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Doces ou Travessuras

Victoria estava ficando descuidada. Ela nem se incomodara em tentar esconder o cadáver
dessa vez – deixando-o em um lixeira da estrada, onde a policia o achou facilmente. Eu sabia
que ela havia estado na cidade há menos de uma semana, mas já havia matado. As opções na
floresta tinham diminuído quando o tempo frio havia começado e mandado os montanhistas e
caçadores de volta para suas casas quentinhas, então ela tinha mudado de tática. Ela havia me
levado até a cidade, sua nova escolha de presa particularmente perturbadora.

“Quantas noites o senhor irá ficar conosco em Hamel, Sr. Randall?” a recepcionista do turno
da noite perguntou enquanto o relógio na parede batia quatro vezes. Suas sobrancelhas se
levantaram, se perguntando por que motivo eu estaria fazendo check-in nessa hora imprópria.

“Até amanhã de manhã,” eu disse, pegando a caneta acorrentada ao balcão. Ao meu lado
estava uma pilha da mais nova edição do Star Tribune. A manchete anunciava as novidades
sobre a onda de assassinatos que estava ocorrendo nas Cidades Gêmeas no último mês. Então
Victoria era mais esperta do que eu pensara, mascarando sua matança como a de um serial
killer.

A cabeça de Victoria iria rolar… logo. Ela não conseguiria se esconder em uma cidade tão
grande como Minneapolis por muito tempo, e o mundo humano era muito mais meu lar do que
o dela. Sua última refeição tinha sido um humano pequeno, uma criança, então ela caçaria de
novo, provavelmente ao pôr-do-sol. Aquilo me deixava com um dia para me preparar. Nós dois
iríamos ficar escondidos nesse dia ensolarado e brilhante, e então eu iria finalmente acabar
com isso.

A mulher tímida por trás do balcão me deu um sorriso doce, esperando que eu completasse
o formulário de check-in. “Você está aqui a negócios ou lazer?”

Becky, estava escrito no crachá dela. Seus olhos e seus pensamentos começaram a se voltar
para baixo do meu rosto e eu entreguei o formulário rapidamente. Os pensamentos rudes que
passavam pela mente dela me fizeram apreciar o silêncio do deserto.

“Negócios,” eu disse secamente, prendendo meus olhos nos dela. Enquanto eu olhava
minha garganta esquentava, e o monstro em mim achou vinte maneiras de acabar com a vida
dessa humana vulnerável. O efeito não era deslumbrante.

Seu desejo se transformou em medo em um instante quando ela se lembrou da vaga


descrição do serial killer e a comparou comigo. Alto, jovem, cabelo escuro. Os olhos dele são tão
escuros... Tão vazios… tão frios… Meu deus, onde está o Bob? Será que eu ligo para a polícia?

Eu tentei suavizar meu olhar. “Eu sou consultor da Polaris, subindo a rodovia.”

Becky não acreditou na minha estória, e seus reflexos de luta tomaram conta. Quando ela
calculou suas chances de escapar, seu coração se acelerou novamente, vendo que as chances
não eram boas. “I-isso é ótimo,” ela hesitou, deslizando minha chave através da imitação de
mármore. Ela imediatamente se afastou, moveu a mão em direção ao telefone, e pressionou

Escrito por Blondie aka Robin – Tradução: nnfarias e beatrice_sudoski


um único botão de discagem rápida. Sem esperar por uma resposta, ela começou a falar com a
voz exageradamente alta. “Butch, me desculpa por interromper sua malhação. Eu estou pronta
para você vir passar pano no saguão...” Seus olhos se voltaram para os meus furtivamente,
enquanto ela procurava mentalmente por armas.

Do outro lado da linha uma voz de computador a informou que ela não tinha novas
mensagens. “Tudo bem, te vejo em dois minutos,” ela disse, falando com a máquina como se
fosse uma pessoa. Sua farsa teria funcionado com qualquer outro humano, mas eu sabia que
não havia ninguém mais escutando essa conversa além de mim.

Com a chave já em mãos eu não tinha mais nenhum interesse nela, e ela estava mais do que
aliviada em me ver indo embora. Seu contato com o mundo imortal havia sido suave e indolor.
Becky não tinha ideia de quão sortuda ela era. Eu podia ser assustador, mas Victoria era mortal.

