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Sobre o Autor,

Aliás, sobre Mim Mesmo.

Neste trabalho, selecionei escrituras antigas de minha autoria, assim


como novas escrituras e outras ainda escritas apenas para este livro negro.
Eu mesmo escolhi a dedo cada vestígio de insanidade presente nestas
páginas blasfemas.
Neste trabalho intitulado “Intimidade da Insanidade” que pretendo que
não tenha grande divulgação, estarei expondo justamente a minha
verdadeira face, entrando nas suas mentes e brincando com seus
pensamentos e pesadelos.
O universo desse trabalho é justamente o ápice e o êxtase, de uma mente
doentia, onde a dor e a destruição se fazem presentes para purificar o
grande mundo que vem sofrendo com a hipocrisia dos valores cristãos
medíocres. A humanidade judaica cristã, católicos apostólicos romanos,
evangélicos, e todos os que seguem o Deus fraco, e que tem o seu falso
moralismo sujo e apodrecido pelo tempo.
Esta obra vem como um soco na cara de todos vocês, mostrando
justamente tudo o que vocês temem ou renegam. Mostrando realmente o
instinto de um ser humano animal, puro como veio através da evolução.
Quem nasce animal, morre animal. Está no sangue, na mente, nos atos.
O caos reina, pois somos os filhos do apocalipse. Novamente procuro
outro rebanho para guiar. No reerguimento da S.M.V. trazendo de volta as
atrocidades metafísicas e espirituais para mostrar a verdade eterna à toda a
humanidade podre sobre a terra.
Rituais através da dor e da purificação, caindo em abismos de escuridão e
solidão. Onde o medo, nunca deve estar presente, pois pode levá-lo à morte
espiritual eterna.
Vocês conhecerão o mais profundo da minha mente, meu verdadeiro ser.
Alguns segredos que até hoje ficaram trancafiados dentro dos aposentos
obscuros da minha alma, algumas vezes me corroendo, outras me
alimentando.
Eis que o verdadeiro lado vem à tona, e se faz transparecer sem nenhum
tipo de véu ou neblina. Transpassando a tempestade torrencial e a névoa da
madrugada.
Rod Hell, o “Bastão do Inferno”, num diário psicótico, atentador e
assustador. Conheçam o que ninguém mais conhece. Serei o predador de
suas almas e sonhos. Coloquem-se no lugar de minhas vítimas, sintam o
prazer delas, estremeçam com a dor delas, e durmam de luzes acesas.
Despeço-me como autor e agora mergulho fundo na minha própria alma
para lhes mostrar o meu real interior.
Pois sou filho do Pai das Artes.

1
Intimidade da Insanidade.

Bem vindos a um mundo onde eu faço as leis.


Dor?
Purificação?
Sim... Esta é a Intimidade da Insanidade da mente de Rod Hell,
conhecido por sua vida desregrada, boêmia e alcoólica. Odiado pelo seu
jeito frio de lhe dar com as situações e com os sentimentos das pessoas.
“Intimidade da Insanidade”, traz escrituras que ao se ler, revelará um
lado animal e espiritual de que muitos não têm idéia da existência. A ficção
não faz parte desse jogo. Entre nesse mundo de mistérios e escuridão, em
momentos de intimidade com a insanidade. Todos reais.
Você realmente conhece uma pessoa por seus hábitos e atitudes?
Você sabe o que pode acontecer com você, depois que o sol se
esconde?
Olhe nos meus olhos, sinta minha respiração ofegante. Lembre-se:
Você já dormiu ao meu lado!
Que as velas se acendam, e que os ventos do destino lhe mostrem nesta
obra, algo que se identifique com você, e o faça se tornar mais um em meu
rebanho.

2
Nota do Autor.

Vocês entrarão num mundo obscuro e cheio de maldades, ansiedades,


angústias, escuridão, sadismo, e muito mais. Tenho certeza de que nesta
nova obra, todos vocês entrarão em êxtase destrutivo. Não se deixem levar
pelas minhas loucuras, depressões e obscuridade, pode ser muito perigoso,
desse mundo poucos conseguem voltar sem seqüelas graves.
A idéia inicial de “Intimidade da Insanidade” começou em meados
2008 e era pra ser um filme de curta metragem, quando fui vítima de um
maldito rato virtual que clonou meu cartão de crédito, porém, descobri o
endereço do infeliz, e ateei fogo em seu automóvel e sua casa, tendo
gravado toda a cena em vídeo. Complicações se formaram por falta de
tempo para o resto das filmagens, então resolvi transformar a idéia em um
belo livro sinistro.
Nesse livro, vocês entrarão fundo em minha mente insana e na minha
loucura. E tenho certeza que depois de ler a obra, muitos de vocês nunca
mais irão olhar e muito menos conversar comigo.
Conheçam um pouco desse segredo infernal, entrando no mundo da
“Intimidade da Insanidade”. O meu mundo real.

Ps.: Não recomendado para maníacos depressivos, pessoas cardíacas,


cristãos, fãs nostálgicos e menores de 16 anos.
3
4
MEU FIM É O MEU COMEÇO

Lembro-me da noite em que reneguei o Deus fraco,


Recitando meu discurso de ódio,
Sendo banhado pela Lua cheia,
E me transformando em escuridão.

A magia se fez imediatamente,


Com o estrondo dos trovões.

Renegado,
Um demônio alado veio ao meu encontro;
Trazia consigo uma espada,
E seu tridente.

A mediunidade em freqüência máxima,


Fez com que suas palavras fossem claras;
Eis que recebi minha coroa,
E a lâmina de minha faca.

Desde então,
Faço minhas regras;
Apenas obedecendo,
As leis do grande Pai.

Ao nascer do sol,
Minhas forças estavam esgotadas;
Ali nasceria um novo ser,
Um humano real.

Livre de hipocrisias,
Livre da escravidão.

Humano em seu verdadeiro instinto,


Instinto animal;
Instinto que nunca deveria ter sido domesticado,
Pelas ridicularidades do catolicismo.

Eis de volta,
O homem que caça.

5
MALES MALEFICARUM

Maldita inquisição,
Que não acabou com o pior feitiço;
?Onde estava Matthew Hopkins,
Pra acender a fogueira,
Que extinguiria o amor?

O amor é maldição,
É praga mística;
Encantamento pronunciado,
Feitiçaria aniquiladora.

Maldita inquisição,
Que não acabou com o amor;
Malditos sejam os cristãos,
Que usurparam esse feitiço,
Para a destruição alheia.

Eis que as cadelas escravas do cristianismo,


Acabaram com a magia de Lúcifer;
Destruíram o amor puro,
E o transformaram em dor.

6
SUBMUNDO INCONSCIENTE

Lendo escrituras antigas,


Vejo que continuo o mesmo;
Certas coisas nunca mudam.

Ainda sozinho,
Com tantos sonhos e esperanças;
Gritos mudos,
Que ecoam na mente.

Comparo-me com ficção,


Talvez, Zé do Caixão;
Ainda à procura,
Da mulher perfeita.

Que me dê um filho,
Que me traga alegria;
Nesta vida vazia,
Em que tudo se perde.

Talvez Capt. Howdy,


Purificando através da dor;
Todos aqueles,
Que me acham insano.

7
AMOR AO PAI

Maior que o universo,


Que todos os mares;
Tu és a luz do meu viver,
O abraço que me acalma.
Pai, tu me deu a vida,
Me ensinou a caminhar;
Seguindo teus passos,
Aprendi a lutar.

Amor aos que me amam,


E te apreciam;
Ódio aos que são indiferentes à mim,
E te odeiam.

Pai, tu és o símbolo maior do amor,


Tu és o fogo que purifica;
A balança da justiça,
Encontra-se em tua mão esquerda.

Tu que veio da luz;


Que penetrou a escuridão;
Tu que me deu irmãos,
Guerreiros de fé.

Pai, o que seria de mim sem ti?


Nada, apenas uma estrela apagada;
Tu me ensinaste a ter perseverança,
A lutar por mim mesmo.

Tu me ensinaste a ser grande,


E não temer a nada;
Mas sei que preciso merecer,
Não posso me acomodar.

Apenas tu me trazes a paz,


Tua presença me esclarece mistérios;
Tua voz de trovão,
Me encoraja.

Tudo que aprendi nesses 27 anos,


Devo a ti, meu Pai;
Serei eternamente grato,
Por tudo que fizestes por mim.
8
Pelos caminhos que me fez seguir,
Pelos inimigos que me ajudou a esmagar;
Por todo o amor que tu me dá,
Dia após dia.

Tenho orgulho de ser teu filho,


De ter tuas asas a me proteger;
Pai, realmente te amo,
Do fundo do meu coração.
Sei que meu amor por ti,
Nunca será em vão;
Assim como sei, Pai,
Que tu nunca me deixarás desamparado.

Lúcifer, Pai e Mestre;


Bebo de tua honra,
De ser verdadeiro,
De ter teu sangue.

Te amo e te amarei sempre;


Por toda a minha vida;
Grande Pai,
Sempre estarei aqui.

FLOR MORTAL

Rosa vermelha,
De espinho fatal;
Grande beleza,
Essência do mal.

Teu perfume é letal,


Libidinosa flor mortal;
Tu representas a morte,
O fim do amor.

Flor mortal,
Vermelha sangue;
Essência do mal,
Beleza fatal.

9
CARRASCO

Sou o grito da justiça,


Tudo vejo e tudo sei;
Não existem segredos que eu não conheça,
Não existe lugar pelo qual não passei.

Sou o carrasco do tempo,


O grito que ecoa no universo;
Eu crio e eu destruo,
Eu comando o seu futuro.

10
AMARGA ESCURIDÃO

Escuridão,
Amarga como sangue;
Tudo toma forma,
Numa mente solitária.

Escuridão,
Já não serve de abrigo;
Agora se torna perigo,
Pra um corpo que se deita.

Escuridão,
Cama desfeita;
Se torna desespero,
Acordar no meio da madrugada.

Escuridão,
Grande velha amiga;
Me abraça destranqüila,
Nos piores momentos da minha vida.

PROMESSAS QUEBRADAS

Onde está o amor eterno?


Foi você que prometeu...
Quem disse que iria cuidar de mim?
Foi... você...

Mais uma vez,


Promessas quebradas...
Mais uma vez,
Jogado pras traças...

11
SOBRE A ESCURIDÃO

Depois que as velas se apagam,


A escuridão se torna mãe;
Ela traz paz e solidão,
O silêncio se faz presente.
Deitado e sozinho,
Fico a pensar;
?Onde está você,
Mulher da minha vida?

Sigo pelos caminhos da mente,


Atrás da fumaça dos incensos;
Mas não posso te encontrar,
Onde você está?

A escuridão brinca com ilusões,


Acabei vendo você;
Numa escultura de ar,
Misturada à névoa.

Doce escuridão,
Fria emoção;
Que vela meu sono,
Em mais uma noite solitária.

REFLEXÃO DO AMOR

A de amor,
M de maldição,
O de ostensiva,
R de retalhadora.

O amor é uma maldição,


Ostensiva e retalhadora;
Deixa marcas e cicatrizes,
Eternas no corpo e na alma.

12
SOLIDÃO

O silêncio toma conta da casa,


Rua David Mary 180;
A escuridão se torna uniforme,
Névoa densa pela fumaça do meu cigarro.

Vejo as coisas distorcidas,


Deve ser efeito da bebida;
Estou preso em meu colchão,
Apenas com essa folha e caneta na mão.

Minha cabeça gira como num carrossel,


A caneta está falhando;
Que falta me faz uma mulher aqui,
Apenas para me abraçar.

A solidão traz a loucura,


Talvez por isso esteja assim;
Não preciso de nenhuma palavra,
Apenas do toque suave e quente.

Todas as mulheres já tive;


Algumas eu usei,
Outras eu gostei,
Mas poucas eu amei.

Quem pode entender minha mente?


Sou o criador lutando contra a criatura;
Sou a criatura aterrorizando o criador;
Estou preso num mundo doentio.

Onde está meu sorriso?


Já não sei responder;
Ando passando dos limites,
Meu corpo está debilitado.

Me perco na noite,
Procurando meu próprio fim;
Acelero a Puma até não poder mais,
Mas a estrada está livre pra mim.

13
Pareço ter tudo o que qualquer um quer,
Mas não sou feliz;
A vida me prega peças,
Enquanto a solidão me consome.
Estou vendo tudo o que construí,
Se deteriorar;
Dos amigos restam poucos,
Minha garrafa está no fim.

Noite de quarta feria 14/04/2009,


E eu já estou assim;
Amanhã será outro dia,
E sei que será igual hoje.

Minhas costelas ainda doem,


Decorrente do churrasco de Corpus Christi;
Eu tinha que voltar no médico hoje,
Mas estava sem paciência.

O álcool cura tudo,


Até mesmo minha depressão;
Bebo, deito e durmo,
No colchão jogado no chão.

A solidão é uma faca,


Cravada na carne com intenção;
Já é tarde da noite,
Me entregarei à escuridão.

14
MAIS UM TRAGO NO CIGARRO

Que se faça a luz,


Meu isqueiro se acende;
Num cigarro apagado,
A brasa vermelha ganha vida.

Meu rosto se perde na névoa,


Meus pulmões cheios de fumaça;
Acelerando o processo natural,
Relaxamento mental.

Fumar é um vício,
Assim como amar você;
Não sei qual vai me matar primeiro,
Por isso, pago pra ver.

Mais um trago no cigarro,


Mais pensamentos em você;
Apenas fecho meus olhos,
Esperando pra morrer.

Mais um tubo de câncer,


Doente por você;
Larga logo o que está fazendo,
E vem correndo me ver.

SEQÜESTRO

É chegada a hora grande,


As velas estão acesas;
Começo o ritual,
Vou caçar a sua alma.

Te encontro nua,
Deitada em sua cama;
Adormecida virginalmente,
E seqüestro teus profanos desejos.

15
Nº 07

Luzes roxas,
Neon brilhante;
Cigarro longo,
Sonhos perdidos.

Nessa mesa,
Redonda eterna;
Nada tem fim,
Sempre é recomeço.

Dor e desilusão,
Perdido em solidão;
Jack Daniel’s Nº 07,
Sem gelo, na escuridão.

Meio embriagado,
Talvez já cambaleando;
Não me lembro de muito,
Apenas de cair na cama.

16
FAMA

Tenho fama,
Mas não tenho grana;
Tenho nome,
Mas poucos gostam de mim.

Assim sigo minha estrada,


Nesse submundo.

Posso ter todas as garotas,


Mas nenhuma me ama;
Posso ter todos os amigos,
Mas eles só querem minha cerveja.

Assim sigo minha estrada,


Nesse submundo.

?De que adianta ser eu,


Se estou sempre sozinho?
Eles apertam minha mão,
Apenas pra mostrar que me conhecem.

Assim sigo minha estrada,


Nesse submundo.

O dinheiro não compra felicidade,


Gastei todo o meu e não sou feliz;
Dura forma de aprender,
Mas eu paguei pra ver.

Assim sigo minha estrada,


Nesse submundo.

Status é o que elas procuram,


Mas já estou fora dos tablóides;
Serem fotografadas comigo,
Para algum site da internet.

Assim sigo minha estrada,


Nesse submundo.

?O que um nome pode te dar,


Amigos e inimigos?
17
Mas nunca algo verdadeiro,
Muito menos um amor.

Assim sigo minha estrada,


Nesse submundo.

Fama no submundo,
Não é nada.

18
ASSASSINO

Olho para dentro de mim mesmo,


E acabo encontrando desejos sombrios;
Sim, já conheço o gosto do sangue,
E a alegria da vingança.

Tudo na sua hora,


Sem nunca se esquecer dos detalhes;
Um bom plano,
Talvez o crime perfeito.

A lâmina de 32 centímetros,
Afiada em fio zero;
Feita em carbono,
Isso que é tecnologia.

Difícil de esconder,
Mas eficaz para se trabalhar.

Tenha como amigo,


O seu pior inimigo;
Assim será mais fácil,
De dar fim no que te incomoda.

Como na matança de um porco,


A lâmina desliza no pescoço;
Da esquerda para a direita,
Deixando o rastro de sangue.

O líquido quente e rubro,


Escorre pescoço abaixo;
Esguicha forte,
Mancha paredes e chão.

A luz dos olhos se apaga,


O templo está vazio;
Só resta um corpo,
Pronto para ser desovado.

Difícil de esconder,
Mas prazeroso de se fazer.

19
TORTURA

Puro sadismo,
Se não for executada com o coração;
A tortura é uma arte,
É a forma mais eficaz de punição;
Deve ser executada com desejo,
Com ódio, por devoção.

20
CAMINHOS DA ESCURIDÃO

De um lugar, onde as velas queimam,


A alma grita, não dá pra escapar;
É o que eu quero, é o meu destino,
Não vou fugir, eu vou encarar.

A solidão, é o meu anseio,


Seguir sozinho, pra nunca parar;
Passar por cima de todos os problemas,
Meu inimigo, eu faço sangrar.

Caminhos da Escuridão

Do lugar, onde as velas queimam,


Eu sinto o frio, a me congelar;
Uma serpente, um predador sozinho,
Esse sou eu, não posso negar.

Sem amor, sem sentimentos,


Existe um fogo, sempre a queimar;
Instinto selvagem, Anonimato,
Assim eu sigo, e não vou parar.

Caminhos da Escuridão

MINISTRO

Autoridade,
Apresento-lhe meu cartão;
Sou o dogma do oposto,
O Ministro da destruição.

Trago a peste e a desgraça,


Presenteio-lhe com uma casta;
De besouros e gafanhotos,
Para a destruição de sua raça.

21
PRÓPRIA EXPRESSÃO

Olhos abertos, sorriso amarelo,


Inocência perdida por hábitos podres;
Pensava adiante, adiante demais,
Onde a levou este ato voraz?

A 1.000 por hora, a cabeça rodava,


Adrenalina, ilusão da droga;
A sua estrada, já ia acabar,
Sua saída, se suicidar.

Não tenha medo de morrer,


Não dá mais pra se esconder;
Você não pode mais viver,
O vício já matou você.
Hahahahaha

Presa num quarto, com suas navalhas,


A última noite, da sua história;
Rasgue sua carne, perfure as veias,
É o único jeito pra não sofrer.

Fez da sua vida uma desgraça,


Acabe com ela, fuja agora;
A sua estrada, já ia acabar,
Sua saída, se suicidar.

Não tenha medo de morrer,


Não dá mais pra se esconder;
Você não pode mais viver,
O vício já matou você.
Hahahahaha

Própria expressão.... Própria expressão


Você morta em vão.... Deitada no seu caixão...

22
VELOZ E VORAZ

Não existe hora certa,


E sim, vontade e concretização;
Minha vida é na estrada,
Essa é a minha satisfação.

Eu piso fundo, corro demais,


A vida é muito curta pra esperar;
Faróis vermelhos vou ultrapassar,
Nesse lugar não vou mais ficar.

O vento nos cabelos arranca a depressão,


Vou devorar essa estrada;
Minha paixão.

Sozinho com meus demônios,


Veloz e voraz;
Ninguém mais vai me fazer parar.
23
ESPÍRITO INFERNAL

Perambulo por entre as chamas,


Pelas brasas incandescentes;
Sou um espírito forjado em fogo,
Nesse mundo a caminhar.

Carrego comigo o cheiro das rosas,


Rosas vermelhas que encarnam a morte;
Na maldade que se esconde na beleza,
Na liberdade de uma noite de luar.

Trago comigo os estragos da noite,


E as esperanças perdidas pelos que sofrem;
Abro minhas asas negras,
E levanto vôo sobre o abismo.

Não se engane ao olhar nos meus olhos,


Pois eu sou o fim do túnel;
O barqueiro de Carontes,
O Senhor do Stix.
24
CORTE PROFUNDO

Sinto a lâmina penetrar minha carne,


Foi atingido pelo inimigo;
Um filho de Lúcifer não abandona a batalha,
Mesmo que esteja ferido.

Vocifero o feitiço de Hades,


Que vem ao meu auxílio;
Legiões se aproximam,
E empunham suas armas.

Hoje é noite guerra,


Executaremos nossa missão;
Devastar a Terra dos falsos,
Destruir a oposição.

Será nossa resposta à inquisição,


Carne a carne, espada a espada;
Numa batalha ardilosa,
Pelos espíritos de nossos ancestrais.

Se eles acobertam seus assassinatos,


E se tornam santos;
Nós ao contrário,
Teremos prazer em matar e mostrar nossas faces.

Nada além de vingança,


Nada além de pagar com a mesma moeda;
A vida de mulheres e crianças inocentes,
Que foram queimadas em suas fogueiras.

Seus exorcismos não funcionaram conosco;


Nós evocamos o poder do Pai,
Do seu lado esquerdo,
E do seu lado direito.

As legiões dos decaídos,


As falanges dos que foram encarnados;
Temos o poder em nome da Honra,
Em nome do Orgulho.

25
APENAS PRAZER

Te joguei em minha cama,


Te fiz minha escrava;
Usei sua virtude,
E todo o seu apetite.

Esgotei tuas forças,


Bebi do teu néctar vaginal;
Me perdi no seu corpo,
E fiz dele meu templo.

Nosso ato sexual informal,


Onde você e eu, e meus espíritos nos divertimos;
Todos exaustos;
Madrugada de prazer.

Tua vagina úmida,


Engolindo meu pênis ereto;
Sentia cada espaço dentro de você,
A cada espasmo do teu prazer

26
DIA COMUM

Levanto da minha cama e saio de meus aposentos;


Ao abrir a porta,
Vejo os malditos raios de sol.

Por que a noite não é eterna?

Levo minha carcaça até a cozinha;


Pego um copo de café de ontem,
E um pedaço de gorgonzola.

Por que nunca tem ninguém para preparar o café?

Arrasto-me até a sala;


Não tem porcaria nenhuma na tv,
O jeito é apelar pro dvd.

Por que a tv é tão ridícula?

Bom, quero me divertir;


Avisto ao longe algo interessante,
Minha coleção do Faces da Morte.

Por que ver os outros se foder me traz felicidade?

Mortes, assassinatos,
Gente sem perna,
Servindo de comida pra ratos.

Esse era sobre guerra.

Por que não se faz mais documentários assim?

Esse foi só um dia normal;


Me arrasto pro quarto,
E me deito normal.

E ainda tem gente que me acha anormal.

27
CANIBAL

Carne é tudo igual,


Não interessa se é humana ou animal.

Até aonde sei,


Um humano não deixa de ser animal.

A não ser que seja um idiota,


Aí, se passa por um vegetal.

Canibal, eu?

Claro que sim;


Ou será que não?

?Quem me garante que o bife que comi ontem,


Era de um irracional?

Bom, também existem humanos que não pensam,


Não deixa de ser igual.

?Espeto de vaca,
Quem nunca comeu?

Existem mulheres,
Bem mais infiéis que as vacas.

Não vejo diferença,


Não deveria ser crime.

Carne vermelha é tudo igual?


Quem me garante que o churrasco não era de miau?

Andam sumindo gatos da vizinhança;


Quem será que foi o imoral?

Matar o bichinho,
Que nunca fez mal.

?O que acha de um churrasco,


Com carne de um marginal?

28
PSIU

Leia bem o aviso,


Não faça barulho;
Não incomode o vizinho,
Nosso assunto será rápido.

Você se senta aí,


E só responda o que eu perguntar;
É bom saber as respostas,
Senão vai se ferrar.

Na primeira mentira,
Suas unhas vou arrancar;
Olhe para o meu alicate,
Ele está louco para trabalhar.

Não brinque com a sorte,


Não vale gritar;
Se eu ouvir um pio,
Você vai chorar.

Não gosto de covardes,


Se fez vais confessar;
Podes ter certeza,
Eu sei como te torturar.

Pense numa coisa,


Já vou te alertar;
Se insistir em não falar,
Pra mim você não servirá.

O que não tem serventia,


Eu posso descartar;
Então não pensarei dois segundos,
Antes de te matar.

Fale baixo, bem devagar;


Eu não tenho pressa, pode se lembrar;
Quero todos os detalhes,
Comece a falar.

29
O LOUCO

Talvez sem sentido,


Poucos sabem o que representa;
Talvez seja eu,
Talvez seja você.

Nem as ciganas e nem a cartomantes,


Conseguem explicar;
O que essa carta do tarot,
Pode afetar.

Talvez seja confusão,


Ou talvez não;
O louco aparece,
E sacode o lugar.

Personalidade ou anarquista;
Às vezes bobo demais;
Não deixe que os olhos enganem,
Há muita coisa por detrás.
30
TOQUE MACABRO

Anoitece a vida não pode esperar,


Já é hora da morte reinar;
Nesse lugar frio e distante,
Onde a fantasia não pode chegar.

As aranhas tecem suas teias,


Os morcegos voam sem parar;
Parece até um filme,
Mas é o ato a se realizar.

Procure bem no fundo,


Abra seu coração;
Encontre a maldade,
Adormecida em vão.

Você não é mais uma criança,


Sua inocência já se perdeu;
O tempo se torna curto,
Encontre seu apogeu.

Por entre as sombras eu me arrasto,


Sussurrando um feitiço meu;
Espalhando um toque macabro,
Em tudo o que é seu.

VIDA LACRADA

Eu quebrei minhas correntes,


Já não tenho nada aqui;
A liberdade me encaminha,
Ao que eu tenho que viver.

Não viva de joelhos,


Você também pode escolher;
?Um guerreiro ou um escravo,
O que tem dentro de você?

31
SUCUBUS

Venha me possua essa noite,


Atenda minha evocação;
Conjuro teu espírito,
Oh, demônio feminino.

Tu que procede de casta infernal,


Filha de Lillith;
Senhora do desejo,
Possuidora da fome sexual.

Faça-me teu escravo,


Traga-me prazer;
Sugue de mim,
O líquido da vida.

32
PESADELO INFANTIL

1, 2, Ele vai te pegar,


3, 4, Vá correndo pro seu quarto;
5, 6, Ele já achou você,
7, 8, Está apertando seu pescoço;
9, 10, Você morreu, nasça outra vez.

APENAS UMA GAROTA

Ela era apenas uma garota,


Foi o que o júri disse antes de inocentá-la;

Apenas uma garota perturbada,


E não se sabia qual era a razão;

Aparentemente nada de errado,


Além de ter assassinado seu pai e madrasta com um machado;

Apenas uma garota,


Em seus dias menstruais;

Sabemos que algo estava errado,


Mas até hoje nada foi confirmado;

18 machadas na madrasta,
Enquanto 11em seu próprio pai.

Era 04 de agosto de 1892,


Seu nome era Lizzie Andrew Borden;

Heroína para mim,


Assassina monstruosa para outros.

33
NADA É DE GRAÇA

Não pense em me passar pra trás,


Minha mente vai muito mais além que a sua;
Não pense que é tão fácil,
Chegar e receber um favor.

Nada é de graça,
Meus serviços você vai pagar;
Se quiser um trabalho bem feito,
O preço é alto.

Tenha o que quer,


Faço o que pedir;
Mas no final sua alma,
Pertencerá a mim.

Meus demônios se alimentarão do seu corpo,


Você entrará em transe;
Restará apenas um pequeno vestígio,
Cravado em seu espírito.

Porque nada é de graça.

34
FOME CARNAL

Traga seu corpo para o ritual,


Eles querem devorar você;
Não adianta lutar,
Eles conseguirão o que querem.

Existem artifícios,
Feitiços malignos;
Deles ninguém escapa,
Não tente se esconder.

Eles têm fome,


De vícios e de carne;
Apreciam a luxúria,
Banham você em vinho.

Destroem seus sentidos,


Devoram o seu corpo;
Acabam com sua libido,
Te deixam ao chão.

Você não tem saída,


Esse é o pagamento pelo trabalho;
Alguns pagam na encruzilhada,
Outros com carne suada.

Você os procurou,
E evocou seus poderes;
Agora sinta-os em ti,
Profundamente.

Amanhã, não vai se lembrar,


Apenas vai acordar;
O que quer terás em mãos,
E eles já terão matado sua fome.

35
PUTARIA E ROCK N’ ROLL

Toda noite é igual,


E nem pretendo que isso mude;
Bem vinda à luxúria,
Embalada pelo som da guitarra.

Vou possuir o seu corpo,


Fazer você gritar;
Você vai sentir a estocada,
Bem fundo no interior.

Se existem forças aliadas,


Aqui você as conheceu;
Putaria e Rock N’ Roll,
Ninguém nunca os venceu.

36
DOCE VENENO

Me arrastei por entre as sombras;


Envenenei o teu vinho;
Nos meus lábios há feitiço,
Destruição no seu caminho.

Sedutor, ou apenas ator,


Em tudo que faço, procuro perfeição;
Em cada toque no teu corpo,
Em cada mordida de tesão.

Prove do meu beijo,


Antes que eu vá embora;
Eis o meu doce veneno,
Que te envenenará agora.

Mas não se apaixone,


Logo pegarei minha estrada;
Acelerando na noite escura,
Até minha próxima parada.

37
FIM DE NOITE

Fim de noite é sempre igual,


Todo mundo jogado e embriagado;
Já não tenho lugar pra pisar,
Até o chão já está lotado.

Perco-me por entre as garrafas,


E latas de cerveja espalhadas;
Aqui ninguém é de ninguém,
Todos querem se divertir.

Névoa de fumaça,
Cheiro forte pelo ar;
Corpos exaustos,
Roupas a se procurar.

38
Nem estamos tão longe,
Num salão ou num bar;
?Essa aqui é a minha sala,
Dá pra acreditar?

Parece ser loucura,


Mas aqui é o lugar;
Todos embriagados,
Em frente ao meu altar.

Num ritual de diversão,


Você não pode imaginar;
Nada é executado,
Apenas se deixa rolar.

A luxúria fala bem alto,


No fundo da intimidade;
Você se solta como nunca,
Se conhece e se desfaz.

É algo bem humano,


Mas é claro que tem magia por detrás;
Eles incitam a excitação,
O êxtase da penetração.

Fim de noite é sempre igual,


Todo mundo jogado e embriagado;
Já não tenho lugar pra pisar,
Até o chão já está lotado.

Névoa de fumaça,
Cheiro forte pelo ar;
Corpos exaustos,
Roupas a se procurar.

É isso aí,
Nem tenho do que reclamar;
É só mais um fim de noite,
No meu lar, doce lar.

Álcool e muito sexo,


Não dá pra segurar;
Isso que é vida,
Venha se misturar.

39
MARCAS EM MIM

Entregue-me o seu corpo,


Deixe suas marcas em mim;
Dilacere minha carne,
A dor me dá prazer.

40
MESTRE DAS ORGIAS

O fogo se faz presente nos meus olhos,


Veja como as chamas dançam;
Num frenesi incomparável,
Eu possuo o seu corpo.

Minhas mãos exploram suas curvas,


Minha língua penetra seus orifícios;
Te mordo, te chupo,
Te levo à loucura.

Você tenta não se entregar,


Mas a vontade toma conta de você;
Seu corpo pede por mais e mais,
Você precisa de mim dentro de você.

Olhe para mim,


Eu sou o caçador;
Você é minha presa, minha caça,
Minha fêmea no cio.

41
O fogo se faz presente nos meus olhos,
Veja como as chamas dançam;
Num frenesi incomparável,
Eu possuo o seu corpo.

Minhas pinturas tribais,


Representam meus demônios;
Sinta o poder,
A possessão.

Olhe nos meus olhos,


Sinta o desejo queimar;
Incendiando seu corpo,
Te fazendo gozar.

Eu sou o mestre das orgias,


Sou a carne e o espírito;
Você não pode evitar,
Tem que se entregar.

Olhe para mim,


Eu sou o caçador;
Você é minha presa, minha caça,
Minha fêmea no cio.

Seu suco escorre por entre as pernas,


Observo como morde os lábios;
Seu corpo em chamas clama,
Para ser penetrado.

Ouço seu sussurro,


Seu gemido, seu chamado;
Te prendo em minhas correntes,
Te bato e te maltrato.

Escrava submissa,
Cadela que se vicia;
Engole todo o meu membro,
E pede pela sua vida.

Eu sou o mestre das orgias,


Sou a carne e o espírito;
Você não pode evitar,
Tem que se entregar.

42
GARRAS AFIADAS

Já era noite, a lua já dominava o céu;


Aquele gosto amargo ferro,
Tomava conta da minha boca,
Excitava minha garganta.

Quem deve tem que pagar,


Todos aqueles que traíram a lei;
Suas almas foram condenadas,
E eu serei o executor.

Eis que anjo negro se reergue,


Com sua espada e sua foice;
O ceifador dos falsos,
Corruptor dos pecados.

Minhas garras afiadas faziam seu trabalho,


Rasgando, cortando, dilacerando a carne;
O sangue era o suco mágico,
Do qual eu encheria minha taça.

Ela não se mexia,


Todos os seus sentidos estavam congelados;
O tempo corria ao meu favor,
Eis que triunfaria a vingança.

Penetrei com minhas garras,


O mais profundo do seu interior;
Senti suas trompas, seu útero,
Todos eles por entre meus dedos.

Poderia tê-los arrancado,


Esquartejado-a por dentro;
Mas não seria tão divertido,
Eu queria muito mais.

Eis que surge o símbolo da fraqueza,


A desgraça da maioria dos homens;
Eis que o símbolo sagrado dos infiéis,
É introduzido dentro de seu corpo.

43
Fazendo assim com que a blasfêmia se torne presente,
E eu sinta a lágrima dos anjos caindo;
Elas caem dentro do meu cálice,
Misturando-se ao sangue.

Minha alma negra vai ao delírio,


Ao ver essa cena nefasta;
Onde os anjos se tornam impotentes,
Perante o poder do homem superior.

Ouço suas lamentações,


O quanto eles estão tristes por não poderem fazer nada;
Absolutamente me torno o sacerdote da morte,
Onde julgo, condeno e executo.

Mas a morte não lhe cairia bem,


E eu não teria tempo para me desfazer do corpo;
Resolvi oferecê-la ao grande pai,
Tarkemache, para que ele pudesse se alimentar.

Minha lâmina entrou em ação,


Assim como se sangra um porco;
Tua cicatriz será eterna,
De interior para o exterior.
44
Assim se fez a conjuração,
E o fim do ritual;
Seu sangue podre entornou minha taça,
E sua traição será paga pela eternidade.

JULGAMENTO

Levantei minhas suspeitas,


Tirei minhas conclusões;
Executarei sua sentença,
Da forma que eu achar mais justa.

?E qual é o preço a pagar,


Pela sua traição?
Eis que dentro de você,
A semente já foi plantada.

Espere germinar,
Para minha real vingança começar;
Um demônio, um câncer,
Que precisa se alimentar.
45
XIBALBA

Venha, seja bem vindo aos portões infernais;


Aqui seus medos e temores serão realizados;
Adentre neste mundo, nesse universo paralelo,
Onde purificarei seu corpo através da dor.

Amigos, ou inimigos,
Aqui não existe distinção;
Todos vocês procuram pela mesma coisa,
O nirvana entre o corpo e a alma.

A dor é só um estado de transição,


Onde o corpo e a alma se unem em um;
Serei seu anfitrião,
Mostre-me até onde você consegue ser puro.

Lágrimas não me incomodam,


E os gritos me levam ao êxtase;
Pedidos e súplicas não me comovem,
Estou aqui para elevar seu espírito.

Primitivo moderno,
Buscando harmonia em rituais tribais;
Na modificação do corpo,
Num estado plenamente espiritual.

Cruze os portões do inevitável,


Xibalba espera por você;
Purificarei teu sangue e teu corpo,
Devolvendo-lhe um verdadeiro templo.

Nervos e músculos serão testados,


Cada extremidade do seu corpo;
Irei te tocar, penetrar, perfurar,
Até que seu instinto se faça presente.

Não se prenda à coisas materiais,


Aqui nosso convívio irá muito mais alem;
Acho os sádicos chatos demais,
Sou muito mais evoluído,

46
Você sabe o significado da palavra Xibalba?
Claro que não;
Uma palavra antiga e não mais usada,
Ela significa: As portas do Inferno.

A dor que você irá sentir,


É apenas um terço do que ainda tenho guardado pra você;
Porém, tudo ao seu devido tempo,
Não confunda dor com espírito elevado.

Sinta levemente minha lâmina;


Ela cortará sua pele e carne suavemente,
Para que você sinta fio de seu corte,
Desde a ponta até o cabo.

Ouça o estalar do chicote,


E veja os cortes que ele deixa;
A cada chicotada,
Um gemido extasiado de prazer.

Tortura medieval,
Assim como as usadas na inquisição;
Quando os porcos cristãos,
Executaram meus ancestrais.
47
Agora friamente,
Aqueço a barra de aço;
A brasa está quente,
Mais de 360ºc.

Quando ela deslizar por sua pele,


Bolhas irão surgir;
Você vai sentir o inferno,
Queimando dentro de sua alma.

Você já não tem mais forças pra gritar,


Seu corpo não agüenta mais;
Seu cérebro já esta se desligando;
Sobreviva e fique livre.

As lanças vão perfurando o corpo,


Por toda a sua extensão;
Não, isso não é um pesadelo,
É a sua punição.

