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A violência policial nos bairros periféricos da Área Metropolitana de Lisboa é sistémica. Muitos já o sabem, outros teimam em não admiti-lo.
Tal como acontece sempre que a polícia exerce violência física e simbólica nos bairros, a maior parte dos meios de comunicação social, através de um circo mediático metodicamente montado pela narrativa oficial das forças policiais, anuncia, grosso modo, que a polícia foi “obrigada a intervir”. E mais uma vez, como é prática corrente para não dizer quotidiana nos bairros em geral e, na da Cova Moura em especial.
Foi o que aconteceu no passado dia 05 de Fevereiro quando a PSP entrou na Cova da Moura.
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Concentração contra a Violência Policial Racista - 12 Outubro 2015
A violência policial nos bairros periféricos da Área Metropolitana de Lisboa é sistémica. Muitos já o sabem, outros teimam em não admiti-lo.
Tal como acontece sempre que a polícia exerce violência física e simbólica nos bairros, a maior parte dos meios de comunicação social, através de um circo mediático metodicamente montado pela narrativa oficial das forças policiais, anuncia, grosso modo, que a polícia foi “obrigada a intervir”. E mais uma vez, como é prática corrente para não dizer quotidiana nos bairros em geral e, na da Cova Moura em especial.
Foi o que aconteceu no passado dia 05 de Fevereiro quando a PSP entrou na Cova da Moura.
A violência policial nos bairros periféricos da Área Metropolitana de Lisboa é sistémica. Muitos já o sabem, outros teimam em não admiti-lo.
Tal como acontece sempre que a polícia exerce violência física e simbólica nos bairros, a maior parte dos meios de comunicação social, através de um circo mediático metodicamente montado pela narrativa oficial das forças policiais, anuncia, grosso modo, que a polícia foi “obrigada a intervir”. E mais uma vez, como é prática corrente para não dizer quotidiana nos bairros em geral e, na da Cova Moura em especial.
Foi o que aconteceu no passado dia 05 de Fevereiro quando a PSP entrou na Cova da Moura.
Agresses policiais a jovens e activistas da Cova da Moura tm motivaes racistas A violncia policial nos bairros perifricos da rea Metropolitana de Lisboa sistmica. Muitos j o sabem, outros teimam em no admiti-lo. Tal como acontece sempre que a polcia exerce violncia fsica e simblica nos bairros, a maior parte dos meios de comunicao social, atravs de um circo meditico metodicamente montado pela narrativa oficial das foras policiais, anuncia, grosso modo, que a polcia foi obrigada a intervir. E mais uma vez, como prtica corrente para no dizer quotidiana nos bairros em geral e, na da Cova Moura em especial. Foi o que aconteceu no passado dia 05 de Fevereiro quando a PSP entrou na Cova da Moura. Interpelou um jovem morador e agrediu-o barbaramente num puro acto de violncia gratuita. Disparou ainda balas de borracha contra moradores, ferindo alguns deles. A PSP, no contente com as agresses que injustificadamente perpetrou contra os moradores, como pudmos constatar junto das e dos intervenientes, inventou que posteriormente um grupo de pessoas havia tentado invadir a esquadra de Alfragide para deter e agredir selvaticamente jovens activistas sociais e dirigentes associativos que se dirigiram para a mesma, apenas para saber o que se havia passado e o motivo da deteno do cidado que tinha sido agredido j no bairro e fora levado para a esquadra de Alfragide. No interior dessa mesma esquadra, eles foram violentamente espancados e brutalizados, humilhados com insultos racistas, de onde saram sob deteno para o hospital Amadora-Sintra para receber assistncia mdica em consequncia dos ferimentos das agresses. Voltaram, sob escolta, para a esquadra onde pernoitaram e, no dia seguinte, foram conduzidos para o tribunal de Amadora, onde permaneceram o dia todo sem serem ouvidos. Voltariam a dormir em deteno nos calabouos do comando central da PSP de Lisboa na noite de sexta-feira para sbado, dia em que finalmente foram presentes ao juiz, tendo sado com a medida de coao de termo de identidade e residncia.
A violncia perpetrada pela PSP na Cova da Moura contra os seus moradores e
activistas sociais mais do que uma agresso social e politica s instituies que intervm no bairro. uma tentativa de condicionamento e de chantagem poltica contra quem se ergue contra a violncia policial racista quotidiana que se vive nos bairros. A PSP tem de forma impune, sistemtica e reiteradamente aterrorizado e violentado os jovens nos bairros, contando quase sempre com o silncio quase total da sociedade ou com reaces de condenao muito tmidas. Ao mesmo tempo, outra das formas de Racismo de Estado, as demolies sistemticas de casas de gente que deixa de as ter, continua. Gente que, de um momento para o outro, deixa de ter um teto e perde todos os seus bens. esta insensibilidade, sadismo mesmo, que a Cmara da Amadora, neste preciso instante, e outras num passado bem recente, vem demonstrando em St Filomena e 6 de Maio. preciso romper com o silncio ensurdecedor e conivente da sociedade em geral e, em particular, das instituies em torno da intimidao, das violentas agresses e dos assassinatos que tm sido perpetrados estruturalmente pelas autoridades policiais contra as comunidades negras e as minorias tnicas. A justia, do modo como tem actuado, tem sido um dos principais (re)produtores de imaginrios racistas dominantes e do consenso social em torno da impunidade que grassa nas instituies policiais, conduzindo aos abusos, perpetuando ideologias e legitimando relaes de poder que oprimem os mais fracos/as e excludos/as da sociedade tempo de acabar com a impunidade dos abusos e da violncia policiais bem como, com os silncios cmplices em torno da violncia racista do estado. urgente romper com os silncios por forma a que a impunidade seja no s denunciada e combatida mas para que se abra finalmente a possibilidade real de se fazer justia contra a violncia policial. A violncia policial a face visvel da violncia de estado de que so vtimas as pessoas que vivem nos bairros. Na verdade, a brutalidade policial espelha o apartheid que se vive nos bairros. No podemos permitir que isto continue! Urge a mobilizao de todos e todas contra esta barbrie. Amanh estamos na rua para dizer basta de violncia policia, basta de racismo! exigimos justia! Lisboa, 11 de Fevereiro de 2015 Pelo SOS racismo Mamadou Ba