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INTRODUÇÃO

Podemos observar nos dias de hoje a presença do vídeo nas salas de


aula como apoio aos professores na aproximação da aula ao cotidiano, das
linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade urbana, mas não se
esquecendo de que este não exerce a função de solução imediata para
problemas de aprendizagem como se espera de toda tecnologia.
Devemos entender que o vídeo é uma forma multilinguística de contar, de
superposição de códigos e significações predominantemente audiovisuais,
próxima da sensibilidade e prática do homem urbano.
Lembrando que o vídeo e a televisão estão ambos ligados a um contexto
de lazer e entretenimento. Para os alunos, assistir a um vídeo significa
“descanso” e não aula, fazendo-o modificar a sua postura de forma a
possibilitar a abertura para a aprendizagem de acordo com o planejamento
pedagógico. Também devemos estar atentos para estabelecer novas pontes
entre o vídeo e as outras dinâmicas da aula.
O vídeo é um recurso que parte do concreto e mexe com os sentidos
através da visualização das situações, pessoas e cenários, do close, do som
estéreo envolvente. O diálogo dos personagens aproxima o vídeo do cotidiano
através da fala coloquial, enquanto o narrador une as cenas dentro da norma
culta, orientando a significação do conjunto. A música e os efeitos sonoros
servem como evocação, lembrança e criação de expectativas, antecipando
relações e informações. Ele também possui textos, legendas e situações que
reforçam a significação atribuída à narrativa falada. A força do vídeo está na
interligação das linguagens sensorial, visual, falada, musical e escrita.
As mensagens dos meios audiovisuais exigem pouco esforço e
envolvimento do receptor, desenvolve múltiplas atitudes perceptivas e solicita
constantemente a imaginação, enquanto que a linguagem escrita desenvolve
mais o rigor, a organização, a abstração e a análise lógica.

O USO DO VÍDEO NA SALA DE AULA

Antes de conhecermos algumas formas de trabalhar o vídeo na sala de


aula, precisamos saber quando o seu uso torna-se inadequado:

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Vídeo-tapa buraco: colocar o vídeo quando há um problema inesperado,
como ausência do professor. Se feito com frequência, desvaloriza o seu uso.
Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria.
Vídeo-deslumbramento: o professor que acaba de descobrir o uso do
vídeo costuma empolgar-se e passar vídeo em todas as aulas, esquecendo
outras dinâmicas mais pertinentes.
Video-perfeição: alguns professores questionam todos os vídeos porque
possuem defeitos de informação ou estético. Esses vídeos que apresentam
conceitos problemáticos podem ser usados para reflexão e questionamento
dos alunos.
Só vídeo: não é satisfatório didaticamente exibir o vídeo sem discuti-lo,
sem integrá-lo com o assunto da aula, sem voltar e mostrar alguns momentos
mais importantes.
Abaixo observamos algumas propostas de utilização em sala de aula:
Vídeo como Sensibilização: um bom vídeo é importante para introduzir
um novo assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas.
Vídeo como ilustração: o vídeo, muitas vezes, ajuda a mostrar o que se
fala na aula, a compor cenários desconhecidos dos alunos (ex. Idade Média).
Traz para a aula, realidades distantes do aluno, como a Amazônia ou a África.
Vídeo como simulação: o vídeo pode simular experiências de química que
seriam perigosas em laboratório ou que exigiria tempo e recurso. Ele pode
mostrar um crescimento acelerado de uma planta (semente à árvore) em
poucos segundos.
Vídeo como conteúdo de ensino: vídeo que mostra determinado assunto,
de forma direta ou indireta. De forma direta, quando informa sobre o tema
específico orientando a sua interpretação. De forma indireta quando mostra um
tema, permitindo abordagens múltiplas, interdisciplinares.
Vídeo como produção:
- como documentação, registro de eventos, de aulas, de estudo de meio, de
experiências de entrevistas e depoimentos;
- como intervenção de determinado programa que já se possui, editando um
novo material em cima deste, como se interfere em um texto escrito,
modificando e acrescentando novos dados;
- como expressão e produção, como nova forma de comunicação, incentivar os
alunos a filmar e produzir vídeos dentro de determinada matéria ou trabalho