E no final,
Só o fogo purifica;
Por toda a eternidade,
Enquanto minha alma sobreviver.

48
INCONCLUSÃO

Você vê as pessoas mentindo,


Você vê as árvores morrendo;
E no fundo você sabe,
Que nada disso é real.

Você ouve a voz do caos,


Você sente a dor real;
E sabe que nada disso,
Vai poder parar você.

Então, levanta da sua poltrona monótona,


E mete a cara na rua;
Não demora muito tempo,
Pra você ver quanta merda passa por você.

?Então pra que viver num mundo de ilusões,


Se não final, quem sangra é você?
Pra fingir que não vê a destruição?
E você continua sem fazer nada.

Você se olha no espelho,


E não vê o que gostaria de ver;
Você se sente um lixo,
Pois no fundo, é isso o que você é.

E o que eu posso fazer por você?


Apenas te mostrar um novo cominho,
Onde apenas os mais fortes sobrevivem,
E que demanda em caos eterno.

Posso lhe mostrar o fim,


De um começo criado pelos fracos;
E que agora os faço oprimidos,
Por seus próprios hábitos podres.

Você ainda não sabe o que fazer,


Não sabe o que realmente sentir;
Então pegue minha e mão,
E siga o meu rebanho.

49
MARCAS NA CARNE

Sinta minhas garras,


Minhas unhas marcando sua carne;
A dor traz prazer,
Sei que você já aprendeu isso.

Vou deixar minhas marcas,


Por dentro e por fora;
Sei como te dominar,
Sei como te deixar louca.

Você não foi a primeira,


E não será a última;
Mas minhas marcas eu vou deixar,
Assim você poderá se lembrar.

E quando o sol nascer,


Longe daqui estarei;
Serei apenas uma lembrança,
Apenas uma cicatriz.
50
ELEGANCE

Com toda elegância,


Eu me aproximo;
A presa já está na mira,
É só dar o bote.

De perto assim,
Não há meio de errar;
Jogo meu ar sedutor,
Ela não vai escapar.

Levo-a para um canto,


Começo a beijar;
Trabalho e prazer,
Às vezes não dá para não misturar.

Convido-a para um hotel,


E ela não quer aceitar;
Levo-a para casa,
Será mais fácil para executar.

Jogo-a na cama,
Possuo seu corpo;
Corto-lhe a garganta,
Agora é só esconder o corpo.

Trabalho completo,
Se fosse melhor estragaria;
Agora coleto uma prova,
E volto para a boêmia.

Amanhã é outro dia,


Encontrarei meu pedinte;
Mostrarei a prova,
E pegarei a bufunfa.

Nada tão difícil,


É conhaque no copo;
Tomo mais um gole,
E desapareço na escuridão.

51
DESESPERO INTERIOR

Mais uma vez algo estranho acontece.


Não sei exatamente o que se passa,
Mas sinto uma explosão dentro do vazio do meu peito.

Meus olhos já não se fecham,


E meu coração está acelerado;
Sei que algo vai acontecer,
Mas não sei onde e quando.

Sinto frio por dentro,


Mas um calor intenso queimando por fora.
Parece que minha noite será longa.

23:18 pm, quarto escuro,


Iluminado apenas pela luz do monitor;
No meu copo o vinho transborda,
E fumaça do cigarro se expande pelo obscuro aposento.

Não sei como explicar,


Talvez nem tenha explicação;
Sensação de perca,
Porém, não sei se pelo furto ocorrido.

Claro, sentirei falta das minhas armas,


Da minha inseparável câmera;
Mas no fundo,
Não sei se é apenas isso que me incomoda.
52
Começou como um estalo, um flash,
De repente tudo ao meu redor se paralisou;
Ouvia apenas meu coração bater,
Minha respiração forte, minha visão embaçada.

Não sei o que se passa,


Mas ainda sei que vai acontecer;
O desespero toma conta,
Vontade de desaparecer.

Meu dia não foi muito bom,


As coisas não param de acontecer;
Talvez seja hora de pular fora do barco.

Meu instinto tenta me avisar,


Realmente não ando muito usando a razão;
Impulsos perversos, pensamentos sádicos,
Às vezes um animal toma conta de mim.

Talvez seja o convívio com as cobras;


As serpentes são incríveis.
Quando menos se espera,
Você mesmo se torna o predador.

53
Essa coisa está explodindo dentro de mim,
Senti algo parecido na noite passada;
Porém não tão forte,
E nem tão intenso.

23:30 pm, já é quase 02 de maio.


O vinho vai sendo absorvido pelo sangue,
Meu pulmão se enche de fumaça;
Nada de pensar em descansar.

O dia não foi um dos melhores,


Aliás, a semana não foi boa;
Hoje em especial,
Se torna o marco inicial.

Odeio ficar sem respostas,


Sem saber o que acontece;
Eles não deveriam me deixar passar por isso,
Sem um aviso prévio explícito.

As garotas conversam na sala,


Ouço suas vozes longes demais;
As palavras são emboladas,
Não entendo nada.

Nesse momento gostaria de desaparecer,


Adentrar numa outra dimensão;
Apenas para assistir,
O que virá a acontecer.

54
Pode ser paranóia,
Problema psicológico;
Não consigo explicar o que sinto.

A sensação é horrível,
Mas me lembro de já ter sentido isso anteriormente;
Não tão intenso,
Não tão por dentro.

Parece um corte na alma,


Gosto de traição;
Mas como uma serpente agiria?
Esperaria para atacar.

Parece coisa da imaginação,


Algo sem nenhuma noção;
Mas quem pode explicar a mente humana?
E a evolução espiritual?

Existem coisas que não se explicam,


Apenas se vivem;
Pode ser que essa seja uma delas,
Mas confesso, não gostaria de estar aqui.

Isso não é um delírio,


Tão pouco sou um anormal;
Mas esse sentimento dilacera por dentro,
Não mostra nenhuma piedade.

Existe o dia da caça,


E o do caçador;
E hoje me sinto a caça.

A madrugada vem chegando,


A hora grande se aproximando;
Pai me dê uma luz,
Me proteja com suas asas.

55
Não sinto ilusão,
Não parece ser coisa da imaginação;
É real demais,
Doloroso demais.

Como uma explosão nuclear,


Está começando devagar;
Vai tomando grandes proporções,
Causando estragos demais.

Acontecimentos e fatos,
Um após o outro;
Como numa bola de neve,
Rolando em minha direção.

Ganhando força na nevasca,


Fúria na tempestade;
Onde isso vai acabar?

Respostas, preciso de respostas;


Talvez um pouco de positivismo,
Velho argumento não tão conhecido.

Estou mergulhando na minha pior escuridão,


Posso estar tendo ilusão de solidão;
Mas penso não ser tão fraco assim,
Para me deixar abalar.

56
No fundo sinto falta dela,
Queria poder abraçá-la agora;
A paz que ela me concede,
Poderia me ajudar.

Mas ela está longe agora,


E também nem posso cobrar nada dela;
Sequer temos nada,
Nem mesmo uma base.

Mas quando ela voltar,


Preciso vê-la;
Acho que me apeguei demais,
Não fui capaz de resistir.

Porém sei que esse não é o meu maior problema.


Esse vazio ainda explode;
Meus olhos ainda não pensam em se fechar,
Mesmo ainda cansado.

00:00 am, os minutos não param de passar,


Porém, parecem horas;
Não sei até aonde vou chegar,
E nem se vou chegar.

Tudo o que tenho,


É esse teclado e essa tela;
Fumaça nos pulmões,
E um resto de vinho no copo.

Esse desespero interior cresce,


Mais e mais,
Segundo após segundo,
Minuto após minuto.

Espero que "Os Meus" me protejam,


Assim que o momento chegar;
Que eu não tema em momento algum,
E que tudo eu possa derrubar.

57
Se a vida é uma guerra,
E mais essa batalha terei de travar;
Que minha bandeira de vitória,
Eu possa hastear.

Mesmo que tudo se some,


E tente me abater;
Sei que com bravura,
Nada pode me deter.

Nem inimigos,
Nem ladrões;
Nem traidores,
Nem o que sinto agora pela Carol.

Eis que mais uma vez tudo enfrentarei,


E novamente do leito da morte me levantarei;
Pois a verdade e justiça comigo estão,
E a pureza e força de Lúcifer comigo ficarão.

Não posso me render,


E nem abaixar minha cabeça;
Devo enfrentar tudo,
Frente a frente, cara a cara.

Mais um gole de vinho,


Um trago no cigarro;
00:13 am, continuo aqui sentado.
58
Isso ainda parece me atacar,
Esse desespero interno, vontade de correr;
Pelo jeito vou ter que me entorpecer,
Excesso de vinho pra adormecer.

Tem horas que gostaria de ser um humano normal,


Sem a minha evolução espiritual;
Para apenas me entregar às lágrimas,
E me dar por vencido.

Mas nesse mesmo momento me pergunto,


Será que vale a pena?
? Será que eu seria mais feliz,
Sendo um humano submisso?

A resposta vem alta e clara,


Como o estrondo de um trovão:
"Filho, vá a luta,
Pois minha espada estará erguida por você."

E banhado em estima e poder,


Posso me levantar e responder:
"Filhos de Lúcifer não se deixam vencer,
Lutam eternamente, até morrer".

Assim retiro forças de mim mesmo,


Transformo-me num predador;
Uma serpente traiçoeira,
Esperando a hora de dar o bote final.

Assisto e existo,
Me entoco e planejo.

Essa sensação há de passar,


Mesmo que eu tenha que lutar;
Nunca entrei numa luta pra perder,
E essa não será minha primeira derrota.

Invicto gladiador,
Astuto pirata;
Sedento vampiro,
Astuta serpente.

Esse desespero interior há de passar,


Eu existo para vencer;
59
Assim que isso explodir,
Tudo há de voltar ao seu devido lugar.

Último gole de vinho,


O cigarro ainda pela metade;
00:31 am, prefiro me despedir agora.

Talvez um pouco de tv,


Me traga o sono do descanso;
Para enfim,
Adentrar as trevas dos meus sonhos.

Ao acordar será um outro dia,


Um ode a minha vida;
Deixando como documento,
Esse texto, poema ou memória;
Que para conter em estatística,
Tem em torno de 7.546 caracteres somando letras e espaços.

60
ESCURIDÃO

Escuridão,
Meu abrigo perfeito;
Meu escudo negro,
Me protegendo do que há ao meu redor.

Na escuridão,
O meu corpo se deita;
A noite é liquefeita,
É verdade e nada mais.

Me perco em pensamentos,
Coisas que me devoram por dentro;
E não há nada mais,
Que me faça querer ficar acordado.

Na escuridão,
Minha mente ganha paz;
Meu corpo se desfaz,
Na cama desfeita.

Escuridão,
Velha cortina negra;
Névoa que insiste viva,
Pairando na verdade.

Me vejo em um sonho,
Coisas que me machucam por dentro;
Pensamentos e sentimentos,
Despertam o pior que há em mim.

Na escuridão,
Eu mostro a minha face;
Eu tiro meu disfarce,
Me mostro pra você.

Escuridão,
Abrigo de um demônio;
Não sofro com o abandono,
Só quero me esconder.

61
PERVERTIDO

Ela me chamou de pervertido,


Só porque suguei todo o seu gozo;
Lambuzando meu rosto,
Sentindo o seu gosto.

62
QUENTE E ROSA

Naquela noite me acabei,


Estava cansado, suado;
Sim, também embriagado,
Sexo, álcool e Rock N’ Roll.

Noite de sábado,
Depois da hora grande;
Já tinha rodado bastante,
Estava quase em casa.

E desejo consumia,
Meu pau estava dilatando;
Eu já não agüentava mais,
Estava quase rasgando a calça.

Parei o carro na esquina,


Era pura adrenalina;
Ela caiu de boca,
Já não era mais menina.

Ela chupava e sugava forte,


Minha perna estremecia;
Acima de nós só as estrelas,
E a lua companheira.

Precisava penetrá-la,
Eu já não agüentava;
Arranquei a sua calça,
Já estava toda molhada.

Coloquei ela de quatro,


Mandei empinar o rabo;
Me enfiei naquele buraco,
Quente, rosa e nefasto.

Ela gemia como louca,


Mais alto que uma cachorra;
Aquilo me deixava louco,
Era impossível durar só um pouco.

63
Eu a puxava pela cintura,
Enterrava toda a minha pica dura;
Ela estava tão molhada,
Que seu suco escorria pelas coxas.

A cada estocada,
Eu me sentia realizado;
Ia fundo dentro dela,
Até quase enterrar o saco.

O ritmo era frenético,


Aumentava a cada segundo;
Toda vez que ela gozava,
Encharcava quase tudo.

Senti um frio na barriga,


Minha porra já ia chegar;
Enfiei meu pau na boca dela,
E ali eu pude ejacular.

Ela não pensou duas vezes,


Engoliu tudo a se deleitar;
Quente, rosa e nefasto,
Naquele buraco agora eu queria estar.

64
COISA DE FILME?

Era pura diversão,


Eu nem sabia o que fazia;
Entre bebidas e besteiras,
Encontrava a zombaria.

Besteirol americano,
Humorismo brasileiro;
Apenas bebedeira,
E alopração caseira.

Escolha seu personagem,


Essa noite vamos jogar;
Seja quem quiser,
O importante é se soltar.

Coisa de filme?
Doidera total;
?Quem é que se importa,
Com essa falsa moral?

O importante é se divertir,
Sem vergonha de seguir;
Daqui é para a lona,
Rocky 2,5 numa boa.

Escolha o que quiser,


Não vou te influenciar;
Você pode até ser o réu,
Eu sou o Indiana Hell.

65
SÓ SEXO

Não me venha com besteira,


Nem comece a falar;
Eu não quero relacionamento,
Muito menos me amarrar.

Eu sei que você curtiu,


E agente pode até voltar a transar;
Mas esquece esse papo de amor,
Porque isso não vai rolar.

Primeiro, porque você é feia pra caralho,


Segundo, porque eu não estou afim;
Se quiser abre logo essas pernas,
E vamos partir logo pro fim.

Meu compromisso é comigo,


E o que eu quero é me satisfazer;
É obvio que você vai gozar,
Mas não queira me comprometer.

Uma noite e nada mais,


Outras noites só se forem legais;
Não tente me encontrar,
Quando eu quiser, eu acho você.

66
MONSTRO DA IMAGINAÇÃO

Às vezes nossa mente vai mais além,


Nos leva a um mundo diferente;
Perdemos a noção do real,
Caímos em pesadelo.

Seu rosto deformado,


Cabelos crespos e grisalhos;
Seu cartola lhe deixa com um ar maior,
Detalhe final do medo.

O espírito do coveiro,
O mais perverso da inquisição;
Morto ou vivo,
Qualquer um ele enterrava.

A morte vem sedenta,


E abraça friamente;
É só mais uma madrugada,
Mais um monstro da minha imaginação.

67
BRAÇO DIREITO

Sempre o vi como meu braço direito,


Me inspirava confiança;
Mas o mundo gira,
E as coisas mudam de lugar.

Abri meus olhos numa noite,


Estava fria e escura;
Me lembro bem,
Como se fosse ontem.

Descobri que não precisava de um braço direito,


Que ele não tinha serventia;
Pois tudo o que fazia o lado esquerdo mandava,
Me trazia confiança e poder.

Meu braço esquerdo era tudo,


Tudo o que eu sempre precisei;
Meu bem e meu mal,
Minha vida e minha morte.

Dilacerei, mutilei,
Se tivesse em condições até jantaria;
Dei adeus ao braço direito,
E não sinto a sua falta.

68
INTIMO OBSCURO

O dia já amanheceu,
Mais um monótono dia;
Voltarei pra casa,
E descansarei no meu escuro aposento.

A madrugada foi fria,


Acompanhada de leve garoa;
20 de agosto de 2009,
O gosto de sangue paira em minha boca.

Ah, se eu soubesse como agir agora;


Mas só o que quero é descansar;
Acendo mais um cigarro,
E me acabo nesse trago.

Quando fecho os olhos,


Me perco em violência;
Vejo corpos, vestígios,
E sangue.

Fica difícil esquecer a sensação,


Impossível manter o controle;
Só quem já matou,
Sabe do que estou falando.

O pescoço se encaixa perfeitamente entre as mãos,


E você aperta, cada vez mais forte;
Você sente a presa perder os sentidos,
Lentamente, lentamente.

Os olhos perdem o brilho,


Ela está desacordada;
Seu coração acelera,
Como num ato sexual.

Você fica em êxtase,


É difícil explicar;
É como comer a mina mais gata do colégio,
E depois distribuir a foto dela nua pros amigos.

69
Existem dois tipos de pessoa;
Os que nasceram para reinar como eu,
E os escravos,
Que merecem padecer.

Não mostre piedade,


Não deixe ninguém em seu caminho;
A violência nasce no estômago,
Depois de uma dose de conhaque.

Presa e caçador,
Sempre será assim;
Não tenho tempo para perder,
Por isso estou sempre a caçar.

O gosto do sangue é tão bom,


Que me tira o sono;
Minhas mãos tremem,
E não posso me agüentar.

Não é fácil manter o controle,


Depois da primeira vez;
É como droga,
Te vicia de uma só vez.

Agora me deito,
E descanso o velho corpo de 27;
Hoje a noite tem caçada,
E estou ansioso pela chegada.

Penetrar minha lâmina fria,


E misturá-la ao sangue quente,
Espasmos de dor,
E gritos de terror.

Mais uma vez,


Ver a luz se apagar;
A vida alheia definhar,
Por entre meus dedos.

Me deixando louco,
Excitado;
Viciado,
Em êxtase.
70
METÁLICO SABOR

Chegou um momento,
Em que as coisas precisavam mudar;
O tesão já não era o mesmo,
E você sabe, sou fácil de enjoar.

Pra te trocar faltavam dias,


Eu já tinha me cansado da mesma coisa;
Foi quando você apareceu,
Com seu novo brinquedo prateado.

Ele realçou seu mamilo,


Deu um novo gosto na nossa relação;
Você sabe que essas coisas me excitam,
Encontrou uma boa solução.

Te quero essa noite,


Quero percorrer seu corpo;
Sentir todo o seu gosto,
Seu metálico sabor.

71
EXIBICIONISTA

Ela sabia como me cativar,


Sabia me deixar louco;
Esperava por cada dia da semana passar,
Para que pudesse a observar.

Os fins de semana pareciam eternos,


E eu imaginava qual seria a próxima imagem;
Que no fim de semana,
Ela iria fotografar.

Era setembro de 2006;


A única época da minha vida,
Em que eu adorava trabalhar às segundas-feiras;
Pois sabia que no meu e-mail iria encontrá-la.

Seu nome era Bruna,


Branca, cabelos negros;
Corpo escultural,
Minha garota virtual.

Nunca a vi pessoalmente,
Mas podia sentir sua pele;
Seu cheiro,
Seu sexo.

72
VAMPIRO

Espírito das trevas,


Entidade da escuridão;
Que caminha pela noite,
Procurando sua vítima.

A figura mitológica,
Que aterroriza os sonhos das mulheres;
De silhueta magistral,
E gesto sensual.

Longe de me parecer com os antepassados mitológicos,


Sinto o cheiro do sangue a quilômetros;
Como um caçador,
Eu farejo e encontro minha vítima.

Seu cheiro me deixa inquieto,


Meus instintos começam a se mostrar;
Impossível;
Não consigo me segurar.

Alguns seres humanos,


Podem achar isso nojento;
Pode até parecer anti-higiênico;
Mas isso me deixa louco.

É como um tipo de ferormônio,


E me faz perder a cabeça;
Me sinto como um vampiro sexual,
Procurando minha donzela.

O sangue menstrual me deixa louco,


É como um tipo de tara, uma alucinação;
Algo vital,
Ingrediente especial.

Todo aquele sangue,


Cobrindo minha pele,
Meu sexo,
Num êxtase prazeroso.

73
INQUISIDORA

E eis que ela aparece nua,


Na escuridão do meu aposento;
Trazendo nas mãos,
O símbolo da vergonha cristã.

Ela tenta me executar,


Mas não consegue resistir aos meus encantos;
Toda beleza esconde a verdadeira maldade,
E toda maldade é sedutora.

A inquisidora se põe de joelhos,


Submissa, pervertida;
Eu possuo seu corpo,
E a faço minha escrava.

74
FANTASMA

Noite escura no meu quarto,


E ela se faz presente;
Um fantasma do passado,
Que atormenta minha mente.

Sua chegada é grandiosa,


A fumaça se vai e revela seu corpo;
Nua, branca, deliciosa,
Da mesma forma que era em vida.

Seu nome era Juliana,


A conheci através de uma amiga;
Foi assassinada por seu noivo,
Um ciumento homicida.

Jovem, linda,
Cheia de vida;
Um desperdício,
Poderia ter sido apenas minha.

Mas ela sempre queria mais,


Nunca era o bastante;
Era noiva,
Mas tinha uns seis amantes.

Ela tinha um fogo incomum,


Seu desejo era ardente;
Seu corpo era um convite ao pecado,
E eu sempre fui um ótimo pecador.

Pena que o que é bom, dura pouco,


E aquele desgraçado a matou;
Mas me lembrarei eternamente,
De como a gente transou.

Hoje, me contento em olhar,


Seu espírito a me visitar;
Uma Sucubus suculenta,
Pronta para me atacar.

75
Fantasma especial,
Linda e pervertida;
Lábios de pimenta,
Olhos de magenta.

76
OUTRA LOIRA

Porra, a vida é foda,


Quando a gente tenta fazer algo;
Algo totalmente contrário,
Vem e acontece.

Sou um cara zicado,


Nem sempre me dou bem;
Bom...
Depende do ponto de vista de quem.

Todos sabem que prefiro as morenas,


Mas as loiras andam caindo no meu colo;
Porra, desse jeito eu enjôo logo,
Mas tudo bem, mais uma vez eu encaro.

Mah, linda gatinha,


Daquelas bem putinhas;
Do jeito que eu adoro,
Adivinha aonde isso vai terminar?

Cama.

77
BOA LÂMINA

Nem sempre se pode resolver as coisas na conversa,


Algumas vezes preciso pegar pesado;
Existem questões sérias a se resolver,
E a maior é o respeito.

O que me deixa magoado,


É que nem sempre tenho a arma certa em mãos;
Mas tudo bem, como dizem:
Tudo vira arma na minha mão.

Nada que uma boa lâmina de facão não resolva;


O trabalho final não fica bonito,
Mas mesmo assim é eficiente;
Melhor que arrancar alguns dentes.

O importante é que o indivíduo lhe respeite,


E nunca mais cruze o seu caminho;
Apavorado abaixe a cabeça,
E desapareça como fumaça no ar.

78
RAÇA SUPERIOR

Abra seus olhos se quiser prosperar,


Esqueça a piedade;
Ela não vai te ajudar.

Para uma raça superior,


E um mundo forte;
Os fracos devem padecer.

A única forma de isso acontecer,


É cortar o mau pela raiz;
Destrua os fracos e defeituosos.

Doentes mentais, deficientes corporais,


Cegos, inválidos;
Mate todos.

Não faça parte dessa palhaçada,


Não os deixe viver;
É um favor que você faz para eles.

Mate-os ainda fetos,


Mate-os assim que nascerem;
Eles não foram feitos para viver.

79
CONVITE ESPECIAL

Era feriado,
Nada especial;
Uma merda de feriado cristão,
Nem sei.

Só sabia que eu não ia trabalhar,


E isso era bom;
Pelo menos pra isso.
Esses bastardos servem.

Acordei tarde,
Mais ou menos meio-dia;
Acendi um tubo de câncer,
E abri uma lata de breja.

Não há melhor café da manhã,


Quando ainda se está meio embriagado;
Lá se vai a dor de cabeça,
Tira até o bafo.

Liguei meu som,


Só queria relaxar;
Guitarras pesadas,
Heavy Metal no ar.

Toca a campainha,
Vou até a janela para olhar;
Esse sol me incomoda,
A noite nunca deveria acabar.

Ela estava de batom vermelho,


Olhos vivos a observar;
Peguei a maldita chave,
E mandei ela entrar.

Estava toda acanhada,


Usava uma mini-saia;
A calcinha era vermelha,
Não me cansava de olhá-la.

80
Eu já estava ficando louco,
Resolvi tomar um banho;
Deixei-a ouvindo Poison,
Logo logo eu estaria pronto.

A água quente me relaxava,


Mas minha cabeça ainda rodava;
Com a maquiagem borrada,
Me enrolei na toalha.

Voltei até a sala,


E acendi mais um cigarro;
Fiz uma piada,
Ela brincou e deu uma risada.

Dei mais um vacilo,


E perguntei se estava cansada;
Ela balançou a cabeça,
E disse que estava.

Levei-a até meu quarto,


Consegui deitá-la;
Brincadeira vai, brincadeira vem,
E ela ficou excitada.

Cara, nunca vi uma buceta tão molhada,


Ela brincava, mexia e arreganhava;
Eu já estava louco,
E comecei a chupá-la.

Ela era gostosa,


Mas estava toda arregaçada;
Também, eu nem podia reclamar,
Estava trepando de graça.

Ela me olhava e mordia os lábios;


Apertava os seios,
E me fazia penetrá-la.

Louca no cio,
Garota malvada;
Ela vinha por cima e se acabava.

81
Se abria toda,
Se mostrava;
Ele realmente me excitava.

Quando a coisa estava quente ela parava;


Dava um suspiro,
E me abocanhava.

Colocava tudo na boca;


Ela brincava,
Nunca vi uma garota tão safada.

Ela sabia que era disso que eu gostava,


Luxúria total, bem depravada;
Ela gemia e gritava,
Se fazia minha escrava.

A noite estava pra chegar,


E nada da gente acabar;
Por mim, viraria três dias,
Me acabando na putaria.

82
SILHUETA

Há muitos anos atrás,


Um vulto adentrou meus sonhos;
No começo, se tornaram pesadelos,
Mas hoje os vejo como uma divina comédia.

Sua silhueta se perdia no desconhecido,


Corpo humano, asas de morcego;
Sua energia era como um dreno,
Que sugava os sentimentos de dentro de mim.

Os anos se passaram,
E me tornei uma criatura fria;
Que não se importa,
Com nada ao seu redor.

Misantropia extrema,
Odeio todos que me cercam;
Não sei sentir pena,
Não me importo com seus problemas.

Eu era apenas uma criança,


Quando ele surgiu;
Ele me fez renascer,
Me ensinou o que fazer.

Nem tudo é um conto de fadas,


E não existe uma cama de rosas;
O amor é só uma tortura,
Que reina na vida dos fracos.

Minha bandeira se estende,


Por terras de escuridão eterna;
Onde o fogo queima,
E o frio congela.

Esse sou eu,


No mais profundo do meu intimo;
Meus olhos flamejam,
E minhas garras dilaceram.

83
MÃOS ATADAS

O tempo nem sempre passa quando queremos;


Por isso aprendi da pior forma,
Ser o dono do meu próprio tempo.

Sou do tipo que não apenas deseja;


Desejar apenas não basta,
Eu consigo tudo o que quero.

De uma forma ou de outra;


Tudo gira ao meu redor,
Por bem ou por mal.

Lobo em pele de carneiro,


Confesso que ninguém me conhece.

Não importa o que seja,


Não importa como seja;
O que eu quero, eu consigo.

Suas mãos estão atadas,


E seus olhos ficam pesados;
Esse é o efeito do meu feitiço.

Cuido do que gosto,


Destruo o que não me importo;
Bem vindos ao meu mundo.

Condenar o corpo é idiotice,


É assinar uma sentença;
Mas, condenar a alma é sofrimento eterno.

O que foi meu uma vez,


Será meu para sempre;
Minha assinatura me dá o direito.

Lobo em pele de carneiro,


Confesso que ninguém me conhece.

84
SÁDICOS

Não, eu acho os sádicos chatos demais,


Eles não tem estilo;
Minha expressão é bem mais espiritual,
É algo sagrado.

Eles não teriam estomago,


Para as minhas diversões;
Muito menos para as coisas,
Que me dão prazer ao assistir.

Acidentes acontecem,
Disso todos nós estamos cansados de saber;
O importante é estar presente,
Quando o fato se consuma.

Era apenas mais um dia normal,


Se não fosse por aqueles restos de CB;
Eu vi pedaços de corpos espalhados pelo chão,
E isso me deu o maior tesão.

Me aproximei lentamente,
Com muita calma;
Como um cara controlado,
Esperando por um strip-tease da namorada virgem.

Cada passo que dava,


Minha satisfação aumentava;
A cada pedaço de carne,
A cada poça de sangue.

Vi um rapaz mutilado;
O que restava de seu corpo,
Estava exposto.

Fraturas magníficas,
Cortes profundos;
Escoriações e dilacerações.

Ao olhar para o lado,


Notei que ele calçava um Nike;
O interessante é que mesmo longe do corpo,
Seu pé direito ainda o calçava.

85
Eu vi curiosos passando mal,
Enquanto minha alegria crescia;
Outros vomitavam,
E eu só queria uma cerveja.

Um pouco mais adiante,


Avistei outro corpo;
Calça jeans,
Blusa preta.

Ao capturar melhor a imagem,


Notei os cabelos louros;
Era bom demais pra ser verdade,
Havia uma garota envolvida.

Sem perder tempo,


Me aproximei da beldade fria;
E ela estava ali,
Linda, ensangüentada e morta.

Não havia terror estampado em seu rosto,


Talvez, por causa do estrago no sistema nervoso;
Ou mesmo pela violência,
Com o impacto do acidente.

Mas ela estava ali,


Deitada, bela, morta e fria;
Seus lindos e perfeitos seios à mostra,
Deu vontade de mordiscá-los.

Eram medianos, naturais,


Aparentemente durinhos;
Mamilos em circunferência pequena,
Em cor caramelada.

Pela minha experiência,


Sei que iguais àqueles são difíceis de se encontrar;
Me deu uma profunda vontade,
De acariciá-los e colocá-los em minha boca.

Eu não poderia perder aquela oportunidade,


Mas já havia muita gente ali;
Eu me colocaria numa situação não muito boa,
E ainda preciso manter minha imagem.

86
Minha mente estava trabalhando rápido,
Processando tudo em fração de segundos;
Levei minha mão ao bolso,
E dele saquei minha câmera fotográfica.

Não pensei duas vezes,


Antes de registrar aquela beldade;
Eu precisava guardar aquela imagem,
Em outro lugar que não fosse a minha mente.

Podem me chamar de voyeur,


Mas foi um momento incrível;
A melhor foto que já fiz,
A que eu mais gosto de admirar.

Sempre me lembro daquele dia,


Como se fosse um dia sagrado;
Minha fome me devorando,
Me destruindo por dentro.

?Sádico, eu?
Nunca;
Como eu disse,
Eles são superficiais demais.

87
DOR E PRAZER

A dor é um estado de espírito,


É a transcendência do corpo;
Respire o inovador,
Não seja escrava de um tabu.

Pequenos atos,
Podem livrar o corpo da escravidão;
Liberte-se,
Eu lhe mostrarei o caminho.

Segure minha mão,


Eu lhe mostrarei o meu mundo;
Não é masoquismo,
Muito menos sadismo.

É a libertação do corpo,
A liberação da alma;
É fazer da dor,
Um motivo de prazer.

Olhe dentro dos meus olhos,


Quero o seu corpo nu;
Sinta a cera quente das velas negras,
Em contato com sua pele.

Ela cai, agride,


Faz arder, pode te dar prazer;
Libere sua mente,
Apenas viva o momento.

Vou te algemar,
Te prender e minha cama;
Fazer com você o que ninguém mais fez,
E no final você vai querer mais.

Pequenas descargas elétricas,


Contraindo seus músculos;
Percorrendo seu sangue,
Te levando ao orgasmo.

88
A dor é um estado de espírito,
É a transcendência do corpo;
Respire o inovador,
Não seja escrava de um tabu.

A libertação do corpo,
A liberação da alma;
É fazer da dor,
Um motivo de prazer.

Traga-me os pregos,
Sente-se aqui;
Vou amarrar você,
Boundage baby.

Deixe-me brincar com seu corpo,


Sei o que estou fazendo;
Entregue-me seus lindos seios,
Eu vou penetrá-los.

Sinta o aço perfurar,


Fazer parte de você;
Não adianta gritar,
Eu vou libertar você.

89
ENTORPECIDO

Sexta à noite,
É estranho como acontece;
Estou sozinho,
Jogado, sem nada pra fazer.

Acendo um cigarro,
Dou um gole no vinho;
É incrível,
Como se faz a mistura das substâncias.

O carbono e a nicotina,
Misturados ao álcool;
Faz efeito rapidamente,
Me deixa entorpecido.

Blá, tem gente que não entende,


Eu também não entendia;
É bem diferente,
Talvez um dia você tente.

É uma outra sensação,


Se torna estranho então;
Sem quebrar as regras,
Sem usar nada ilegal.

Beber, beber até morrer,


Será essa solução?
Não, claro que não;
Ficar embriagado é diferente.

Só o álcool te deixa mais leve,


Demora pra te derrubar;
Mas misturado ao cigarro,
Te derruba num abraço.

E assim se leva a vida,


Vivendo e aprendendo;
Jogado na cadeira,
Me entorpecendo.

90
ESPÍRITO DA FLORESTA

Natural, relva e seiva,


Vento doce;
Neblina obscura,
Imagem sorrateira.

Filha do demônio,
Rainha do meu reino;
Evoco a ti,
Espírito da floresta.

De pele pálida,
E corpo virginal;
Escultura de desejos,
Que se torne carnal.

Eu protejo teu mundo,


E assassino a humanidade,
Que maltrata teu reino,
Com toda sua crueldade.

91
DISFARCE DA MALDADE

Ela foi minha melhor aluna,


Aprendeu tudo como tinha que aprender;
Ensinei a ela quase tudo o que eu sabia,
Segredos sobre a terra, a água, o fogo e o ar.

Ensinei-lhe a magia,
A feitiçaria;
Mostrei-lhe a alquimia,
A libertação.

Com seu rosto de anjo,


E jeito que até o diabo duvida;
Ela é o disfarce da maldade,
Pura, bela e assassina.

Seu perfume da morte,


Vem das rosas vermelhas;
Nos seus lábios,
Corre do meu veneno.

Sedutora sorcerer,
Arrumando o altar do seu ritual;
Nua em pêlo,
Belo disfarce do mal.

92
BELA IMAGEM

De tudo eu já vi,
E pelo mundo já me perdi;
Mas existe algo que eu posso garantir,
Essa é a imagem mais bela que eu já vi.

Uma bunda perfeita,


Em todos os detalhes;
Simetrias,
Curvas.

Mas que bela imagem,


Uma obra de arte;
Como eu desejei,
Me perder nesse mundo.

93
CAMA DE PERDIÇÃO

Chegou mansa,
Gata selvagem;
Difícil não perder a cabeça,
Seu cheiro era tão bom.

Semi-nua deitada ali,


Na minha cama de perdição;
Meu pensamento foi ao inferno,
E regressou.

Convite à luxúria,
Menina mulher;
De alma tão rubra,
Impossível não querer.

94
18 ANOS

Bela, bem feita,


Perdição total;
Caminho perigoso,
Curva mortal.
Cris, 18 anos,
De sedução anormal.
95
PRECIPÍCIO

Às vezes fecho os olhos e me jogo,


Caindo de alturas impossíveis;
Num buraco negro dentro de mim,
Um precipício sem fim.

Não adianta tentar explicar,


Somente eu posso me encontrar;
Uma criatura da noite,
Sem lugar para descansar.

Meu corpo cansado,


Não se agüenta mais em pé;
Da vida fiz batalha,
Do sonho fiz pesadelo.

Sou o oposto de tudo que existe,


Somente eu posso mantê-lo;
Às vezes parece sacrilégio,
Outras apenas sortilégio.

Sou o pecado encarnado,


O veneno aplicado;
Eu trabalho na mente,
Eu destruo o corpo.

Cai no precipício que eu mesmo criei,


Hoje nele me transformei;
Eu torturo almas,
Que cometeram os mesmos erros que eu.

Sou ajudante da morte,


Sou a liberdade;
O escuro do pensamento,
O precipício sem fim.

96
MORENA TENTAÇÃO

Por muitos corpos eu percorri,


Essa é a minha maior loucura;
Não consigo me amarrar a ninguém,
Preciso de mais luxúria.

Me vida se resume,
Em acelerar numa estrada solitária;
Me perdendo em copos e corpos,
Quase nunca fazendo paradas.

Nessa morena me perdi,


Foi uma das grandes tentações;
Sexo sem amor,
Apenas diversões.

Morena tentação,
Que quase me matou de tesão;
Um dia eu voltarei,
A correr em sua direção.

97
DONZELA DE FERRO

Sarcófago de martírio,
Dor e sofrimento;
Pontas afiadas,
Que perfuram a carne.

Eis que surge a bela dama,


A donzela de ferro;
Um instrumento perfeito,
Para castigar os inimigos.

Feita em aço maciço,


Os gritos da dor não a ultrapassam;
Mas nada que um microfone lá dentro,
Não resolva.

Estudo os projetos originais,


Para poder melhorá-lo;
Criar minha própria donzela,
Mais encorpada, perfeita e cruel.

