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A catequese como iniciação cristã

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Em carta aberta a todos os catequistas e também aos pais, o pároco de São João de Deus, cónego
Carlos Paes, recorda que a missão fundamental é conduzir as crianças ao encontro com Jesus. Nesta
missiva, este sacerdote considera ainda que a Igreja tem “de voltar à estaca zero” em termos de
evangelização “com cada geração de pais e crianças” que frequentam a catequese.

Uma viragem pedida pela nova situação

O facto de nos encontrarmos em tempo de certa forma pós cristão, em que a transmissão
da fé já não pode contar com uma cultura dominante de inspiração cristã, onde a
introdução à fé era concomitante com a educação familiar, traz à catequese novos
desafios.

Falando em termos de evangelização, o que se passa é que temos de voltar à estaca zero,
com cada geração de pais e crianças que aparecem para a catequese. Os pais, que a
Igreja sempre pensou como primeiros catequistas e a quem sempre lembra essa missão
quando baptizam os filhos, raramente estão habilitados para assumir essa missão.

Os pais agentes ou destinatários da catequese infantil

De certa forma e em grande parte dos casos, os pais terão de ser destinatários da
catequese, para depois poderem ser, junto dos seus filhos, agentes evangelizadores e
verdadeiros sacerdotes na sua igreja doméstica.

Daí a importância que têm todas as ocasiões e pretextos que temos para envolver os
pais. Desde logo quando vêm fazer a inscrição, falando-lhes das muitas formas de
participarem na catequese: nas Missas com as crianças; nos ensaios do coro; nas leituras
da Missa; nas actividades de missão e de festa; nas campanhas de solidariedade e
visitas; nas refeições conjuntas; nas celebrações especiais e sua preparação sacramental;
nos encontros com o/a catequista do seus filhos; nos contactos pessoais…

Um novo conceito de catequese: catequese que forma “iniciados” e não que


prepara “finados”

Ao retomar o conceito de iniciação cristã tal como no-lo apresenta Ritual Romano da
Iniciação Cristã dos Adultos, que inclui o Ritual da Iniciação das Crianças em Idade de
Catequese somos confrontados com uma proposta que nos obriga a entender a
Catequese doutro modo.

Catequese deve entender-se como um processo de iniciação na vida cristã, assente em


três sacramentos inseparáveis: Baptismo, Confirmação e Eucaristia.
O ponto de partida é o encontro com Jesus que nos dá a conhecer a solicitude que Deus,
tem para connosco, tratando-nos como Pai e dando-nos parte no seu Amor, que no
interior da Santíssima Trindade é o Espírito Santo. A missão fundamental dos Pais e do
Catequista é a de um pedagogo que conduz as crianças a este encontro com Jesus.
Conhecendo Jesus, as crianças serão ajudadas a imitá-lo na sua ligação tão profunda
com Deus Pai. E conhecendo Jesus e o Pai, perceberão que o que os liga é um Amor tão
extraordinário que também é Pessoa Divina: o Espírito Santo. Este encontro e esta
vivência faz-se em comunidade, ou seja, em Igreja e celebra-se festivamente cada
Domingo, quando alegremente nos sentamos à mesa daquela Ceia de Amor a que
chamamos Eucaristia.

Estamos assim num processo iniciático que nos faz entrar na intimidade de Amor do
Pai, com o Filho, no balanço do Espírito Santo. Falamos do Pai a propósito do
Baptismo: o sacramento que nos constitui como filhos de Deus e membros da
fraternidade que é a Igreja. Falamos do Espírito a propósito da Confirmação que
estrutura a nossa identidade cristã para assumirmos a nossa vocação e vivermos a nossa
missão. Falamos de Jesus Cristo a propósito da Eucaristia, porque é nela que vivemos
e exercemos o sacerdócio baptismal, o compromisso com a Palavra de Deus e o serviço
da caridade, como Jesus nos ensina e exemplifica.

Que significa então ser “iniciado”?

Iniciada é aquela criança que, tendo percorrido todos os degraus desta caminhada,
atingiu a plena identidade cristã, recebendo os três sacramentos: primeiro o Baptismo,
depois a Confirmação e em terceiro lugar a Eucaristia.

E depois de “iniciados”?

Depois de iniciados começa a grande aventura da vida cristã, em que vão exercer as três
missões de Jesus como “evangelizadores” (profetismo), como
“santificadores”(sacerdócio) e como “servidores na caridade” (realeza pastoral).

Assim se tornarão bem-aventurados, ou seja pessoas que irradiam uma alegria que vem
de dentro e se alimenta nos sacramentos.

Nada está “finado” nem nunca estará!

A confirmação ou Crisma, trazida para antes da Eucaristia, deixa de ser o „fim‟ da


Catequese. Feita a iniciação por volta dos 8-10 anos, o adolescente entra noutro
„campeonato‟ donde nunca mais quererá sair, porque nele vai fazer descobertas tão
interessantes, que podem levá-lo a querer consagrar toda a sua vida, e de forma
exclusiva, ao serviço de Jesus na construção do seu Reino entre os homens, como
sacerdote, religioso ou religiosa e não só como leigo no interior duma família e no seio
deste mundo, onde procuram infundir o Espírito Santo.
O segredo do “encontro”

Há aqui um segredo que constitui o ponto de partida de todo este processo. É o encontro
com Jesus. A melhor catequese e a melhor catequista não pode substituir este encontro.
Assim não se compreende que vindo as crianças à igreja para ter catequese, não
aproveitem a grande oportunidade para estar com Jesus, nem que seja só uns segundos,
junto dele, numa das suas formas de presença mais forte, que é a „presença real‟ no
sacrário.

Catequistas! Por amor de Deus e das crianças, nunca percam esta oportunidade.
Preparem-nos para viver este encontro durante a reunião de catequese e levem-nas antes
de sair, junto do sacrário. Ensinem-nas a fazer uma boa genuflexão, a benzer-se e a falar
com Jesus e por Jesus a falar também ao Pai e ao Espírito Santo. Depois, e só depois,
podem também ir junto de Nossa Senhora e ainda junto de algum santo de que gostem
mais. Este é também um caminho em que os Pais, ou outros Familiares que trazem a
criança, podem dar uma grande ajuda.

Informação complementar:

Formação para catequistas de adolescentes

Subordinado ao tema “A Dimensão espiritual na adolescência”, o Sector da Catequese


de Lisboa promove, no próximo dia 23 de Janeiro, das 9h30 às 17 horas, na Casa de
Retiros da Buraca, em Lisboa, uma sessão de formação para catequistas de
adolescentes.

Referindo que “muitos jovens passam pela catequese e parece que Deus não marcou as
suas vidas”, a organização pretende que “a formação dos catequistas seja mais cuidada,
para poder responder à realidade cada vez mais complexa do dia a dia dos adolescentes
a nível da fé”. Orientada por dois elementos da equipa de Pastoral do Colégio de São
João de Brito, esta formação vai abordar a “Lectio Divina com adolescentes” e procurar
responder às questões “Como facilitar o crescimento espiritual do adolescente no
contexto cultural da actualidade?” e “Como realizar um dia de retiro com
adolescentes?”.

Informações: 218810533 ou mariajosé@patriarcado-lisboa.pt

P. Carlos Paes, pároco de São João

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