“O que você quer dizer com assustador?” A voz de Bella disse inocentemente enquanto eu
atravessava o hall em direção ao meu quarto, abafando a música cafona que se espalhava pelo
motel de rodovia. O resto do prédio estava silencioso, a maioria das mentes dormia sem
sonhos, e os outros não conseguiam competir com a minha lembrança de suas palavras. E as
memórias estavam retornando mais fortes ainda cada dia.

A lembrança de minha própria voz interrompeu a dela. “Eu não te assusto?”

“Não mais do que o normal.”

Juntando meus dentes eu cheguei ao meu quarto e fui direto para a TV, tentando encontrar
alguma coisa que me distraísse de meus pensamentos traidores. Um vídeo de rap apareceu, e
eu aumentei o volume. O som revoltante funcionou melhor do que eu poderia esperar. Agora,
se eu simplesmente conseguisse ficar sem fechar os olhos.

Meus pensamentos relutantemente retornaram à lista de atividades de hoje à noite. Minha


vida havia sido reduzida a isso, uma lista. Quanto maior a lista, melhor; cada tarefa levando à
próxima, como montar uma seqüência de dominós. Eu tinha que ordenar que eles ficassem no
lugar, forçando minha mente a se concentrar em cada retângulo de marfim, minimizando a
possibilidade de meus pensamentos se voltarem para aquele cantinho chuvoso do mundo,
onde meu coração morava. Infelizmente, eu sabia que um dia os dominós iriam cair, sem deixar
nada entre eu e ela. Meu maior medo era que um dia eu iria sucumbir, correr de volta para ela,
arruiná-la. Mas não hoje. Pelo menos isso era o que eu havia dito a mim mesmo pela
milionésima vez.

Eu coloquei minha mochila e as sacolas de compras sobre a cama e outro dominó foi
colocado em seu lugar. Não, eu era forte o suficiente para ficar longe. Ela merecia uma vida
humana normal, a única coisa que eu ainda podia dar a ela. Antes que minha mente se
lembrasse dela novamente, eu voltei à minha lista. Próxima tarefa, eu ordenei.

Hoje havia mais dominós do que o normal... Hora de reabastecer, recarregar e me limpar.
Fingir ser humano por algumas horas. Semanas na floresta haviam me deixado desarrumado, e
ainda que eu não ligasse, interagir na movimentação em uma cidade grande exigia certo nível
de civilidade. Eu posso ser um monstro, mas eu não sou um animal.

Escrito por Blondie aka Robin – Tradução: nnfarias e beatrice_sudoski


Enquanto eu arrancava as etiquetas das roupas novas, um novo rosto apareceu em minha
mente. Alice teria gasto muito mais tempo e se esforçado muito mais ao sair para comprar as
camisetas e jeans que eu havia escolhido, mas ela ficaria muito mais chateada ao ver as roupas
sujas que eu estava descartando. Eu me perguntava como ela estava, minha irmã favorita. Eu
me perguntava se ela havia me perdoado. Duvido.

O outro motivo para esse exercício era recarregar minhas baterias, ainda que em um
sentido muito mais literal do que o que estava sendo mostrado na revista ao lado da minha
cama. Eletricidade, roupas, e, se eu tivesse coragem, uma ligação eram os motivos pelos quais
eu havia entrado na cidade. O medo da recepcionista havia me lembrado de outra tarefa que
eu precisava cumprir quando minha breve passagem pela civilização estivesse completa – eu
precisava caçar.

Eu procurei em minha bolsa de couro e encontrei meu celular e meu novo laptop. Esse
último havia sido uma necessidade quando eu não havia conseguido me aproximar o suficiente
de Victoria para ler seus pensamentos ou definir seus padrões. Depois de perder seu rastro em
mais de uma ocasião, minha alternativa restante era procurar na Internet por assassinatos
misteriosos e mapas para achá-los. Depois de duas semanas de nada, eu havia finalmente
localizado seu cheiro ao redor da mais recente vítima aqui.

Mas, o mais importante primeiro. Eu coloquei o celular para recarregar perto da cama. O
pequeno aparelho prata estava em cima do criado-mudo, esperando por mim para fazer a
ligação que eu estava temendo. Então Carlisle não iria esperar muito. Em seguida eu iria ligar o
notebook, mas primeiro eu dobrei meticulosamente as roupas novas que eu havia comprado. O
celular parecia ficar maior enquanto eu enrolava.