98
PIRANHAS

Minha piedade se perdeu,


Nas águas negras deste rio;
Meus inimigos serão amaldiçoados,
Mutilados e esquartejados.

Nessa selva,
Sou eu quem faz as leis;
E não adianta se esconder,
Eu sempre encontrarei você.

Minha sede de vingança,


Sempre vai mais além;
Sua vida definha,
Na boca dos meus carrascos.

Animais?
Apenas peixes...
Assassinos naturais,
Piranhas.

Mãos e pernas atadas,


Com tiras de couro nobre;
Seu corpo afunda na água,
Sua respiração se perde aos poucos.

Você sente a primeira mordida,


E depois dela, são centenas;
É tudo muito rápido,
E sua vida já acabou.

99
MATAR

Vício perigoso,
Doce e gostoso;
Diversão para os fortes,
Destruição para os fracos.

Quanto mais cruel,


Mais saboroso;
Se for por vingança,
O jogo fica caloroso.

Olhos nos olhos,


Lâmina que penetra a carne;
Mãos que envolvem o pescoço,
Pólvora, dedo no gatilho.

Matar é como sair de um exílio,


É como se a alma gritasse;
O peso das suas costas,
Desaparece.

O medo da vítima,
Alimenta a vontade;
Olhos em prantos,
Suplicando piedade.

É como se eu não pudesse mais parar,


O cheiro da morte paira no ar;
Ambiente pesado,
Até o trabalho terminar.

E quando se mata uma vez,


Seu desejo é apenas matar;
Matar mais e mais,
Até a sede passar.

Com um plano perfeito,


Ninguém pode desconfiar;
Um álibi,
Apenas para disfarçar.

100
PERCAS E DANOS

Não costumo perder,


Esse jogo já é fácil demais;
Eu espero o tempo passar,
Até a hora certa de atacar.

Eu nunca fico no prejuízo,


Nem adianta tentar;
Uma hora ou outra,
Você vai ter que me pagar.

Calado, sigo a observar,


Estou sempre a analisar;
Erros e pontos fracos,
Tudo o que eu possa usar.

A vingança se tornou um hobby,


Que eu adoro praticar;
Mantenho os inimigos perto,
Para que eu possa vigiar.

Percas e danos,
É o mínimo que pode acontecer;
Pois a hora que eu atacar,
Você nem vai perceber.

Ejeto em mim meu próprio veneno,


Para sempre me fortalecer;
Mesmo gritando por dentro,
Eu sei me conter.

E quando você menos esperar,


Eu vou pegar você;
Fazendo da escuridão o açoite,
Que vai destruir você.

Nem sempre com sangue,


Você vai me pagar;
Mas condenarei a sua alma,
Você pode esperar.

101
NADA A PERDER

Não acredite em tudo que vê,


Eu posso enganar você.

Nem todas as flores servem pra homenagear,


Algumas são para enterrar.

Para cair,
Basta estar em pé.

E morrer é tão fácil,


Como fazer nascer.

Nem sempre a noite acaba,


Nem sempre o dia vem.

A escuridão às vezes é eterna,


Nem sempre se encontra a luz.

No meu caminho ninguém atravessa,


E o primeiro não vai ser você.

E saiba que na minha estrada,


Eu não tenho nada a perder.

Na minha taça,
O teu sangue eu posso beber.

Então não faça graça,


E nem espere escurecer.

Não procure nos meus olhos,


O que você nunca poderá ver.

O tempo me criou assim,


Coisas que você nunca vai conhecer.

Minha estrada não tem fim,


E não perderei muito tempo com você.

102
QUANDO NÃO RESTAR NADA

Sua vida vai se acabando,


Enquanto seus olhos vão se fechando;
E o que sobra é apenas o corpo,
Habitado por vermes necrófilos.

Sua carne vai se apodrecendo,


Enquanto as aves carniceiras te almoçam;
Sua alma assiste a bizarra cena,
Ao lado do seu corpo.

Você não pode mais fazer nada,


Você já não é mais nada;
Além de restos humanos,
Carne podre.

E quando não restar mais nada,


Ninguém vai se lembrar;
Você será uma memória vaga,
Uma lembrança apagada.

103
PRINCESA CRIOGÊNICA

Linda, bela, gelada,


Deitada em seu leito escuro;
Pele pálida,
Lábios glaciais.

Nosso encontro foi fatal,


Algo irreal;
Um sonho,
Conto de fadas.

Revirando as gavetas a encontrei,


Minha princesa, serei seu rei.

Numa noite comum,


Quando a solidão me açoitava;
No instituto médico legal,
Eu me encontrava.

Me deparei com a perfeição,


Que roubou meu coração;
Deitada, congelada,
Meu amor, meu tesão.

Minha princesa criogênica,


De longos cabelos;
De amor sem fim,
E olhar vazio.

104
POR DENTRO

Você sabia que seria assim,


Eu até tentei dar o melhor de mim;
Mas você sabe como as coisas são,
E como eu perco a cabeça.

Eu avisei para não me subestimar,


Para não me zangar;
Mas você nunca ouviu meus conselhos,
E agora nunca mais verá seus joelhos.

Seu pescoço era fino demais,


Minhas mãos o abraçaram facilmente;
Sua respiração enfraqueceu,
Você desfaleceu.

E hoje,
Eu só consigo me lembrar;
Da autopsia,
Do bar.

Nada me abala por dentro,


Minha mente continua a planejar;
Lembra-se da sua irmãzinha?
É com ela que vou ficar.

105
CORPO SEM ALMA

Carne e ossos,
Jogados em qualquer canto da cidade;
Você se torna nada,
Quando a noite é maquiada.

O sangue já congelou,
Tudo agora é frio;
O abraço da morte te confortou,
Você já não vive mais aqui.

Eles vêem apenas seu corpo,


Jogado e nu;
Com marcas de escoriações,
Doces tentações.

Com cara de cadela sem dono,


De puta arrependida;
Com o crânio aberto,
Cheia de feridas.

Para os que chegaram agora,


Apenas um corpo sem vida;
Um corpo sem alma,
Mas sua alma já estava perdida.

Sempre fazendo as piores escolhas,


Destruindo sua vida;
Negou seu corpo para os bons,
E se entregou para os queriças.

Hoje todos te vêem,


Sem amor ou sem pudor;
O que era uma obra,
Se tornou um pavor.

Um corpo sem alma,


Seca há tempos;
Todos olham o que restou,
De uma pessoa sem nada.

106
OBSERVADOR

A incisão foi enorme,


Um belo trabalho com o bisturi;
Eles sabiam o que fazer,
E eu só queria me divertir.

Você nua em pêlo,


Deitada, rodeada de homens;
Talvez seu maior sonho em vida,
Porém, sua vida já não existia.

Pela primeira vez,


Vi você sincera;
107
Mostrando o que havia por dentro,
Aberta.

Em espírito eu observo,
Ao canto esquerdo da sala;
Me divertindo,
Ao ver suas entranhas.

Eles te tocam,
Como eu te toquei;
Como apenas um pedaço de carne,
Suja e sem vida.

Sou o observador,
O observador dos atos;
O inquisidor negro,
O oposto do Maleus maleficarum.

Eu planto a semente do mal,


Para cultivar meus frutos;
Cuido bem dos meus animais,
Você sabe, as vacas são sagradas.

Agora você é só carne,


Gado de corte;
Nada de mimos,
Apenas mais uma cadela.

Me deleito com esse momento,


Onde sua autopsia é realizada;
Vejo você por dentro,
Tão podre quanto eu imaginava.

Belo corpo estético,


Dentro dos padrões de beleza;
Mas nunca se preocupou por dentro,
Com sua salvação.

Preferia ajoelhar-se,
Diante do rei hipócrita;
Que no momento de sua morte,
Lhe abandonou.

E eu observo, seu corpo sendo mutilado;


Observo, o fim do que restou de você.

108
MESA FRIA

Num sopro do vento,


Sobre uma lâmina fina;
A vida se vai,
E você deita numa mesa fria.

Corpo nu,
Garganta cortada;
Sangue frio,
Morte calculada.

Eles desvendam o corpo,


Teu seio e teu sexo;
Eu já me lembro pouco,
Apenas alguns detalhes.

O corpo morto, pálido,


A alma atormentada.

Nessa mesa fria,


Você será violada;
A lâmina fina fará a incisão,
E com as mãos eles lhe penetrarão.

Seus órgãos estarão expostos,


Como para um banquete de carniceiros.

Você já não é mais bela,


Nunca mais singela;
Deitada nessa mesa fria,
Como o nada que já era.

109
PSICÓTICO

Às vezes sinto algo,


Que cresce por dentro de mim;
Uma vontade louca,
Psicótica sem fim.

Entre doses de whiskey,


Maldades e belezas;
Corpos de ninfetas,
Nuas ao meu dispor.

É um transe sem igual,


Não consigo enxergar nada;
Sinto o gosto do sangue,
E o cheiro das rosas.

Algo de sarcasmo,
Envolve a pintura em minha pele;
Minhas garras afiadas,
Não querem que você espere.

Você quer brincar?


Serei seu companheiro;
Talvez um psicótico sorrateiro,
Em busca de perversões.

110
HUMOR INSTÁVEL

Não pense que sou louco,


Muito menos que sou sádico;
Sou apenas um cara com problemas,
Tenho o humor instável.

Não me aborreça,
Enquanto no meu caminho eu estiver;
Pois se eu me irritar,
Com sua vida você vai pagar.

Admire meu sorriso,


Ele é tão afiado quanto meu machado;
Pode penetrar sua cabeça,
E deixar um bom estrago.

Não se deixe levar por minha pintura;


Ela é engraçada,
Mas também assusta;
Veja nos meus olhos a sua angústia.

Não, eu não sou louco,


E não preciso de um médico;
Só preciso ficar sozinho,
E me acalmar com meu demérito.

111
BELO E BESTIAL

Jardins de rosas vermelhas,


Para ocultar os corpos frios;
Vidros de perfume,
Para ocultar o cheiro de decomposição.

Toda moeda tem suas duas faces,


Toda face o seu orgulho;
Forjado em ferro e fogo,
Nas profundezas do inferno.

Trago o legado da escuridão;


Caminhando sobre os ventos da solidão;
Executo minhas vítimas,
Impiedoso, com ardor.

Bestial, espelho o caos,


Pregando a destruição;
Sem amor no coração,
Matar é só diversão.

Condeno sua alma,


Seu corpo e sua ilusão;
Sou desgraça, sou veneno,
O fim em exaltação.

112
MARCA DA LUXÚRIA

Ela tinha a pele marcada,


Em pecados negros e vícios;
Sua boca me convidava,
Seu cheiro me excitava.

Personificação do sexo,
Fornicação;
Prazer e êxtase,
A marca da luxúria.

Eu a possuía,
Satan a possuía;
Éramos um,
Carne em carne.

113
PROFUNDA VERDADE

Sou um ser noturno,


E somente a noite me abraça;
O tempo é o Senhor da razão,
Por isso tudo deve ser ao seu tempo.

Eu não sou o Senhor do tempo,


E apenas espero o momento certo;
Às vezes eu sangro,
E às vezes faço sangrar.

No meu jardim infernal,


As rosas vermelhas exalam seu perfume;
Meu coração se tornou um túmulo,
Após muitas madrugadas e espelhos quebrados.

Apenas uma mulher não basta,


Eu preciso de mais;
Não sou suprido por amor,
Mas sim por luxúria.

E por mais que eu possa tentar,


Essa fome nunca vai acabar;
Pois o sabor novo e diferente me atrai,
Para os confins de terras obscuras e desconhecidas.

Lágrimas não me comovem,


Pois meu templo é de gelo;
Horizontes invisíveis,
Por onde a solidão me segue.

Para tudo na vida existe um preço,


E às vezes esse preço é alto demais;
São os três mistérios,
Sagrados, malévolos e cabalísticos.

Para cada ato,


Existe um fato;
Para cada ação,
Uma reação.

Nada se omite diante aos olhos,


Aos olhos da serpente;
114
Como não existe nada,
Que o fogo não purifique.

A vida segue por caminhos ardilosos,


Onde nem toda poção mágica faz efeito;
A mente vaga por dimensões obscuras,
Onde nem sempre a razão faz sentido.

As rosas desabrocham no jardim,


Elas trazem o cheiro da morte;
Toda beleza,
Esconde a verdadeira maldade.

Para cada pétala de paixão,


Existem treze espinhos de dor;
O vermelho vivo lembra o sangue,
O sangue inimigo usado para regá-las.

Da terra vem o sacrifício,


Dos corpos que enterrei;
Da alma vem a sentença,
Daqueles que eu condenei.

Pelo meu corpo percorre veneno,


E só quem provou pode comprovar;
A cada beijo, a cada toque,
Mais uma mulher a escravizar.

Talvez um dom,
Talvez uma maldição;
Para a dança da morte,
Eu posso lhe convidar.

Caminhos da perdição,
Talvez da perversão;
Minha alma obscura,
Te leva à escravidão.

Sou do mundo,
E não sou de ninguém;
Me prendem até o momento,
Em que eu decida me soltar.

Não jogo,
Quando não sou eu quem dá as cartas;
115
Minhas cartas estão sempre marcadas,
Eu jogo sempre para ganhar.

No meu jogo,
Apenas sigo minhas regras;
Pois nenhuma outra regra,
Pode me fazer jogar.

Eu não me importo,
Com o que irão pensar;
Eu não ligo nem um pouco,
Pra quem vai chorar.

O que importa,
É o meu objetivo alcançar;
Mesmo que centenas,
Eu tenha que esmagar.

116
ROSAS DIABÓLICAS

A beleza mais singela,


Pura e adorada;
Esconde a verdadeira maldade,
Cruel e devastadora.

Toda rosa tem espinhos,


Espinhos que perfuram e fazem sangrar;
Como num ritual,
Onde a dor se faz exaltar.

Toda rosa que é vermelha,


Esconde o espírito da morte;
Seu cheiro, sua perversidade,
Seu caminho de infidelidade.

A primeira rosa,
Que nasceu num cemitério;
Plantada por Lúcifer,
Assim que chegou à Terra.

Ali se obteve o marco,


O início da geração;
Onde o anjo belo,
Plantou sua maldade.

117
BELEZA MUNDANA

Por um vento que sopra,


Uma porta que bate;
A loucura toma conta,
Perto da hora do abate.

O mundo gira,
Gira sem parar;
Mesmo que você se esconda,
Um dia vou te encontrar.

Seu cheiro de carniça,


É o que vai me guiar;
E depois que te matar,
Minhas rosas vão te enfeitar.

118
ALEGRE SARCASMO

Meus olhos parecem tristes,


Antes da Lua nascer;
Meu sorriso amarelo,
Descontente.

Alegria e Tristeza,
Os extremos da arte;
Trazendo insanidade,
Para uma mente doentia.

Palhaço Tristesse,
Assessino Nocturno;
Serial Killer,
Vulgo Assassino.

Piada de morte,
Algodão doce de ácido;
Na minha lâmina o descanso,
Na maquiagem o sarcasmo.

Alegre ao matar,
Gargalhando sem parar;
Desossando o cadáver,
Ao qual irei desovar.

119
TUDO OU NADA

Passo a madrugada,
Planejando meu ataque;
Estudando os detalhes,
Para o crime perfeito.

Instinto assassino,
Animal;
Sou um predador faminto,
Caçando minha presa.

O jogo segue minhas regras,


Não há como errar;
Cada movimento,
Palavra ou sentimento.

Tudo estudado,
Friamente calculado;
Mente maquiavélica,
A arte da guerra.

Quando entro no campo,


É tudo ou nada;
Matar ou morrer,
Viver e vencer.

Pingos nos “i’s”,


Caminhando para a destruição;
Aniquilando os inimigos,
Sangue nas mãos.

Quem apanha nunca esquece,


Minha arma é letal;
Pratico minha matança,
E a proliferação do mal.

Travestido em escuridão,
Cão de guerra;
Demônio alado,
Filho do pecado.

120
ALEM-TÚMULO

Daqui para a eternidade,


Dançando com o fogo;
Sugando toda alma,
Escravizando os fracos.

Oprimidos pela religião,


Presas fáceis em minhas mãos;
Incitando toda a fúria,
Que tenho em meu coração.

Odes ao oculto,
Rituais de escuridão;
Magia hereditária,
Sincronismo das mãos.

Espírito obscuro,
Que vaga sem parar;
Recebendo as oferendas,
Para sempre demandar.

Mistério alem-túmulo,
Energia milenar;
Recolhendo o que é meu,
Para poder trabalhar.

Nada é de graça,
Culpados vão pagar;
Sou o carrasco do julgamento,
O ceifador a te matar.

Sem delongas, sem demoras,


O que é meu eu vim buscar;
Destruindo a tudo e todos,
Para ao inferno retornar.

Me alimento de suas almas,


E do seu corpo ao dizimar;
As velas ainda queimam,
Não é hora de parar.

121
DESATINO

Minha lâmina estava fria,


Só o sangue poderia esquentar;
Nos teus olhos eu vi pavor,
O medo a te dominar.

Tua luta me fez assim,


Te mostrou o pior de mim;
Teu corpo se revelou,
Parecia não ter fim.

Um pequeno desatino,
Me fez tocar você;
Da tua boca e do teu sexo,
Eu tirei o meu prazer.

122
PERFURAÇÃO

Sinta-me como uma agulha,


Calibre 00;
Perfurando sua genitália,
Sem piedade.

Anormal?
Irreal?
Não querida,
Apenas genial.

Percorrer sua pele,


Com minha língua bífida;
Abraçar seu corpo,
Como uma python enfurecida.

Pressionando seus ossos,


Até você não mais respirar;
Entrando em colapso,
Você já não sabe onde está.

Presas de surucucu,
Penetrando a carne;
Injetando o veneno,
Alucinógeno, mortal.

Não há saída,
Não há futuro;
Eu digo,
Onde acaba a história.

Aço cirúrgico,
Que vara de um lado ao outro;
Que perfura a pele,
E atravessa a carne.

Num ritual moderno,


De libertação da alma;
Purificando através da dor,
Queimando através das chamas.

123
SONO

Sentado aqui,
Colecionando palavras;
Escrevendo minhas taras,
Minhas fantasias.

O que parece insano pra você,


É tão normal para mim;
Essa é a minha mente,
O meu verdadeiro eu.

Meus olhos começam a ficar pesados,


Acho que pelo trazer alcançado;
Destruir as pessoas,
Me deixa tão aliviado.

Meus olhos se fecham,


Começo a balbuciar;
O sono vem chegando,
A preguiça vem com ar.

Acendo o último cigarro,


São 00:40 am;
16 de setembro de 2009,
Ninguém pra conversar.

Como se me importasse,
A eterna solidão;
O que me deixa mais nervoso,
É não ter ninguém pra torturar.

Melhor descansar agora,


Poupar energias;
Amanhã é outro dia,
Minhas presas me esperam.

Já vejo as letras se sobrepondo,


O corpo já não responde mais;
O sono vem e toma conta,
Preciso desligar.

124
CONSUMO

Pra mim é impossível querer algo,


E não ter;

Vítima do consumismo?
Não, não mesmo.

Consumistas consomem apenas por consumir,


E eu consumo por prazer.

Tudo que eu quis na vida,


Eu consegui.

Todas as que eu quis,


Eu tive.

Com exceção de uma delas,


Mas ela ainda será minha;

Nem que seja apenas por uma noite,


Seja como for.

Elas sempre serão minhas,


Eu sempre as consumirei.

Em cada seio,
Eu deixo minha marca.

125
PORNOGRAFIA

Eis o maior tabu da sociedade,


O desejo oprimido das massas;
Em pleno século XXI,
Os modernos são tão antiquados.

Para manter seu podre moralismo,


Sua podre religião hipócrita;
Os fracos se condenam,
A uma vida morta e sem sentido.

Trancafiando desejos,
Que os consomem por dentro;
Deixando de praticar o luxurioso,
Para se jogar em crime libidinoso.

Ocultam seu lado animal,


O lado mais humano do ser humano;
Para serem bonecos de massa,
Moldados, esculpidos e vazios.

Para manter seu falso moralismo,


E sua crença debilitada;
Entram numa amarga abstinência,
Podre, sem sentido.

Vivem como frutas secas,


Uvas passas;
Sem alegria,
Sem vida.

Se jogam em palavras moldadas,


Por falsos profetas;
Por um livro qualquer,
Escrito pela mão dos homens.

Do qual,
Nenhum feitiço;
Ou mesmo nenhuma invocação,
Se concretiza.

O livro que eles imortalizam,


Não me serve nem pra limpar o rabo;
126
Quanto mais para guiar meus passos,
Nesse mundo caótico.

Aqui as regras são diferentes,


E não nos ajoelhamos;
E não nos sujeitamos ao ridículo,
De adorar um mero mendigo.

Entre a espada e a cruz,


Eu escolho a espada de aço que corta os séculos;
Pois a cruz apenas referencia,
Toda a vergonha e a derrota cristã.

Eis que o maior tabu da sociedade,


O desejo oprimido das massas;
Que em pleno século XXI,
Os modernos ainda são tão antiquados.

A pornografia é um elixir,
O prato de entrada para a luxúria;
Onde libertamos nossas mentes,
Nossos corpos.

O que seria da vida sem pornografia?


Nada de corpos desejáveis,
Nada de símbolos sexuais,
Nada do próprio prazer voyeur.

A vida gira em torno do sexo,


E sexo não tem nada haver com amor;
O sexo é intenso e prazeroso,
O amor só traz desilusão.

O sexo é selvagem,
Deixa marcas, tira sangue;
Enquanto o amor é broxante,
Sem graça, obrigatoriedade conjugal.

Conjugal?
Palavra sem futuro;
Pra que ter uma?
Se eu posso ter mil.

Eu cuspo na cara do Cristo,


E estupro a Maria Apodrecida;
127
A puta madre de todas as putas,
Cadelas, vadias e afins.

A inventora da zoofilia,
Pois foi a primeira a transar com uma pomba;
Então pra que tanta conversa fiada?
Nesse tempo perdido... Lá se foi uma trepada...

A pornografia é a nona arte,


É arte ancestral;
Desde os primeiros sabbat’s,
Até os puteiros de hoje em dia.

Mulher com mulher,


Dá jacaré;
Homem com homem,
Dá lobisomem.

Mulher com homem,


Dá putaria da grande;
A mão naquilo,
E aquilo na mão.

Aquilo na boca,
A boca naquilo;
Aquilo naquilo,
E se faz um exercício tranqüilo.

Abram suas mentes,


Abram seus corações;
Abram suas calças,
E comecem a ação.

Esqueçam os álibis,
Os dogmas em vão;
Se percam nos pecados,
Nos prazeres da carne.

Sexo, orgia,
Pornografia, putaria;
Segredo da vida,
Felicidade garantida.

De uma maneira divertida,


Nós vamos vivendo nossas vidas.
128
VIDA: A OBRA

?Qual é o sentido da vida,


Se não podemos vivê-la da forma como escolhemos?
?Qual o motivo da obra,
Se nem todos podem admirá-la?

129
MORTUÁRIO

O tempo passou e ninguém soube de onde veio;


Foi puro impulso, instinto;
Ninguém soube explicar,
Nem mesmo a escuridão.

Ainda exausto, olhei para a constelação,


Mas sua forma não se completou;
Haviam pontos apagados,
Estrelas caídas.

Luz e escuridão se completam,


Queda e ascensão;
Numa guerra até mesmo os inocentes,
Caem baleados e feridos.

As luzes se apagaram,
E eu me tornei um animal;
Carnívoro, faminto,
Proliferando meu mal.

Limpo e claro,
O bater dos corações;
Alto e em bom som,
O pulsar do sangue.

Tudo o que se movia se tornava minha vítima,


E minha fome aumentava cada vez mais;
Senti o toque quente da vingança,
Doce e sublime.

Em meus olhos o fogo queimava,


Em meu peito a ira aumentava;
Pergaminho mortuário,
Destruição do santuário.

A cera derrete pela ação da chama,


A vela logo vem ao fim;
Ao fechar os olhos, sua vida em vão,
E por isso morrerão.

130
LUA DE SANGUE

Era a lua de sangue que tomava o céu,


O vinho se tornou fel;
Gritos de dor e agonia,
Estremeciam os vidros.

Purifico a alma através da dor,


Diluo pecados em ardor;
O fogo queima,
E leva toda a compreensão.

Por cada palavra,


Por cada juramento;
A alma padece,
Quando o corpo se equivoca.

Algemas e correntes,
O vidro triturado;
Olhe nos meus olhos,
Se arrependa dos seus pecados.

Dos sete pecados capitais,


Você não será julgado;
Mas pela minha lei,
Você já está condenado.

Não existe mais chance,


Não há o que se fazer;
Desencarnar como um porco imundo,
Para tentar renascer.

Minha lâmina corta sua carne,


Seu sangue começa a escorrer;
No ápice da minha vitória,
Vejo você padecer.

A Lua de sangue reina no céu,


Majestosa, sedenta;
E você prova do fel,
Proveniente de seus atos.

131
RENDAS BRANCAS

Insano, eu?
Hahaha, você não a conheceu;
Olhos penetrantes,
Sempre a me julgar.

Sua boca me devorava,


Me condenava;
Seu corpo me envolvia,
Me destruía.

Das matas ao mar,


Dos ventos ao fogo;
Como uma vingadora,
Ela me punia.

Seu toque fazia sangrar,


Ela conseguia me comandar;
Por dentro um demônio,
Por fora um anjo envolto em rendas brancas.

132
Pura maldade,
Num corpo escultural;
Ninfomaníaca psicótica,
Princesa das perversões.

E quando ela se desfazia de suas rendas brancas,


Ela dominava tudo ao seu redor;
Com seu sorriso malicioso,
E sua pele branca sedosa nua.

Viciava minha mente,


Escravizava meu corpo;
Um barco n’água,
Perdido na mata.

Ela era real,


Um espírito anormal;
De luz e escuridão,
Virgem e prostituta.

Para o meu prazer,


Para o próprio prazer dela;
Ela me enlouqueceu,
Minha razão se perdeu.
133
HELL - LIGIÃO

Não olhe nos meus olhos,


Você não é digna disso;
Fique de costas,
E pague sua penitência.

Venho pelo nome do Pai,


Grande Lúcifer Senhor;
Somente o fogo purifica,
E por isso estou aqui.

Mistificarei o seu corpo,


Em nome das Legiões Infernais;
Serei o mentor,
De que você precisa em sua vida.

Renegue o Deus fraco,


Destrua sua religião;
Renasça, reviva,
Hell-ligião.

Liberte-se,
Abra suas asas;
Empunhe sua arma,
Destrua o inimigo.

134
FILHO DA SERPENTE

Escuro e quente,
Umidade relativa;
Eis o ninho da serpente,
Mais uma ninhada a eclodir.

Constritoras ou peçonhentas,
Cada uma tem sua obrigação;
Cada qual com sua missão,
Com seu motivo para a destruição.

Chamado ao coven,
O filho da escuridão;
Sob o signo de Lúcifer,
Em nome da realização.

Lillith dança em exaltação,


Serpente da sedução;
Mãe astuta,
Senhora da obsessão.
135
Batizado na hora grande,
Pelo sangue derramado;
Erguendo a espada,
Contra o reino do bastardo.

Minha ninhada é valente,


Lutando contra o impotente;
Ergo minha cabeça ao inferno,
Sou filho da serpente.

Nada pode me parar,


Eu destruo constantemente;
De uma forma ou de outra,
Eu me faço presente.

Eu rastejo no escuro,
No seu pesadelo obscuro;
Ataco seu ponto fraco,
O bote nunca dá errado.

Eu possuo a chave da ilusão,


O desejo e a tentação;
Faço com que o fogo queime,
E com que o vento mude de direção.

Eu condeno sua alma,


Seu corpo padece em minha mão;
Enveneno seus pensamentos,
Destruo seu coração.

Eu desfaço, eu esmago,
Seus sentimentos são em vão;
Eu planto, eu colho,
Eu devasto a plantação.

Não há presente,
Não há futuro;
Nada que não passe,
Pelas minhas mãos;

Elevo o orgulho da minha casta,


Sou o rei da minha ninhada;
Com a benção do Pai, e o amor da Mãe,
Eu sou a serpente da destruição.

136
SATZISKYTOTH

A moto-serra ainda canta,


A mesma canção da distância;
Quando um membro é arrancado,
E faz sofrer o condenado.
137
O CANTO DA MOTO-SERRA

Estridente canto lindo,


Macabro aos seus ouvidos;
Regado pelos backing vocals apavorados,
De quem está sendo mutilado.

Sem piedade ela se esgoela,


Deixando pra traz a ferramenta singela;
Nesta noite ela é coroada,
A rainha que tortura a condenada.

Seu canto ecoa na madrugada,


Pesado e sujo, bem empolgado;
Na linha de Motörhead,
Porém bem mais cadenciado.

Aos seus ouvidos,


O som é pavoroso;
Mas para mim,
É algo tão maravilhoso.

O ritmo acelerado,
Às vezes perde o compasso;
Mas só acontece,
Quando algum osso é alcançado.

138
Não me importa muito,
Qual foi o crime praticado;
Mas a condenação,
Foi o que me deixou excitado.

A garota deve ter se metido,


Com o pessoal errado;
Mas tiro meu chapéu para eles;
Nisso nem eu havia pensado.

Pelo jeito,
Coisa boa ela não fez;
Apesar de ser bem gostosa,
Na hora de morrer, todos têm a sua vez.

Essa cena eu queria ter visto de perto,


A moto-serra cantando e cortando os pedaços;
Carne, sangue e ossos,
Numa combinação perfeita.

Realmente uma obra de arte,


Uma mutilação à la carte;
Pêlos ralos,
E jóia brilhante.

139
Uma cena bizarra para você,
Mas sou obrigado a confessar;
Fiquei muito excitado,
A ponto de gozar.

Mesmo mutilada, ainda dava pra encarar,


Me perderia nos seus restos, até nem ossos sobrar;
Penetraria no seu corpo, comeria sua carne,
Não conseguiria me agüentar.

Agora quando chega a madrugada,


Eu não paro de espiar;
Espero pelo canto da moto-serra,
Para que eu possa me deleitar.
140
SACRIFÍCIO

Rasgo sua roupa e te deixo nua,


Deito-te em frente ao meu altar;
Irmãos e Senhores nos observam,
O sacrifício deve começar.

Ergo minha espada,


E você entra em transe;
O ritual é iniciado,
E só amanhece quando terminar.

A espada te penetra,
Faz seu sangue jorrar;
Encho minha taça,
O cálice de Ishtar.

O portal será aberto,


Os demônios vão voltar;
Renascendo do inferno,
Para o nosso mundo dominar.

141
POR LUXÚRIA

Cale-se,
Tire sua roupa,
E deixe eu te conduzir.

Minha língua percorrerá seu corpo,


Centímetro por centímetro,
Até sentir todo o seu gosto.

Desvendando seus orifícios,


Escalando seus seios,
Acabando em sua boca.

Te apresentando o prazer,
Difícil de se ter,
Se não me conhecer.

Penetro em você,
Com meu membro ereto,
Completando o seu vazio.

Não temos espaço para o amor,


Nosso motivo é bem maior,
Difícil de se sobrepor.

Vou apenas te ensinar a viver,


Por luxúria,
Por prazer.

Entregando seu corpo,


Buscando compreender,
Gozando por merecer.

Esqueça o passado,
Que deve ser enterrado,
Renasça por você.

Encontre o verdadeiro sentido da vida,


Por luxúria,
Por prazer.

142
INCONSCIENTE

Inconsciente, jogada no chão,


Totalmente vulnerável;
Todo o seu destino,
Está em minhas mãos.

Daqui para a eternidade,


Sou eu quem vai escolher;
Indução ou abstinência,
O que você vai sofrer?

Nunca foi uma boa garota,


Disso você deve saber;
Pessoas como você é que me alegram,
Pois me dão trabalho para fazer.

Inconsciente, sem saber o que fazer,


Sempre há um atrito dentro de você;
Dessa vez se embriagou demais,
E o seu castigo eu vou conceder.

143
AGENTE DA LEI

Bem vinda à minha jurisdição,


Aqui apenas as minhas leis devem ser seguidas;
Eu me encarrego delas serem cumpridas,
E eu julgo os que não as cumprirem.

Sou o elo entre o bem e o mal,


A criação e a destruição;
O certo e o errado,
Inocente e culpado.

Sou o vício e a cura,


A tentação e a doçura;
Sou o veneno e a degeneração,
A luxúria do coração.

O que eu lhe ofereço,


Eu posso tomar de volta;
Não se esqueça,
Que nada é de graça.

No meu mundo,
Eu não lhe nego nada;
Mas saiba o seu limite,
Pois senão será derrubada.

Quanto mais você quer,


Mais eu te ofereço;
Mas se perder os sentidos,
Eu mesmo te condeno.

Não pegue mais do que pode levar,


Não beba mais do que pode agüentar;
Pois se você cair no meu chão,
O meu preço você vai pagar.

Seja com o corpo,


Seja com a alma;
Se você não se policiar,
Não vai poder escapar.

144
CONVIDATIVA

Sou do tipo que não se segura,


Não passo vontade e nem fico na pendura;
Não me amarro por aí,
Pois não tenho hora pra partir.

Você com esse sorriso,


Olhando pra mim;
Abrindo esse rabo,
Apontado pra mim.

É pedir demais,
Para que eu apenas olhe;
Quero te penetrar,
Deixar suas pernas moles.

Você abre o jogo,


E já sai correndo;
Abre o placar,
E depois fica se escondendo.

Se eu jogo, jogo pra vencer,


E nesse seu rabo eu quero me perder;
Toda convidativa, agora eu quero ver,
Nem que seja a força, agora vou te ter.
145
PELA MADRUGADA

Eis que o meu domínio se espalha,


E nada mais me atrapalha;
Algumas doses de conhaque,
E uns tragos de um cigarro barato.

Nem sempre tenho alguém que me acompanhe,


E nem sempre isso é um problema;
Estar sozinho é uma dádiva,
Pois Lúcifer sabe que às vezes precisamos estar sozinhos.

Nesses momentos consigo refletir,


Montar os planos e me distrair;
Pensar nos detalhes e subtrair,
Reduzir ao máximo a chance de fracasso.

No que conquistar,
Do que me vingar;
De quem me aproveitar,
E quem vou executar.

Preparo o look,
Afio minhas facas;
Me perco pelas ruas,
Na madrugada.

Acendo um cigarro,
Deixo na encruzilhada;
Me entrego aos meus vícios,
Velocidade, bebida e mulherada.

A noite é uma virgem,


E eu vou estuprá-la;
Aproveitar a cada momento,
Deixá-la traumatizada.

O velocímetro passa de 100 km/h;


A última garrafa voa lá pra trás,
Se arrebenta na estrada;
Sou apenas eu, perdido pela madrugada.

146
TARADO

Não ligo,
Eu não fico bravo;
Pode me chamar de tarado.

Vício;
Um dos muitos que tenho,
Talvez o mais intenso.

Não peço muito,


Sou bem sincero;
O que me interessa é apenas o sexo.

Mulher é como cigarro,


Uma bebida;
Por mais que eu tenha nunca me sacia.

Me chamam de safado,
Sem-vergonha;
De tarado.

?Mas,
O que eu posso fazer,
Se por mulher eu me acabo?

Não quero uma, não quero duas,


Não quero três;
Eu apenas quero todas de uma vez.

147
ME LEMBRO

Mais uma das conquistas,


Nesse meio você tem que ser esperto;
Momentos exatos,
Palavras corretas.

Uma certa vez, ouvi em algum lugar:


-A internet é a casa do diabo;
Então não há melhor lugar,
Para mim, o filho dele.

E se a internet é a casa do diabo,


Ela é o meu playground;
Onde coloco minha mente astuta pra funcionar,
E conseguir certos artefatos.

Claro, que vindo da minha pessoa,


Só poderia ser artefato pornográfico;
E me lembro desse contato,
Dessa foto e de todo o trabalho.

Nome: Giovana,
Idade: 19 anos;
Cidade: São Paulo,
Bairro: Penha.
148
Profissão: Vendedora,
Gênero: Livraria;
Contato: E-mail,
Modo de abordagem: Sedução.

Numa bela tarde chuvosa,


Entrei na loja onde essa garota trabalhava;
Eu estava à procura de um título em especial,
Muito difícil de ser encontrado.

O livro era: Os Exus,


De J. Edson Orphanake;
Publicado em 1996,
Pela Editora Orphanake.

E claro, que nessa livraria,


Eu não encontrei esse título;
Porém a garota se prontificou,
Em encomendá-lo para mim.

Achei uma bela atitude,


E com certeza uma bela vendedora;
Deixei como contato o meu e-mail:
rodhell@ig.com.br

Passadas duas semanas,


A bela ninfeta entrou em contato;
Por minha vez, me desloquei até a loja,
Para buscar a encomenda.

Nessa brincadeira,
Rolou uma ponta de amizade;
Consegui seu e-mail pessoal,
giovana_tavares@terra.com.br

A partir desse dia,


Começamos a trocar e-mails;
Descobri seus hobbies,
E alguns segredos íntimos.

Que ótimo pensar,


Que ela morava e trabalhava no mesmo bairro onde moro;
Tudo isso com certeza,
Me pouparia muito tempo de investidas.

149
Comecei a me empenhar,
Da forma que apenas eu sei fazer;
Mas ela era séria demais,
Não traía seu namorado.

Confesso que eu já estava perdendo a cabeça,


Havia virado questão de honra;
Eu poderia não tocá-la,
Mas eu tinha que vê-la nua.

Comecei meu jogo de sedução,


Alimentando o ego dela;
Trabalhei por quase dois meses,
E enfim alcancei meu objetivo.

Numa bela noite,


Ela me enviou um e-mail especial;
Contento essa bela imagem,
Que confesso ter mexido comigo.

Conversamos por mais algumas vezes;


Mas depois de algum tempo,
Ela não respondia mais os e-mails;
E não trabalhava mais na livraria.

Será que ela se arrependeu?


Eis uma boa pergunta;
Não tenho a resposta,
Mas tenho a imagem imortalizada.

150
EXPLOSÃO

Nem sempre consigo me segurar,


Existe algo que me consome por dentro;
Um fogo que arde em ódio e fúria,
Sempre procurando por vingança.

É estranho como isso acontece,


Tudo fica registrado na minha mente;
Tudo isso se acumula,
Se torna uma ogiva nuclear.

Sou uma arma de destruição em massa,


Uma bomba ambulante;
Que pode explodir fatalmente,
Ao menor e mais leve movimento.

De 0 a 100,
Em um milésimo de segundo;
Moléculas e combinações de DNA,
Não consigo parar.

O gosto de ferro,
A sede de sangue;
Uma explosão homicida,
Destruindo o sentido da razão.

151
UM POUCO DE VERDADE

Pessoas normais se perdem em ilusões e desilusões,


Sofrem por amores e vícios;
Se acabam, se matam,
Se perdem em fantasias irreais.

Essas pessoas consideradas “normais”,


São aquelas criadas em seus berços cristãos;
Mimadas e apodrecidas,
Pelo falso moralismo social.

Hipócritas desde crianças,


Invejosos estúpidos;
Seres sem horizontes,
Sem motivos para viver.

Seguem sua vida medíocre,


Perdendo suas manhãs de domingo nas igrejas;
Outros em cultos de vigília noturna,
Perdendo seu tempo.

O que é ruim atrai o que é ruim,


Olhem ao seu redor;
Assistam os jornais,
Ouçam seus pastores.

Padres abusam de seus coroinhas,


Onde está o exemplo da eucaristia?
Pastores são ex-viciados, ex-traficantes, ex-meliantes,
Onde está o exemplo da cristandade?

A hipocrisia e a falsidade,
Se faz presente quando quem toma a frente não dá o exemplo;
Não existem ex-assaltantes, ex-traficantes,
Ex-viados, ex-prostitutas e ex-pedófilos.

Esses atores dizem terem sido tocados por Deus;


Deus? Que Deus?
Aquele que coloca meliantes como guias de seus filhos?
Aquele Deus que possui conta bancária?

É tanta hipocrisia,
Podridão e lixo;
152
Que nem mesmo as crianças são poupadas,
De todo esse teatro.

É engraçado,
Como esses pontífices dizem terem sido usados pelo Diabo;
Afirmam que o Demônio que os induziu ao erro,
Que o Capeta é o culpado de seus atos e crimes.

Porém, se você abrir seus olhos,


Usar sua mente e pesquisar;
Saberá e entenderá,
Algo que sua formação não lhe deixa conhecer.

É estranho como todo acusado e sentenciado,


Sempre clama por seu Deus fraco;
Assim como todos os que estão cumprindo pena,
Tem suas tatuagens religiosas.

No meio de tanto lixo acumulado,


O rosto do Cristo bastardo e da puta Maria são facilmente encontrados;
Entre outros santos e cruzes,
E mensagens de paz.

Nunca se viu um sentenciado,


Clamar Lúcifer como pai;
Evocar as forças de Satanás,
Para lhe confortar.

E por quê?

Porque nós não somos idiotas,


Temos honra e orgulho;
Lúcifer nos ensinou,
A atacar apenas quando formos atacados.

Não roubamos,
Não destruímos nossos corpos com drogas;
Seguimos nossas regras e leis,
E somos livres para saber o que devemos fazer.

Nossa formação é rigorosa,


Não somos escravos, somos soldados;
Não nos curvamos,
E sim, lutamos.

153
Temos nossa mente como elemento mágico,
Nosso corpo como templo;
Nossa honra como respeito,
E nosso orgulho como horizonte.

Lúcifer é nossa fonte de força,


Por isso andamos de cabeça erguida;
Somos o que somos,
E somos melhores porque nos empenhamos para isso.

No abismo profundo,
Frio e obscuro;
Apenas os fracos devem cair,
E assim arrastar consigo sua raça debilitada.

Lúcifer se alimenta de nossa vontade de viver,


De nossa fé e de nossa liberdade;
Enquanto o Deus impotente da massa,
Se alimenta apenas do medo de seus cristãos.

Eis que limpo sou,


E todos os meus verdadeiros irmãos são;
Assim seguimos nossos caminhos,
Por entre nossas pétalas e espinhos.

Reais e verdadeiros,
Seres realmente humanos;
Animais,
Racionais, artistas e superiores.

Livres da escravidão,
De todo o lixo cristão;
Pregamos nossa hierarquia,
Pois isso nos pertence.

Por quê?

Porque não nos iludimos,


Seguimos nossos ideais;
Não esperamos pelo que vai vir,
Vamos atrás do que queremos.

Levantando sempre nossa bandeira,


De honra e orgulho.

154
UM POUCO DE MIM

Poucos tem o poder das palavras,


E tenho orgulho de possuir esse dom;
Poucos tem a coragem de ser o que são,
E por minha coragem sou livre.

155
Livre ao ponto de viver,
Apenas o que eu quero viver;
Livre ao ponto de fazer,
Apenas o que eu quero fazer.

Sigo minha natureza,


Que desvendo melhor a cada minuto que se passa;
Acelerando demais,
E sumindo com o vento.

Eu amo a noite,
A escuridão e a solidão;
Mesmo que a solidão às vezes seja monótona,
É melhor que estar mau acompanhado.

Pelas palavras que se seguem,


Se desvendam alguns mistérios;
Eu não respondo perguntas,
Pois só o tempo pode responder.

Rod Hell apenas uma abreviação,


Rodolpho Helloween, como era conhecido;
Adolescência não tão fácil,
Algumas perdas e danos.

Hoje até mesmo uma tradução,


“Bastão do Inferno”;
Ou cedro, como queiram,
Símbolo de hierarquia.

156
Eu não ligo muito para apelidos,
Não quero ser o que eu não sou;
Não me importo com o que dizem,
Pelo menos até eu perder a cabeça.

Já me perdi dentro de mim mesmo,


E também me esqueci de me encontrar;
Às vezes só quero gritar,
E às vezes somente me deitar.

Gosto de tragar o meu cigarro,


E degustar a minha bebida;
Me perco entre as mulheres,
E ainda bato minhas velas.

Tenho muito menos vícios que as pessoas pensam,


Talvez coisas que elas nem imaginam;
Gosto de fumar o meu cigarro,
E se estou nervoso fumo mais ainda.

Já me chamaram de alcoólatra,
E eu acho isso uma babaquice;
Acho o alcoolismo uma mentira,
Apenas uma crendice.

Eu bebo para relaxar,


Às vezes para me divertir;
Não me afogo em copos de bebidas,
Para esquecer os meus problemas.

Aliás, se eu fizesse isso,


Seria linchado;
Pois acabaria com toda a bebida do mundo,
E ainda estaria encrencado.

Não bebo durante a semana,


Isso é um fato;
Não adianta tentar mentir,
Nesse golpe eu não caio.

Passando para outra parte,


Que sempre vira um alarde;
Pensam que é sacanagem minha,
Mas existem coisas que não posso explicar.

157
Sim, eu tento me apegar,
Ainda sou humano e posso me apaixonar;
O problema é que algo me comanda,
Não dá pra continuar.

Por várias vezes eu tentei,


Mas nem sempre me dei bem;
Existem épocas em que tudo vai bem,
Mas a maré sempre baixa.

Às vezes me perco em amor,


Me sinto um sonhador;
Eu amo intensamente,
Como se cada dia fosse o último.

Mas é aí que está o problema,


O último dia sempre chega;
Seja por conta própria,
Ou por ordem superior.

Uma vez me disseram que existe um alguém,


Um alguém feito para mim;
Mas o problema é que tenho que procurar,
E é fácil de se enganar.

Juro que às vezes tento parar,


Ficar com uma pessoa só;
Me esquecer de certas coisas,
Deixar o tempo me explicar.

Mas eles gritam em meus ouvidos,


O caminho a continuar;
Então volto à minha estrada,
Sem nunca parar.

Como um deles me disse,


Minha hora vai chegar;
Ainda tenho o que aprender,
Para um dia me aconchegar.

O relacionamento é uma troca,


Onde sempre se aprende;
Mas chega uma hora,
Em que você já aprendeu tudo ali.

158
E já ensinou o que podia ensinar,
Sem ter por onde chorar;
Então vem a voz,
E te faz continuar.

E depois quando outra noite vem,


Eu descubro que não gosto de ninguém;
Que sou sozinho,
E não sou de ninguém.

Então me jogo na escuridão,


E espero outra estrela brilhar;
E quando ganho o consentimento,
Volto a me apaixonar.

Praticamente uma vez por ano,


É assim que sempre ocorre;
Ainda não sei os motivos,
Mas o sangue sempre escorre.

O sexo me hipnotiza,
O cheiro e a beleza;
O ato em si,
Toda a sua magia.

O que é novo é mais gostoso,


O desconhecido é tentador;
Quanto mais melhor,
É assim o meu pudor.

Não consigo me amarrar,


E eles me ajudam nessa empreitada;
O vento leva uma,
E já vem outra no lugar.

Fico sozinho quando quero,


E consigo quem eu quiser;
Nem sempre foi assim,
Mas agora é como é.

Não adianta me julgar,


Cada um tem o seu lugar;
Se esse é o meu destino,
Eu vou continuar.

159
As asas de Belzebuth,
Sempre vem me aconchegar;
Acendo minhas velas,
Espero a noite chegar.

Bebo de sua sabedoria,


Sou o filho em seu altar;
Presto minhas obrigações,
E ostento suas legiões.

Carrego a bandeira de Lúcifer,


É fácil de se exaltar;
Quando se tem um grande Pai,
Não se pode vacilar.

Luto com orgulho e honra,


Em meu nome e em nome do Pai;
Não adianta me retaliarem,
Pois eu posso ser seu fim.

160
Minha ira se mantém guardada,
Bem no fundo do meu peito;
Mas se revela quando o fogo queima,
E a vela se acaba.

Quando ouço os tambores,


O meu mundo se apaga;
Sou transportado a um mundo paralelo,
E é Exu quem se locomove.

Desvendo meus mistérios,


Me faço onipresente;
Olhe dentro dos meus olhos,
E sinta realmente.

Sou um túmulo que vaga,


O guerreiro e sua espada;
A sede da vingança,
O sangue que se espalha.

Sigo na direção pra onde o vento sopra,


Sem olhar pra trás, sem procurar resposta.

Esse sou eu,


Dentro de meu próprio mundo;
Gostaria de dizer mais,
Mas os segredos devem ser segredos.

161
MAMILOS ROSADOS

Apenas o biquíni os cobria,


Ainda molhados, marcados do sol;
Essa é a beleza da praia,
Pares de seios ao meu redor.

Ela era bonita,


Sorriso de vadia;
Do jeito que mexe comigo,
Me deixa uivando sozinho.

Chamei-a para um drink,


Um coquetel numa barraca qualquer;
Dali foi para o abate,
Transamos por horas no quarto de hóspedes.

Shortinho jeans chupado,


Fio-dental enterrado;
O que era mais belo,
Eram seus mamilos rosados.

162
SAN MARINO

King size,
Filter tipped;
Low tar,
American Blend.

Fumar é prejudicial à saúde,


Fumar daña la salud;
Smoke fuck your health,
E daí?

Isso é problema meu,


E ninguém tem nada com isso;
É você que compra meu cigarro?
Não. Então foda-se.

Unir o útil ao agradável,


O melhorzinho e o mais barato;
O gosto é o mesmo,
E a fumaça também.

Tabaco é tabaco,
Brasileiro, paraguaio ou americano;
O que diferencia é o preço do imposto,
E onde você compra.

Tem gente que fala demais,


Que tenta me fazer parar de fumar;
Dizem que isso vai me matar,
E mais um monte de blá, blá, blá.

O engraçado é que eu morro de stress,


Trabalho doze horas por noite;
Ganho mau pra caralho,
E nem folga eu tenho mais.

E aí?
Isso ninguém vê?
?Porque não tentam me fazer,
Parar de trabalhar?

Claro que não,


Isso ninguém quer;

163
Mas se esquecem que se eu fumo demais,
É por causa do stress do trabalho.

É isso mesmo;
Doze horas de trabalho,
Vinte cigarros nos pulmões;
E ainda é pouco.

Fora mais vinte que fumo durante o dia,


Entre um gole de café e outro,
Uma cochilada,
E no banho.

Já fumei John Player,


Chakal, Pall Mall, Dunhill;
Charm, Chanceller, Hilton,
Hills, Dallas e Mill.

Free, Marlboro, Plaza,


Luxor, L&M, B&H;
Euro, Eight, Record,
Mustang, Luck Strike e Sabre.

Hollywood e San Marino,


São os com quais eu mais me identifiquei;
E quando eu fico nervoso,
Só o tubinho de câncer me faz bem.

164
PRONTA PARA O ABATE

Olhos fixos,
Perfume suave;
Corpo em tentação,
Explodindo de tesão.

Eu não posso me conter,


Ela me tira do sério;
Sabe que só existe uma coisa que me deixa louco,
E o nome dela é sexo.

Ela vem totalmente nua,


Insinuando todo o seu corpo;
Curvas perigosas,
Um erro e estou morto.

Ela me fita,
Tentando me escravizar;
Senta e abre as pernas,
É hora de me afogar.

Está pronta para o abate,


Louca para gritar;
Penetro o seu corpo,
E lá eu quero ficar.

165
EXPLICAR?

Há muito tempo eu sou assim,


É algo que tenho dentro de mim;
Pode até ser doença,
Mas dela não quero me curar.

É algo que não dá pra explicar,


É uma vontade pra nunca acabar;
Psicopata sexual,
Tarado sem igual.

Sempre com segundas intenções,


Nunca perco tempo em vão;
Penso mais com a cabeça de baixo,
Isso não é azaração.

Mulher é o que me faz andar,


Pensar e respirar;
Se não fosse por mulher,
Eu não queria nem acordar.

166
ZAZTRAZ

Sempre me perco na noite,


Me envolvendo em escuridão;
Às vezes bebendo demais,
Espantando a solidão.

As luzes piscam,
O som é alto;
Ali me esqueço do mundo exterior,
E aproveito o momento.

Viro noites e dias,


E não encontro uma resposta;
Aliás,
A vida é feita de perguntas.

Meu sangue corre acelerado,


Meus instintos estão aguçados;
O gosto de sangue começa a se fazer,
Na minha saliva alcoolizada.

A bomba explode dentro de mim,


A violência toma minha mente;
Nesse momento,
Eu preciso extravasar.

E eu sei que não vou parar,


Até ver o sangue escorrer;
Em um minuto,
Eu escolho um inimigo.

Meu bote é rápido,


Logo imobilizo minha presa;
Eu sei que não vou parar,
Enquanto houver movimento.

Agredir é hobby,
Que me acalma por dentro;
É um ponto transcendente,
Entre a agitação e a meditação.

167
CONHECE?

Você conhece ela?


Não?
Nem eu.

Queria conhecer?
Sim?
Eu também.

Belas grandes tetas.

168
VAGIBABA

Não me pergunte o que isso significa,


Eu não faço nem idéia;
Ouvi isso num filme,
Zohan alguma coisa.

Acho que é uma palavra usada pra descrever uma mulher gostosa,
Pelo menos foi o que eu entendi;
A mina do filme era gostosa mesmo,
Vagibaba.

Emmanuelle Chriqui,
Nunca tinha ouvido falar dela também;
Mas gostei do que eu vi.
Meu número de mulher.

Vai ser gostosa assim lá na minha cama,


Que eu ia ficar dias sem dormir;
Ia comer ela de garfo e faca,
Chupar até o osso.

169
Vagibaba,
Seja lá o que isso queira dizer;
Morena, cabelos longos,
Belos peitos.

Do jeito que eu gosto,


E no filme estava mais gostosa ainda;
Vagibaba, vagibaba,
Imagina essa mina pelada.

170
Poucas vezes vi garotas assim,
Que me deixassem louco pela primeira vez;
Puta mentira da porra,
Mas tudo bem.

O que importa é,
Que pela 666.000.000.0000 vez eu me apaixonei;
E dessa vez era pra valer,
Até outra mulher aparecer.

171
Mas eu tinha certeza que iria ser fiel;
Pelo menos nas próximas duas horas,
Ou dois filmes;
O que viesse primeiro.

Só de lembrar fico de pau duro,


E olha que ela nem ficou pelada no filme;
Nem pagou peitinho,
E nem mostrou a calcinha.

Incrível,
Me apaixonei por uma mina vestida;
Você acredita?
Nem eu.

172
Vagibaba cara,
Vagibaba;
Emmanuelle,
Minha nova tara.
173
CORAÇÃO DE PEDRA

Não há mais solução,


Isso é algo que vai morrer comigo;
Por mais que eu tente mudar,
Esse quadro nunca vai se acabar.

Meu amor não é eterno,


Por mais que eu jure e insista;
Verdadeiro?
Sim, verdadeiro.

Amor real,
Belo e incondicional;
Intenso;
Mas não sei até quando.

Mudo frequentemente,
O amor sempre acaba;
Às vezes minha escolha,
Às vezes minha obrigação.

Meu coração de pedra,


Nunca vai amolecer;
Já é hora de aceitar,
E não tentar mais me enganar.

Eu não gosto de ninguém,


E não conseguirei gostar;
Esse é o meu instinto,
Minha individualidade.

Não consigo depender de um sentimento,


Não consigo depender do amor de alguém;
Sou ganancioso demais,
E também mesquinho demais.

Penso apenas em mim,


No meu bem estar;
Não sei ser tão sentimental,
E nem escravo de sentimento algum.

174
FRIO

O vento sopra lá fora,


Rápido e gelado;
Essa noite quase geou,
Foi difícil ficar acordado.

A solidão me conforta,
Mas também me enlouquece;
Dou um trago no cigarro,
E esquento meus pulmões.

É frio aqui,
Quase congelo;
Essa é a minha vida,
Meu caminho solitário.

MAIS UMA ROSA

Mais uma rosa em meu enterro,


Vermelha, sangue;
Sinto a morte cada vez mais perto,
E meu futuro me abraçando intenso.

As velas queimam,
O conhaque é servido;
Deitado em meu caixão,
Ao lado dos senhores malévolos.

Lúcifer me aguarda,
Com seu tridente na mão;
Receberei minha capa,
Erguerei minha espada.

175
PATRICIA DE SABRIT

Bela garota,
Com ar de pureza;
Olhar inocente,
Voz virginal.

Patricia Renaux Chamagne de Sabrit,


Atriz e apresentadora;
Nascida em 25de abril de 1975,
Tourina de São Paulo.

Fascinante,
Me tira do sério;
Desejo impossível,
Acesso negado.

Se perde em meus sonhos,


Desejos pervertidos;
Na minha teia de luxúria,
Tecida na escuridão de meus pensamentos.

176
ILUSÃO

Não posso acreditar,


Que era apenas uma ilusão;
Uma miragem,
Um sonho.

Minha visão estava embaçada,


Talvez efeito do álcool;
Nem sei mais,
Mas me lembro que foi muito real.

Meu corpo estava marcado,


Minha pele em ardência;
Senti suas unhas,
Seus dentes.

177
MERETRIZ

Me envolve em seus braços,


Me devora em seu sexo;
Esvazia minha carteira,
E me deixe em êxtase.

Cabelos negros,
Pernas grossas;
Face de vadia,
Chiclete na boca.

Me joga na cama,
E me faz seu macho;
Meretriz errante,
Mulher delirante.

178
PUS

Ferida aberta,
Marca da guerra;
Nas ruas da cidade,
Lutando por meu ideal.

Me perco em violência,
No meio da noite;
Aqui é matar ou morrer,
Destruir ou sofrer.

Ossos quebrados,
Órgãos perfurados;
O que importa é lutar,
Não se deixar abalar.

Ferida aberta cicatriza,


O pus se encarrega disso;
Se não cicatrizar meu irmão,
É porque você esta morto.

E nesse caso os vermes se alimentarão,


De todo o lixo do seu corpo;
E se você foi atingido,
É porque não era bom o suficiente.

A gangue se reúne,
Marca a próxima peleja;
Escolha suas armas,
Não traremos os fracos de volta.

Amarelo, viscoso,
Veneno do corpo;
O pus que te envolve,
Que cura e fede.

Cicatrizes sempre ficam,


O que interessa é o final;
Se a batalha foi vencida,
Você não vai sangrar.

179
ZARZURIK

Eu a vi,
Em meio às chamas dançando;
Com seu manto negro,
Envolvida pela escuridão.

Cabelos soltos,
Seios à mostra;
Conjurando o feitiço;
Em voz baixa.

Ela se aproximou,
E fechou seus olhos;
Tomou minha alma,
E apagou o meu passado.
180
INABALÁVEL

Ainda existe aquele fogo,


E ele ainda queima;
Buscando horizontes,
Rubros e distantes.

Construindo um caminho,
Um legado amargo;
Restando marcas na pele,
E o orgulho inabalável.

Vivendo no limite,
Limite desconhecido;
Mais além do que o corpo pode agüentar,
Um pouco antes da mente surtar.

ACESSO RESTRITO

De olhos fechados,
Mergulho num poço escuro;
Um abismo sem fim,
Onde às vezes me escondo de mim.

Onde memórias vagam,


E atos se consolidam;
Em muralhas de gelo,
E paredes de fogo.

Fui banido,
Para um espaço perdido;
Onde minha mente tem,
Acesso restrito.

Por caminhos obscuros,


Lugares que me esqueci;
Ninguém vem comigo,
Sempre segui assim.

181

E tem momentos em que me pego pensando,


Sobre tudo o que já vivi;
E sei que há algo mais,
Que ainda está por vir.

E que minha solidão,


É apenas minha própria opção;
De me isolar em meu mundo,
E não deixar que ninguém o adentre.

Por mais bela que seja,


Por mais inteligente;
Que obedeça as regras;
Que saia pela tangente.

Não deixo ninguém se aproximar,


Pois só, eu quero estar;
E correr pra onde o vento soprar,
Um furacão que passa sobre o mar.

Não posso me enganar,


E por isso preciso encarar;
Que o que meus olhos vêem,
Poucos conseguem enxergar.

Fou sanguinaire,
Cavalliere solitaire;
La horde des hombres,
Larmes de moi.

182
Sigo só,
Pulando em meus precipícios;
Por noites sem fim,
Sobrevivendo por mim.

E mesmo que ela me seduza,


Não poderá possuir meu coração;
Pois essa pedra de gelo,
Se perdeu através do tempo.

E profundas são as marcas,


Muitas delas cicatrizadas;
Tanto sangue que escorreu,
Quanta vida se perdeu.

183
E por sigo prefiro seguir só,
Pairando no vento;
Me perdendo na noite,
E me jogando no tempo.

DEICIDIO

Modificando toda a história,


Criando um rumo para a humanidade;
Destruindo deuses e divindades,
E toda a sua hipocrisia.

Massacrando todos os ditadores,


Da religião e do alto clero;
Fazendo com que eles engulam,
Todos esses séculos de enganação.

Libertando quem merece ser libertado,


E destruindo que merece ser destruído;
Dando início ao deicidio,
A matança de todos os deuses.

184
CARNIFICINA

Quando apareci no canto da porta,


Ela sorriu pra mim;
Seus olhos brilhavam,
Eu pude ouvir seu coração acelerar.

Nesse momento,
Saquei minha arma;
Disparei três vezes,
Três tiros perfeitos.

Suas pupilas diminuíam,


Suas pálpebras começavam a se fechar;
Seu corpo ia ao chão,
Sangrando como uma porca.

Os gritos eram asfixiados pelo sangue,


Seu corpo estremecia;
Vi o desespero em seus olhos entreabertos,
E o frio tomando sua vida.

Bang, bang, bang,


Mais uma vida inútil se vai;
A carnificina se faz presente.

185
Uma cena não tão bonita de se ver,
Não pela bela forma de execução;
Mas por aquele corpo obeso;
Ensangüentado estirado no chão.

Engordaram a porca para o abate,


Rechearam-na de gordura e hipocrisia;
Crente durante o dia,
Vagabunda por toda a noite.

Bang, bang, bang,


Mais uma vida inútil se vai;
A carnificina se faz presente.

Tomei um gole de café,


E dei um trago no cigarro;
Observei mais uma vez o corpo,
E me retirei do local.

Era grande demais para ocultar o cadáver,


Pesada demais para carregar;
Deixá-la ali não era uma opção,
Era o ideal a fazer.

186
ESCRAVAS

Que as luzes se apaguem,


E minhas vontades sejam realizadas;
Que as velas se acendam,
E que entrem minhas lacaias;

Almas perturbadas,
Mulheres desencarnadas;
Em danças depravadas,
Elas são minhas escravas.

Entre luxúria e sangue,


O gosto do vinho;
Os desejos ardentes,
Se perdem na mente.

187
MORALISMO

Quem é você para julgar o que é moral ou imoral?

Você, nascido em berço de ouro,


Hipócrita;
Ouro sujo e santificado,
Pelo podre poder do Vaticano.

Quem é você para julgar o que é certo ou errado?

Você, que vive numa vida de plástico,


Sem sentido;
Como um boneco de joelhos,
Em frente a um Deus de mentiras.

Seu falso moralismo me enoja,


O que os olhos não vêem o coração não sente;
E assim vocês fazem seu jogo sujo,
Enchendo seus bolsos.

Errado, imoral ou ilegal,


Muito sarcástico;
Parece uma piada,
Sua vida não vale nada.

188
PROMISCUIDADE

Promiscuidade sem fim,


Você se entrega para mim;
Como uma oferenda em meu altar.

Sobre a mesa ritualística,


Seu corpo nu se deita;
Esperando para ser aceita.

Nesse ritual de luxúria,


Você se deleita;
Se entrega aos prazeres da carne.

Preenche seu vazio,


Se perde em alucinação;
Se encontra em êxtase.

Promiscuidade sem fim,


Você se entrega para mim;
Como uma oferenda em meu altar.

Asmodeus se faz presente,


Toma seu cálice nas mãos;
Faz do teu ventre jorrar o vinho.

Sobre os encantamentos frenéticos,


Todos se entregam,
A uma orgia sem fim.

189
29/09/2009

Já era hora de correr atrás,


E descobrir o que realmente acontecia comigo;
Meu nível de insanidade estava crescendo,
Dia após dia, noite após noite.

Estava realmente ficando fora de controle,


Apenas os ensinamentos de Lúcifer me confortavam;
Mas mesmo assim,
Às vezes era difícil de me conter.

Cheguei ao hospital e fiz minha ficha,


Logo entrei para a sala de espera;
Sabia que esperaria por longas horas,
Afinal, hospital público é uma merda.

Sentei-me no banco de concreto cor de abóbora,


Já havia três pessoas esperando;
Pelo jeito o psiquiatra iria demorar,
Deveria estar visitando os pacientes internos.

À minha frente estava um homem,


Idade média de 43 anos;
Calvo, barba por fazer,
Acompanhado de uma senhora de uns 70 anos.

O cara tinha jeito de louco,


Aquele tipo de maníaco que eu admiro;
Que com o estalar da fagulha,
Detona tudo que esteja em sua frente.

No corredor um outro cara,


De aproximadamente 45 anos;
Deitado numa maca,
Tremendo como se estivesse com frio.

Mas no seu rosto,


Eu conseguia ver o desespero;
Na minha análise,
Diagnostiquei problema no sistema nervoso.

190
Ao lado duas mulheres,
Aparentemente mãe e filha;
Uma com seus 40 anos,
E a outra já pra chegar nos 70.

A mais nova,
Estava bem vestida;
Jeans azul apertado,
E suéter salmão.

Rosto normal,
Beleza comum;
Corpo ainda bem desenhado,
Até pegável.

A mais velha,
Aparentemente evangélica;
Maltrapilha,
Feia pra caralho.

Eu estava sentado ali,


No meio dessas pessoas;
Mas por dentro uma vontade imensa,
De mutilar um por um.

O falatório e a movimentação dos corredores,


Estavam cada vez mais me irritando;
O único jeito de me distrair,
Era rir da desgraça dos outros.

E não demorou muito para que acontecesse,


Pois logo veio a primeira gargalhada reprimida;
Por um idiota que enfiou o dedo numa máquina,
E quase que deu adeus ao dedo indicador.

Na seqüência vários outros,


Entre baleados, e fraturados;
Agredidos e violentados,
Praticamente um circo.

Em poucos minutos chegaram mais pacientes psiquiátricos,


Um velho louco acompanhado por uma velha,
Com o rosto torto;
Difícil saber qual era o paciente, hahahah.

191
Depois disso,
Um negra com sua irmã abobada;
A menina se contorcia e ria sozinha,
Tinha uns tics-nervosos.

Na ponta do corredor,
Vejo surgir uma silhueta;
Baixa e levemente obesa,
Uma nissei, sansei, ou num sei... hahahhah.

Cabelos longos,
Quase loiros;
Salto alto,
E saia justa, salientando as coxas grossas.

A figura me chamou a atenção,


Acho que meus sentidos estavam aguçados;
Ela entrou na salinha,
E começou a chamar os pacientes.

Depois de alguns demorados minutos de espera,


Meu nome foi chamado;
Adentrei a sala,
E fui logo perguntando se podia fechar a porta.

A “num sei” balançou sua cabeça de forma afirmativa,


E com minha delicadeza, bati a porta;
Logo me sentando na cadeira,
E olhando para os prontuários.

Começamos nossa conversa com apresentações,


Logo ela perguntou o que eu sentia;
E pra ser sincero,
Perguntei se era o que eu sentia no momento ou o que vinha acontecendo.

Já que ando sentindo várias coisas por dia,


Várias mudanças de humor;
Sentimentos misantrópicos,
E impulsos homicidas.

Seguidos de vontade de ficar isolado,


Sem ouvir vozes ou barulhos;
Deitado no escuro,
Sem pensar em absolutamente nada.

192
A psiquiatra me ouviu atentamente,
Por aproximadamente oito minutos;
E partiu para outros tipos de pergunta,
Coisas familiares.

Se eu tinha contato com minha família,


Se alguém sofria de depressão;
Se alguém havia se suicidado,
E coisas do tipo.

Ela me diagnosticou com F31,


E me deu uma breve explicação;
Que na verdade eu não entendi porra nenhuma.

Ela usou termos médicos e clínicos,


Porém todos eles de forma desorganizada;
Ou, que não estavam se organizando,
No meu raciocínio.

Me passou um encaminhamento,
Para que eu procurasse um tratamento gratuito;
Dizendo ainda,
Que eu deveria insistir para conseguir o mesmo.

Pois até onde ela sabia,


Estava meio difícil de consegui-lo;
Já que a saúde mental,
Não é prioridade de quem governa.

E depois reclamam,
Quando alguém sai por aí matando sem motivos aparentes;
E dizendo que insanidade,
Não é algo para se preocupar.

Mas, no meu caso,


É bom eles abrirem os olhos;
Pois mesmo psicótico,
Eu ainda posso usar a insanidade ao meu favor.

Não me importo quem é a vitima,


Só preciso expressar minha fúria,
Transformá-la em violência,
E destruir sem piedade.

193
194
Ela me receitou de primeira,
Dois remédios;
E me instruiu,
De como deveria usá-los.

195
E pra variar,
Como de quebra;
Eu não entendi porra nenhuma de novo,
Também nem fiz questão.

196
Saí da salinha da Dra. Luciana,
E fui até outra sala;
Não sei o que “social”,
Para pegar o endereço do lugar pra onde fui encaminhado.

Uma velha feia pra cacete me atendeu,


E me passou um endereço;
Sai do hospital e fui direto para o local,
Que pra variar estava errado.

A velha maldita me mandando pra um lugar bizarro,


Onde tratavam de viciados;
Porra, eu lá tenho cara de viciado?
Devia voltar lá e dar uma surra nela.

Nesse lugar aí,


Falei com um psicólogo;
O nome dele era Fábio,
O cara era até gente boa.

Mostrei o encaminhamento pra ele,


E ele foi procurar o lugar o certo pra onde deveriam ter me mandado;
Ele achou dois endereços,
E disse que ia fazer umas ligações.

Depois de alguns minutos,


Ele me disse que não havia conseguido falar com um dos lugares;
E pediu para que eu voltasse no dia seguinte,
Pois ele gostaria de falar comigo novamente.

Me mandei pra casa do meu pai pra pegar meu carro;


Ele havia ido ao fórum com meu irmão,
Resolver uma parada,
De um acidente de moto que meu irmão teve.

Peguei a Puma e piquei a mula pra casa,


Louco pra me jogar no sofá;
Pisei fundo pra não demorar,
Estava rolando Rush na rádio.

Cheguei em casa e assisti um pouco de tv,


Fiquei lá por mais ou menos meia hora;
Resolvi vir pro trampo mais cedo,
Pra pesquisar o que era essa porra de F31.

197
Afinal,
Não existe nada que não tenha resposta;
Quando se usa a inteligência,
E claro... a internet.

A procura não foi difícil,


Era só saber onde procurar;
F31 é um termo psiquiátrico,
Para identificar uma certa doença.

F31 era conhecida como,


Psicose Maníaco-Depressiva;
Ou Transtorno Bipolar do Humor,
Hoje conhecida como Transtorno Afetivo Bipolar.

Que legal,
Bom, na verdade não foi tão legal;
Descobrir uma coisa assim,
Não fez muito bem pro meu humor.

O pior foi agüentar certas outras pressões,


De quem achou isso uma bobeira;
Ou de outros dizendo que era por causa da magia,
Mas todos se esqueceram que trabalho igual um cavalo.

E que nos últimos doze anos,


(Isso é: Desde quando comecei a trabalhar);
Eu não tirei férias,
E meu horário de trabalho é muito estendido.

Doze horas,
Das 19:00 as 07:00;
Sem descanso,
E ainda abaixaram meu salário.

Lembrando que antes de passar para a noite,


Eu trampava das 05:30 as 22:00;
Tudo dependia do humor do meu chefe,
E do quando ele conseguia suportar a família dele.

Talvez alguns títulos passados dos textos desta obra,


Encontrem sentido agora;
Lembrando também que o inicio desta obra,
Se deu meses antes da descoberta dessa doença.

198
Para entender melhor a doença,
Anexarei a seguir alguns textos;
Dos quais eu pesquisei,
Para saber do que se tratava.

TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR


(PSICOSE MANÍACO-DEPRESSIVA)

Sinônimos e nomes relacionados:

Psicose maníaco-depressiva, transtorno ou doença afetivo bipolar, incluindo tipos específicos de doenças
ou transtornos do humor, como ciclotimia, hipomania e transtorno misto do humor.

O que é a doença bipolar do humor:

O Transtorno Bipolar do Humor, antigamente denominado de psicose maníaco-depressiva, é


caracterizado por oscilações ou mudanças cíclicas de humor. Estas mudanças vão desde oscilações
normais, como nos estados de alegria e tristeza, até mudanças patológicas acentuadas e diferentes do
normal, como episódios de MANIA, HIPOMANIA, DEPRESSÃO e MISTOS. É uma doença de grande
impacto na vida do paciente, de sua família e sociedade, causando prejuízos freqüentemente irreparáveis
em vários setores da vida do indivíduo, como nas finanças, saúde, reputação, além do sofrimento
psicológico. É relativamente comum, acometendo aproximadamente 8 a cada 100 indivíduos,
manifestando-se igualmente em mulheres e homens.

O que causa a doença bipolar do humor:

A base da causa para a doença bipolar do humor não é inteiramente conhecida, assim como não o é para
os demais distúrbios do humor. Sabe-se que os fatores biológicos (relativos a neurotransmissores
cerebrais), genéticos, sociais e psicológicos somam-se no desencadeamento da doença. Em geral, os
fatores genéticos e biológicos podem determinar como o indivíduo reage aos estressores psicológicos e
sociais, mantendo a normalidade ou desencadeando doença. O transtorno bipolar do humor tem uma
importante característica genética, de modo que a tendência familiar à doença pode ser observada.

Como se manifesta a doença bipolar do humor:

Pode iniciar na infância, geralmente com sintomas como irritabilidade intensa, impulsividade e aparentes
“tempestades afetivas”. Um terço dos indivíduos manifestará a doença na adolescência e quase dois
terços, até os 19 anos de idade, com muitos casos de mulheres podendo ter início entre os 45 e 50 anos.
Raramente começa acima dos 50 anos, e quando isso acontece, é importante investigar outras causas. A
mania (eufórica) é caracterizada por:

Humor excessivamente animado, exaltado, eufórico, alegria exagerada e duradoura;

Extrema irritabilidade, impaciência ou “pavio muito curto”;

Agitação, inquietação física e mental;

Aumento de energia, da atividade, começando muitas coisas ao mesmo tempo sem conseguir
terminá-las

Otimismo e confiança exageradas;

Pouca capacidade de julgamento, incapacidade de discernir;

Idéias grandiosas;

199
Pensamentos acelerados, fala muito rápida, pulando de uma idéia para outra,tagarelice;

Facilidade em se distrair, incapacidade de se concentrar;

Comportamento inadequado, provocador, intrometido, agressivo ou de risco;

Gastos excessivos;

Desinibição, aumento do contato social, expansividade;

Aumento do impulso sexual;

Agressividade física e/ou verbal;

Insônia e pouca necessidade de sono;

Uso de drogas, em especial cocaína, álcool e soníferos.

*** Três ou mais sintomas aqui relacionados devem estar presentes por, no mínimo, uma semana;

*** a hipomania é um estado de euforia mais leve que não compromete tanto a capacidade de
funcionamento do paciente. Geralmente, passa despercebida por ser confundida com estados normais de
alegria e devem durar no mínimo dois dias.

Humor melancólico, depressivo;

Perda de interesse ou prazer em atividades habitualmente interessantes;

Sentimentos de tristeza, vazio, ou aparência chorosa/melancólica;

Inquietação ou irritabilidade;

Perda ou aumento de apetite/peso, mesmo sem estar de dieta;

Excesso de sono ou incapacidade de dormir;

Sentir-se ou estar agitado demais ou excessivamente devagar (lentidão);

Fadiga ou perda de energia;

Sentimentos de falta de esperança, culpa excessiva ou pessimismo;

Dificuldade de concentração, de se lembrar das coisas ou de tomar decisões;

Pensamentos de morte ou suicídio, planejamento ou tentativas de suicídio;

Dores ou outros sintomas corporais persistentes, não provocados por doenças ou lesões físicas.

A DEPRESSÃO, que pode ser de intensidade leve, moderada ou grave, É CARACTERIZADA POR:

*** estes sintomas manifestam-se na maior parte do tempo por, pelo menos, DUAS semanas.

O estado misto é caracterizado por:

200
Sintomas depressivos e maníacos acentuados acontecendo simultaneamente;

A pessoa pode sentir-se deprimida pela manhã e progressivamente eufórica com o passar do dia,
ou vice-versa;

Pode ainda apresentar-se agitada, acelerada e ao mesmo tempo queixar-se de angústia,


desesperança e idéias de suicídio;

Os sintomas freqüentemente incluem agitação, insônia e alterações do apetite. Nos casos mais
graves, podem haver sintomas psicóticos (alucinações e delírios) e pensamentos suicidas;

*** os sintomas devem estar presentes a maior parte dos dias por, no mínimo, uma semana.

De que outras formas a doença bipolar do humor pode se manifestar:

Existem três outras formas através das quais a doença bipolar do humor pode se manifestar, além de
episódios bem definidos de mania e depressão.

Uma primeira forma seria a hipomania, em que também ocorre estado de humor elevado e expansivo,
eufórico, mas de forma mais suave. Um episódio hipomaníaco, ao contrário da mania, não é
suficientemente grave para causar prejuízo no trabalho ou nas relações sociais, nem para exigir a
hospitalização da pessoa.

Uma segunda forma de apresentação da doença bipolar do humor seria a ocorrência de episódios mistos,
quando em um mesmo dia haveria a alternância entre depressão e mania. Em poucas horas a pessoa pode
chorar, ficar triste, sentindo-se sem valor e sem esperança, e no momento seguinte estar eufórica,
sentindo-se capaz de tudo, ou irritada, falante e agressiva.

A terceira forma da doença bipolar do humor seria aquela conhecida como transtorno ciclotímico, ou
apenas ciclotimia, em que haveria uma alteração crônica e flutuante do humor, marcada por numerosos
períodos com sintomas maníacos e numerosos períodos com sintomas depressivos, que se alternariam.
Tais sintomas depressivos e maníacos não seriam suficientemente graves nem ocorreriam em quantidade
suficiente para se ter certeza de se tratar de depressão e de mania, respectivamente. Seria, portanto,
facilmente confundida com o jeito de ser da pessoa, marcada por instabilidade do humor.

Como se diagnostica a doença bipolar do humor:

O diagnóstico da doença bipolar do humor deve ser feito por um médico psiquiátrico baseado nos
sintomas do paciente. Não há exames de imagem ou laboratoriais que auxiliem o diagnóstico. A dosagem
de lítio no sangue só é feita para as pessoas que usam carbonato de lítio como tratamento medicamentoso,
a fim de se acompanhar a resposta ao remédio.

Como se trata a doença bipolar do humor:

O tratamento, após o diagnóstico preciso, é medicamentoso, envolvendo uma classe de medicações


chamada de estabilizadores do humor, da qual o carbonato de lítio é o mais estudado e o mais usado. A
carbamazepina, a oxcarbazepina e o ácido valpróico também se mostram eficazes. Um acompanhamento
psiquiátrico deve ser mantido por um longo período, sendo que algumas formas de psicoterapia podem
colaborar para o tratamento.

É, deu pra perceber a gravidade da coisa,


Né?
Mas relaxa,
Ainda tem mais...

201
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR

O que é?
O transtorno afetivo bipolar era denominado até bem pouco tempo de psicose maníaco-depressiva. Esse
nome foi abandonado principalmente porque este transtorno não apresenta necessariamente sintomas
psicóticos, na verdade, na maioria das vezes esses sintomas não aparecem. Os transtornos afetivos não
estão com sua classificação terminada. Provavelmente nos próximos anos surgirão novos subtipos de
transtornos afetivos, melhorando a precisão dos diagnósticos. Por enquanto basta-nos compreender o que
vem a ser o transtorno bipolar. Com a mudança de nome esse transtorno deixou de ser considerado uma
perturbação psicótica para ser considerado uma perturbação afetiva.
A alternância de estados depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico
correto só será feito depois de muitos anos. Uma pessoa que tenha uma fase depressiva, receba o
diagnóstico de depressão e dez anos depois apresente um episódio maníaco tem na verdade o transtorno
bipolar, mas até que a mania surgisse não era possível conhecer diagnóstico verdadeiro. O termo mania é
popularmente entendido como tendência a fazer várias vezes a mesma coisa. Mania em psiquiatria
significa um estado exaltado de humor que será descrito mais detalhadamente adiante.
A depressão do transtorno bipolar é igual à depressão recorrente que só se apresenta como depressão, mas
uma pessoa deprimida do transtorno bipolar não recebe o mesmo tratamento do paciente bipolar.

Características:
O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo
após os 70 anos. O início pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca, iniciando
gradualmente ao longo de semanas, meses ou abruptamente em poucos dias, já com sintomas psicóticos o
que muitas vezes confunde com síndromes psicóticas. Além dos quadros depressivos e maníacos, há
também os quadros mistos (sintomas depressivos simultâneos aos maníacos) o que muitas vezes confunde
os médicos retardando o diagnóstico da fase em atividade.

Tipos:
Aceita-se a divisão do transtorno afetivo bipolar em dois tipos: o tipo I e o tipo II. O tipo I é a forma
clássica em que o paciente apresenta os episódios de mania alternados com os depressivos. As fases
maníacas não precisam necessariamente ser seguidas por fases depressivas, nem as depressivas por
maníacas. Na prática observa-se muito mais uma tendência dos pacientes a fazerem várias crises de um
tipo e poucas do outro, há pacientes bipolares que nunca fizeram fases depressivas e há deprimidos que só
tiveram uma fase maníaca enquanto as depressivas foram numerosas. O tipo II caracteriza-se por não
apresentar episódios de mania, mas de hipomania com depressão.
Outros tipos foram propostos por Akiskal, mas não ganharam ampla aceitação pela comunidade
psiquiátrica. Akiskal enumerou seis tipos de distúrbios bipolares.

Fase maníaca:
Tipicamente leva uma a duas semanas para começar e quando não tratado pode durar meses. O estado de
humor está elevado podendo isso significar uma alegria contagiante ou uma irritação agressiva. Junto a
essa elevação encontram-se alguns outros sintomas como elevação da auto-estima, sentimentos de
grandiosidade podendo chegar a manifestação delirante de grandeza considerando-se uma pessoa
especial, dotada de poderes e capacidades únicas como telepáticas por exemplo. Aumento da atividade
motora apresentando grande vigor físico e apesar disso com uma diminuição da necessidade de sono. O
paciente apresenta uma forte pressão para falar ininterruptamente, as idéias correm rapidamente a ponto
de não concluir o que começou e ficar sempre emendando uma idéia não concluída em outra
sucessivamente: a isto denominamos fuga-de-idéias.. O paciente apresenta uma elevação da percepção de
estímulos externos levando-o a distrair-se constantemente com pequenos ou insignificantes
acontecimentos alheios à conversa em andamento. Aumento do interesse e da atividade sexual. Perda da
consciência a respeito de sua própria condição patológica, tornando-se uma pessoa socialmente
inconveniente ou insuportável. Envolvimento em atividades potencialmente perigosas sem manifestar
preocupação com isso. Podem surgir sintomas psicóticos típicos da esquizofrenia o que não significa uma
mudança de diagnóstico, mas mostra um quadro mais grave quando isso acontece.

202
Fase depressiva:
É de certa forma o oposto da fase maníaca, o humor está depressivo, a auto-estima em baixa com
sentimentos de inferioridade, a capacidade física esta comprometida, pois a sensação de cansaço é
constante. As idéias fluem com lentidão e dificuldade, a atenção é difícil de ser mantida e o interesse
pelas coisas em geral é perdido bem como o prazer na realização daquilo que antes era agradável. Nessa
fase o sono também está diminuído, mas ao contrário da fase maníaca, não é um sono que satisfaça ou
descanse, uma vez que o paciente acorda indisposto. Quando não tratada a fase maníaca pode durar meses
também.

Exemplo de como um paciente se sente:


...Ele se sente bem, realmente bem..., na verdade quase invencível. Ele se sente como não tendo limites
para suas capacidades e energia. Poderia até passar dias sem dormir. Ele está cheio de idéias, planos,
conquistas e se sentiria muito frustrado se a incapacidade dos outros não o deixasse ir além. Ele mal
consegue acabar de expressar uma idéia e já está falando de outra numa lista interminável de novos
assuntos. Em alguns momentos ele se aborrece para valer, não se intimida com qualquer forma de
cerceamento ou ameaça, não reconhece qualquer forma de autoridade ou posição superior a sua. Com a
mesma rapidez com que se zanga, esquece o ocorrido negativo como se nunca tivesse acontecido nada.
As coisas que antes não o interessava mais lhe causam agora prazer; mesmo as pessoas com quem não
tinha bom relacionamento são para ele amistosas e bondosas.

Sintomas (maníacos):
Sentimento de estar no topo do mundo com um alegria e bem estar inabaláveis, nem mesmo más notícias,
tragédias ou acontecimentos horríveis diretamente ligados ao paciente podem abalar o estado de humor.
Nessa fase o paciente literalmente ri da própria desgraça.
Sentimento de grandeza, o indivíduo imagina que é especial ou possui habilidades especiais, é capaz de
considerar-se um escolhido por Deus, uma celebridade, um líder político. Inicialmente quando os
sintomas ainda não se aprofundaram o paciente sente-se como se fosse ou pudesse ser uma grande
personalidade; com o aprofundamento do quadro esta idéia torna-se uma convicção delirante.
Sente-se invencível, acham que nada poderá detê-las.
Hiperatividade, os pacientes nessa fase não conseguem ficar parados, sentados por mais do que alguns
minutos ou relaxar.
O senso de perigo fica comprometido, e envolve-se em atividade que apresentam tanto risco para
integridade física como patrimonial.
O comportamento sexual fica excessivamente desinibido e mesmo promíscuo tendo numerosos parceiros
num curto espaço de tempo.
Os pensamentos correm de forma incontrolável para o próprio paciente, para quem olha de fora a grande
confusão de idéias na verdade constitui-se na interrupção de temas antes de terem sido completados para
iniciar outro que por sua vez também não é terminado e assim sucessivamente numa fuga de idéias.
A maneira de falar geralmente se dá em tom de voz elevado, cantar é um gesto freqüente nesses
pacientes.
A necessidade de sono nessa fase é menor, com poucas horas o paciente se restabelece e fica durante todo
o dia e quase toda a noite em hiperatividade.
Mesmo estando alegre, explosões de raiva podem acontecer, geralmente provocadas por algum motivo
externo, mas da mesma forma como aparece se desfaz.
A fase depressiva
Na fase depressiva ocorre o posto da fase maníaca, o paciente fica com sentimentos irrealistas de tristeza,
desespero e auto-estima baixa. Não se interessa pelo que costumava gostar ou ter prazer, cansa-se à-toa,
tem pouca energia para suas atividades habituais, também tem dificuldade para dormir, sente falta do
sono e tende a permanecer na cama por várias horas. O começo do dia (a manhã) costuma ser a pior parte
do dia para os deprimidos porque eles sabem que terão um longo dia pela frente. Apresenta dificuldade
em concentra-se no que faz e os pensamentos ficam inibidos, lentificados, faltam idéias ou demoram a ser
compreendidas e assimiladas. Da mesma forma a memória também fica prejudicada. Os pensamentos
costumam ser negativos, sempre em torno de morte ou doença. O apetite fica inibido e pode ter perda
significativa de peso.

203
Generalidades:
Entre uma fase e outra a pessoa pode ser normal, tendo uma vida como outra pessoa qualquer; outras
pessoas podem apresentar leves sintomas entre as fases, não alcançando uma recuperação plena. Há
também os pacientes, uma minoria, que não se recuperam, tornando-se incapazes de levar uma vida
normal e independente.
A denominação Transtorno Afetivo Bipolar é adequada? Até certo ponto sim, mas o nome supõe que os
pacientes tenham duas fases, mas nem sempre isso é observado. Há pacientes que só apresentam fases de
mania, de exaltação do humor, e mesmo assim são diagnosticados como bipolares. O termo mania
popularmente falando não se aplica a esse transtorno. Mania tecnicamente falando em psiquiatria
significa apenas exaltação do humor, estado patológico de alegria e exaltação injustificada.
O transtorno de personalidade, especialmente o borderline pode em alguns momentos se confundir com o
transtorno afetivo bipolar. Essa diferenciação é essencial porque a conduta com esses transtornos é
bastante diferente.

Qual a causa da doença?


A causa propriamente dita é desconhecida, mas há fatores que influenciam ou que precipitem seu
surgimento como parentes que apresentem esse problema, traumas, incidentes ou acontecimentos fortes
como mudanças, troca de emprego, fim de casamento, morte de pessoa querida.
Em aproximadamente 80 a 90% dos casos os pacientes apresentam algum parente na família com
transtorno bipolar.

Como se trata?
O lítio é a medicação de primeira escolha, mas não é necessariamente a melhor para todos os casos.
Freqüentemente é necessário acrescentar os anticonvulsivantes como o tegretol, o trileptal, o depakene, o
depakote, o topamax.
Nas fases mais intensas de mania pode se usar de forma temporária os antipsicóticos. Quando há sintomas
psicóticos é quase obrigatório o uso de antipsicóticos. Nas depressões resistentes pode-se usar com muita
cautela antidepressivos. Há pesquisadores que condenam o uso de antidepressivo para qualquer
circunstância nos pacientes bipolares em fase depressiva, por causa do risco da chamada "virada
maníaca", que consiste na passagem da depressão diretamente para a exaltação num curto espaço de
tempo.
O tratamento com lítio ou algum anticonvulsivante deve ser definitivo, ou seja, está recomendado o uso
permanente dessas medicações mesmo quando o paciente está completamente saudável, mesmo depois de
anos sem ter problemas. Esta indicação se baseia no fato de que tanto o lítio como os anticonvulsivantes
podem prevenir uma fase maníaca poupando assim o paciente de maiores problemas. Infelizmente o uso
contínuo não garante ao paciente que ele não terá recaídas, apenas diminui as chances disso acontecer.
Pacientes hipertensos sem boa resposta ao tratamento de primeira linha podem ainda contar com o
verapamil, uma medicação muito usada na cardiologia para controle da hipertensão arterial que apresenta
efeito anti-maníaco. A grande desvantagem do verapamil é ser incompatível com o uso simultâneo do
lítio, além da hipotensão que induz nos pacientes normotensos

Quando parei e analisei,


Essas informações;
Pude perceber,
Que sofro de alguns desses sintomas.

O pior a dizer é:
Fiquei encanado com isso;
Minha fase maníaca,
Começou a dar lugar para a depressiva.

E isso não é nada bom,


Pois eu acabo ficando mais chato ainda;
E coloco cada vez mais,
204
Minha misantropia em ação.

Pelo menos vejo um lado bom nisso,


E claro que tinha que ter;
Eu não tenho tendência suicida,
A minha é homicida.

E se eventualmente,
Eu mutilar alguém por aí;
Eu posso colocar a culpa na doença,
Hahahahahah.

205
Outra coisa boa nisso tudo,
É que eu já havia começado a escrever esta obra;
Intimidade da Insanidade,
Será uma obra bem mais realista agora.

Eu iria finalizar a obra em breve,


Já que tem alguns textos que ainda não passei para o livro;
Coisas que eu havia deixado para o final,
E a introdução para a próxima obra.

Porém com esses novos acontecimentos,


Esta obra se estenderá por mais algumas dezenas de páginas;
Tornando o pesadelo de você leitor,
Ainda mais aterrorizador.

Amanhã é dia 30 de setembro,


Terei de voltar a conversar com o Fábio pela manhã;
Com certeza,
À noite terei novas histórias.

Esperem até lá,


E por enquanto, vão curtindo um material que já estava pronto;
Algumas insanidades escritas,
Antes de descobrir que estava realmente insano.

206
MARQUINHA DE BIQUINI

Nada mais perfeito,


Que uma garota bonita;
Corpo escultural,
Convite para o pecado.

Odeio o sol,
Mas de alguma forma até gosto da praia;
Tem cheiro de luxúria,
E mulher quase pelada.

Minha cabeça voa longe,


Arrancando o biquíni com os dentes;
Uma linda pintura,
Aquela marca deixada na pele.

Tiras nas laterais,


O triangulo atrás e na frente;
Pele bronzeada,
Sexo cru.

O contraste me fascina,
Entre o branco e o queimado;
É apenas mais um tempero,
Para o nosso doce pecado.

207
MOLHADA

Ela sugava minha língua,


Como se há mil anos não beijasse;
Me segurava com força,
Para que eu não escapasse.

Trazia seu corpo junto ao meu,


Eu sentia sua pele quente;
Minhas mãos percorriam o corpo dela,
Loucas, sem direção.

O jeans dela era apertado,


Definia bem seu corpo;
Meus dedos deslizavam por entre suas coxas,
Eu sentia sua calça úmida.

Corremos dali,
Fomos para um motel;
Chegamos no quarto quase nus,
O tesão era demais.

Ela estava encharcada,


Era difícil ver alguém assim;
Molhada, gostosa,
Ali, só para mim.

208
EU

Perdido nas loucuras do dia a dia,


Nem sou tão louco assim;
Meus hábitos são até normais,
Quando estou sendo observado.

Minha paixão pela música,


Fotografia e pintura;
Aeromodelismo,
Cinema e literatura.

Gosto de um bom vinho,


E de cuidar das minhas serpentes;
Arrumar os meus brinquedos,
E minha coleção de facas.

Nem vejo a hora passar,


Sentado no sofá;
Com a cabeça vagando,
Pensando em alguma safadinha.

Adoro piadas,
Mas as minhas são sem graça;
A não ser quando sou sarcástico,
E a graça é toda minha.

Eu apenas me perco... Na loucura do dia a dia.

209
PELA 666.000.000.0001 VEZ

Hahahah, eu não tenho jeito,


Aconteceu de novo;
Mais uma vez apaixonado,
Por uma artista de tv.

Mais um filme,
Mais uma paixão;
Amber Heard é o nome dela,
Do filme “Quebrando as Regras”

Loira tesão,
Mulher destruição;
Do jeito que gosto,
Mais uma pra coleção.

Até quando serei fiel a ela eu não sei,


Mas agora, ela é tudo o que eu quero ter;
Até encontrar outra paixão,
Ou outro filme parar na minha mão.

210
HOMEM SOLITÁRIO

Por muitas vezes eu vi a lua crescer,


Por muitas vezes eu vi o sol nascer;
Porém eu nunca me esqueço,
De como o vento me faz viver.

Eu me entreguei à escuridão,
Me joguei no abismo da solidão;
Escolhi minha forma de viver,
Uma outra forma de sofrer.

Melhor só do que mau acompanhado;


Prefiro sofrer apenas por mim;
Sem ter que pensar,
No que ou em quem está aqui.

Não vejo sombras nos meus passos,


Não tenho ninguém a me seguir;
Se eu me jogar num buraco,
Vou sozinho até o fim.

Escolhi ser um homem solitário,


Seguindo num destino sem fim;
Indo pra onde o vento me levar,
Relaxando com os lobos a uivar.

Atravesso a escuridão,
Passo a passo, sem perder a direção;
Sei onde quero e devo chegar,
Mas só a mim isso vai importar.

Não me importo mais com a chuva,


Apenas sigo a luz da lua;
Como numa floresta vazia,
Uma serpente que intimida.

Perdido em sonhos nefastos,


Em luxúrias profanas;
Me deito num aposento escuro,
No lugar onde as velas queimam.

211
HORIZONTE INVISÍVEL

Sou apenas um homem solitário,


Perdido nessa estrada;
Procurando por um sonho,
Que perdi na madrugada.

O sol já não brilha pra mim,


Faço questão não olhar para trás.
Eu piso fundo e desapareço,
Nesse horizonte invisível.

A noite me agrada,
Traz com ela a minha risada;
Entre um copo e outro,
Eu brindo na encruzilhada.

E o tempo vai passando,


E tudo vai ficando para trás;
Eu vou apenas seguindo,
Nesse horizonte invisível.

Sou um homem solitário,


Que decidiu continuar;
Pisando fundo nessa estrada,
Nunca pensando em parar.

212
MEU VAZIO

Meu vazio eu preencho com conhecimento,


Com música,
Arte,
E sexo.

Quando a mente não pára de trabalhar,


Eu sempre tenho o que fazer;
Não fico morgando, parado,
Esperando acontecer.

A música me preenche,
Me faz enlouquecer;
Um bom livro me atrai,
Conhecimento é poder.

Pinto meus quadros,


Como hobby de lazer;
Fotografo bastante,
Paixão difícil de entender.

Piso fundo na estrada,


O vento me faz viver;
Piloto meu aeromodelo,
Me dá satisfação e muito prazer.

Acendo meu cigarro,


Tomo uma cerveja;
Me reúno com a irmandade,
Tudo isso me faz entender.

O quanto eu tenho,
Perto de você;
Que é um derrotado,
Um inútil ser.

Me divirto com as garotas,


Algo muito bom de se fazer;
Sexo é o meu esporte,
Também é o meu lazer.

Componho,
E faço acontecer;
213
Algo que você,
Nunca vai poder fazer.

Faço parte de um grupo de poucos,


Lúcifer nos deu poder;
Somos mestres nas artes,
Isso faz nosso sangue correr.

Me orgulho de ser quem eu sou,


De ser como sou;
De viver o que vivo,
Com paixão e fervor.

Em mim não há vazio,


Que não possa ser preenchido;
Me entrego às artes,
Ou a algum sonho pervertido.

Vivo, porém existo,


Sou muito mais que isso;
Deixo tudo acontecer,
Adoro imprevistos.

E se alguma coisa vai mau,


Minha sabedoria me deixa saber;
Meus mestres me avisam,
Quando é hora de resolver.

Eu purifico através do fogo,


Da dor e do prazer;
Faço arte com a arte,
Meu instinto de viver.

Seja numa escritura,


Ou numa fotografia;
Numa música,
Ou num curta-metragem.

Minha arte nunca vai morrer,


Como num quadro antigo;
Os olhos podem apenas ver,
A minha liberdade é algo que sempre vai florescer.

214
SEU VAZIO

...

...

...

...

...

Seu vazio nunca vai se preencher.

215
HISTERIA

Meus olhos ficaram fixos em nela,


Dentro de mim eu sabia;
Não iria me dar por vencido,
Se não a possuísse.

Ela parecia uma princesa,


Rosto delicado;
Corpo feito para o pecado.

O cheiro dela me deixava louco,


Eu não agüentaria nem mais um pouco;
Logo me aproximei e dei o bote,
Abracei-a como uma python forte.

Ela tinha seios adoráveis,


Corpo aconchegante;
Sexo quente.
216
A princesa na verdade era uma bruxa,
De virgem passou à prostituta;
Isso me deixava louco,
Eu sempre queria mais um pouco.

Ela sabia como fazer,


Em um olhar me fazia perecer;
Com um toque fazia meu pau endurecer.

Ela havia sido feita pra mim,


Garota maldosa, tesão sem fim;
Usava seu corpo como arma,
Me jogava na cama e me fuzilava.

Quando queria,
Ninguém a segurava;
Fosse onde fosse,
Ela me sugava.

Me deixava louco,
Me chamava de tara;
E eu possuía seu corpo,
Como uma jóia rara.

217
AR SEDUTOR

Às vezes acontecem coisas sem explicação,


Como naquela tarde;
Feitiço do olhar,
Atração fatal.

Eu estava caminhando,
O shopping estava cheio;
Minha intenção não demorar demais,
Fui apenas comprar tela e tinta.

Bateu vontade de comer alguma coisa,


Então subi até a praça de alimentação;
Pedi um sanduíche qualquer,
Apenas para enganar o estomago.

As mesas estavam cheias,


E pelo jeito ninguém iria terminar tão rápido;
Odeio ter que dividir mesa com desconhecidos,
Mas não havia outra maneira.

Foi quando avistei uma mesa para duas pessoas,


E nela, apenas uma garota sentada;
Fui me aproximando,
E quando percebi o quanto ela era bonita já estava quase sentado.

Muito educado como de costume,


218
(Quando não estou querendo matar alguém);
Pedi licença para me sentar,
E ela respondeu com um: Fique a vontade.

Fiz uma tentativa de puxar conversa,


- Tentativa aceita;
Mas de repente não consegui me segurar,
E encostei minha perna na dela por baixo da mesa.

Ela respondeu ao meu avanço comum sorriso,


Logo pensei: ‘Tá na rede;
E num momento oportuno,
A bela surtou.

E me chamou para ir até a casa dela qualquer dia,


Sem perder tempo aceitei o convite;
E respondi que iria quando ela quisesse,
E ela perguntou: Agora?

Pra mim tudo bem,


Seja lá o que aconteça;
Não iria perder nenhum momento,
De bônus de tempo a mais com ela.

Logo fomos nos levantando,


E indo em direção às escadas rolantes;
Eu disse que estava de carro,
Então preferimos o elevador.

Por sorte infernal,


Ou mão de Asmodeus;
Entramos sozinhos no elevador,
Apenas esperando o fechamento das portas.

Ela me olhou,
Com olhar de fome;
E eu já estava faminto,
Queria ela ali mesmo.

As portas se fecharam,
E num momento violento;
Nossos corpos se chocaram,
Num encontro caótico.

219
Entre saliva e gemidos,
Os segundos seguintes foram mágicos;
Pena que esses elevadores,
Se locomovem rápido demais.

Pulamos na Puma,
E eu sugeri minha casa;
Mas ela autoritária,
Preferiu a dela.

No caminho,
Nossas mãos se perdiam;
Dois loucos excitados,
Não se agüentando mais.

O percurso foi curto,


E da garagem direto para o quarto;
Com ar sedutor ela ordenou,
Para que eu a beijasse.

Minha língua se perdeu naquela boca,


Já não conseguia mais agüentar;
Nem sei como perdemos as roupas,
Mas ali o mundo podia parar.

Samanta era o nome dela,


Nome de bruxa, do jeito que eu gosto;
Garota sedução,
Uma Pomba-Gira em ação.

Maluca, fogosa,
Uma garota em extinção;
Ah se todas fossem assim,
Como eu iria adorar.

Ela adorava se mostrar,


Fazia questão de se insinuar;
Mandou eu aproveitar,
Pois não haveria outra vez.

Molhada, excitada,
E eu morrendo de tesão;
A cada vez que eu estocava,
Mais louco eu ficava.

220
Nossos corpos suados,
Se tornavam um;
Numa dança frenética,
De prazer e perversão.

Sexo selvagem,
Animal;
Sem limites,
Destruindo barreiras.

Ela gozava como louca,


Encharcava a cama;
Aquilo mexia com minha cabeça,
Me deixava louco.

Quente, molhada e gostosa,


Eu não me cansava nem um pouco;
Ela gemia e gritava,
Ecoava o quarto todo.

221
Eu já não me agüentava,
Estava a ponto de explodir;
Aproveitei que ela estava deitada,
E ejaculei em seus belos seios.

222
LEMBRANÇAS DE UM BEIJO

Obscuro quarto,
Onde me abraçou;
Estranho sentimento,
Solidão à dois.

Magia e sedução,
Envolvem seu olhar;
Me levam daqui,
Não quero acordar.

Quentes lábios,
Que me roubam a alma;
Nessa noite de agonia,
Seu corpo se vai.

Saudade infinita,
Nessa estrada maldita;
A vida se torna fria,
Obscura e solitária.

Sonho despedaçado,
Coração congelado;
Lembranças de um beijo,
Que me deixou condenado.

223
PAREÇO CONGELADO

Pareço congelado,
Nesse lugar de frio eterno;
Mr. Freeze parece imaginário,
Perto do que é real.

Trancado nesse bloco de gelo,


Como prisioneiro eterno;
Conseqüência de minhas escolhas,
Enterradas no esquecimento.

O outro lado do aquário,


Peixe aprisionado;
O lado escuro da vida,
Sozinho, enjaulado.

Faz frio aqui na solidão,


A escuridão se torna geada;
Tempestade interior,
Sinto muito frio.

Pareço congelado,
Nesse lugar de frio eterno;
Mr. Freeze parece imaginário,
Perto do que é real.

O outro lado do aquário,


Peixe aprisionado;
O lado escuro da vida,
Sozinho, enjaulado.

Trancado nesse bloco de gelo,


Como prisioneiro eterno;
Conseqüência de minhas escolhas,
Enterradas no esquecimento.

Faz muito frio aqui na solidão,


A escuridão se torna geada eterna;
Tempestade interior desesperada,
Ainda sinto muito frio.

224
ENCRUZILHADA

Sigo esse caminho,


Perdido em meu destino;
Não é tão fácil assim ser solitário,
Às vezes carrego um buraco negro.

Vejo o sol se pôr,


E a mãe Lua surgir;
Meus olhos estão cansados,
Minha ferida nunca se fecha.

Sinto meu sangue quente,


Escorrer pelo meu peito;
A solidão me sufoca,
Não é tão fácil de agüentar.

Mas sei que em alguma encruzilhada da vida,


Encontrarei alguém;
E esse alguém será perfeito,
E completará o meu destino.

Seguirá comigo minha estrada,


Beberá da minha taça;
Compartilhará o sangue,
Será minha comparsa.

Se perderá comigo em noites sem fim,


Onde a lua brilhará sem trégua;
Será o meu prazer,
A minha orgia.

A mulher perfeita da minha hierarquia,


De silhueta sedutora e cabelos longos;
Parte central da minha encruzilhada,
Da encruzilhada da minha vida.

O ponto de transcendência,
O fator x;
Antídoto para o meu veneno,
Sombra na minha escuridão.

225
MAIS QUE PERFEITA

Narcisismo não é um defeito,


Talvez seja a resposta da questão;
Quem não gosta do que é belo?
Quem não sente tesão?

Mais que perfeita,


Mexia com a imaginação;
Sonho de consumo,
Gostosa para ser consumida.

Rosto de anjo perverso,


Olhar penetrante;
Exalava luxúria,
Charme delirante.

Seios avantajados,
Redondos e salientes;
Cabelos cor de sol,
Lábios muito quentes.

Templo de pecado,
Sem pudor algum;
E eu como renegado,
Me entrego sem remorso nenhum.

226
RAINHA DOS CEMITÉRIOS

Que teu poder se faça presente,


Grande Rainha do reino da morte;
Adentro o teu reino,
Sem medo do açoite.

Segure teus cães de guarda,


Para que eu me aproxime do teu trono;
Vou lhe entregar tuas oferendas,
Da forma que tu mereces.

Dama malévola que reina nos cemitérios,


Venho lhe ofertar minha devoção;
E em troca de meus serviços,
Peço-lhe apenas proteção.

227
ROUBE MINHA ALMA

Prenda-me na cama,
Use algemas e correntes;
Suba em cima de mim,
Imobilize-me.

Deixe-me louco,
Rasgue a pele;
Perfure minha carne,
Faça-me sangrar.

Sente-se em meu rosto,


Afogue-me em você;
Roube minha alma,
Aproveite-se do meu corpo.

Hipnotize-me,
Faça-me obedecer;
Chicotei-me,
Faça-me sofrer.

Roube meu orgasmo,


Roube meu beijo;
Roube minha alma,
Roube minha vida.

228
NOS PORTÕES DO CEMITÉRIO

Noite fria,
Tudo escuro;
Apenas a lua no céu.

Os uivos são ouvidos de longe,


São as lamentações das almas;
Os gritos de pavor.

São a caça,
Do povo do cemitério,
O povo das almas.

Ao povo da calunga se deve saudação,


Não se entra na calunga sem pedir proteção;
É nos portões do cemitério que as honrarias são feitas.

Laroyê Falange do cemitério,


Peço proteção à Omulú;
Sabedoria à Próculo.

João Caveira espera no portão,


Segurando o crânio,
E o tridente na mão.

229
TORTURA PONTIAGUDA

Mãos atadas,
Acorrentadas, algemadas;
Pura perversão,
Somos pervertidos então...

Você sente o corpo estremecer,


Num pico de êxtase e dor;
Grito de pavor,
Que se transforma em satisfação.

Lágrimas salgadas,
De medo e de tesão;
Teu gozo escorre pelas pernas,
Até chegar ao chão.

As agulhas perfuram teus mamilos,


Na horizontal e na vertical;
Mas é na transversal,
Que teus olhos se perdem no além.

Cada vez grita mais forte,


Mais alto, mais apavorada;
As agulhas perfuram os grandes lábios,
De um lado para o outro.

Olhe para o lado,


Sua irmã já se entregou;
Ela geme como uma cadela no cio,
Pedindo mais e mais.

Ela se transportou a um outro mundo,


Um universo paralelo;
Onde o prazer e a dor,
Unem-se num único ato.

Suas pernas tremem,


Posso sentir seus calafrios;
Cada músculo vaginal se contrai,
Num orgasmo sem fim.

Mesmo que sua mente não permita,


Seu corpo não pode resistir;
230
Ele fala por si próprio,
Não tem pudor ao reagir.

Você escorre cada vez mais,


Nunca ficou tão excitada assim;
Seu suco vaginal,
Formas poças embaixo de ti.

Minha missão está completa,


Não tenho mais o que fazer aqui;
Basta você abrir sua mente,
Deixar seu corpo reagir.

Entrego-lhe nas mãos dos meus discípulos,


Eles continuarão sua purificação;
Aconselho-te que se entregue,
Pois eles ainda são aprendizes.

A tortura pontiaguda,
É uma antiga arte de prazer;
Prazer ou dor?
Tudo depende de você.

231
30/09/2009

Manhã de quarta-feira,
Saí do trampo;
Passei em casa, tomei um banho,
E fui pra Ermelino Matarazzo.

Eu tinha que ir lá falar com o Fábio novamente,


E saber se ele descobriu o lugar certo pra me mandar;
Já que lá no Caps dele,
Eles tratam de viciados e afins.

Passei na casa do meu pai pra deixar a Puma,


Não gosto de deixá-la estacionada na rua;
Pra variar, ele me deu uma canseira,
E quis ir junto pra encher o saco.

Chegamos no Caps,
E pedi para chamarem o Fábio;
Que também me deu um chá de cadeira,
Aparecendo somente depois de uns quinze minutos.

Ele nos chamou para uma sala mais restrita,


E fez a besteira de perguntar pro meu pai como eu era;
E pra variar,
Ele falou um monte de babozeiras.

Falou um monte de merda que não tinha nada haver,


Como: Que eu era rebelde;
Que morava sozinho porque queria, pois não havia necessidade,
Que eu não ouvia conselhos de ninguém...

- Isso começou a me stressar...

- E pelo jeito ao Fábio também...

Até que o infeliz,


Tem que dar a brecha e falar a pior merda de todas:
-Porque eu acho que quem não tem religião,
Só pode ter esses problemas mesmo...

“Cara, fiquei possesso”.

232
Mas quando eu ia dar aquela minha típica resposta:
“-Vai tomar no seu cú...”
O Fábio foi mais rápido,
E disse que religião não tinha nada haver com o problema.

