0 оценок0% нашли этот документ полезным (0 голосов)
357 просмотров2 страницы
O documento descreve o Trovadorismo, um período literário português entre os séculos XII-XIV. Resume as principais características como: poesia cantada em galego-português, gêneros líricos como cantigas de amigo e amor, e satíricos como escárnio e maldizer. Também apresenta os autores trovadores e intérpretes jograis.
O documento descreve o Trovadorismo, um período literário português entre os séculos XII-XIV. Resume as principais características como: poesia cantada em galego-português, gêneros líricos como cantigas de amigo e amor, e satíricos como escárnio e maldizer. Também apresenta os autores trovadores e intérpretes jograis.
O documento descreve o Trovadorismo, um período literário português entre os séculos XII-XIV. Resume as principais características como: poesia cantada em galego-português, gêneros líricos como cantigas de amigo e amor, e satíricos como escárnio e maldizer. Também apresenta os autores trovadores e intérpretes jograis.
CRONOLOGIA Incio: 1189 (ou 1198?) - Provvel data da Cantiga da Ribeirinha, de Pai Soares de Taveirs. Supe-se que esta seja a mais antiga das composies conservadas nos cancioneiros. Outras cantigas disputam essa primazia. Trmino: 1385 - Fim da dinastia de Borgonha. MOMENTO HISTRICO Os historiadores costumam limitar o Trovadorismo entre os anos de 1189 (ou 1198?) e 1385. Mais importante que essas datas convencionais saber que o Trovadorismo corresponde primeira fase da histria portuguesa ao perodo da formao de Portugal como reino independente. Primeira fase da histria de Portugal - sculos XII a XIV 1095 O rei Afonso VI, de Leo e Castela, concede o condado Portucalense a seu genro Henrique de Borgonha 1109-1385 Dinastia de Borgonha. Declnio do feudalismo 1139 D. Afonso Henriques, filho e sucessor de Henrique de Borgonha, aps vencer os mouros em batalha declara a independncia de Castela (tratado de Zamora). 1143 Reconhecimento da independncia de Castela (tratado de Zamora) 1385 Fim da Revoluo de Avis; D. Joo I aclamado rei de Portugal; incio da dinastia de Avis. Trovadorismo: conjunto das manifestaes literrias contemporneas primeira dinastia a dinastia de Borgonha (1109-1385) Alguns aspectos da histria da Pennsula Ibrica so importantes para entendermos certas caractersticas das manifestaes literrias desse perodo:
O feudalismo, j em declnio, ter reflexos at mesmo na linguagem da poesia amorosa, como
veremos adiante. As cortes dos reis e dos grandes senhores feudais so os centros de produo cultural e literria. A reconquista do territrio, dominado pelos rabes desde o sculo VIII, faz prolongar, na nobreza ibrica, o esprito guerreiro e aventureiro das Cruzadas. Da o gosto tardio em Portugal pelas novelas de cavalaria. Por ltimo, o profundo esprito religoso medieval, teocentrismo, que refletir tanto nas j citadas novelas de cavalaria como na poesia de temtica religiosa (Cantigas de Santa Maria, de D. Afonso X) e nas hagiografias (vidas de santos) e obras de devoo. o perodo literrio que rene basicamente os poemas feitos pelos trovadores para serem cantados em feiras, festas e nos castelos durante os ltimos sculos da Idade Mdia. contemporneo s lutas pela independncia e ao surgimento do Estado portugus e dinastia de Borgonha. A poesia no perodo trovadoresco Ao ler um texto potico desse perodo, no podemos ter em mente a tradio moderna e o que hoje entendemos por poesia. A poesia no era escrita para ser lida por um leitor solitrio. Era poesia cantada (da o nome de cantiga, que passaremos a usar de agora em diante), geralmente companhada por um coro e por instrumentos musicais. Seu pblico no era, portanto, constitudo de leitores, mas de ouvintes. Assim, devemos sempre considerar as cantigas como poesia intimamente ligada msica, prpria para apresentaes coletivas Chamamos de poesia trovadoresca produo potica, em galego-portugus, do final do sculo XII ao sculo XIV. Seu apogeu ocorre no reinado de Afonso III, pelos meados do sculo XIII.
S tardiamente (a partir do final do sculo XIII) as cantigas foram copiadas em manuscritos
chamados cancioneiros. Trs desses livros, contendo aproximadamente 1 680 cantigas, chegaram at ns. Cancioneiro da Ajuda Cancioneiro da Vaticana Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa Os autores das cantigas so chamados trovadores. Eram pessoas cultas, quase sempre nobres, contando-se entre eles alguns reis, como D. Sancho I, D. Afonso X, de Castela, e D. Dinis. Nos cancioneiros que conhecemos, esto reunidos as cantigas de 153 trovadores. As cantigas compostas pelos trovadores eram musicadas e interpretadas pelo jogral, pelo segrel e pelo menestrel, artistas agregados s cortes ou perambulavam pelas cidades e feiras. Muitas vezes o jogral tambm compunha cantigas. Caractersticas das cantigas Lngua galego-portugus Tradio oral e coletiva Poesia cantada e acompanhada por instrumentos musicais colecionada em cancioneiros Autores trovadores Intrpretes: jograis, segris e menestris. Gneros: lrico (cantigas de amigo, cantigas de amor) e satrico (cantigas de escrnio, cantigas de maldizer). Os gneros: As cantigas podem ser classificadas em: o gnero lrico: cantigas de amigo, cantigas de amor o gnero satrico: cantigas de escrnio e de maldizer Caractersticas das cantigas de amigo
Caractersticas das cantigas de amor
Voz lrica feminina
Tratamento dado ao namorado: amigo Expresso da vida campesina e urbana Amor realizado ou possvel - sofrimento amoroso Simplicidade - pequenos quadros sentimentais Paralelismo e refro Origem popular e autctone (isto , na prpria Pennsula Ibrica)
Voz lrica masculina;
Tratamento dando mulher: mia senhor; Expresso da vida da corte; Convenes do amor corts: a) Idealizao da mulher; b) Vassalagem amorosa; c) Expresso da coita. Origem provenal.
As cantigas satricas apresentam interesse, sobretudo histrico. So verdadeiros
documentos da vida social, principalmente da corte. Fazem ecoar as reaes pblicas a certos fatos polticos: revelam detalhes da vida ntima da aristocracia, dos trovados e dos jograis, trazendo at ns os mexericos e os vcios ocultos da fidalguia medieval portuguesa. Enquanto as cantigas de escrnio utilizam a ironia e o equvoco para realizar mais indiretamente essas zombarias, as cantigas de maldizer so stiras diretas. Da sua maior virulncia, o emprego mais freqente de palavres (em geral, os mesmos que usam at hoje) e a abordagem mais desabusada dos vcios sexuais atribudos aos satirizados. A diferena entre esses dois tipos de cantiga , portanto, apenas relativa. Freqentemente a classificao dos textos ambgua. O prprio significado das palavras escrnio e maldizer pode deixar mais clara essa diferena entre os dois tipos de stira: