM SOMOS?

ECONOMIA
QUEM ....
SOMOS ....
• A pesca formal mostra grande redução no número de
empresas, empregos, exportação e recursos, em 10 anos.
• Parte do segmento industrial está super dimensionado.
• Houve perda de competitividade do pescado em função da
alta do preço, pela queda da produção e elevação dos custos
de captura, em detrimento da redução do preço de aves e
suínos.
• Entretanto o RJ importa pescados para suprir a oferta
primária e outros Estados, como por exemplo Santa Catarina,
traçaram caminho inverso, com aumento, no período, nos
mesmos quesitos da economia formal, onde o RJ teve
perda.
QUEM SOMOS?

ECONOMIA
QUEM ....
SOMOS ....
• Diferente da média nacional, quem come pescado no RJ
são as classes mais altas à procura de um alimento
saudável e pouco calórico.
• O RJ tem, se não a maior, uma das maiores demandas per
capita de pescado do Brasil. O consumo é direcionado ao
pescado de origem marinha extrativista.
• A exportação de pescado do RJ é feita por avião e é de
peixes frescos ou resfriados, com maior valor agregado.
• As capturas são baseadas em pescarias costeiras, que
operam sobre estoques totalmente explorados ou já
sobrepescados.
QUEM SOMOS?

TECNOLOGIA ....
QUEM SOMOS ....
• A análise tecnológica da frota e petrechos de pesca
mostram que a atividade esta baseada em materiais e
tecnologias antigas.
• A frota atuante é em sua maioria proveniente de
construções realizadas na década de 70.
• Não houve no RJ um programa de transferência de
conhecimentos da pesquisa para o setor produtivo. A
tecnologia presente na pesca, ainda é a que os imigrantes
trouxeram.
• As embarcações são predominantemente de madeira não
certificada e usam o mesmo projeto básico independente da
arte de pesca ou distância da costa que opere.
QUEM SOMOS?

INFRA-ESTRUTURA ....
QUEM SOMOS ....
• Os principais pontos de desembarques pesqueiros do
Estado têm associado uma série de serviços que atendem
a atividade pesqueira, mas de modo inadequado.

• A esmagadora maioria representa iniciativa pessoal de


pequenos empresários e profissionais autônomos, muitas
das quais na informalidade.

• A presença do poder público quase não é notada,


refletindo claramente a falta de políticas publicas de apoio
ao setor produtivo da pesca no Rio de Janeiro.
QUEM SOMOS?

LEGISLATIVO .... ....


QUEM SOMOS

• Existe um excesso de normativas, o que dificulta tanto o


usuário de se manter atualizado, quanto o Estado de
efetivamente fazer cumprir essas regulamentações.

• O exagero no número de normas não representa


eficiência. Existem regras sobrepostas, com contradições e
que quando publicadas não revogam a vigência das
anteriores.
CENÁRIO ATUAL
CENÁRIO ATUAL ....
» Apesar do panorama negativo, as
perspectivas para a pesca industrial
podem ser promissoras. Faz-se
necessário uma maior participação
do Poder Publico como gestor e a
utilização dos diferenciais do Estado
como produtor de um pescado de
qualidade.

» A grande costa do RJ contem


características que propiciam
elevada produção pesqueira. No
litoral do Estado ocorre o único
fenômeno de ressurgência costeira
do Brasil. O RJ apresenta uma costa
entrecortada por lagoas costeiras,
manguezais e baias estuarinas, que
servem de criadouro para peixes e
crustáceos.
CENÁRIO ATUAL ....
»Dispõe de um complexo sistema
de rios de portes distintos que
deságuam no mar, continuamente
oferecendo nutrientes,
proporcionando uma importante
pesca realizada em águas
costeiras em frente a foz.

» A diversidade de fundos junto a


costa também é grande. O Rio de
Janeiro possui áreas alternadas de
fundos duros e moles ao longo de
todo o litoral.

»As particularidades da costa


explicam por que o RJ é um
grande produtor de sardinhas,
atuns e é o maior produtor de
peixes de fundos duros. Esses
pescados possuem alto valor e
apresentam grande aceitação no
mercado nacional e internacional.
O que não é exportado é
totalmente absorvido pela
industria local de enlatados.
CENARIO ATUAL ....