“Mas porra... Eu tenho religião.


Não tenho culpa que a minha religião,
É mais forte,
E sincera que a do meu pai”.

O Fábio teve a ótima atitude,


De mandar meu pai sair da sala... Hahahahaha;
E assim,
Ele me falou qual seria a procedência a ser tomada.

Dali ele me enviou para um outro local,


Onde eu falaria com outro psiquiatra;
Ele me passou o endereço,
E pediu para que eu fosse imediatamente.

Sai da sala, e encontrei o boca aberta,


(Ele é legal, mas é um cristão bitolado e chato,
Que fala pra caralho e não segue porra nenhuma do que ele fala.
Acha que rezar lá de qualquer jeito resolve alguma bosta.);

Subimos de nova até a casa do meu pai,


Porque ele encarnou que ia me dar uma carona até o outro médico;
Mas como ele tava meio encucado com o registro da arma dele,
Ele deu uma vacilada e subiu no quarto dele pra procurar.

Aproveitando o vacilo do velho,


Eu piquei a mula;
Pois eu não tava nada afim de deixar ele ir atrás,
Pra falar alguma merda de novo.

Então...
Fui atrás do que me interessava;
Meio longe,
Mas ainda tenho boas pernas.

Desliguei meu celular,


E encarei a caminhada;
Subidas e descidas,
E ainda fiquei de olho na mulherada.

233
Enfim cheguei ao meu destino,
Peguei uma senha e esperei ser atendido;
Só tinha uma velha louca na minha frente,
Aquela ali já ‘tava fazendo hora extra na Terra.

Não demorou muito e o cara me chamou,


Dr. Luciano, o bambambam lá da parada;
O cara era uma mistura de Professor Pardal,
Com Jim Carey.

O cara me fez sentar e perguntou uma pancada de coisa,


Na maioria, as mesmas que a Dra. Luciana;
(Zica da porra... Dra. Luciana, Dr. Luciano,
Acho que isso deve ser pseudo de psiquiatra).

Mas o cara foi mais além,


Abriu a carcaça e mandou o corvo comer;
Caí direitinho na cilada,
Acho que me ferrei.

O cara nem vacilou,


Nem me mostrou onde queria chegar;
E eu odeio ser enganado,
Ainda vou pôr fogo no carro dele, heheheh...

Minha sorte é que eu não falo demais,


Consegui segurar as piores coisas;
Coisas que só minha mente pode pensar,
Coisas que vocês descobrem pouco a pouco nesse livro.

Chegando ao ponto de interesse,


O Dr. Luciano me diagnosticou com dois sub-casos do F31;
O cara queria me internar por F31.2,
E por F31.6.

Reclusão, Internação?
Será que estou tão mau assim?
Até uns dias atrás,
Eu ainda me achava normal... Hahahah...

Tratamento intensivo,
Distúrbio de personalidade;
Psicose Maníaco-Depressiva,
Será que também sou maníaco sexual?

234
Não sei se eu pioro a cada dia,
Ou se os médicos que pioram meu diagnóstico;
Tudo está ficando mais louco a cada momento,
Menos eu.

235
Notas:
F31.2 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco com sintomas psicóticos:

Episódio atual correspondente à descrição de um episódio maníaco com sintomas psicóticos (F30.2),
tendo ocorrido, no passado, ao menos um outro episódio afetivo
(hipomaníaco, maníaco, depressivo ou misto).

Adendo - F30.2 Mania com sintomas psicóticos:

Presença, além do quadro clínico descrito em F30.1, de idéias delirantes (em geral de
grandeza) ou de alucinações (em geral do tipo de voz que fala diretamente ao sujeito) ou de
agitação, de atividade motora excessiva e de fuga de idéias de uma gravidade tal que o sujeito
se torna incompreensível ou inacessível a toda comunicação normal.
Estupor maníaco

Mania com sintomas psicóticos:


· congruentes com o humor
· incongruentes com o humor

Adendo - F30.1 Mania sem sintomas psicóticos:


Presença de uma elevação do humor fora de proporção com a situação do sujeito, podendo
variar de uma jovialidade descuidada a uma agitação praticamente incontrolável. Esta elação
se acompanha de um aumento da energia, levando à hiperatividade, um desejo de falar e uma
redução da necessidade de sono. A atenção não pode ser mantida, e existe freqüentemente uma
grande distração. O sujeito apresenta freqüentemente um aumento do auto-estima com idéias
de grandeza e superestimativa de suas capacidades. A perda das inibições sociais pode levar a
condutas imprudentes, irrazoáveis, inapropriadas ou deslocadas.

F31.6 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual misto:

Ocorrência, no passado, de ao menos um episódio afetivo maníaco, hipomaníaco ou


misto bem documentado, e episódio atual caracterizado pela presença simultânea de
sintomas maníacos e depressivos ou por uma alternância rápida de sintomas maníacos e
depressivos.
Exclui:
episódio afetivo misto isolado (F38.0)

É...
A coisa está piorando cada vez mais;
Nem sei onde vai parar,
Mas sei que antes de qualquer coisa,
Esta obra eu vou terminar.

Será que Intimidade da Insanidade,


Vai acabar virando o Diário de um Louco?
Eis uma pergunta para a qual,
Eu não sei a resposta.

Hahahahah...

236
PIADA SEM GRAÇA

Existem pessoas,
Que guardam o seu mal dentro de si mesmas;
Que se seguram até o ponto de explodir,
Uma bomba relógio travada no último segundo.

Qualquer toque ou movimento,


Pode detonar a carga explosiva;
E a brincadeira às vezes acaba,
Sem ao menos ter começado.

Como diz o velho ditado:


“Nem todo palhaço gosta de fazer rir”;
Talvez por isso,
Muitas pessoas sofram de coulrofobia.

O medo de palhaços,
Faz sentido;
Pois no final da graça,
A piada é você.

A maquiagem esconde a face,


O sorriso pode ser letal;
Psicopata por baixo do nariz vermelho,
Uma piada sem graça.

237
ME FAÇA SUAR

Vem, me faça suar,


Quero me perder nesse seu corpo;
Vem, me faça gozar,
Quero gozar nesse seu corpo.

Vem, não me deixa assim,


Você sabe que consegue tudo de mim.

Vai, se mostra assim,


Faz o tesão tomar conta de mim.

Vem, me joga na cama,


Faz com eu passe a te observar;
Vem, me morde e me arranha,
Faz com eu não possa me agüentar.

Vem, me faça suar,


Quero me perder nesse seu corpo;
Vem, me faça gozar,
Quero gozar nesse seu corpo.

238
Vem, se jogue em mim,
Não deixe nunca mais eu te largar;
Vem, me molhe assim,
Só você me faz suar.

Vem, não me deixa assim,


Você sabe que consegue tudo de mim.

Vai, se mostra assim,


Faz o tesão tomar conta de mim.

Eu quero me perder no seu corpo,


E não me encontrar nunca mais;
Você sabe que eu fico louco,
Quando nua você posa pra mim.

Minhas mãos querem te percorrer,


A minha boca te saborear;
No meu suor quero sentir você,
Então vem, e me faça suar.
239
Você é o veneno que me deixa louco,
O vinho que eu não posso parar de beber;
Varando noites e perdendo o sono,
O meu maior vício é você.

Seios perfeitos que cabem direitinho na boca,


Depiladinha para o meu prazer;
Vou te prender e vou te deixar louca,
Você é minha não vou te perder.

Vem, não me deixa assim,


Você sabe que consegue tudo de mim.

Vai, se mostra assim,


Faz o tesão tomar conta de mim.

Vem, me faça suar,


Se prenda em mim pra nunca mais largar.

Vai, nem pense na roupa,


Rasgue, suje, use pra me agarrar.

Vem, me joga no chão,


Cavalgue em mim, sem parar pra pensar.

240
Eu quero me perder no seu corpo,
E não me encontrar nunca mais;
Você sabe que eu fico louco,
Quando nua você posa pra mim.

Cabelos negros,
Corpo bronzeado;
Bem torneado,
Feita toda pra mim.

O dia passa e a noite vem,


O mundo não pára de girar;
Olhos acesos,
Enxergando bem.

Você suando e me fazendo suar,


É pura química que rola pelo ar;
Que eu espero nunca acabar,
E quando a última luz se pagar...

Você vem e faz suar.

241
SOBRE CASAMENTO

Casamento é coisa de louco,


Mas mesmo estando louco eu ‘tô correndo;
Mil motivos para nunca se casar,
Mil cervejas para me embebedar.

Mulheres se casam de branco,


Pois o casamento para elas é uma luz;
Homens se casam de preto,
Pois o casamento é a morte.

Nunca ninguém percebeu isso,


Mas nós homens nos casamos com a roupa do enterro;
Muitos usarão um terno em apenas duas ocasiões,
No seu próprio casamento e no se próprio velório.

?Alguém já percebeu o que acontece quando o noivo,


Entra na igreja?
Ele vê uma luz brilhante bem ao fundo perto do altar;
Dizem que é a mesma luz que se vê ao morrer.

Sem contar,
Que logo no primeiro dia conjugal,
A mulher já faz o homem de idiota;
E o faz esperar incessantemente.

Ou alguém aí já viu uma noiva chegar na hora certa?


Claro que não,
Elas sempre se atrasam,
Parece um fardo, uma sina.

Casar pro homem é suicídio,


Pra mulher é como nascer de novo;
Pro homem é se jogar num precipício,
Pra mulher é encontrar o caminho da luz.

Sentença:
Casamento ou a morte?
E afinal,
Tem alguma diferença?

Hahahahah,
Pra mim não tem nenhuma;
242
Acho que por isso sou solteiro,
E vou morrer assim.

Me ferrar por me ferrar,


Antes que seja só;
Pelos menos posso descolar,
Uns pares de ombros pra me lamentar.

Ombros?
Não! Eu quis dizer tetas;
Eu não vivo sem tetas,
E quanto mais melhor.

Como eu não entro em igreja,


Já me livro de uma das zicas;
E... não assino papel nenhum pra mulher,
Vai que ela esteja tentando me enrolar.

Casamento é como cair numa piscina,


E eu não sei nadar... hahahahah;
Numa piscina de gelo?
É como se enterrar... heheheh.

?Pra que se casar,


Se você pode se juntar?
E quando atormentar,
Cada um volta pro seu lugar.

Casar pra que?


Se o interessante disso tudo é transar;
Gastar dinheiro,
Festa, frescura.

Minha lua de mel,


É todo fim de semana;
Minha vida de casado,
É com uma mulher a cada dia.

Bons tempos os dos haréns,


Se ainda fosse assim, acho que até encarava;
Mas ficar com uma mulher só,
É muito stress.

Nao~
Não vou me amarrar.
243
RAZÃO?

Impossível.
Ninguém se prende à razão,
Quando tem em sua frente uma mulher tentação.

A mente se reverte,
A libido se perde;
O desejo toma conta.

Olhas desafiadores,
Longos cabelos negros;
Corpo de destruição.

E quem não perde a razão?


Quem consegue se conter?
Quem não quer se perder?

244
CAMINHO PERDIDO

Vagando pela noite,


Sem lugar para parar;
O corpo às vezes não responde,
Mas não posso descansar.

O tempo passa muito rápido,


A vida é curta demais;
Todas as doses eu já tomei,
E todos os cigarros já fumei.

Mas no final,
Sempre me resta a estrada;
De vento e asfalto,
E borracha queimada.

Cada música me traz uma lembrança,


Cada lembrança uma história;
Em mil camas já deitei,
E por mil mulheres eu já perdi a cabeça.

Muito rápido para o amor,


Muito intenso para durar;
Uma mulher em cada lugar,

245
Em cada lugar uma história sobre mim.

Roupas surradas de vento e pó,


Tatuagens desgastadas pelo tempo;
Old School, como se costumava dizer,
Na época de ouro.

Em muitos buracos eu já me meti,


Em muitas mesas de bar eu já dormi;
Vida desregrada,
Que no fim não resta nada.

Todas as bocas eu já beijei,


As garotas mais quentes eu já tive;
No fim da noite só um trago no cigarro,
E mais uma dose de whiskey.

Amigos eu deixei pelo caminho,


Coisas que comecei e não terminei;
Inimigos eu fiz sangrar,
E depois uma cerveja pagar.

Vi muitos corpos pelo chão,


Disso nunca vou me esquecer;
Sejam dos bêbados nas festas,
Ou dos mortos pelos becos.

A noite usa uma máscara,


Bela demais;
Para esconder,
Toda a sua maldade.

Em cada lugar,
Uma história se fez;
Pessoas e acontecimentos,
E sozinho eu sempre parti.

Num caminho solitário,


Caminho perdido;
Procurando um horizonte,
Em que apenas eu acreditava.

?Quantos shows,
Quantas vidas?

246
?Quanta coisa que não me lembro,
E outras que quero esquecer?

Já iludi,
E já fui iludido;
Toda rosa tem espinhos,
Que perfuram e fazem sangrar.

Já menti por muitas vezes,


Já vi a lua chorar;
Já dormi em tantos motéis,
Que até parei de contar.

Já tive tantas mulheres,


Que ninguém pode imaginar;
Às vezes quatro ou cinco por semana.
Nunca deixei me amarrar.

Vagando pela noite,


É difícil acreditar;
247
Que num piscar de olhos,
Tudo pode mudar.

Loiras ou morenas,
Às vezes nem faz a diferença;
O importante é curtir o momento,
Enquanto ainda posso respirar.

248
E antes que o sol nasça,
Minha estrada eu vou pegar;
E acelerar até o fim,
Pra mais rápido chegar.

Chegar em lugar nenhum,


Para que eu possa continuar;
Escrever a minha história,
Até que eu decida parar.

Não sei se é possível,


Não me importo com o amanhã;
O que quero,
Eu quero hoje.

E nesse caminho perdido,


Eu me perco em emoções;
Vivendo intensamente,
Todas as minhas tentações.

Não quero servir de exemplo,


E não preciso de seguidores;
Eu apenas sou o que sou,
E faço o que gosto de fazer.

Me jogo na noite,
Liberto dos meus temores;
Procuro satisfação,
Para todas as minhas dores.

249
AQUI E SOZINHO

Acendi mais um cigarro,


Minha cabeça ainda dói um pouco;
Não ando muito legal esses dias,
Têm horas que eu não sei o que fazer.

E é estranho quando isso acontece,


Afinal sempre tenho resposta pra tudo;
É difícil decidir o que fazer,
Quando sou eu quem está em jogo.

Quase não vejo mais o brilho das coisas,


Que brilhavam no passado;
Talvez se eu tivesse me isolado antes,
Essa fase teria pulado.

Não quero ver ninguém,


Não quero falar com ninguém;
Quero esse tempo apenas para mim,
Eu e eu mesmo até o fim.

A cada dia que passa,


As coisas vão perdendo a graça;
Às vezes a vontade de viver passa,
E é aí quando eu preciso dormir.

Eu gostaria de não pensar em nada,


Mas minha cabeça está a mil;
Mesmo deitado,
Não consigo travar o pensamento.

Tudo não passa de tédio,


Não tenho vontade de fazer nada;
Só me animo um pouco,
Quando tem sexo envolvido.

Aqui e sozinho,
Tudo vai perdendo o sentido;
Os olhos começam a pesar,
O sono começa a chegar.

Já faz alguns dias que eu não durmo,


É meio difícil de agüentar;
250
O corpo vai perdendo força,
Sinto a energia acabar.

Sinto minha vida fria e seca,


Nada consegue me animar;
Realmente eu não sei,
Aonde isso vai parar.

Tudo me irrita,
Eu só quero me isolar;
‘Tô quase jogando tudo pro alto,
Pra ver no que vai dar.

Cansado e esgotado,
Ainda são 00:39 am;
Cara, ainda é quarta-feira,
Quando a semana vai acabar?

Apesar de não fazer diferença,


Pois não vou parar de trabalhar;
Esse trabalho ‘tá me matando,
Eu tenho que parar.

Já não me divirto mais,


Minha estrela está se apagando;
Eu sinto tudo ficar,
Muito mais distante.

Não sei por que ainda agüento isso,


Não tenho que agüentar;
Quero jogar tudo pro alto,
Mandar tudo se ferrar.

‘Tá chovendo lá fora,


Parece que vai esfriar;
E eu só queria um conhaque,
Para poder me deliciar.

E amanha é outro dia,


E sei que nada vai mudar;
Até eu tomar uma atitude,
E fazer a situação mudar.

251
HORA DE PARTIR

Sei que me acabei em seu corpo,


E por algumas horas você foi feliz.

Sei que te fiz muitas promessas,


Mas eu não ‘tô nem aí.

Já deu o que tinha dar,


E não adianta mais esperar.

Não vou mentir,


E nem mais te enganar.

A vida é assim,
Nem sempre se pode ganhar.

Quem sabe um outro dia?


Hoje já não dá.

Então eu vou me despedir,


Já é hora de partir.

252
OLHANDO PRA VOCÊ

Parado aqui,
Olhando pra você;
Eu posso perceber,
O que me chama a atenção em você.

Menina mulher,
De jeito irreal;
Sabe brincar,
Com minha parte imoral.

Eu fico louco,
Só de te olhar;
Seu cheiro que exala,
Me faz delirar.

Me sinto parado,
Sem ter reação;
Olhando seu corpo,
Crescendo o tesão.

253
O SANGUE

Névoa negra,
Densidade da noite;
Os lobos caminham,
Se preparam para o açoite.

Em pleno silêncio,
Antes da tormenta;
Fome de carne,
Sede de sangue.

Feche os olhos,
Siga as pegadas;
Tudo queima,
Em chamas eternas.

O livro negro,
O apocalipse;
Guerreiros em guerra,
Senhores do tempo.

O ódio alimenta,
Os filhos da noite;
Entre raios e trovões,
O calor das explosões.

Saciando a sede,
Imortalizando o ser;
O sangue,
A grande conquista.

O cálice se enche,
Transborda na vitória;
Entre marchas e funerais,
A profecia se realiza.

Os uivos são cantados,


Eles vem da alma;
A lua esta sangrenta,
A demanda se acalma.

254
CORTE NA CARNE

Amordaçada,
Você se sente impotente;
De mãos atadas,
Não pode fazer nada.

Presa no porão,
Nua e sem ação;
Sinto o medo,
Na sua pele fria.

Pego o amolador,
E levo de encontro à minha faca;
Você está apavorada,
Com o barulho nascente.

No seu ouvido eu falo bem baixinho,


Tudo o que você não deseja ouvir;
?Uma música pra você relaxar,
Ou para te angustiar?

A nona sinfonia de Beethoven,


Perfeita;
E quando minha lâmina tocar sua pele,
Seus gemidos vão proporcionar um toque a mais à trilha.

Na minha mente doentia,


O prazer vai se formando;
Um corte na carne,
E o sangue vem jorrando.

Tudo é tão belo,


Que me faz entrar em êxtase;
Seu pavor e seu medo,
Me trazem satisfação.

E por hoje é só,


E amanhã tem mais;
Me alimento de você.
A cada corte, me satisfaço mais.

255
CURVAS MORTAIS

Ela mexe comigo,


Me faz delirar;
Eu acelero cada vez mais,
Em suas curvas mortais.

Não sei onde vou parar,


Só quero me acabar;
Em cada pedaço de pele,
Enquanto o corpo suar.

256
ABRE-TE, SÉSAMO

Louca, safada,
Garota tarada;
Era assim que eu a via,
Era assim que ela queria ser vista.

Nos teus olhos eu via o desejo,


No teu corpo a perdição;
Ela brincava com a sedução,
Era mais do que tesão.

Ela jogava um velho jogo,


E esse eu conhecia bem;
Bastava dizer as palavras mágicas,
E ela se abria como ninguém.

Abre-te, sésamo!
E suas pernas se abriam;
Me convidando para entrar,
E assim me esbaldar.

257
LUTAR POR LIBERDADE

Eis a luta que não deve cessar,


A voz que não se deve calar;
O fogo eterno a queimar,
A verdadeira luta da vida.

Por mais que os opressores tentem,


Não devemos nos calar;
Lutar em nossa verdade,
E nosso horizonte encontrar.

Livres como os pássaros,


Senhores da natureza;
Voando para sul,
Para fugir do inverno.

Eu luto mim,
Luto nós;
Luto por você,
Que às vezes nem merece minha atenção.

Eis a minha natureza,


Livre de qualquer jurisdição;
Sou a voz que não cala,
O renegado em ação.

Um dia,
Um anjo de luz caiu;
Para me ensinar,
Que a liberdade é a coisa mais pura que há.

E esse anjo,
Me guia pelo meu caminho;
Me dá forças e coragem para lutar,
Me deu um ideal pelo qual viver.

E por isso eu canto,


Escrevo e planto;
As sementes do amanhã,
Pela liberdade que virá.

258
JOGO DE XADREZ

Meu tabuleiro é a vida,


Com suas dificuldades e suas orgias;
Seguindo o plano do jogo,
Construindo minha armadilha.

Cada peça avança no momento certo,


Não adianta se precipitar;
Movimentos calculados,
Sempre jogo para ganhar.

Minhas peças podem não ser comuns,


Mas isso não me impede de jogar;
Sempre com artimanha,
Até na rainha chegar.

Como a rainha,
Mato o rei;
Xeque-mate,
Eu ganhei.

259
LOUCO POR SEIOS

Não é a primeira vez que eu digo,


Mas sempre vale ressaltar;
Se têm uma coisa que me deixa tarado,
São belos seios a saltitar.

Grandes ou pequenos,
Tanto faz;
Redondos ou pontudos,
Eu quero é mais.

Por dentro do decote,


Blusinha ou sutien;
Seios me enlouquecem,
Não consigo viver sem.

Mamilos pequenos,
Ou até grandes demais;
Rosados ou caramelados,
Eles me fazem pirar.

No ônibus ou no metro,
Na feira ou no mercado;
Eu sempre estou ligado,
Pares de seios por todo o lado.

260
ÁGUA NA BOCA

Parece loucura,
Mas sei que não tem explicação;
Quando eu a vejo,
Fico morrendo de tesão.

Analiso detalhes,
Todos os seus desenhos;
Até parece uma escultura,
Criada só para mim.

Ela me tira do sério,


E eu fico louco assim;
Sua pele morena, bronzeada,
Sua marquinha de biquíni.

Matadora, sedutora,
Perdição pra mim;
Quero tocar, me acabar,
E me perder nela.

261
Ela sabe como me conquistar,
E sabe como me chutar;
Sabe que me deixa louco,
E sempre brinca mais um pouco.

E eu com água na boca,


Mordo todo o seu corpo;
Degustando cada parte,
Como um raptor faminto.

Linda, bela,
Suculento pedaço de carne;
Almoço e janta,
Sobremesa que me encanta.

E com água na boca,


Eu a devoro;
Sempre pedindo mais,
Noite após noite.

262
GRITO DA LOUCURA

O isolamento traz angústia,


A mente não pára de trabalhar;
É como um castigo,
Que o corpo executa em seu mestre.

A insanidade vai tomando conta,


O grito vai se formando;
Nascendo por dentro,
De implosão para explosão.

É o grito da loucura,
Que vem de lugar nenhum;
Que ecoa no universo,
E abala tudo ao redor.

As vidraças se quebram,
Os ouvidos não agüentam ouvir;
Agudo e estrondoso,
É a dor a se expandir.

263
SEM CURA

A loucura se serve num cálice;


Galopa na solidão,
À espreita da próxima vítima.

A loucura se acomoda,
Num bar de cães;
Atira suas facas,
Pela noite a dentro.

A loucura entontece,
Molda as palavras;
Nos torna agressivos,
E invencíveis.

A loucura,
Não tem cura.

264
ENFERMEIRA

A loucura consome,
Ela devora por dentro;
Como um animal carnívoro,
Morrendo de fome.

E você aparece,
Em seu belo uniforme;
Atiçando a fera,
E me deixando com fome.

Você é uma enfermeira,


Nada convencional;
Não cura minha loucura,
Mas me deixa com febre.

Venha e cuide de mim,


Deite-me em meu leito;
Alimente-me,
Quero leite de peito.

Você atiça minha loucura,


Me faz delirar;
Me deixa faminto,

265
Com vontade de te devorar.

Comer você inteira,


Como se eu fosse um canibal;
Pele, músculos e ossos,
Você me faz passar bem.

Continue seu trabalho,


Cuide de mim;
Não me deixe passar vontade,
Me dê do seu remédio.

Abocanhe-me enfermeira,
Me faça gozar;
Arranhe minha pele,
Me faça gritar.
266
RESUMO DO NADA

267
PÉ NA ESTRADA

Não devo nada pra você,


Não devo nada pra ninguém;
Não vou olhar pra trás,
Apenas vou seguir.

Meu caminho é solitário,


Foi assim que eu escolhi;
Não sou muito fã de papo,
Sozinho penso melhor.

Não sinto arrependimento,


Mentir não faz sentido;
Nada que um quarto escuro,
Não resolva.

Eu sigo por aí,


Como um cigano sem rumo;
Senhor do meu caminho,
Senhor do meu futuro.

Me divirto quando a noite cai,


E coloco o pé na estrada quando o sol nasce;
Cada dia mais longe,
Para que ninguém me encontre.

Ando só,
Pois só eu sei andar;
Entre tragos e doses;
Noites e mulheres.

Mas no final é sempre igual,


E ninguém pode mudar isso;
Mochila nas costas,
Em apenas um grito.

Eu digo adeus ao mundo,


Sem me importar com o futuro;
Continuo no meu caminho,
Sempre andando sozinho.

268
PRONTIDÃO

Ela se joga em meus braços,


Há qualquer sinal de perigo;
Mas ela se esquece,
Que eu posso ser o maior perigo.

Sempre de prontidão,
Para ajudá-la no que precisar;
Mas ela sabe,
Qual é o preço a pagar.

Nesse mundo,
Nada é de graça...

Às vezes o preço é alto,


Mas ela sabe que vale a pena;
Sabe que nunca vou deixá-la na mão,
Pois estou sempre de prontidão.

E ela gosta de ser usada,


Sabe que nada é de graça;
Às vezes vem por intenção,
Pois vive cheia de tesão.

Nesse mundo,
Nada é por acaso...

269
ASSIM QUE EU GOSTO

O que mais me chama atenção no caráter de uma mulher,


É ela não ter caráter;
Ser fogosa, ninfomaníaca,
Procurar pelo seu prazer.

Gosto de mulher safada,


Bem tarada;
Que faça de tudo,
Em qualquer lugar.

Mulher que saiba ser sedutora,


E ao mesmo tempo vulgar;
Daquelas que se abrem toda,
E que peçam para mim entrar.

Que saibam usar o seu corpo,


Que não tem medo de gozar;
Que caiem de boca como loucas,
E não param até eu gozar.

Que pedem para serem fodidas,


Com força ou devagar;
Que fazem caras e bocas,
Que se deixam cativar.

270
Gosto de mulheres pervertidas,
Promíscuas,
Que fotografem e filmem,
Para depois se deleitar.

Aquelas que sabem jogar,


Que rebolam sem parar;
Que sempre dão um jeito,
E transam em qualquer lugar.

Mulheres que gostam de bater,


Que gostam de apanhar;
Que curtem o momento,
E não deixam nada estragar.

Mulheres de cabelos cumpridos,


Para que eu possa puxar;
Enrolando-os na mão,
Para mais fundo penetrar.

É assim que eu gosto,


E assim eu fico louco;
Mulher que sabe o que quer,
Sem frescura, sem pudor.
271
FRIA, MAS GOSTOSA

Infelizmente, isso acontece,


Tem gente que não preparo suficiente;
E tem gente que escolhe errado,
Pior são esses dois erros combinados.

Na minha vida de mulherengo,


Já peguei vários casos assim;
Garotas perfeitas,
Mas frias como gelo.

Não que eu não goste de mulher fria também,


Já vi mortas deliciosas;
Mas se estão respirando,
Prefiro que estejam rebolando.

Às vezes é até difícil acreditar;


Quando vejo uma gostosa,
Que não gosta de trepar.

Mas isso é culpa de escolhas do passado,


Escolheram o cara errado;
E agora estão frias,
Como um cadáver encarnado.

Eu a vi assim,
Linda, morena, bem torneada;
Ar de fogosa,
Jeito de safada.
272
Depois de muita insistência,
Consegui marcar uma ponta;
Fui chegando com jeito,
Pra não assustar a minha janta.

Cinema,
Choppinho;
Coquetel,
De repente, frente de motel.

Letreiro grande,
Neon brilhante;
Bem chamativo,
Luxo pervertido.

Mas dentro do quarto,


Nem tudo era lindo;
Ela estava travada,
Parecia que nunca tinha visto um pinto.

Tentou se esquivar,
Dizendo que não era boa em transar;
Acabou com meu clima,
Quase me fez brochar.

Como um psicólogo,
A fiz desabafar;
Era o que eu temia,
Eu ia ter que contornar.

Ela disse que o ex,


Era um puta de um babaca;
Trepava de qualquer jeito,
E nunca a fez sentir nada.

Ela sempre ficava parada,


E deixava ele trabalhar;
Quando o trouxa acabava,
Ela queria se matar.

Por um ano agüentou isso,


Não sei como ela conseguiu;
O amor é uma merda,
Faz as pessoas passarem por isso.

273
E eu tive que explicar,
Que o sexo é uma arte milenar;
Poucos são formados,
Na arte de trepar.

Sem perca de tempo,


Me ofereci para ajudar;
Comecei com um belo oral,
Até ela gritar.

A geladeira,
Já tinha começado a descongelar;
Era só continuar,
Que eu ia me esbaldar.

Ela já estava ficando louca,


E eu comecei a me excitar;
Ela já estava molhada,
Doidinha pra transar.

Ela me puxou pelos cabelos,


Implorando para eu penetrar;
Brinquei na entradinha,
Até ela não se agüentar.

Foi o seu primeiro orgasmo,


E eu não pude acreditar;
Melecou toda a cama,
Coisa rara de se admirar.

274
BELA E BRANCA

Bela como a morte,


Branca como a neve;
Cabelos vermelhos como sangue,
Esculpida em perfeição.

275
LA MUERTE

Aos olhos da escuridão,


Ela se move sutilmente;
Como uma ninfa pairando,
No jardim de rosas.

Como uma prostituta,


Ela te agarra;
Vulgarmente,
Querendo tirar algo que é teu.

Em vestimentas negras,
Olhos em fogo;
Coração gelado,
Entregue ao descaso.

E ela vem,
Como ninguém;
Com seu beijo doce,
E seu abraço apertado.

LONGE DEMAIS

Longe demais do cais,


Porta-aviões à deriva;
Horizonte cintilante,
Nuvens de chumbo.

Longe demais da pista,


Eu não posso pousar;
Preciso arremeter,
Virar, girar.

Vivendo num looping,


De giro eterno;
Avião sem piloto,
Longe demais de tudo.

276
FEITA PARA SEDUZIR

Filha do Sol,
Com ascendente na Lua;
Sob o signo de Vênus,
Feita para seduzir.

277
CAÇADOR DA NOITE

Mantenho minhas facas bem afiadas,


E meus cabelos compridos;
Ainda uso roupas negras,
Para me mover no escuro.

A noite é meu habitat,


É nela que eu gosto de viver;
Entre doses e tragos,
Orgias e violência.

Entre corpos nus,


E corpos ensangüentados;
Faço disso diversão,
Em minha mente de perversão.

Pelas ruas eu me arrasto,


Como um animal faminto;
Fazendo da destruição,
Meu hobby favorito.

Toda noite,
Eu saio à caça;
Seja de uma boa briga,
Ou da mulherada.

Me alimento da sujeira do mundo,


De todo o lixo que rola;
Me trazendo prazeres,
Ou atitudes raivosas.

Observo atentamente,
Assisto tudo de camarote;
E quando acho necessário,
Me intrometo ou dou rebote.

Sou o caçador da noite,


E uso tudo ao meu favor;
Sou um maníaco ambulante,
Que espalha o terror.

278
PERVERTIDA

Ela não era uma garota comum,


Isso eu posso dizer muito bem;
Poucos sabem do que eu sei,
Certas coisas a gente faz no anonimato.

Às vezes o sigilo é o nosso melhor amigo,


Pois nos proporciona bons momentos;
E assim aconteceu,
Como num sonho, onde quem ganhava era eu.

Filhos da noite sempre tem seu trunfo,


O meu, sempre foi ser sem vergonha;
Entre noites de Heavy Metal,
E bebedeiras por aí.

Numa dessas noites,


Eu não tinha o que fazer;
Estava afim de ver umas tetinhas,
Mas a agenda estava fraca.

Quem não tem medo da noite,


Não tem medo de nada;
Vesti minha jaqueta,
E fui pra um putero.

279
Chegando lá,
Pedi uma breja e me sentei numa mesa;
Assisti alguns strip-teases,
A casa estava cheia.

Me levantei,
E fui pegar outra breja;
Quando vi uma garota,
Que me chamou atenção.

Morena, cabelos longos,


Corpinho delicioso;
Só a vi de costas,
Dançando para a parede.

Nunca curti pagar por sexo,


Mas quando vi aquele rabo rebolando;
Já estava pensando em mudar meus conceitos,
E desembolsar a grana.
280
Não deu outra,
Abri minha carteira e a grana ainda estava lá;
Então atravessei a pista do putero,
E fui trocar idéia com a morena.

Quando cheguei perto,


E a puxei pela cintura;
Quase tive um treco,
E não pude acreditar.

O tempo congelou,
O mundo parou;
Vi várias cenas em minha mente,
Situações passando pelos meus olhos.

Tudo isso em questão de alguns segundos,


Até cair na real novamente;
Eu não sabia o que dizer,
Não tinha idéia do que fazer.

Só me restou dar um gole na breja,


E dizer: Oi, você por aqui?

Cara, eu fiquei surpreso,


Isso não aconteceria nem nos meus sonhos;
A morena do putero,
Era a Silvana.

Uma mina que estudava comigo,


Eu tinha visto ela um dia antes na sala de aula;
E como eu nunca fui pra escola de sexta-feira,
Não sabia que ela também faltava.

Ela não deixou eu falar mais nada,


Me puxou pela mão e pegou a chave de um quarto;
Me conduziu até lá,
E fechou a porta.

Eu pensando que ia me dar bem,


Logo tomei um intimão;
Ela ficou perguntando se eu já sabia,
E se tinha contado de sua vida noturna para alguém.

Expliquei que não sabia de nada,


E que ainda estava chocado;
281
Mas como odeio ser jogado contra a parede,
Já fui logo criando um trato.

Como um velho pirata da noite,


Barganha é comigo mesmo;
Eu ia ficar na minha,
E guardar o segredo.

Mas em troca,
Ela faria alguns favores;
Quem vende o corpo por dinheiro,
Também troca pra eu guardar segredo.

Nosso pacto foi selado,


Com uma garrafa de vinho gelado;
Me aproveitei dela no quarto,
Até acabar o nosso horário.

Voltamos para a pista,


E eu não gastei mais nenhum centavo;
Bebi a noite inteira,
E deixei na conta de um otário lá.

Pra noite acabar legal,


Fiquei no recinto até o final;
Quando eu estava indo embora,
Ela me puxou pelo pau.

282
Olhou com cara de safada,
De quem gosta de fazer o mal;
Combinamos um motelzinho,
Pra terminar nosso servicinho.

Naquela época,
Eu não tinha carro;
Era só a jaqueta de couro,
E o velho tênis surrado.

Chegamos num motel ali bem perto,


Quase ao lado;
Entramos a pé mesmo,
Estávamos no embalo.

Direto pro quarto,


E uma ducha pra acordar;
Mais uma breja e eu estava novo,
Transamos sem parar.

Ficamos no quarto até as 14:00 pm do sábado,


Entre uma trepada e uma breja;
Tudo estava perfeito,
Queria que não tivesse acabado.

Segunda-feira era outro dia,


E eu cumpri meu trato;

283
Ela ficou receosa,
Mas depois caí no agrado.

Por um tempo,
Nós nos víamos todo sábado;
Era uma boa época,
Fizemos muito estrago.

Entre bebedeiras e trepadas,


Algumas fotos tiradas;
Tudo guardado a sete chaves,
Até agora, em que eu retrato.

O ano letivo acabou,


E depois não nos vimos mais;
Foi uma grande perca,
Ela trepava demais.

Hoje o que resta são memórias,


Nada mais;
Mas é sempre bom ter histórias,
Sempre são demais.

A vida é assim,
Você só leva o que você curte;
E se eu morrer hoje,
Posso garantir que curti bastante.
284
GOSTOSA E APAIXONADA

Caso de alguns anos atrás,


Quando minha má reputação começou a nascer;
Bom, na verdade a má reputação eu já tinha,
Nessa época eu só piorei ela.

Naquele tempo,
Como ainda hoje;
Eu odiava garotas que se apaixonavam rápido demais,
E que ficavam no meu pé.

Porra, é difícil entender o uma noite e nada mais?

Minha vida era cheia desses tipinhos,


Então já dá pra perceber o stress que eu passava;
Era na escola, no bar,
No rolê, e até na rua de casa.

Foi nessa época que criei minha bela frase:


Foda-se o seu amor!
Eu não queria uma namorada,
Só queria dar uma trepada.

