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2. A no-encenao
A relatividade do objeto nos remete quela idia de encenao na
qual talvez fosse melhor limitar a representao a um mnimo para fazer-se
compreender o texto.
O teatro para Rgy tem de ser entendido no texto, o que no significa
exclusivamente a leitura dramtica, mas que a encenao deve se manter o
mais discreta possvel a fim de que o espectador entre no texto. A escritura
constitui um elemento dramtico em si, gera sensaes, cria imagens.
Segundo Rgy a encenao deve conter-se minimalista para no formatar a
viso dos espectadores e impedir o livre desenvolvimento do seu
imaginrio.
Atravs de uma mudana de escala tempo-espacial Claude Rgy
aplica esse sistema ao ralentar o ritmo da dico dos atores e dos
movimentos, deixando o palco na penumbra, obrigando o espectador
concentrao, numa experincia diversa de tempo. Nessa no-encenao
cada movimento sutil ou cada inflexo vocal ganha propores
considerveis.
A no-encenao frequentemente a estratgia escolhida para
textos no dramticos, destinados normalmente leitura e que no
aguardam suporte ou complemento de uma encenao.
3. A encenao improvisada.
Pavis nos d como exemplo um recital proposto por Christian Rist
das Iluminaes de Rimbaud, o qual reitera, no deve ser visto,
antecipadamente, como a declamao dos poemas por trs atores de
teatro. Nesse recital (termo provisrio) coisa alguma fica estabelecida de
uma apresentao outra: nem textos, nem a identidade do intrprete ou o
sentido que essa interpretao pretende conferir-lhes. A improvisao na
dico dos textos no se limita entonao. Consiste tambm em decidir
qual o momento tomar a palavra, com quais poemas e, sobretudo, sobre
qual impulso.