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Agora, pela primeira vez no pas, uma deciso judicial admite acrescentar
ao registro de nascimento de menor adotado, o nome de seu genitor e de
seus avs paternos, mantendo-se a paternidade adotiva e registral, com o
acrscimo do patronmico do pai biolgico.
A deciso foi proferida pelo Juiz de Direito Clicrio Bezerra e Silva, da 1
Vara de Famlia do Recife, em Ao de Investigao de Paternidade onde a
filha adotada, em expresso de sua identidade gentica, com anuncia
expressa dos pais adotivos e do prprio investigado, requereu o
reconhecimento do vinculo biolgico para os fins de admisso da
multiparentalidade existente, quando, predominantemente, as relaes de
afetividade renem todos. (Processo n 0034634-20.2013.8.17.0001, j. em
01.10.2013).
Pois bem. consabido que o instituto da adoo que atribuiu a situao de
filho ao adotado (art. 1.626, C.C.), constitui um vnculo parental civil, na
forma do que dispe o art. 1.593 do Cdigo Civil, por se tratar de
parentalidade decorrente de outra origem que no a natural resultante da
consanginidade. Ocorre que, em seus efeitos jurdicos, carrega consigo,
ope legis, a ruptura instante de qualquer vnculo com os pais e os parentes
consanguneos (art. 1.626, 2 parte, CC).
Mais precisamente, vnculos anteriores so desfeitos, por fora da lei,
rompendo as relaes da parentalidade natural, vindo estas ser substitudas
pelas do afeto, afinal configuradas no novo vnculo oferecido pela adoo.
No caso, sero aqueles vnculos findos, quando preexistentes, na filiao
biolgica e registral. Diferentemente, alis, dos casos de reproduo
assistida heterloga, quando sequer se faz estabelecido vinculo parental
entre a criana concepta e o doador do material fecundante (art. 1.597, V,
CC).