Mas como nem tudo é tão fácil,


Às vezes é preciso dizer o que elas querem escutar;
O problema é que depois do terceiro encontro,
Eu já queria variar.

285
Isso quando chegava ao terceiro encontro,
Porque geralmente eu mandava passear no segundo;
Nunca acreditei nessa merda de amor,
Meu negócio sempre foi sexo.

Conheci a Vanessa num rolê no shopping,


Na época andávamos em três;
O Dú Iron, o Pé-de-Porco e eu,
Eu adorava esses patifes.

Pena que não sobrou nenhum;


O Dú deve ter morrido de overdose,
O Pé-de-Porco se não mataram,
Deve ter se tornado um bêbado qualquer.

Naquela tarde a gente não tinha o que fazer,


Então resolvemos mudar o rolê;
Fomos para o Shopping Penha,
Azarar as patricinhas.

Numa brincadeira qualquer,


Acabei chamando a atenção dela;
Nos apresentamos e eu fui logo escalando,
Se tinha como a gente dar uns amassos.

Como ela disse que sim,


Fomos até a parte de diversões eletrônicas;
Heheheh, ela ia pegar no meu joystick,
Era tudo o que eu queria.

Beijo de cá e a mão boba rolando,


Ela gostou da brincadeira;
Marcamos de nos trombar em outro lugar,
Pra acabar de brincar.

Ela morava com a avó dela,


E a velha sempre dormia de tarde;
Ela me passou os horários certos,
E eu montei o esquema.

Fui como se fosse um amigo da escola,


Sentamos na sala e simulamos um trabalho;
Quando a velha se retirou,
O amasso começou.

286
Depois de alguns minutos,
Ela foi verificar se a velha já estava a sonhar;
Voltou depressa,
E confirmou o sono da vovó.

Como num piscar de olhos,


Nossas roupas desapareceram;
O rala e rola esquentava,
E eu estava adorando tudo aquilo.

Quase derrubamos a casa,


E velha ainda continuou desmaiada;
Mas acho que se ela acordasse,
Também entrava na jogada.

Pelo menos ia livrar a cara da menina,


Pois se a velha brincasse;
Não ia ficar nervosa,
E a bronca não chegaria.

Porém, tudo beleza,


Tudo perfeito;
A Vanessa não era velha,
Mas tinha um puta corpão.

Depois dessa tarde,


Mais umas duas ou três foram perfeitas;
Até ela começar a ligar todo dia,
E encanar na minha putaria.

?Porque será que era tão difícil,


Esperar o dia dela sem reclamar?

Nunca gostei de dar foras,


Pra nunca perder o rango;
Se você sai de fininho,
Sempre deixa um pouquinho pra comer depois.

Comecei a exagerar,
Pedi a ela tudo o que se possa imaginar;
O pior é que ela fazia,
Sem ao menos pensar.

287
Desde coisas simples,
Até bizarras demais;
Simples fotos,
Até sexo em lugar público.

Na verdade não posso reclamar,


Ela era uma máquina de trepar;
Mas eu odiava cobranças,
Ela sabia me irritar.

Não nasci para ser preso,


E nem ser de apenas uma mulher;
Faço o que eu gosto de fazer,
E sigo assim enquanto puder.

Ela era gostosa e apaixonada,


Combinação difícil de encontrar;
Mas mesmo assim,
Ainda era pouco pra mim.

Eu queria muito mais,


E ela não entendia o meu lado;
Ser egoísta foi o problema dela,
Não sabia dividir o que tinha.

E quem não joga o meu jogo,


Acaba sendo descartada.

288
TEMPESTADE EMOCIONAL

E assim o vento sopra,


E eu continuo sozinho;
Guardando meus tormentos,
Criando meus elementos.

A tempestade se forma,
Destruindo meu céu;
Nuvens negras nebulosas,
De dor e amargura.

Onde a solidão reina nefasta,


Fazendo sangrar a alma;
Cambaleando atordoado,
Por erros do passado.

A vela ainda queima,


Reluzindo no altar;
Nem tudo se desfaz na escuridão,
E mantenho a luz bem longe.

289
ARTIMANHA

Ela sabe como me convencer,


Sabe tirar de mim o que quiser;
É só tirar a roupa,
E mostrar seu belo corpo.

Ela sabe como funciona,


E sabe que eu nunca digo não;
Desnuda seu corpo,
E adentra meus sonhos.

Pele sedosa,
Curvas sem fim;
Desenho perfeito,
Feito para mim.

Um olhar me deixa louco,


Um toque me faz viajar;
Um beijo me deixa no chão,
E teu sexo esvazia minha carteira.

Ela sabe como fazer,


Como me conduzir e como me deter;
Sabe me escravizar,
Me possuir e me deixar.

290
ME DEIXANDO SEM AÇÃO

Ninfeta pecadora,
Prostituta juvenil;
Dama vagabunda,
Mulher sensacional.

Com suas caras e bocas,


Me deixando sem ação;
Me surpreendendo à cada dia;
Com seus jogos de sedução.

Me faz perder a cabeça,


E pisar em terreno hostil;
Sempre caiu nas suas garras,
De gata superficial e vil.

291
3° DIA DO APOCALIPSE

Entre restos e corpos,


Eu caminhei.

Entre lixo e resíduos,


Eu procurei.

Por algum resto de vida humana,


Mas não havia nada;
Todos os porcos,
Haviam se dizimado.

Vi o dragão vermelho,
Cruzar os céus;
Carregando em suas patas,
A bandeira de Lúcifer.

Percebi então,
Que o mundo renascia;
De uma forma bela,
E livre da hipocrisia.

Ouvi um chamado,
Que vinha do longínquo das colinas;
Um hino aos guerreiros,
Que sobreviveram à batalha.

Aos poucos gritos ecoavam,


Partindo de várias partes;
Gritos de honra e glória,
Em nome do Pai.

Eram os guerreiros,
Que lutaram bravamente;
Que exterminaram os inimigos,
E se juntavam ao coro dos livres.

Eu vi no mais profundo da alma,


Que estava no lugar certo.

Eu vi com meus olhos em chamas,


Um mundo melhor.

292
PEDAÇO ETERNO

Mulher,
O cálice eterno...
Das belezas e maldições,
Criações e destruições,
Devastações e extinções,
Extermínios e grandezas...
Mulher,
Pedaço eterno das profanações...

293
MINHAS MÃOS NO SEU PESCOÇO

Eu avisei pra fechar a boca,


Mas ninguém nunca me ouve;
Eu avisei pra me deixar em paz,
Mas ninguém nunca me dá ouvidos.

Quando eu disse que precisava de um tempo,


Ninguém levou a sério;
Quando eu disse que só queria ficar sozinho,
Ninguém foi embora.

Não foi por falta de aviso,


E não foi por má vontade;
Todos têm prova disso,
Não faço só por maldade.

Agora sinta o meu ódio,


Não grite em vão;
Você é minha válvula de escape,
Meu alvo em questão.

Minhas mãos se fecham vagarosamente,


E você começa a perder o ar;
Sua respiração fica mais difícil a cada segundo,
Logo vai se sufocar.

Seus olhos se abrem mais e mais,


Você começa a se debater;
A morte bate à sua porta,
Não tem mais como se esconder.

Lembre-se de que eu avisei,


E você não quis me escutar;
Agora não adianta se arrepender,
Não adianta chorar.

Minhas mãos no seu pescoço,


Não te proporciona prazer;
E quanto mais o tempo passa,
Mais perto você está de morrer.

294
MOTEL

Era só mais uma noite qualquer,


Daquelas que você torce pra terminar logo;
O rolê estava chato,
E eu já não me agüentava mais em pé.

Já tinha misturado tudo o que eu agüentava,


Cerveja, whiskey e conhaque,
Absinto, vodka e tequila,
Vinho, licor, e fogo paulista.

295
Já tinha até tomado umas com limão,
Pra tentar acender o fogo;
Ou então criar coragem,
Pra ir logo embora pra casa.

Quando olhei para a porta de saída,


Vi algo que não era normal;
Praticamente uma princesa,
Passando pelo hall.

Uivei para a lua,


E logo parti pro ataque;
Direto e reto,
Como um tiro de sniper:

‘Tá afim de trepar?

E como um tapa na cara,


Escutei:
“Só se for agora”.

Sem nomes e sem pudor,


Partimos para o motel;
Umas das melhores noites da minha vida,
Me lembro de tudo até hoje.

Como começou,
Como terminou;
Só não me lembro do nome dela,
Mas ainda tenho as fotos que restaram.

296
FAMINTO

Solitário em minha jornada,


Como um lobo sem matilha;
Eu perambulo por entre os becos,
Procurando uma próxima vítima.

O ciclo da vida se faz assim,


Caçar, matar e comer;
É a lei da sobrevivência,
Somente os fortes sobrevivem.

Dentes e garras afiadas,


Derradeiro e sutil;
Ataque voraz,
Sem chance para errar.

Nem sempre se encontra uma boa presa,


Então não posso deixar escapar;
Crio o plano em questão de segundos,
Não posso falhar.

Minha mente nunca pára,


Estou sempre a planejar;
Sou um animal faminto,
E meu terror tenho que espalhar.

297
CAÇADOR ATENTO

Olho clínico,
Visão de raio-x;
Mil pensamentos por milésimo de segundo,
Você não poderia acreditar.

Eu observo,
Imagino;
Crio a cena,
Detalhe por detalhe.

Qualquer mulher,
Qualquer garota;
Andando na rua,
Sentada no metrô.

Sempre as vejo nuas,


Cada detalhe do corpo;
Como agiriam na cama,
Como cada uma gemeria.

298
Minha mente cria detalhes perfeitos,
Sou um caçador atento;
Observo o comportamento,
E cada movimento.

Vejo seus seios,


Cores e formas dos mamilos;
Na proporção exata,
De forma imediata.

Vejo a buceta,
Grandes lábios,
Pequenos lábios;
Até o corte dos pêlos.

Moicanos,
Skins;
Long hairs,
Army.

Tudo se faz,
Tudo se cria;
Minha mente trabalha,
Faz a fotografia.

Perfeita...

299
Com uma margem bem pequena de erros,
Talvez duas em dez;
Quase uma perfeição,
Arma da fornicação.

Em alguns casos comprovei,


Eram justamente como eu havia imaginado;
Outros passei bem perto,
Errando apenas em pequenos detalhes.

Dom ou não,
Não sei como explicar;
Algumas vezes isso me atormenta,
Mas na maioria me faz delirar.

Sou um caçador atento,


E minha mente sabe como trabalhar;
Experiência e prática,
Prática e paixão por mulheres.

Talvez tenha sido assim que aconteceu,


Não há explicação;
Apenas uma imagem real,
Criada pela imaginação.

300
INTERVENÇÃO

Tudo ainda gira,


Dá voltas sem parar;
Fico de ponta-cabeça,
Nem consigo pensar.

As coisas saem do lugar,


Estou onde não queria estar;
Intervenção macabra,
Que o destino faz entoar.

Sou um ator num filme sem fim,


O escritor morreu antes de mim;
Não sei por onde caminhar,
Ando em círculos assim.

301
Eternidade ameaçada,
Fuga desatinada;
A escuridão vem chegando,
A estrada se acabando.

Lá se foi mais um dia,


Mais um relacionamento;
Intenso,
E rápido demais.

Não me deixo abater,


Na verdade nem quero saber;
Quem gosta menos,
É sempre quem tem o poder.

Continuo seguindo,
Sem me entregar;
Vivendo a cada lua,
No vento que eu encontrar.

Mulheres vem e vão,


São como latas de cerveja;
Que eu vou secando,
E jogando pela estrada.

302
ANTES TARDE

Fumaça negra,
Que exala do bosque;
Floresta densa,
Tensa como um coiote.

Andando pelo vale da morte,


Eu descubro segredos;
Antes desconhecidos,
Pela mente humana.

As bruxas dançam,
Em volta da fogueira;
Os demônios trabalham,
Através da sua cegueira.

Eu os envio como ovelhas,


Em meio aos lobos;
A taça de sangue se enche,
A vida definha.

Antes tarde do que nunca,


Os verdadeiros segredos são revelados;
Viva intensamente,
Como um animal sagrado.

A verdade se faz presente,


E atordoa a mente;
Como uma picada de serpente,
Certeira e decadente.

A luta não tem fim,


E nada é em vão;
Meu grito de guerra,
Ainda ecoa na escuridão.

Não importa quanto tempo dure,


Não importa qual será o fim;
O orgulho nunca se rende,
E a honra vai até o fim.

303
TENTAÇÃO VICIOSA

Ela sabe que mexe comigo,


Sabe como me deixar louco;
Ela provoca, me excita,
Sempre me faz querer mais um pouco.

Ela brinca com minha mente,


Me deixa faminto;
Ela sabe que eu não agüento,
Olhar e não tocar.

Ela é uma tentação viciosa,


Que me persegue à todo momento;
Ninfeta tarada,
Garota tormento.

Eu a devoro com os olhos,


Sugo até a sua alma;
Cada pedaço do seu corpo,
Uma bela obra.
304
Eu amo os seus decotes,
E ela sabe disso;
Os seios mais lindos que já vi,
Ainda vou tatuá-los em minha pele.

Ela sabe e eu não escondo,


Morro de tesão por ela;
Ela é um vício,
Um martírio.

Pele macia,
Boca assassina;
Garota, menina,
Tentação feminina.

E ela sabe que sempre será assim,


Isso nunca vai morrer em mim;
E toda vez que eu a encontrar,
A minha marca vou querer deixar.
305
DA MAGIA À LOUCURA

Não julgue o que não conhece,


E muito menos o que diz não acreditar;
Existem coisas reais,
Das quais você nem pode imaginar.

A magia não é loucura,


É uma arte milenar;
Praticada bem antes,
De Roma se levantar.

Da loucura ,
Apenas se sobressaem palavras;
Ou apenas atos,
De destruição por opção.

Da magia,
Se sobressaem o poder e o conhecimento;
A mágica bem empregada,
Pode fazer qualquer coisa.

A magia é dom,
Seja de antepassados;
Ou por meios de estudos solitários,
Onde nos encontramos com nós mesmos.

A magia nunca deve ser confundida com loucura,


Assim como a maldade não deve ser confundida com destruição.

Conhecimentos mágicos,
E experiências mágicas;
Podem mexer com a cabeça do praticante,
Deixando-o incompreendido pelos demais.

Não é fácil,
Se alimentar e digerir tudo o que se aprende;
E às vezes nos chamam de loucos,
Mas não sabem o que se encontra atrás da porta.

306
ARTE SEXUAL

O mundo se faz de novidades,


Onde pessoas evoluem;
Enquanto outras,
Continuam a regredir.

Alguns são presos à idiotices do passado,


De uma sociedade hipócrita;
Que adora à um deus impotente,
E um bastardo gerado entre uma pomba e uma prostituta.

307
Catequizados com uma falsa religião,
E uma falsa noção de liberdade;
Regidos pelo medo,
E pela impiedade dos sacerdotes.

Sacerdotes esses que mataram milhões de inocentes,


Para pregar sua religião podre;
E acabar com antigos costumes,
E tradições de muitos povos.

Durante todo esse tempo de ditadura,


Muito se perdeu;
Como tatuagens, rituais,
Cerimônias e o ato sexual.

Fazendo com que essas tradições,


Fossem vistas como heresias;
Criando assim,
Um marginalismo inexistente.

E por centenários,
E por mais décadas;
Todos sofremos preconceitos,
Por nossos adornos corporais.

A arte sexual,
E a arte nas genitálias;
São tradições tão antigas,
Que não existe uma data exata apurada para tal prática.

E por toda a repressão criada,


Pelos seguidores do fracasso;
Só voltou à tona por volta dos anos 90.

308
Trazendo desenhos mais artísticos,
E deixando a tradição ritual um pouco de lado;
Porém, já foi um recomeço,
E foi só o início dos tempos primitivos modernos.

Onde homens e mulheres,


Voltaram a tatuar seus órgãos sexuais;
Fazendo com que a arte e o cerimonial do corpo,
Retomassem o seu lugar.

No fim dos anos 90,


Outro adorno recomeçou a aparecer por aí;
Foram os piercings genitais,
Que por anos eram usados apenas por nativos em suas tribos.

E assim aos poucos,


Vamos retomando nosso passado;
E fazendo dos nossos,
Obras de arte.

309
CUTELO

Numa noite qualquer,


Há alguns anos atrás;
Rolou uma parada,
Que contando parece até mentira.

Não tínhamos nada pra fazer,


E nem nada pra comer em casa;
Então resolvemos sair,
E ir até o mercado perto de casa.

Chegamos no Extra,
E como de costume;
Saímos aloprando tudo,
Enquanto fazíamos nossas compras.

310
Passamos numa banquinha,
Onde estavam jogados um monte de coisas de plástico;
Tesouras, garfos, facas,
E alguns cutelos.

Na brincadeira como de sempre,


Peguei um cutelo e passei no braço do Dudú;
Joguei o cutelo de volta na banquinha,
E continuamos as compras.

Quando menos esperava,


Notei um rastro de sangue atrás de nós;
Logo, olhei para o braço do gordo,
E vi que a blusa que ele usava estava cortada.

Olhando mais atentamente,


Vi que estava sangrando;
Cara, não acreditei,
Que aquele cutelo estava tão afiado.

311
O corte estava tão bom,
Que o gordo nem sentia que tinha tomado um talho;
Abriu uma buceta no braço dele,
E estava sangrando pra cacete.

Quando vi a profundidade do corte,


Comecei a me preocupar;
Tentei encontrar uma forma de estancar o sangue,
Mas estava difícil demais.

E enquanto isso pra variar,


O Dudú dizia que não estava sentindo nada;
E nesse dia a gente nem tinha bebido nada,
Acho que o gordo é doido mesmo.

Ficamos na fila,
E eu lá segurando uma parte da carne na outra parte da carne;
Pra tentar fazer o sangue secar um pouco,
E fechar o corte.

Mas minhas tentativas foram em vão,


E dali fomos direto até o hospital;
E o maldito gordo,
Só reclamando que estava com fome.

Durante o caminho,
Fomos criando uma história;
Pois senão teríamos que fazer,
Um boletim de ocorrência.

Chegando no hospital,
Dissemos que havíamos nos envolvido numa briga;
E que o gordo havia tomado uma facada,
De um punk que a gente nem viu quem era.

E como ninguém viu quem foi,


Não adiantava fazer o boletim de ocorrência;
Assim fomos encaminhados,
Diretamente até a sala de sutura.

Enquanto esperávamos a enfermeira,


Para limpar o corte e fazer o curativo;
Ficamos lá falando um monte de merda,
E fazendo piadas dos outros pacientes.

312
Não demorou muito,
E a enfermeira chegou;
Limpou, deu os pontos,
E liberou o gordo.

Voltamos pra casa,


E fomos fazer o rango;
Afinal,
O elefante estava cheio de fome.

O que mais me intrigou nessa noite,


Foi como aquele cutelo era bom;
Um corte magnífico,
Sem usar nenhuma força.

E nessa brincadeira toda,


O gordo ganhou uma cicatriz;
E claro, ganhou o cutelo também,
Tive que comprar pra ele.

313
TENTAÇÃO CADAVÉRICA

Não é tão fácil ver algo assim,


Essas imagens foram mandadas especialmente pra mim.

Um conhecido de quem tenho que guardar o nome,


Numa data da qual deve ser esquecida.

Ela era bela,


O tipo da garota fenomenal;
Daquelas que não se vê tão fácil na rua,
E muito menos nua.

Diz no óbito que foi asfixiada,


Logo depois de ter sido estuprada;
Não julgo os acontecimentos,
Pois nem sempre sabemos a verdade.

O importante é o prazer,
Mórbido prazer ao que sou submetido.

314
Prazer intenso e real,
Ao ver seu cadáver assim aberto.

Bela por fora,


Linda por dentro;
Tripas pra fora,
Olhar sonolento.

A pele parece ser tão lisa,


E ela parece ser tão suculenta.

Bela garota,
Estilo modelo;
Seios durinhos,
Bucetinha quase sem pêlo.

Longos cabelos escuros,


Olhos azuis;
Garota veneno,
Um cadáver que seduz.

315
No auge dos seus vinte e poucos anos,
Mandada para a outra dimensão;
Onde seu espírito padecerá,
Em tristeza e agonia.

E na terra sobra o corpo,


Que será devorado pelos vermes.

Ah! E como eu queria ser,


Um desses vermes;
Para penetrar o seu corpo,
E deslizar no teu sexo.

Tentação cadavérica,
Que me atormenta o sono;
Brinca com minha excitação,
Me deixa louco de tesão.

Linda e toda aberta,


Para ser servida como minha refeição.

316
LISANDRA HARTZ BENTO

Jovem Lisandra,
Tinha apenas 17 anos;
Foi encontrada morta,
No dia 23 de junho de 2009.

Em Imbituba,
Cidadezinha perto de Florianópolis;
Foi encontrada assim,
Sem os olhos e sem os lábios.

Ninguém sabe quem a matou,


Mas existe um acusado já detido;
Um homem de 34 anos,
Que havia tido um relacionamento com a garota algum tempo atrás.

O cara foi preso,


Mas até hoje não se sabe o nome dele;
Pois não foi divulgado pela mídia,
E nem pela delegacia.

Lisandra Hartz Bento.


317
A mãe dela nem soube afirmar,
Ao certo;
Que tipo de relacionamento,
A garota havia tido com o cara.

Ela diz,
Que existia um relacionamento;
Mas de uma hora pra outra,
A garota não queria mais nada com ele.

?Será que isso seria motivo,


Para um assassinato tão cruel?

Pela acusação da mãe,


Esse cara foi o único suspeito;
Assim sendo,
A única pessoa investigada e presa.

?Coincidência,
Ela ter sido encontrada à 2km da casa do acusado?

Sim, pode ser sim,


Porque não?
318
Se o acusado mora a 4km da casa da vítima.

Não encontrei nenhum desfecho,


Para esse crime;
Mesmo usando minha mente,
Quem dirá: Doentia.

Mas posso dizer,


Em alto e bom som;
Que a culpada de tudo,
É a mãe da garota.

Pois uma garota de 17 anos,


Não tem cabeça nenhuma para namorar um cara de 34 anos;
Que tem uma filha de 14 anos,
E um filho de 7.

A mãe deveria ser processada e presa,


Por omitir cuidados à essa garota.

É fácil culpar o bode,


Quando se deixa a cabrita solta.

Mas realmente duvido,


Que um cara de 34 anos;
Que tem uma filha de 14,
Executaria tal crime.

Arrancar olhos,
E lábios não é tão fácil;
E um cara assim teria consciência,
Do que estava fazendo.

Não se sujaria por causa de uma adolescente,


3 anos mais velha que sua própria filha.

Disso eu posso falar,


Pois além de maníaco, também sou pai.

Detalhes que se escondem pela falta de provas,


Coisas que a escuridão camufla;
A mãe diz que a garota era boazinha,
E que não tinha maus hábitos.

319
?Mas,
Será que isso é verdade?

Conheço garotas de 17 anos,


Que são mais vagabundas que mulheres de 40.

Esse caso ficará esquecido pela mídia,


Pois o sensacionalismo só funciona na hora do crime;
Mas nunca nos mostra,
Se o crime é desvendado.

Porém sou obrigado a admitir,


Que esse foi um trabalho de mestre;
Gostaria muito de ter conhecido o assassino,
E descobrir sua inspiração.

E claro,
Como sou vidrado em imagens;
Adoraria conhecer o fotografo do corpo,
E saber se ele tem mais alguma imagem relacionada ao caso.

Se alguém que ler o meu livro conhecê-lo,


Peça-o para entrar em contato comigo.

E pra não perder o costume,


Digo mais:
Até que a Lisandra era gostosinha.

320
CRUCIFICADA

Mulher,
Símbolo maior da fertilidade;
Dona da sedução,
Poetiza da destruição.

A cruz,
O símbolo maior da vergonha;
Da fraqueza de quem nela morreu,
Da podridão de uma religião.

Crucificada a mulher foi,


Por ser a encarnação do pecado;
?Mas o que é o pecado,
Além da própria satisfação?

321
RITUAL CERIMONIAL

No altar o corpo nu se deita,


Em nome do Senhor da escuridão;
O punhal sagrado se ergue,
O sangue é a maior oferenda.

Se inicia o ritual cerimonial,


Com as evocações e conjuros ancestrais;
Asmodeus se faz presente,
Alimentando-se do corpo virginal.

Demônios sobrevoam rentes ao teto,


Ainda ouço seus grunidos e rugidos;
Estavam afoitos,
Festejando e se divertindo.

Uma experiência fenomenal,


Sem igual;
Em nome de Lúcifer,
E seu irmão siamês Satanás.

322
LÁBIOS DESTRUTIVOS

Fala doce,
Suave e pausada;
Sistemática,
Sem pressa.

Lady morte,
Mulher funeral;
Sedução fatal,
Filha do mal.

Lábios destrutivos,
Que se movem lentamente;
Envolvidos num batom rosa claro,
Aparentemente sem demonstrar perigo.

Faz com que os sonhos,


Se tornem pesadelos;
Suga o melhor de mim,
E cospe para bem longe.

Nos seus olhos,


As chamas da vaidade dançam;
Nas suas mãos,
Os punhais da perdição.

Serpente venenosa,
Pronta para dar o bote;
Sem se importar,
Quer apenas alimentar o seu ego.
323
POR DETRÁS DA INOCÊNCIA

Nem tudo é o que parece ser,


Você não pode se enganar;
Mantenha os olhos abertos,
Não deixe se convencer.

Por detrás da inocência,


Existe uma devoradora de pecados;
Loba em pele de ovelha,
Pronta para te atacar.

Seu corpo te envolve,


Te faz perder o controle;
Você ainda é o troféu que ela quer,
E ela vai te seduzir até te ganhar.

Não entre no jogo,


Comporte-se como um animal;
Nesse jogo sou eu quem dá as cartas,
Pois sempre venço no final.

324
INCOMPLETO

Os dias passam,
E as coisas continuam iguais;
Incompleto por inteiro,
Eu ainda me sinto.

Não acredito no amor,


Pra mim ele é uma piada sem graça;
Sentimento sem sentido,
Autodestruição.

Como um palhaço,
Que sofre de depressão;
Ilusão sem limites,
Mentiras de conexão.

Ainda me sinto incompleto,


Mesmo participando dessa piada;
Comédia da vida real,
Que sempre tem o mesmo final.

325
LÝLY

É estranho como certas coisas acontecem,


E eu me envolvo com elas;
Acho que minha vida é assim,
Como a caixa de Pandora.

Mórbido desejo,
Que me faz delirar;
Me faz me perder em pensamentos,
E arquitetar meus malignos planos.

Jogo num jogo de cartas marcadas,


Onde eu faço as regras;
E nesse jogo,
Apenas eu posso vencer.

Não importa quanto tempo demore,


Mas sempre consigo o que quero;
Mesmo que seja por um instante,
Por uma noite.

326
E é assim que será,
Nada pode mudar o destino que eu tracei;
Observem atentos,
Pois as cartas serão dadas.

Lýly,
Bela garota;
Três estrelas,
Cabelos dourados.

Ela mexe com minhas fantasias,


E não consigo explicar como;
Invade meus sonhos mais pervertidos,
E me seduz.

Na minha escuridão,
Ela é uma musa;
Que traz a luz de uma vela acesa,
Por entre minhas sombras.

Me deixou faminto,
E a fome aumenta a cada dia;
É algo que não consigo controlar,
E logo terei de me saciar.

Minha meta,
Minha próxima vítima;
O covil está preparado,
Apenas esperando o sinal.

Preciso tocar seu corpo,


Sentir sua alma;
Por um instante,
Num tempo congelado.

Cartas na manga,
Jogo sujo;
Mesmo que seja preciso trocar favores,
Com Asmodeus e Lillith.

Tudo o que eu quero,


Eu consigo;
Seja como for,
Doa a quem doer.

327
Mórbido desejo,
Que cresce dentro de mim;
Me torna um animal,
Procurando por sua presa.

E a fome ainda aumenta,


E o desejo me consome;
Mais uma noite a visitarei nos seus sonhos,
E possuirei sua mente.

Até que o tempo congele,


E a hora certa chegue;
E assim,
Eu possa possuir seu corpo físico.
13/10/2009.
328
(NÓS)

Orgulho, Honra, Ego,


Vaidades que devem ser alimentadas;
Saciando toda a sede e a fome,
Que me devoram por dentro.

Não nasci para passar vontades,


E nem para ser enganado;
Minha liberdade me leva,
Até onde os ventos sopram.

Numa estrada solitária,


Rumo ao desconhecido;
Onde me perco e me encontro,
Todo momento.

Livre, totalmente livre.

Nós;
Eu mesmo,
Comigo mesmo.

329
FOME REPTILIANA

O instinto é aguçado,
Vejo as coisas com outros olhos;
Talvez seja efeito de tantas mordidas,
Que minhas cobras me proporcionaram.

Quando se convive com as serpentes,


Acaba se aprendendo muito;
Principalmente como escolher sua vítima,
E como atacá-la.

Tantas formas,
Seja por constrição ou por envenenamento;
A vítima nunca escapa,
Quando chega o momento certo do bote.

Talvez seja o efeito,


Das salivas modificadas,
Que queira ou não,
Também é um veneno.

E talvez seja por isso,


Que sou tão frio assim;
E que essa fome reptiliana,
Nunca acabe.

330
MANÍACO PSICÓTICO

Em olhos de terror,
E mãos manchadas de sangue;
A mente criminosa nunca pára de funcionar.

O sorriso frio e mórbido,


Numa face insana,
E coberta de cicatrizes.

O dia em que a piada,


Não é mais engraçada;
E se torna um vício mortal.

Quando quem levava a alegria,


Começa a sentir alegria,
Com a desgraça dos outros.

É apenas mais um maníaco psicótico,


Igual a mim,
Nos seus dias de trevas sem fim.

331
JULIANA

Juliana,
Que vem tirando meu sono nos últimos dias;
Eu não paro de pensar nela,
Virou uma utopia.

Ela se tornou um câncer na minha mente,


Me fez perder o controle;
Talvez sejam seus olhos que me enfeitiçaram,
Ou suas belas coxas.

Linda garota,
Mais uma próxima vítima.

332
É estranho pensar,
Que só consigo pensar nela;
Ando meio desligado,
Imaginando seu corpo nu.

Mórbido desejo,
Que toma conta de mim;
Que me deixa sem dormir,
E me atormenta até o fim.

Tudo o que eu quero eu consigo,


Ela não vai conseguir escapar;
Seja por mim ou por Asmodeus,
Seja por Lillith.

É estranho como as coisas acontecem,


E como o desejo toma conta de mim;
Eu a quero agora,
Por uma noite sem fim.

Tocar seu corpo moreno,


Seus seios volumosos;
Sua boca de pecados,
Sua pele ardente.

Ah, Juliana,
Logo você será minha;
Numa noite sem fim,
Um banquete para mim.

Minha mente não pára de trabalhar,


Eu faço e examino planos;
Tudo tem que ser perfeito,
E ela vai ser minha.

Adoro desafios,
E esse é só mais um deles;
Mórbido desejo,
Que me faz viver.

Rituais de sedução,
Perversão sádica;
Masoquismo prazeroso,
Essência da vida.
333
Penso nela o dia todo,
A noite toda;
Ela invade meus sonhos,
Faz parte dos pesadelos.

Não vejo a hora,


De tocá-la;
Possuí-la,
Violá-la.

Fazê-la gritar de prazer,


De tesão;
Fazê-la pedir mais,
Sempre mais.

Uma vez minha,


Minha para sempre;
Assim sempre foi,
Assim sempre será.

334
Mórbido desejo,
Que nunca me deixa parar;
Que me faz colecionar vítimas,
Escravizar.

Dentro de pouco tempo,


Ela será minha;
Ah, Juliana,
Eu não vejo a hora.

Minha mente se prepara,


Meu espírito se fortalece;
Meu corpo queima,
E meu desejo aumenta.
28/11/2009.
335
BRINCADEIRA FATAL

Mentes humanas,
Oram por redenção;
Por liberdade,
E para viverem suas tentações.

Por detrás de um rosto,


Se esconde uma história;
Em cada sorriso,
Uma maldade.

Mãos no pescoço,
Falta de ar;
Corte na carne,
O sangue a jorrar.

Agulhas que penetram a pele,


Numa brincadeira fatal;
Fazendo do corpo,
Um playground real.
336
DIAMANDA

Irreal,
Fruto da imaginação;
Suicida, pervertida,
Sem realização.

Choques elétricos,
Num coração podre;
Uma vida sem sentido,
Diamante obstruído.

Labirinto de emoções,
Onde ninguém encontra a saída;
Ondas de um mar,
Coberto de sangue.

Morte desconhecida,
Câncer maligno;
Peste que devora,
Praga que destrói.

São sonhos despedaçados,


Num mundo paralelo;
Realidade virtual,
O demônio interno.

A loucura da sanidade,
A sensatez do distúrbio;
Embriagado pela verdade,
Procurando pela mentira.

Lua sem luz,


Explosão sem fogo;
Num espaço distante,
Entre o corpo e a alma.

Pedra preciosa,
Maçã do pecado;
Rubro rubi,
Imperfeição negada.

337
DO TOPO DA DECADÊNCIA

O desespero toma conta,


Das almas sem salvação;
Que por suas vidas inteiras,
Se ajoelharam em vão.

Suas carcaças tomam o chão,


Onde animais sedentos perambulam;
Procurando por formas de vida,
Presas sem reação.

A abstinência os deixou fracos,


Eles morrem um por um;
Corpos sem vida,
O templo vazio cristão.

Apenas os fortes sobrevivem,


Aqui no fim do mundo;
Eu vejo com meus próprios olhos,
A destruição chegar.

Caminho por entre as bestas,


Num apocalipse particular;
E vejo meus inimigos,
Padecerem antes do luar.

Quem não cumpriu sua missão,


Não deve mais viver;
Deveriam ter aguçado seus instintos,
Se tornado animais.

Mas deixaram se enganar,


Por um falso redentor;
Que não conseguiu nem ao menos,
Salvar sua própria vida.

Aqui,
Do topo da decadência eu posso ver;
Tudo acabar,
E minha bandeira reinar.

338
DESTRUIÇÃO EMINENTE

O céu escurece,
A fumaça toma conta do ar;
Ouço um enorme estrondo,
E a terra a tremer.

Os prédios começam a desmoronar,


Vejo pessoas a correr;
Umas atropelando as outras,
Numa tentativa fracassada de se salvar.

Destruição eminente,
Uma explosão complacente;
Exterminando a vida da cidade,
Que de joelhos ainda reza.

Mas aqui,
Deus não pode ouvir seus apelos;
E mesmo que pudesse,
Não os ajudaria.

Pois ele nunca ajuda ninguém,


Ele se alimenta do medo;
Ele não consegue ajudar nem mesmo,
A si próprio.

E assim de cidade em cidade,


Espalhamos nossa ira;
Em nome de Satanás,
Por honra e liberdade.
339
CÃO ASSASSINO

Matar por prazer,


Era o que ele gostava de fazer;
Nem sempre devorava suas vítimas,
Tinha uma mente doentia.

Ratos, gatos e pombos,


Estraçalhados pelo quintal;
Um cão assassino,
Apenas um animal.

Loucura passageira,
Uma proliferação do mal;
Divertimento mortal,
Imoral.

Instinto destrutivo,
Caça e caçador;
Não importa o motivo,
O importante era assistir a dor.

Talvez um ser humano encarnado,


No seu instinto mais profundo;
Um cão assassino,
Que mata por prazer.
340
NÃO FALE BESTEIRAS

Se é pra abrir a boca,


Fale algo construtivo;
Não me venha com suas idiotices,
Questões religiosas e falso moralismo.

Não tenho saco pra ouvir baboseiras,


E não quero perder meu tempo;
Sua hipocrisia me incomoda,
E alimenta meu ódio por você.

Então limpe seu rabo,


Com a sua bíblia imunda;
E engula sua cruz,
De vergonha e mentiras.

Piedade não é o meu forte,


E você não é tão gostosa assim;
Não tem nada a me oferecer,
Então morra ou me deixe em paz.

341
DESEJO E LUXÚRIA

O fogo queima por dentro do corpo,


A pele se incendeia;
Bocas se procuram,
O suor se mistura.

Sem pudor,
Apenas prazer e satisfação;
Desejo e luxúria,
Pura emoção.

Pornografia escancarada,
Vomitada na cara da sociedade;
Sem vergonha,
Destruindo tabus éticos.

Incensos acesos,
Velas a chorar;
Obscura sedução,
Embriagando a mente.

Os sentidos se tornam instintos,


O ferormonio no ar;
Desejo e luxúria,
Pela vida a se consolidar.
342
BABALOO

Como eu sempre digo,


A internet é a casa do diabo;
E por isso,
Me sinto tão bem navegando.

Numa noite especial,


Adicionei uma garota no msn;
O nome dela era Flávia,
Usava o apelido de Babaloo.

Bela morena,
Do jeito que eu gosto;
Gostava de aventuras,
E era muito desencanada.

Cabelos longos,
Boca carnuda;
Seios médios,
Bem durinhos.