»Mas o que é
registrado é o declínio
da pesca industrial,
com a perda de
investimentos para
outros estados.

» A degradação
ambiental das lagoas
costeiras, baias,
estuários, manguezais
e rios litorâneos,
certamente contribui
para o esgotamento
dos recursos
pesqueiros tradicionais.
CENÁRIO ATUAL ....

» A queda dos estoques


costeiros fazem com que a
tensão a bordo aumente assim
como a necessidade de se
afastar da costa. Isso em
barcos inadequados e com
pescadores despreparados
para águas desabrigadas.

» A ausência do poder público


se faz notar a todo momento e
medidas emergenciais devem
ser tomadas de modo a
reverter o panorama negativo
para a pesca como uma
atividade econômica
empresarial formal.
O QUE FAZER?
O QUE FAZER?
O QUE FAZER ....
1. Redução da poluição, com aumento do saneamento básico,
recuperação de áreas degradadas e controle de efluentes.
Imediatas e initeruptas.

2. Ações de qualificação e valorização profissional. O pescador


deve ser capacitado e ter a Carteira de Trabalho assinada e
regida pela CLT. Seja por vinculo empregatício, seja por
contrato de parceria (rever a questão), com os direitos
trabalhistas assegurados.

3. Os técnicos prestadores de assistência técnica também


devem ser capacitados para que entendam as
particularidades da pesca.

4. O empresariado deve rever a exportação de pescado fresco


e resfriado, orientando para produtos beneficiados e por
meio marítimo, mais rentável.
O QUE FAZER?
O QUE FAZER ....
5. O Estado deve promover a diversificação da captura,
direcionando as pescarias para recursos de águas mais
profundas e afastadas da costa, com maior potencial de
explotação.

6. A frota pesqueira deve passar por uma renovação


tecnológica visando a construção de embarcações mais
leves, seguras, eficientes e econômicas, específicas para
cada tipo de pesca.

7. O Estado deve investir em infra-estrutura de apoio com a


construção de Terminais Pesqueiros Públicos, onde uma
diversidade de serviços sejam oferecidos e que concentre
o desembarque e comercialização.

8. Diminuir a informalidade das empresas, da cadeia


produtiva, aumentando a arrecadação de impostos e os
números oficiais sejam mais representativos.
O QUE FAZER?

9. Rever a legislação de modo a torná-la mais enxuta,


objetiva, fácil de ser cumprida e fiscalizada.
Normativas de abrangência regional devem ser
elaboradas considerando as particularidades da pesca
fluminense.

10. Fortalecer as instituições estaduais que atuam no


setor, fomentando uma articulação com as instituições
federais e do setor produtivo, de forma a que em
gestão compartilhada, trabalhem o desenvolvimento
do setor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesca industrial é uma importante atividade econômica para o Estado do
Rio de Janeiro. A liderança do Estado no panorama da pesca nacional é um
passado recente que se torna cada vez mais distante em função da
degradação ambiental do nosso litoral, políticas publicas equivocadas,
declínio das pescarias tradicionais, tecnologias obsoletas, informalidade do
setor empresarial e descaso das autoridades governamentais. Entretanto
essa perspectiva pode ser mudada pois as características geográficas
privilegiadas do Rio de Janeiro e o mercado consumidor local receptivo
suportam essa transformação.

A inversão da tendência de declínio pode ser realizada com uma serie de


medidas, factíveis de serem implementadas, em um espaço de tempo não
muito longo. Somente com novas e urgentes diretrizes nas políticas publicas
do Estado e a efetiva participação do empresariado da pesca esse quadro
será possível.
Autores
Ana Luísa de Souza Soares
Ana Maria Torres Rodrigues
Antonio Olinto Avila da Silva
Beatriz Correa de Freitas
Daniela Sarcinelli Occhialini
Fernando Antonio Sampaio de Amorim
Fernando Augusto Galheigo
Marcelo Vianna
Marcio Luis Chagas Macedo
Mauricio A. Nepomuceno de Oliveira
Paula Ritter
Rafael Botelho Duarte Coelho

OBRIGADO!

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