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interdisciplinar e produzir programas informativos para colocá-los em locais
visíveis dentro da escola e em horários onde as crianças possam assistir.
Vídeo como avaliação: dos alunos, do professor, do processo.
Vídeo espelho: ver-se na tela para poder compreender-se, para descobrir
seu corpo, gestos, etc., para analisar o grupo e o papel de cada um, para
acompanhar o comportamento de cada um (qualidades e defeitos), para
incentivar os mais retraídos e pedir aos que falam muito para darem mais
espaço aos colegas.
Para que seu uso seja efetivo, antes da exibição é necessário checar o
vídeo, conhecer seu conteúdo e informar aos alunos seus aspectos gerais.
Durante a exibição, observar as reações do grupo e anotar as cenas mais
importantes. Depois da exibição, deve-se propor caminhos para análise do
vídeo, destacar as imagens e frases mais significativas e, se necessário, exibi-
lo pela segunda vez.

ANALISANDO O VÍDEO

A análise do vídeo pode ser feita de várias formas:


. Em conjunto: conversa entre professor/aluno da observação das cenas
mais importantes, sendo o professor o agente da reflexão.
. Globalizante: depois da exibição, questionar os aspectos positivos,
negativos, idéias principais e o que gostariam de mudar no vídeo.
. Concentrada: escolher uma ou mais cenas, revê-la e questionar a
imagem, o som, a fala, seu significado e sua aplicação na vida e na do grupo.
. Funcional: antes da exibição, escolher algumas funções que serão
desenvolvidas pelos alunos, como contar as cenas, anotar palavras-chave,
imagens significativas, caracterização dos personagens, etc. para
posteriormente anotar os dados no quadro e discuti-los.
. Da linguagem: qual é a história contada, como é contada, o que diz,
modelo de sociedade apresentado, valores afirmados e negados e como cada
participante julga esses valores, o que chamou atenção (visual, música,
diálogo), mensagens não questionadas.
Podemos citar algumas outras dinâmicas que se pode usar com o vídeo e
televisão na aula como:

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. Completar o final da história de um vídeo parando-o em determinado
ponto e pedindo aos alunos que criem o final;
. Modificar um vídeo sobre determinado assunto adaptando-o de acordo
com a sua realidade e sensibilidade;
. Fazer uma vídeo-produção para exibição em classe ou escola através
de pesquisas de jornais, revistas, entrevistas, elaborando roteiro, edição,
sonorização. Após o final da produção, comparar a intenção com o resultado
obtido;
. Comparar um vídeo baseado em uma obra literária com o texto original.
Destacar pontos fortes e fracos do livro e do vídeo;
. Analisar informações dos telejornais; perceber melhor as possibilidades
e limites da televisão e do jornal como meio informativo, não deixando de
comparar as notícias do telejornal com a de um jornal impresso.

CONCLUSÃO

Para que se alcance um resultado eficiente na utilização do vídeo como


estímulo ao conhecimento, sabemos que a presença do professor observador,
experiente, dotado de bom senso, capaz de intermediar de forma positiva o uso
da televisão na educação, é imprescindível, caso contrário, esse recurso tão
largamente utilizado no cotidiano, de nada valerá dentro de sala de aula.
O professor precisa estar preparado para utilizar a linguagem audiovisual
com sensibilidade e senso crítico de forma a desenvolver, com seus alunos,
uma alfabetização audiovisual.
É necessário reinventar novas formas de conhecimento de acordo com a
realidade dos alunos, buscando resultados eficientes e prósperos. O vídeo na
sala proporciona essa oportunidade de reinvenção, mas devemos
constantemente observar se as conseqüências são positivas para, se
necessário, modificá-las.

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