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O documento discute como os museus podem se tornar "laboratórios da história" ao invés de meros "teatros da memória". O autor critica como alguns museus promovem visões parciais da história e cultura por meio da alienação cultural e falta de pensamento crítico. Ele argumenta que os museus devem contextualizar artefatos e envolver os visitantes como interlocutores ativos, ao invés de expectadores passivos.
O documento discute como os museus podem se tornar "laboratórios da história" ao invés de meros "teatros da memória". O autor critica como alguns museus promovem visões parciais da história e cultura por meio da alienação cultural e falta de pensamento crítico. Ele argumenta que os museus devem contextualizar artefatos e envolver os visitantes como interlocutores ativos, ao invés de expectadores passivos.
O documento discute como os museus podem se tornar "laboratórios da história" ao invés de meros "teatros da memória". O autor critica como alguns museus promovem visões parciais da história e cultura por meio da alienação cultural e falta de pensamento crítico. Ele argumenta que os museus devem contextualizar artefatos e envolver os visitantes como interlocutores ativos, ao invés de expectadores passivos.
Histria: a exposio museolgica e o conhecimento histrico. An. mus. paul., So Paulo, v. 2,n. 1, 1994. MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. Resposta aos comentrios. An. mus. paul., So Paulo , v. 2,n. 1, 1994 . O artigo Do teatro da memria ao laboratrio da histria, redigido pelo professor Ulpiano Bezerra de Menezes, j se faz uma crtica com o prprio ttulo de seu texto, porem, tal crtica somente pode ser entendida claramente em texto escrito posteriormente em resposta s diversas criticas e questes impostas por outros professores Ulpiano. A contextualizao do que tange o termo "teatro da memria" veio da ideia de "Theatrum Memoriae", termo que designa a maneira de ver a memria, como por exemplo, os grandes gabinetes de curiosidades criados no perodo renascentista, estes que foram os primeiros museus vistos na historia. O autor parte deste ponto e abre um leque de crticas e anlises sobre a concepo museolgica em si e a maneira de como este exposto na atualidade, buscando na infinidade das pequenas aes, dos interesses, e da prpria maneira de como o mesmo visto em todos os ambitos sociais, propondo indiretamente durante todo o texto e evidentemente nas respostas aos comentrios, que seu interesse a relao entre museu e conhecimento histrico.
O texto construdo a partir de afirmaes sobre o museu e criticas
pontuais as mesmas, em que o primeiro tpico se refere ao acervo do museu, que na opinio do autor no podem ser desvinculados, apesar de afirmar a existncia de museus que no possuem acervos. O autor censura a questo representativa dos museus, em que muitos, por serem financiados por alguns determinados grupos sociais, apenas demonstram a realidade que os mesmo querem transparecer, utilizando assim do museu como forma de alienao cultural e histrica aos seus visitantes. Com estratgias especificas, o museu se torna um porta-voz de interesses particulares, que atrelados a indstria cultural massiva torna a exposio em sua totalidade ali no objeto, sem propor pensamento critico, e tendo as imagens transpassadas aos olhos como verdades absolutas de um lugar denominado como centro cultural. A partir desta critica as manipulaes exacerbadas, Norberto Luiz Guarinello questiona a impossibilidade de ter existido museus sem o nacionalismo, "voltados para a produo e difuso de uma memria ptria" (GUARINELLO, 1995, p.95), procurando enaltecer a identidade nacional, assim como grandes museus como o da Inglaterra, que passou a colecionar diversas peas pertencentes a identidades clssicas, como a grega, por exemplo, fazendo uma analogia a algo que o bero do conhecimento para sua identidade nacional superior a qualquer outra. Para Guarinello "Desvincular a memria produzida a partir de objetos da produo de uma memria nacional, longe de atenuar o contedo ideolgico dessa memria, d-lhe apenas outro feitio, internacionalizando a nao, dissolvendo-a na histria universal. Recusar-se a afirmar uma identidade corresponde, necessariamente, a negIa. (GUARINELLO, 1995, p.95). Essas questes so respondidas por Upiano, a maneira que esses primeiros museus somente tiveram o nome de nacionais, pois apenas queriam atrelar sua "Contribuio nacional "civilizao" ocidental, mas sem qualquer paradoxo, no nacional no contedo." (MENESES, 1995, p.107), afirmando assim que somente mais tarde que se pode perceber os acervos voltados para objetos nacionais que exaltam interesses individuais, e que so estes salientados em seu artigo.
O autor questiona os objetos expostos no museu, onde os mesmos
se tornam motores de formao ideolgica, onde a caracterstica mais comum a "fetichizao" do mesmo, como se o objeto exercesse uma espcie de feitio sobre os visitantes, que se identificam de certa forma com estes objetos, semelhana adquirida na forma em que exposto o objeto com os demais itens visuais da instalao museolgica. Outro recurso a metonmia, que torna
aquele
item
como
representao
de
uma
totalidade
histrica
representada em si, diminuindo a concepo critica do visitante, assim como o
objeto metafrico, do qual somente entendido a partir dos demais recursos ao seu redor, reduzindo desta forma a totalidade de uma exposio, onde os visitantes deixam de visualizar o conjunto e perdem o foco da mesma. A contextualizao destes objetos no museu tambm de importncia na exposio, pois demarcam o discurso planejado, sem o contexto, no se torna possvel atribuir o valor ao artefato, pois a caneta de Dom Pedro I, sem o contexto apenas uma caneta qualquer. O autor salienta a importncia da contextualizao, entretanto sua critica consiste no repertrio dado a exposio, e a reproduo por mera aparncia, sem sentido prprio. Correndo assim o risco destas instalaes em muitas vezes artsticas substiturem as exposies criticas. Atrelado ao "living Museum", que so exposies ao ar livre que tentam trazer o passado para o presente, entretanto de forma anacrnica para atrair o publico, so utilizados artifcios do presente para teatralizar o passado, descaracterizando assim o museu. Para o professor, necessrio o museu se tornar um laboratrio da histria, da palavra "Laboratorium, palavra composta a partir de labor, que quer dizer trabalho, Laboratrio um lugar onde h um trabalho por fazer, como tarefa de tudo e todos os que a convergem" (MENESES, 1995, p.114). Portanto, no possvel excluir o teatro da memria, pois necessria uma espcie de espetculo ao publico para que de forma prazerosa estimule o conhecimento, e esse o laboratrio, onde profissionais constroem um museu em toda sua totalidade, transformando assim o visitante em um interlocutor, olhando um artefato e percebendo sua histria e a relao que tem consigo mesmo e sua quintessncia.
A considerao final que o autor possui a respeito da relao
museolgica e a academia, pois no se pode monopolizar o conhecimento critico, e sim procurar uma forma de expor este conhecimento ao publico geral. Respondendo a crise de representao, decorrente do "mercado simblico (em todas as suas variaes), a indstria cultural, a sociedade do lazer, a comunicao de massas, a sociedade de consumo, a sociedade da informao, a realidade virtual, a marginalizao social nesta fase avanada do capitalismo e a indefectvel globalizao" (MENESES, 1995, p.122). Essa crise representativa o reflexo da crise geral do museu, resultado de todos os itens apontados em eu artigo e as propostas consideradas por ele.