Eu havia ignorado as últimas duas ligações de Carlisle, sabendo que ele deixaria uma
mensagem se houvesse uma emergência, mas minha caixa postal permaneceu vazia. Então ele
só poderia querer uma coisa. Que eu cumprisse a minha promessa de manter contato. Eu devia
isso a ele, manter contato. Eu devia isso a Esme.

Banho ou ligação primeiro? Como o covarde que eu era, eu peguei as roupas limpas e me
dirigi ao banheiro. A ligação poderia esperar por mais alguns minutos. Culpa caia sobre mim
junto com a água quente enquanto um rosto diferente aparecia ao lado do de Bella em minha
imaginação. Os traços suaves de minha mãe se franziram enquanto eu enxaguava o shampoo
do meu cabelo. Tanto sofrimento que eu havia causado...

O banho foi simplesmente uma curta interrupção, e eu fiquei na frente do espelho, secando
meu cabelo com a toalha. Quando ele estava molhado era um marrom mais escuro, e eu me
concentrei em meus olhos antes que eu pudesse comparar a cor com o de mais alguém. Minhas
íris estavam tão escuras que eu não conseguia discernir minhas pupilas. Sim, eu definitivamente
precisava caçar.

Eu encarei o rosto no espelho, notando com um suspiro o quão diferente eu estava.


Remover a camada de sujeira que vinha de uma vida de nômade não conseguira apagar a falta
de vida que me encarava de volta.

Escrito por Blondie aka Robin – Tradução: nnfarias e beatrice_sudoski


“Eu já vi cadáveres com uma cor melhor.” Era minha voz descrevendo a imagem pálida e
nauseada de Bella em minha vida passada.

Eu havia retornado ao meu verdadeiro estado, um predador somente com desejos e


artimanhas. A beleza havia sumido, o brilho tinha ido embora. Era assim que eu estava naquele
primeiro dia assassino, contemplando a miríade de modos que eu poderia acabar com a vida de
Bella? O que poderia tê-la atraído a mim, um monstro odioso, tão obviamente perigoso? “E
então eu me torno a morte, destruidor de mundos,” eu citei para mim mesmo.

Eu me lembrei das fotos que eu havia escondido em seu quarto; como o Edward, que era
dela, parecia brilhar com adoração. Ela havia visto através da imagem mortal, da premonição e
destruição, e tinha imprimido sua luz em mim. Era isso que havia acontecido, eu percebi. Assim
como o sol iluminava minha pele dura de estátua e fazia um arco-íris de cores, a riqueza de seu
espírito, sua alma, também era refletida em mim. Sua ausência não deixava nada além de um
corpo vazio e frio – um espelho em um quarto escuro. Não, isso não era muito exato.
Dificilmente eu era um espelho passivo pendurado silenciosamente em uma moldura
empoeirada.

Olhos de um assassino olharam desinteressadamente para os meus, os círculos escuros e


bochechas encovadas mostravam o mal vazio e sem alma que eu personificava. Eu engoli a gota
de veneno em minha língua, lembrando a mim mesmo que eu teria que matar novamente hoje
à noite, ainda que fosse somente um animal indefeso que se tornasse minha vítima.

O fogo em minha garganta não diminuiu com o pensamento, mas permaneceu uma dor
entediante, facilmente ignorada nesses últimos dias. A dor que eu sentia cada vez que eu
fechava meus olhos eclipsava a sede, em cada piscada ela estava lá, me implorando para voltar.
Seus olhos... Seus cabelos... Suas mãos tentando me alcançar naquele último dia… Pare.

Victoria… Eu tinha que manter minha força se eu quisesse acabar com a vampira ágil. A lua
cheia pendurada do lado de fora da minha janela iluminava minha negligência… a lua estava
quarto - crescente quando eu caçara da ultima vez... Três semanas atrás.

Minhas palavras me assombravam novamente. “Existem outros desejos. Desejos que eu


nem mesmo compreendo.”

Não, eu não podia me permitir pensar em Bella, e enxuguei meu cabelo de novo. O poço
sem fundo, onde antigamente costumava ser meu coração, ficou maior ainda, ameaçando me
sugar para dentro do seu buraco negro. Eu joguei a toalha e fui embora.

Próxima tarefa: o telefonema. Eu estava aqui por uma razão, não para relembrar o passado.

Assim que me vesti, eu respire fundo, e peguei o meu telefone. Chamou apenas uma vez.

