Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
presidenciais
i, 12 de Janeiro de 2010
http://www.ionline.pt/conteudo/41445-e-uma-ironia-sair-da-rtp-quando-ha-psd-orcamento-e-presidenciais
Mas apesar de se mostrar disponível para continuar na estação pública - "se tivesse
de optar continuaria na RTP" - o professor não vai fechar portas: "Vou esperar
pelos convites e escolher entre as hipóteses a que for mais adequada". Até porque,
continua, não vai "demorar muito tempo a voltar ao comentário político". E do lado
da TVI, é sabido, há uma porta aberta.
"Toda a gente sabe que gostaria de o ter cá", afirma ao i Júlio Magalhães, director
de informação da TVI, justificando a preferência com o perfil do professor: "É um
personagem apelativo para as televisões". Desejos à parte, o responsável do canal
de Queluz ainda não pensou desafiar Marcelo Rebelo de Sousa a regressar à TVI,
de onde saiu em 2004 por alegadas pressões da administração do canal e do
governo de Santana Lopes: "Não ponderei convidá-lo até porque não sei como vai
correr a vida dele", diz Magalhães.
Quanto à estação, as ideias são de mudança. A RTP só avança que está a "pensar
num modelo novo" de comentário que seja "plural ao nível do pensamento político".
Cinco anos e um dia depois de se ter estreado na televisão pública, Marcelo Rebelo
de Sousa despede-se da jornalista Maria Flor Pedroso e filma o último programa de
domingo à noite. É uma despedida forçada pela vontade de António Vitorino de
deixar o programa de comentário semanal "Notas Soltas". "Saio porque o dr.
Vitorino há um ano que quer terminar a colaboração com a RTP", justifica. Marcelo
sublinha, no entanto, que o fim do seu espaço podia ser evitado se a RTP
convidasse outro comentador para preencher o espaço semanal deixado vago pelo
socialista. Mas isso não aconteceu. "A RTP decidiu não o substituir porque achou
que isso não era possível dado o prestígio e o mérito de dr. Vitorino", afirma
Marcelo.
Para já, a entidade reguladora não faz declarações. "A ERC pronuncia-se sobre
factos concretos e não sobre hipóteses", responde ao i Estrela Serrano, do conselho
regulador da ERC, que se distancia da questão: "A ERC é alheia às decisões
editoriais da RTP".
A ironia do Timing
A despeito da vontade de uma parte do PSD, que lhe pede para que volte à
liderança do partido, Marcelo Rebelo de Sousa descarta a possibilidade de que o fim
do programa seja lido como um sinal verde da candidatura. Aliás, nota que,
exactamente por isso, faz mais sentido manter o seu espaço de comentário: "Não
deixa de ser uma ironia sair quando vai haver mais matéria para comentar, como a
votação do OE, as eleições presidenciais e a discussão da liderança do PSD "diz o
professor.