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CINEMA
Filmagem de Barcarola,
no Arpoador, Rio: produo
nacional teve vida curta
No escurinho
do cinematgrafo
Indstria brasileira de filmes
sempre esteve
a reboque do estrangeiro
preciso ir aos
cinematgrafos. Nada mais agradvel. Uma fita, outra fita, mais outra. No nos agradou
a primeira? Passemos segunda. Pode
deixar em meio uma delas sem receio,
tendo a excelente qualidade de no
obrigar a pensar, seno quando o cavalheiro teima mesmo em ter idias. Dizem que a sua melhor qualidade essa."
Era assim, sem grandes predicados artsticos, que o cinema era visto em 1909
(num artigo da Gazeta de Notcias), 13
anos aps a sua estria brasileira, em
julho de 1896, no Rio de Janeiro, ocorrida, alis, apenas seis meses aps a premire mundial do novo meio na Fran86 FEVEREIRO DE 2005 PESQUISA FAPESP108
uma oferta mundial abundante e de baixo preo." O pblico blas recebia bem
qualquer coisa. De qualquer lugar.
Assim, se entre 1910el914os franceses dominavam 43% do mercado, em
pouco tempo os jornais elogiavam o cinema norte-americano. "Ele tem uma
compreenso mais humana do frisson
da emoo do que qualquer outro povo.
As fbricas europias, quando querem
sacudir os nervos das platias ingnuas
que lhes vo assistir s fitas, agarram-se
aos, j hoje clebres, dramas sociais. O
norte-americano faz a coisa com mais
inteligncia, porque procura emprestar
um aspecto de possibilidade e desenvolve-a dentro dos limites de uma realidade perfeitamente aceitvel. A emoo
gradual, sem saltos, sem imprevistos, e o
espectador inteligente comea a senti-la
como uma verdade justa e verossmil."
Entre as duas grandes guerras mundiais (quando a indstria cinematogrfica europia entrou em crise), Hollywood dominar o mercado brasileiro,
ma. O nico setor que continuou patinando, sem encontrar seu caminho ou
um discurso coerente, foi o dos produtores brasileiros de filmes", completa. A
tal ponto que em 1932 o governo Vargas editou o decreto 21.240 de nacionalizao da censura, impondo a exibio
de um complemento nacional, a primeira medida legal de reserva de mercado para o filme brasileiro.
Chaplin e Buster
Keaton, no trao
de J. Carlos:
filmes franceses
perdem para os
norte-americanos
IFCH/Unicamp
BOLSISTA
JOS INCIO DE MELO SOUZA-
IFCH/Unicamp
CARLOS HAAG
PESQUISA FAPESP 108 FEVEREIRO DE 2005 89