“Edward, já era tempo,” Alice disse, e minha mãe tremeu. Não era com ela que eu estava
tentando falar. Por que ela estava com o telefone de Carlisle?

“Onde está Carlisle?” Havia acontecido algo?

Escrito por Blondie aka Robin – Tradução: nnfarias e beatrice_sudoski


“Ele está aqui, não se preocupe, mas eu quero falar com você primeiro. Você já está pronto
para voltar?” Eu apertei meus olhos, apenas para poder ver Bella rindo na minha mente.

“Me deixe falar com Carlisle, Alice. Eu não tenho nada para te dizer.” Se eu não ouvisse a
voz de Carlisle em cinco minutos eu iria desligar. Ela diria que eu estava bem.

“Bella ainda está sofrendo, você sabe.” Eu me encolhi só de ouvir o nome do meu amor.
“Ela não pode viver sem você do mesmo modo que você não pode viver sem ela. Você está
pressionado-a até o limite, Edward. Talvez ela pule.” A voz dela era séria.

Eu conhecia Bella – ela nunca faria nada tão drástico. Não, ela tinha o seu pai e faria tudo
por ele. “Bella...”, minha voz falhou quando eu disse seu nome. “Bella prometeu. Ela irá se
cuidar, por Charlie.”

“Talvez você pudesse apenas dar uma olhada, só para ter certeza.”

Droga. Ela esteve procurando ver meu futuro novamente… vendo a tentação cruzar meu
caminho todos os dias. Se eu voltasse, eu não seria capaz de ir embora de novo, eu sabia e Alice
também. Ela era cruel.

O tom de quem sabia de algo me deixou desconfiado. “Alice, se você voltar, eu...”

“Não, eu não voltei,” ela respondeu com desdém, “Mas minhas malas estão prontas. Eu
vou estar bem perto quando você desistir. Você não é tão forte.”

“Eu estou apostando em Alice,” a memória de Bella murmurou.

Fazendo uma careta eu dei uma bronca na minha irmã e em mim mesmo. “Pare de me
vigiar. Não é para você ficar me espionando.” Uma imagem do sangue de Bella passou pela
mente, aumentando o fogo na minha garganta. A sensação me deu repulsa e força ao mesmo
tempo. Eu não podia voltar. Ela tinha que ficar a salvo.

“Tudo isso está errado, Edward. Quanto mais você se demorar para voltar, mais dor você
irá infligir em todos nós. Você não é o único sofrendo, sabe?”

É claro que eu sabia, por que ela acha que eu estava ligando. A única razão era para dar um
pouco de paz para Carlisle e Esme.

Os cinco segundos dela acabaram. “Você vai me deixar falar com Carlisle ou não” Eu disse
secamente enquanto deslizava o dedo pelo botão ‘Desligar’.

Ela não falou mais no telefone. “Ele quer falar com você,” ela disse.

“Edward,” Carlisle falou, e a dor do meu peito aumentou. Sua voz era controlada, quase
calorosa, mas eu podia perceber a preocupação pairando por trás da fachada.

Escrito por Blondie aka Robin – Tradução: nnfarias e beatrice_sudoski


Eu o cumprimentei de volta com o mesmo tom falso. “Oi Carlisle. Eu só quero que você
saiba que eu estou bem,” eu menti. Pelo menos essa promessa eu podia manter... a promessa
de manter contato com ele.

“Você vai voltar para casa? Sua mãe está muito preocupada com você.” A mentira caiu com
um som audível, a tristeza em sua voz cortando a minha consciência.

“Não, eu tenho uma pista fresca, mas como eu tive um tempo livre, eu pensei em dar
notícias.”

“Obrigada.” Ele não podia conter o desapontamento em sua voz. “Onde você está? Nós
poderíamos nos encontrar, passar apenas a tarde juntos. Esme sente muito a sua falta.”

Em silêncio eu ouvi seu desejo, e isso apenas aumentou a dor. “Talvez, mas Victoria é
excepcionalmente instável. Ela não fica em um mesmo lugar por muito tempo.” Eu deveria
apenas dizer não, mas eu sabia que era Esme quem realmente tinha feito este pedido. Destruir
suas esperanças era muito cruel. “Eu ligo assim que puder.” O silêncio continuava, e eu me
preparava para a próxima pergunta. “Como está a mamãe?”

Carlisle mudou de posição; papéis fizeram barulho ao fundo. “Ela está… agüentando.
Rosalie e Emmett decidiram por um casamento pequeno para variar, se você conseguir
acreditar nisso.” Eu podia ver o sorriso que deveria estar se formando em seus lábios. “Nós
todos vamos para Niágara e ficaremos ensopados enquanto eles fazem seus votos perto das
cataratas.” O som do sorriso diminuiu. “Jasper irá ficar no seu lugar.”

Outra facada – eu deveria ser o padrinho de Emmett em cada um dos muitos casamentos
dele e de Rosalie. “Bom, já era hora dele começar a assumir algumas das responsabilidades do
casamento” eu disse casualmente.

Ele limpou a garganta desnecessariamente. “Aham, sim. Ele agora está fora caçando com
Esme.”

Esme não estava suportando muito bem, nem Carlisle, se Jasper precisou de uma sessão
particular para acalmar minha mãe. Mas eu continuei. “Por favor, dê meus parabéns para Em e
Rose.”

“Eu darei, quando eles ligarem. Eles escolheram ir para Europa em lua de mel, eu acho que
para Paris.” Toda emoção deixou sua voz. Não é a toa que Esme estava tão triste; eu não fui o
único a abandoná-la.

Carlisle não desistiu. “Edward, por favor, esta caçada é...”

“Muito necessária,” eu terminei. Eu não podia ir para casa, minha presença apenas
aumentaria o sofrimento de Esme. “Victoria é uma selvagem inescrupulosa e ela tem que ser
detida. Se você pudesse ver sua última vítima você concordaria. Ele tinha apenas doze anos,
Carlisle, ainda estava vestindo sua fantasia de Halloween. Eu havia visto o corpo através da
mente dos investigadores na cena do crime, poucos podiam agüentar a visão, então eu segui

Escrito por Blondie aka Robin – Tradução: nnfarias e beatrice_sudoski


seu cheiro de volta para a tranqüila vizinhança onde ela havia raptado o garoto enquanto ele
pedia doce; isso antes de perceber que eu estava seguindo a pista errada.

A pausa durou mais do que eu esperava. “Então me deixe ajudá-lo. Juntos nós poderíamos
pará-la, e você ficaria livre para voltar para casa.”

Eu não podia ler seus pensamentos, mas o tom era claro. Ele havia trocado de lado e agora
estava lutando pelo time de Alice. A traição doeu, mas eu não podia sentir nenhuma raiva, não
enquanto ele trabalhava para juntar os pedaços da bagunça que eu havia feito. “Não, Esme
precisa mais de você do que eu, eu posso cuidar de Victoria.”

Carlisle engoliu por hábito. “Edward, eu acho que você deveria reavaliar sua situação e a
sua decisão.”

Mais uma vez eu o ignorei, pelo menos a autoridade que ele tentava colocar sobre mim.
“Não, a decisão está tomada. Nada mudou.” A conversa estava encerrada. “Eu ligarei de novo,
quando eu puder. Diga a Esme e a todos que eu os amo,” eu fiquei mudo, desejando poder
voltar o tempo para minha família e dar a eles a felicidade que eles tiveram á um ano atrás. Eles
não mereciam sofrer por causa dos meus erros.

Ele deu um suspiro inútil, derrotado. “Muito bem. Se cuide, filho. Nós amamos você,” ele
disse tristemente.

As lembranças que suas palavras me trouxeram me pegaram desprevenido.

Um pedaço de papel amassado em cima da escrivaninha, perto de Bella dormindo. Eu tinha


desdobrado o pequeno quadrado, notando como as dobras estavam gastas nas extremidades.
Quantas vezes ela havia lido aquelas simples duas palavras que me deixaram espantado? Fique
segura.

“Fique segura,” Bella havia murmurado em seus sonhos – e agora repetia em minha mente.
“Pelo Edward.”

Eu fechei o telefone, a visão de Bella dormindo com o cabelo emaranhado e um sorriso nos
lábios grudou na minha vista.

“Por favor, fique segura,” eu sussurrei incapaz de dizer seu nome.

Talvez você devesse dar apenas uma olhada nela. As palavras de Alice ecoavam na minha
mente, e eu quase quebrei o telefone, tentando voltar meus pensamentos para o presente. Eu
peguei o computador, querendo procurar mais crimes em Minneapolis, mas meus dedos não
me obedeceram. Em minha mente, as peças de dominó começaram a tombar...

Apenas uma visita rápida. Antes que eu soubesse eu encarando um mapa com uma linha
azul ligando Hamel a Forks. 2880 quilômetros... Eu poderia pegar um vôo cedo e estar de volta
antes de Charlie voltar da pescaria. Não, não, não.

Escrito por Blondie aka Robin – Tradução: nnfarias e beatrice_sudoski


O computador escorregou das minhas mãos. Antes de ele cair em cima da colcha, eu já
havia me curvado em um canto da parede, meus joelhos apertados no meu peito. Os dominós
em minha mente começaram a tombar, cada peça caindo e levando a próxima, com um barulho
suave, que me lembrava à batida de um coração humano. A batida do coração dela. Era tudo
que eu podia fazer para me impedir de sair correndo pela porta.

Alice tinha enfatizado que Bella estava sofrendo – ela havia visto alguma coisa? Bella estava
no hospital de novo?

Não, minha irmã estava apenas me enganando com insinuações vagas… Ela queria uma
desculpa para voltar por conta própria. Bella estava segura – longe de mim – com uma vida livre
de assassinos e demônios imortais. Eu não podia voltar. Eu tinha prometido... Minha palavra
não valia nada?

Meus dedos deslizaram pelo meu cabelo antes de se fecharem em punhos. Eu tinha
cometido outro erro – tirar um tempo de folga da busca foi uma ideia idiota. Sem a necessidade
de me concentrar no cheiro, nas pistas, minha mente ia direto para o único lugar proibido:
direto para Bella.

À medida que minha testa batia nos meus joelhos, meu coração voltava para onde Alice
havia parado, me puxando de volta para meu desejo... Meu amor...minha vida.

“Eu não gosto. De não ver você. Isso me deixa ansiosa também,” Bella disse suavemente,
corando por trás das minhas pálpebras.

Eu caí mais fundo no desespero que eu estivera evitando. A distância parecia diminuir á
medida que ela me chamava, com os braços abertos. Na minha cabeça o calor dela estava ao
meu redor, misturado com seu perfume. A sensação era tão real que quando eu abri meus
olhos, eu esperava que o quarto estivesse preenchido com frésia e chamas.

Eram as chaves no meu bolso que estavam queimando, me chamando. Seria tão fácil... Eu
me imaginei parado em frente da casa dela, subindo pela janela e a encontrando dormindo,
como eu havia feito tantas vezes antes. Tão tranqüila, tão frágil... Mas não! Eu arremessei as
chaves pelo quarto, deixando-as incrustadas na parede acima da cabeceira da cama.

Uma boa demonstração… Eram sua paz, sua beleza e sua fragilidade que tinham que me
manter longe. A única coisa que eu poderia trazer era dor, morte ou pior, a condenação eterna.

Bella ainda está sofrendo… A voz de Alice se intrometeu novamente. O pensamento de que
Bella estava chorando por minha causa moveu meus olhos para a porta. Eu abracei minhas
pernas mais forte, impedindo que elas me traíssem. Ela iria viver e seguir em frente. Na
verdade, Bella provavelmente já havia feito isso – Alice era uma mentirosa mais talentosa do
que eu. Era isso... Alice podia ter visto Bella queimando a língua com algo quente, nada além
disso, e exagerado na estória para meu benefício.

Lentamente eu me balancei, fora de sintonia com o rap que tocava na TV, tentando me tirar
do caminho da tentação. Não foi até o por do sol, doze horas depois, que eu me levantei,
peguei minhas coisas e sai para uma corrida. O motel estava começando a encher para a noite,

Escrito por Blondie aka Robin – Tradução: nnfarias e beatrice_sudoski


e eu escapei da minha prisão auto-imposta antes que os pensamentos felizes, ocupados e
animados pudessem me oprimir.

Pagar a conta. Comer. Depois vigiar as rotas de caça mais prováveis de Victoria. Minha
última lista se formou facilmente. Um nova carreira de dominós se formou, e eu comecei de
novo, fingindo que minha vida era digna de ser vivida.

Eu deixei a chave do quarto sobre o balcão da recepção, levantando na minha mente a


primeira peça de dominó antes de vislumbrar a data do último jornal restante. A ironia me fez
perder o fôlego.

Hoje era dia dois de Novembro, Dia dos Mortos.

Escrito por Blondie aka Robin – Tradução: nnfarias e beatrice_sudoski

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