Olhos atentos,
Mãos de perdição;
Ela foi uma boa amiga,
Mas o tempo não nos fez bem.

343
EU TRANSO COM AS MINHAS AMIGAS

Não é nenhuma novidade,


E todos sabem que eu adoro transar;
A qualidade nem sempre importa,
Pois é a quantidade que me incomoda.

Quanto mais melhor,


Sentir corpos diferentes;
Mulheres diferentes,
Isso é o que me faz viver.

A novidade é o que me atrai,


Comparar e questionar;
O que uma faz,
E a outra não faz.

Amizade é amizade,
E é para todos os momentos;
Nas horas tristes e alegres,
Na dor e na diversão.

344
?Então,
Na hora sexo também, não?
É justo,
E faz ênfase ao ditado:

“Amigos são para todas as horas”

Não é tão fácil quanto parece,


Mas às vezes é bem produtivo;
Eu transo com minhas amigas,
E não me importo com isso.

É uma ligação,
De amigos, irmãos, cúmplices;
O laço maior da amizade,
Entre um homem e uma mulher.

Me lembro de muitos bons momentos,


E infelizmente;
Não posso citar muitos nomes,
Pois não quero complicar a vida de ninguém.

Desde muito novo,


Criei essa concepção;
E agora aos 27 anos,
Não há como mudar isso.

Assim escolhi meu caminho,


Sou mesmo um cara pervertido;
Porém eu posso garantir que o sexo,
É bem mais gostoso quando não existe compromisso.

Vanessinha, Kátia,
Priscila, Eliane e Hellen;
Elisângela, Paula,
Viviane, Vanessa e Soraya.

Michelle, Daniele,
Jéssica, Tânia e Aline;
Ana, Giovana,
Amanda, Tatiane e Kelly.

345
Denise, Keila,
Elen, Patrícia e Cláudia;
Renata, Luana,
Juliana, Jaqueline e Isabel.

O que me excita é poder variar,


Comparar e me satisfazer;
O meu maior compromisso é comigo mesmo,
E isso ninguém nunca vai mudar.

Já tentei amar,
Mas cansei de me enganar;
A vida é assim,
A gente tropeça e aprende a lição.

Me lembro de muitas delas,


A maioria já sumiu da minha agenda;
Já tive boas amantes,
E ruins também.

Me lembro da Queiza,
Uma das melhores amantes e amigas que eu já tive;
Inclusive a imagem dessa escritura,
É de uma de nossas escapadas para um motel.

Ela sabia me fazer bem,


Me saciava emocionalmente e fisicamente;
Sua boca, seu corpo,
Suas massagens.

Me lembro de cada encontro,


De cada loucura;
Sinto falta desse tempo,
Sinto falta dela.

Bons tempos que não voltam mais,


Agora é daqui para a eternidade;
E continuo minha estrada,
Seguindo de encontro ao meu horizonte.

Nada de amor,
Apenas atração sexual;
Vivendo cada minuto,
Entrelaçando as amizades.
346
Danielly, Camila,
Lourdes, Roseli e Thaís;
Crislaine, Janaína,
Gisele, Daiana e Giulia.

Beatriz, Caroline,
Leiko, Taty e Danile;
Dayse, Hayssa,
Jully, Isa e Luciana.

É uma fome que nunca acaba,


Uma tem o que a outra não tem;
Cada uma me satisfaz ou satisfazia,
De uma forma especial.

Aninha, Mênia,
Marisa, Tayna e Laisa;
Marcelle, Liliane,
Sara, Tamiry e Samantha.

Simone, Paulinha,
Fernanda, Pamela e Taise;
Laura, Tami,
Cristiane, Lisa e Joice.

Tantos nomes para pouco espaço,


E muitos outros que não devem ser citados;
Cada uma teve o seu pedaço de mim,
Espero que os guardem até o fim.

O sexo é uma mania,


É um estilo de vida;
E a melhor de todas fantasias,
É transar com minhas amigas.

Pois somos um por todos,


E todos por um;
Saciando nossas vontades,
E nos tornando apenas um.

Eu transo com minhas amigas,


E elas gostam de transar comigo;
Trocamos favores,
Prazeres sem fim.

347
JULLY

Loira desgraçada;
Gostosa e abusada;
Como eu adorava essa garota,
Era quase a mulher ideal.

Tarada,
Não passava vontade de nada;
A qualquer hora,
Em qualquer lugar.
348
Seu corpo era um templo de luxúria,
Um vulcão sempre em erupção;
Por mais que eu me empenhasse,
Ela sempre queria mais.

Foi mais um dos meus casos proibidos,


E um dos melhores deles;
A conheci pela minha amiga internet,
A casa do diabo, e minha também... Hahahaha...

Ela ainda morava no Rio de Janeiro,


Mas estava de mudança para São Paulo;
Em poucos meses,
Ela já estava por perto.

Logo no nosso primeiro encontro,


Já nos trancamos num motel;
12 horas de sexo e perversão,
Regadas à cerveja e whiskey.

Por alguns meses foi assim,


Até ela resolver sossegar um pouco;
Fiquei por uns dois meses sem notícias dela,
E quando a encontrei ela tinha virado uma traidora.

Havia largado o som e a ideologia,


Coisas pelas quais antes ela dava a própria vida;
Se entregou à mentira e à hipocrisia,
Da religião dos fracassados.

?Como uma pessoa sabia,


Pode ter sofrido essa lavagem cerebral?
Me pergunto isso todos os dias,
Até hoje.

Pra mim ela se tornou um zumbi,


E deixou de existir no meu mundo;
Porém sempre me lembrarei,
Da minha loira fogosa,
Minha Hard Rocker putinha.

Sempre...

349
VIÚVA NEGRA

Você sabe que não pode me enganar,


E que eu conheço a cor do seu sangue;
Eu andei sozinho pelas noites frias,
E me desfiz de tuas teias.

Teus olhos já não me hipnotizam mais,


E seu corpo já não me excita;
Teu veneno já não faz efeito em mim,
Sou imune ao que vem de você.

Palavras não me confortam,


Lágrimas não me comovem;
Posso ler sua mente,
Viúva negra.
350
HARLEM

Mulher em corpo de garota,


Poucos sabem sua idade;
21 anos completos,
De sedução e perversão.

Como uma odalisca misteriosa,


Uma dançarina noturna;
Exibindo seu corpo,
Ganhando dinheiro.

Poucos sabem quem você é,


Poucos entendem o que você quer...

351
Menina anjo,
Mulher demônio;
Conhecida como Harlem,
Desejada como um troféu.

Mulher em corpo de garota,


Poucos sabem seu nome;
Adriana Ceccion,
De uma família de classe média alta.

Poucos sabem quem você é,


Poucos entendem o que você quer...

352
Você sente por dentro,
O mesmo que eu;
O vazio eterno,
Que nunca será preenchido.

Vivendo num mundo morto,


Onde tudo é perca de tempo;
Lutando apenas,
Para ter um reconhecimento.

Você gosta de prazer,


Gosta de se submeter;
Ser dominada,
Ser penetrada.

Juntou o trabalho e o prazer,


Era mais fácil de fazer;
Começou como modelo,
E depois ingressou no que queria ser.

Fotos nuas,
Revistas;
Filmes pornográficos,
Grana fácil.

Assim que deve ser,


Nunca se deixou ofender;
Sempre fez tudo o que quis,
Nunca se importou com os outros.

Alimentei sua estima,


Seu orgulho e sua alma;
E você se foi,
Caminhou sozinha.

Exalando sedução,
Desfilando perfeição;
A beleza,
Esconde a verdadeira maldade.

Usamos o que temos,


Para conseguirmos o que queremos;
Assim fomos criados,
E assim nós morreremos.

353
ME DEIXE DESLUMBRAR

Você sabe que eu gosto de observar,


Então não me deixe esperando;
Brinque com a minha libido,
Me faça enlouquecer.

Mostre o que você oferece,


Me deixe deslumbrar;
Me deixe admirar,
Explicitamente o seu corpo.

Você sabe que eu gosto de observar,


Não me deixe esperar;
Me deixe te devorar com os olhos,
Antes de te devorar com minha boca.

Mostre o que você tem,


Me deixe deslumbrar;
Me deixe admirar,
Cada parte do seu corpo.

354
PULSOS CORTADOS

Triste e sozinha,
Ela não sabia mais o que fazer;
Tentou de todas as formas,
Mas não sabia mais o que fazer.

Nua em pêlo,
Angustiada e ansiosa;
Tendências suicidas,
Mente perturbada.

Tentou se jogar da escada,


Mas não obteve efeito;
Ganhou alguns hematomas,
E um corte no lábio inferior.

355
Seguiu até uma gaveta,
Onde se encontrava um antigo punhal;
Lâmina trabalhada,
Com desenhos medievais.

Não muito afiada,


Mas para ela não importava;
Estava desesperada,
Só queria acabar com seu sofrimento.

356
Lembrou-se de um filme que havia assistido,
E levou a lâmina aos pulsos;
Fechou os olhos,
E começou sua falsa salvação.

De pulsos cortados,
Ela sangrou até a morte;
Ali,
Ao lado da imagem de um falso santo.

Viu sua vida todo passar perante seus olhos,


E não encontrou novamente o motivo;
O motivo que a fez tomar essa atitude,
Insana e perigosa.

Sentiu a morte chegar,


Pouco a pouco;
E foi adentrando ao vale dos suicidas,
Lugar onde passará sua eternidade.

E ainda sentirá seu sangue escorrer,


E ainda sentirá toda a angustia e a ansiedade;
E ainda sentirá o beijo frio da morte,
E sentirá os vermes devorando seu corpo.

Viverá no infinito,
Em dor eterna;
Até o fim dos tempos,
Quando finalmente será executada.

E forçada a trabalhar,
Ser escravizada;
Para pagar por sua ignorância,
E falta de coragem.

357
MAIS DO QUE O NORMAL

Garota louca,
Acabou de deixar a adolescência;
Hormônios à flor da pele,
Fogo luxurioso a queimar.

Ela apostava no seu visual moderno,


Extravagante e curto demais;
Tinha um belo corpo,
Que merecia ser mostrado.

Ela queria sempre mais,


Não se contentava com o normal;
Era difícil acreditar,
Como ela cavalgava num pau.

358
Trabalho de profissional,
Ela não fazia de qualquer jeito;
Ela transava intensamente,
Como se todos fossem o primeiro.

Prazer em troca de prazer,


Era assim que ela denominava;
Às vezes é difícil esquecer,
O quanto ela era safada.

Ninfomaníaca,
Mais do que o normal;
Tarada, vadia,
Garota infernal.

No quarto, na sala,
No banheiro ou no quintal;
Pra ela não importava o local,
O importante era o prazer sem igual.
359
HARD ROCKER GIRL

Noites loucas,
Enchendo a cara por aí;
Nada a ganhar,
E muito menos a perder.

A gasolina queimava no carburador,


Ninguém segurava a minha fera;
O vento bagunçava nossos cabelos,
A capota sempre estava aberta.

360
Sol ou chuva,
Calor ou frio;
Nada nos atrapalhava,
O importante era a balada.

A noite caía,
E a gente pegava a estrada;
Tigertailz rolando no player,
Love Bomb Baby era um arraso.

Nada podia nos fazer parar,


O conhaque nos fazia continuar;
Entravamos em transe,
E transamos em qualquer lugar.

Todo dia era fim de semana,


Não dava pra escapar;
Ela me fazia ficar louco,
Todas as paredes eu já sabia escalar.

Hard rocker girl,


Que me deixava fora do lugar;
Estar com ela era confusão,
Mas eu nunca podia falar não.

Varávamos as madrugas,
Num toque de rhum e passas;
Álcool, sexo e Rock n’ Roll,
Era tudo o que eu via pela estrada.

Kiss – Alive III,


I just wanna fuck;
I just wanna fuck,
I just wanna fuck with you.

Lema, hino,
Sempre um repeat no player;
Estilo de vida,
Sexo com adrenalina.

Ninguém poderia entender,


O correto seria viver;
Sentir na própria pele,
Carne, corpo e mente.
361
ROD “APERTADOR DE TETAS” HELL

Hahaha...
Como eu adoro me lembrar;
Apelidos antigos são foda,
Sempre marcam um tempo.

Não é novidade nenhuma,


Todos sabem que sou tarado por seios;
Não existe nada que me deixe mais louco,
Do que uma bela elevação peitoral.

Seios,
Peitos, peitinhos, peitões;
Tetas, tetinhas, tetões,
Médios, pequenos e grandões.

Não importa como são,


E sim o que são;
Não importa o formato ou o tamanho,
O importante é estar ao alcance das mãos e da boca.

Louco,
Doente,
Viciado,
Tarado.

362
A primeira coisa que eu olho,
Vejo e presto atenção numa mulher;
São os seios,
E o estilo do seu sutien.

É uma tara,
Algo sem explicação;
Eu morreria feliz,
Com um seio em minha mão.

Peitos durinhos,
Ou aqueles mais balançantes;
Quero todos pra mim,
Quero eles aos montes.

Seios,
Peitos, peitinhos, peitões;
Tetas, tetinhas, tetões,
Médios, pequenos e grandões.

Insano,
Pervertido;
Safado,
Tirano.

363
Não importa como são,
E sim o que são;
Não importa o formato ou o tamanho,
O importante é estar ao alcance das mãos e da boca.

Eu não ligo para o que pensem,


Eu não ligo para o que digam;
Tudo o que eu quero são peitos,
Para me servirem de abrigo.

Os pequenos,
São delicados e macios;
Os médios,
Cabem direitinho na boca;

Há..
E os grandões,
Eu nem te falo;
Fazem uma espanhola louca.

Seios,
Peitos, peitinhos, peitões;
Tetas, tetinhas, tetões,
Médios, pequenos e grandões.

Louco,
Doente,
Viciado,
Tarado.

Insano,
Pervertido;
Safado,
Tirano.

?E aí,
Tá afim?
Então,
Mostra os seus seios pra mim.

Quero senti-los,
Quero apertá-los;
Não é a toa que sou chamado de :
Rod “apertador de tetas” Hell.

364
365
PERNIL À LA HELL

Ingredientes:

- 1 peça de pernil de porco já fatiado


- Cebola a gosto
- Alho a gosto
- Salsa a gosto
- Orégano a gosto
- Tempero a gosto (Recomendo Tempero Baiano, por ser mais picante).
- 3 batatas
- 3 cenouras
- 2 copos de vinhos tinto seco

Como fazer:

Tempere o pernil com a cebola, o alho, a salsa, o orégano e o tempero de


sua preferência, com pelo menos 30 minutos de antecedência, deixando-o
descansar já na forma onde será assado.
Corte as batatas e as cenouras em cruz juntando-as na forma junto ao
pernil. Em seguida, despeje um copo de vinho sobre a carne. Cubra com
papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido em 280°c por 10 minutos.
Deixe assar por 15 minutos, vire o pernil e despeje o segundo copo de
vinho. Cubra-o novamente e deixe no forno por mais 15 minutos. Retire o
papel alumínio e deixe dourar.

366
CAMARÃO NA MORANGA

Ingredientes:

- 1kg de camarão médio


- 4 colheres (sopa) de azeite
- Alho a gosto
- Cebola a gosto
- 5 tomates sem sementes
- Tempero a gosto
- 1 lata de creme de leite sem soro
- 300g de requeijão cremoso
- 1 moranga
- ½ copo de vinho branco Ulian

Como fazer:

Retire a tampa da moranga, e em seguida as sementes. Lave e enrole-a


em papel alumínio. Leve ao forno e asse por 45 minutos. Reserve-a.
Em uma panela, aqueça o azeite e refogue a cebola e o alho. Junte o
vinho, os tomates picados e o tempero. Desligue.
Acrescente o creme de leite e a seguir os camarões já aferventados.
Cozinhe por 5 minutos. Reserve.
Espalhe o requeijão no interior da moranga que estava reservada, e
depois despeje o creme de camarão. Leve ao forno por mais 5 minutos.

Dica: Pode-se juntar ao creme de camarão, anéis de lula picados e


pedaços de posta de cação. Pode-se acrescentar também molho de tomate.
E também pode-se trocar os frutos do mar por frango, palmito, champignon
ou carne seca.

367
BOLO DE CENOURA

Ingredientes:

- 1/2 xícara (chá) de óleo


- 3 cenouras médias raladas
- 4 ovos
- 2 xícaras (chá) de açúcar
- 2 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo
- 1 colher (sopa) de fermento em pó

Cobertura

- 1 colher (sopa) de manteiga


- 3 colheres (sopa) de chocolate em pó ou Nescau
- 1 xícara (chá) de açúcar
- Se desejar uma cobertura molinha coloque 5 colheres de leite

Como fazer:

Bata no liquidificador primeiro a cenoura, o óleo e os ovos, acrescente o


açúcar e bata por 5 minutos.
Depois em uma tigela, coloque o resto dos ingredientes misturando tudo,
menos o fermento. Esse é lentamente misturado depois com uma colher.
Asse em forno pré-aquecido em 180°c por 40 minutos.

Para a cobertura: misture todos os ingredientes, leve ao fogo, faça uma


calda e coloque por cima do bolo.
Se o seu liquidificador for bem potente, o bolo todo pode ser feito nele.

Dica: A cenoura pode ser substituída por moranga. Se não quiser fazer a
cobertura de chocolate, pode-se espremer o suco de uma laranja, misturar 4
colheres (chá) de açúcar, e espalhar sobre o bolo ainda na forma, levando-o ao
forno por mais 3 ou 4 minutos.

368
DOCE DE MORANGA

Ingredientes:

- 1,5kg de moranga descascada e picada bem fina


- 1 litro de leite
- 1 vidro de leite de coco pequeno
- 100g de coco ralado
- 2 xícaras de açúcar
- 50g de cravo
- 2 pitadas de sal

Como fazer:

Coloque o açúcar numa panela grande e leve ao fogo, até formar uma calda
clara. Acrescente o leite de coco, o leite, o cravo e o sal.
Depois de 5 minutos acrescente a moranga e vá mexendo ate começar a
ferver.
Abrande o fogo e deixe que o volume se reduza pela metade. Acrescente o
coco ralado, misture bem e retire do fogo.
Deixe esfriar e sirva.

Dica: Reduza a quantidade de cravo e aumente a de coco.

Hahahaha... Hell também é culinária...

369
GELATINA DE ABACAXI

Ingredientes:

- 1 abacaxi maduro
- 2 gelatinas sabor abacaxi
- 1 lata de creme de leite sem soro
- 1 lata de leite condensado

Como fazer:

Numa panela, ferva o abacaxi cortado em cubos. Após a fervura, separe


os cubos de abacaxi numa tigela e reserve a água usada.
Separe a quantidade necessária da água da fervura do abacaxi para diluir
as gelatinas.
No liquidificador, bata o creme de leite, o leite condensado e o
preparado para gelatinas.
Despeje o conteúdo do liquidificador na tigela onde estão os cubos de
abacaxi fervidos, misture e leve à geladeira por 1 hora.
Depois é só servir.

Ps.: Esse é um dos doces que eu mais gosto. Dá um pouco de trabalho


pra descascar o abacaxi, mas vale a pena.
Pena que já faz um bom tempo que eu não faço. Minhas últimas
geladeiras não prestavam pra fazer gelatina nem fodendo. Hehehe...

370
MACARRÃO NA MANTEIGA

Ingredientes:

- 500g de macarrão da sua escolha


- 4 colheres (sopa) de manteiga ou margarina
- 2 colheres (chá) de orégano

Como fazer:

Prepare o macarrão como você costuma preparar, ou siga as instruções no


verso.
Depois de cozido e escoado, leve o macarrão a uma panela em fogo baixo
e misture a manteiga. Quando a manteiga estiver completamente derretida e
misturada ao macarrão, misture o orégano.

Dica: Pode-se substituir a manteiga por azeite.


A vantagem do macarrão feito dessa forma, é que ele não gruda
depois de esfriar.
Pode ser servido com molho de sua preferência também, e
acompanhado de um bom vinho tinto suave.

TORRADAS

Ingredientes:

- Pães amanhecidos
- Manteiga ou azeite

Como fazer:

Corte os pães em rodelas, passe manteiga ou molhe com azeite uma de


suas superfícies e salpique com orégano.
Leve ao forno até dourar.

371
PUDIM DE PÃO

Ingredientes:

- 6 pães amanhecidos tipo francês


- 4 ovos inteiros
- 2 colheres de açúcar (ou a gosto)
- 1 lata de leite condensado (opcional)
- 1 pacote de coco ralado
- 1 colher de margarina
- 2 copos de leite

Como fazer:

Numa bacia, coloque os pães de molho com um pouco de água até


ficarem bem molinhos. Com as mãos, esprema os pães até formar uma
massa tipo mingau. Então acrescente todos os outros ingredientes (menos o
coco ralado) e misture bem.
Unte uma forma com óleo de soja, polvilhe farinha de trigo e despeje
a massa. Então polvilhe o coco ralado por cima. Leve ao forno a 250°c por
25 minutos ou até dourar a parte de cima.

Dica: Numa panela, coloque 6 colheres (sopa) de açúcar e leve ao


fogo até formar uma calda clara, despeje meio copo de vinho tinto suave e
mexa bem. Depois despeje essa calda por cima do pudim.

372
LAZANHA DE PÃO DE FORMA

Ingredientes:

- 1 pacote de pão de forma tradicional


- 600g de mussarela
- 500g de presunto
- 400g de molho de tomate
- Orégano a gosto
- Erva-doce a gosto

Como fazer:

Tire toda a casca do pão de forma.


Espalhe molho de tomate no fundo da forma e coloque uma camada de
pão para servir de base. Depois é só ir montando as camadas como numa
lazanha normal, alternando entre recheio, molho e pão.
Levar ao forno e servir.
Rápido, pratico e barato... Hehehe...

373
PITTY HUGH

Curvas infernais,
Em olhos desafiadores;
Convite para a perdição,
Para a destruição.

Meiga e virginal,
Tentadora e sedutora;
Ela te leva para a beira do abismo,
E com um beijo te empurra.

Ninguém conhece seu segredo,


Mas todos morrem para descobrir;
Ela é uma estrada perigosa,
E nela eu ainda vou me perder.

Não sei quando,


E não sei onde;
Mas o instinto avisa,
Basta estar pronto.
374
VERMELHA

Queimo em brasa,
Minha memória apaga;
Já não sei mais o que eu faço aqui.

Respiro fundo,
Olho pro outro lado;
Já não consigo mais pensar aqui.

Você me faz perder a cabeça,


Quando se insinua assim;
Se mostrando assim pra mim.

Toda perfeita,
Com pele de seda,
E lingerie vermelha.

375
Viajo no seu corpo,
Até um mundo desastroso;
Não sei o que será de mim.

Escultura em carne,
Que seduz e respira;
Se perca comigo assim.

376
FAMINTO NOVAMENTE

As horas parecem não passar,


Minha respiração está pesada;
O filme se repete lentamente,
Meu reflexo desaparece.

Não consigo pensar direito,


Tudo parece fugir às regras;
Olhos cansados, vermelhos e fixados,
Esperando o momento certo.

Não sinto a vida como sentia,


Hoje é só um jogo de sobrevivência;
?O morto está tão morto,
Quanto parece estar morto?

Estou faminto novamente,


Tenho que caçar, matar;
Preciso me alimentar,
Alimentar minha maldade e meu ego.

O tempo parece ter congelado,


Tudo ainda parece imóvel;
Meus movimentos são lentos,
Mas causam danos irreparáveis.

377
FIAT MALES

Faça-se o mal,
Assim ecoou a voz em minha mente.

Transformando-me no que sou,


Sem piedade, sem arrependimento,

Fiat males,
Finis lux.

378
TEMPESTADE, TEMPORAL

Céu negro,
Em ruas de sangue;
Existem lugares em que o sol não chega,
Onde sempre é escuridão.

Tempestade, temporal,
Que lava as pegadas de sangue;
Limpa toda a sujeira,
Que ficou no fim do beco.

Ninguém sabia,
Além de você;
Agora deixo exposto,
O que todos querem conhecer.

379
O CARNICEIRO

Cheiro forte,
Cheiro de morte;
Nesse quarto fechado,
Corpos amontoados.

A lâmina fria se aquece,


Cada vez que eu a amolo;
Fio zero,
Corte perfeito.

Me alimento de carne fresca,


Enquanto os vermes ficam com as sobras;
As moscas são enviadas por Belzebuth,
Para assistirem minha matança.

Me conhecem como:
O carniceiro;
Pois os poucos corpos que me desfaço,
Ficam irreconhecíveis.

A noite chega e já é hora do jantar,


Escolherei mais uma pessoa para matar;
Assim eu sigo calado,
Me alimentando exilado.

380
O SILÊNCIO DOS CULPADOS

Escolho minhas vítimas uma a uma,


Tenho descrições para seguir;
Conheço seus pecados,
E a podridão de cada uma.

Elas sabem que não podem se esconder,


Quando chegar a hora certa vão morrer;
A matança nunca acaba,
Pois tenho que punir, tenho que me alimentar.

Devoro seus pecados,


Devoro seus corpos e suas mentes;
São incapazes de gritar,
Esse é o silêncio dos culpados.

Morrer é só uma transição,


Eu cuido de toda a parte carnal;
No submundo,
Será onde seus espíritos pagarão.

Eu purifico através da dor,


Com derramamento de sangue;
Assim fui treinado,
E para isso é que eu vivo.

Meus olhos não podem dizer,


Tudo o que eu posso fazer;
Eu ainda sou conhecido,
Como carniceiro.

Me alimento da carne fresca,


Enquanto os vermes ficam com as sobras;
Aqui nesse quarto fechado,
Onde os corpos são amontoados.

Eu devoro seus pecados,


Devoro seus corpos e suas mentes;
Elas são incapazes de gritar,
Esse é o silêncio dos culpados.

381
SORRISO MALICIOSO

Ela me fitou,
E me seguiu por todo o bar;
Na porta do banheiro,
Ela veio me abordar.

Com um sorriso malicioso,


Ela segurou minha mão;
E com sua proposta indecente,
Me levou pelas correntes.

Dois quarteirões,
Um motel barato;
Era ali mesmo,
Onde tiraria o seu atraso.

Toda nua,
Seios lindos e fartos;
E aquele sorriso malicioso,
Ainda iluminava todo o quarto.

382
TODAS ELAS

Todas as vagabundas eu já peguei,


E com todas elas eu transei;
Até as que eram santas eu cultivei,
E com elas eu também transei.

Algumas não prestavam,


Outras prestavam até demais;
Mas com todas elas eu transei,
E todas elas eu deixei.

As piranhas me adoram,
Me glorificam pela sacanagem;
As boazinhas eu estrago,
E deixo piores que as vadias.

Sou um vício,
Consumo corpo e alma;
Enveneno com sexo,
Pro resto da vida.

Nenhuma delas será novamente,


O que já foram um dia;
Pois eu instigo a libido,
A falta de pudor.

Todas as prostitutas eu já comi,


E nenhuma delas eu paguei;
Comigo não é pela grana,
E sim pela satisfação.

Não adianta correr,


A próxima pode ser você;
Experimente um pouco,
E sempre você vai querer.

Não sou de uma só,


Pois sou de todas elas;
Pois meu maior compromisso,
É me satisfazer.

383
MAIS UMA TENTAÇÃO

Não faz muito tempo,


Talvez uns dois meses;
Não tenho muita certeza,
Minha cabeça não anda tão boa.

Era uma sexta-feira,


E eu não queria ficar em casa sozinho;
Tomei um banho,
E caí dentro de um visual.

Acabei colando na Led Slay,


Já que é praticamente do lado de casa;
Eu também não estava afim,
De dirigir pra muito longe.

Como sempre entrei, peguei uma breja,


E me encostei nas caixas de som;
Estava rolando Dream On,
Do Aerosmith.

Observei uma garota de relance,


Que me lembrou muito a Isabele;
Fiquei encarando,
Até perceber que na verdade não era ela.
384
A semelhança me chamou muito a atenção,
E acabei chamando ela pra tomar uma breja comigo;
Ela estava sozinha,
E de prontidão aceitou o convite.

O nome dela era Ana Paula,


Tinha 21 anos;
Linda, gostosa, solteira,
E morava sozinha.

Passamos a noite toda bebendo,


E curtindo um som;
Ela era inteligente,
E gente boa.
385
O álcool começou a fazer efeito,
E acabamos dando uns beijos;
A coisa foi esquentando,
E fomos para baixo do palco.

Nossas mãos corriam soltas,


Nada podia nos parar;
O tesão era notado de longe,
Quase transamos ali mesmo.

Decidimos respirar um pouco,


Assim que a garrafa de breja secou;
Fomos buscar mais combustível e aí veio a idéia,
De levá-la pra casa dela.

Ela disse que morava na Vila Carrão,


Perto do cemitério;
Não era muito longe,
E como o som já estava fraco, fomos pra lá.

Sem tempo para pensar,


Muito menos para respirar;
Coloquei a Puma na garagem de onde ela morava,
E coloquei minha mão na garagem dela.

Alguns passos e estávamos na porta,


Já nos debatendo pelas paredes do corredor;
Porta aberta e roupas no chão,
Não dava pra esperar.

386
Nos jogamos na cama,
E ali íamos nos enterrar;
Naquele momento,
O mundo poderia acabar.

Foi mais uma tentação,


Que eu não pude evitar;
Essa é daquelas,
Que também não dá pra apagar.

Às vezes fecho os olhos,


E ainda vejo ela rebolar;
Em cima de mim,
Num transe frenético.

Mais uma louca tentação...

387
Trepamos como loucos,
Como se o mundo fosse acabar;
E se acabasse ali,
Morreríamos felizes.

Ainda sinto o gosto dela,


Os seios dela na minha boca;
Escrevendo aqui,
Me excito com as lembranças.

Estávamos loucos,
E vivemos nossa loucura;
Intensamente,
Até o dia clarear.

Eu não estava com a minha máquina fotográfica,


Disso sim eu me arrependo;
Pois as fotos de celular,
Nunca ficam muito boas.

Tive que colocar crédito no celular dela,


Para poder enviá-las pro meu e-mail;
Deu o maior trabalho,
Mas sempre vale a pena.

Porém, o que vale é a minha lembrança,


É lembrar de tudo o que aconteceu;
Naquela noite única,
Nossa primeira e última noite.

De tentação,
De aventura;
De orgia,
De luxúria.
388
ÓDIO MORTAL

O ódio cresce por dentro,


Consome a alma;
É um sentimento pesado,
Como segurar o mundo como Atlas.

Eu duvido que você,


Realmente saiba o que é o ódio;
O ódio é eterno,
Mais forte que a fome.

É um instinto,
É animal, sem raciocínio;
É a capacidade de matar,
E jantar sua vítima.

O ódio é mortal,
Faz montanhas se moverem;
Escurece o céu,
E provoca tempestades.

Poucos humanos o conhecem,


Sabem aonde esse sentimento pode levar;
O ódio é único,
É devastador.

Como um animal faminto,


Devorando sua presa;
Devastando vidas,
Puramente instintivo.
389
TRANSAR É VIVER

Ano de 2009,
As pessoas ainda se fazem conservacionistas;
Vivendo uma vida superficial,
Sem emoções, sem tentações.

Deixam-se levar por leis extintas,


Hipócritas leis meramente ridículas;
Que sugam a alma,
Num canudo gigante vermelho e branco.

Prendem-se num mundo imaginário,


Onde se ajoelham e rezam;
Elas se arrependem de suas fornicações,
Repelem a luxúria.

Vivem casamentos demasiados,


Baseados em mentiras e convívio insuportável;
Renegam a liberdade,
A vontade e o desejo.

Nascem, reproduzem e morrem,


Esquecem de viver;
Religiosos idiotas,
Se esquecem que transar é viver.

390
POR MAIS DIVERSÃO

Noites vem,
Dias vão;
Alguma coisa muda,
Mas o resto sempre fica como está.

Amor só se faz com quem se ama,


E como eu não amo ninguém,
Eu transo com todas.

O amor é uma flor roxa,


Que nasce no coração dos trouxas;
O prazer é uma garrafa de whiskey,
Que eu tomo até a última gota.

Amor não existe,


Tudo é atração sexual;
Pois o sexo é o principal.

Transar no sol quente do dia,


No sereno frio da noite;
Na névoa densa da mata,
No banco surrado do meu carro.

391
ALTA TENSÃO

Hoje o dia está quente,


A preguiça toma conta;
A sede aumenta a cada minuto,
Fica difícil de pensar corretamente.

A mente é uma caixa de Pandora,


Apenas esperando para ser aberta;
O destino não está escrito,
Mas a destruição é mais complacente.

Alta tensão,
Eletricidade estática;
200.000 voltz,
Devastação em massa.

Os demônios devoram os anjos,


A maldição recai sobre a terra;
Raios e trovões,
Ditam as novas leis.

392
NAS ASAS DA SUCUBUS

Fêmea do submundo,
Entidade infernal;
Visita-me durante a madrugada,
Violando meu corpo nu.

Nos meus sonhos,


Encontro teus desejos;
No teu corpo irreal,
Encontro a satisfação.

Rasgue minha carne com suas garras,


Envolva-me em suas asas;
Abrace-me,
Usa-me por mais esta noite.

393
CAÇAR

A vida é um jogo,
Onde se joga para sobreviver;
A lei do mais forte,
O instinto animal.

Me alimentar não é não fácil,


Às vezes passo dias sem comer;
É difícil caçar por aqui,
A comida está escassa.

Correr, atacar e matar,


Não é tão fácil quando não se come há dias;
Meu corpo fica debilitado,
Fraco.

Aqui,
Eu tenho que caçar para comer;
Caçar,
Para sobreviver.

E quando mato,
Deixo a presa aos meus pés;
Defendo minha comida com a vida se preciso,
Pois é assim que meu mundo funciona.

394
ABRAÇO MORTAL

Paciência é uma virtude,


Sincronismo é uma qualidade;
Tudo é um cálculo físico-matemático,
Entre ataque, velocidade e mira.

Mantenho meu metabolismo baixo,


Assim a presa não me percebe;
Minha respiração é curta e pausada,
Estou praticamente imóvel.

Quando minha presa vacila,


Eu dou meu bote;
Rápido e certeiro,
Um convite para a morte.

Seguro-a entre meus dentes,


E lhe dou um abraço mortal;
Sinto sua agonia,
Seus últimos suspiros.

Sinto sua vida definhando,


Sua respiração parando;
Logo me alimentarei de sua carne,
E procurarei uma nova vítima.

395
MORDIDA MORTAL

Sou o senhor da geleira,


O rei animal;
Mantenho minhas garras afiadas,
Para estraçalhar minhas vítimas.

Minha mordida é fatal,


Do meu reino é a mais mortal;
Algumas toneladas,
Distribuídas entres dentes e caninos fortes.

Matar animais pequenos é perca de tempo,


Eu caço para me alimentar;
Então,
A matança deve valer a pena.

Escolho a olho,
Quanto maior, melhor;
Ataco ferozmente,
Até deixá-lo no chão.

Com minhas garras afiadas,


Eu dilacero a carne;
E com minha mordida mortal,
Eu garanto o meu almoço.

396
MÃE LEOA

Atenta caçadora,
Rápida e voraz;
Nada pode detê-la,
Ela é a senhora da selva.

Eximia caçadora,
Insistente e aterrorizadora;
Raramente deixar sua presa escapar,
Ela é a matadora.

Fêmea fatal,
No topo da cadeia alimentar;
Predadora, devastadora,
Mãe leoa.

Ela corre ao lado da morte,


Caça incansavelmente;
Alimenta seus sucessores,
Filhos de seu sangue.

Morre para protegê-los,


Preserva o que é seu;
Prestativa, predadora,
Mãe leoa.
397
ESCRAVA SEXUAL

Cabelos vermelhos,
Em sua lingerie de couro vermelha;
Escrava sexual,
Escrava do fogo.

Implorando para ser punida,


Por seus maus hábitos e por sua antipatia;
Presa ao meu desejo,
Obedecendo ao meu prazer.

Faz da dor sua satisfação,


Da humilhação seu fetiche;
Das minhas ordens sua vida,
Do meu sêmen sua bebida.

398
ÁCIDO

Líquida composição,
Alquimia antepassada;
Entre uso médico,
E uso de tortura.

O caldeirão lá embaixo está cheio,


E em minutos seu corpo desaparecerá;
Vou descer você lentamente,
Eu quero ver você sofrer.

Choque anafilático,
Você não vai agüentar;
Nada pode mudar,
Os planos que tenho para você.

As correntes são fortes,


As engrenagens bem montadas;
Centímetro por centímetro,
A sua morte se aproxima.

Jogos de um psicopata,
Eu sei como jogar;
Me chamam de sociopata,
E eu nem sou tão anti-social.

Meu caldeirão de ácido solta seus gases,


O cheiro já é insuportável;
Os olhos lacrimejam,
E a respiração fica pesada.

Enquanto você desce cada vez mais,


E chega cada vez mais perto do seu destino;
Minha excitação aumenta,
Não vejo a hora de te matar.

Quero ver seu corpo se desintegrar,


Enquanto você se contorce;
E crava na sua mente,
Que eu não aceito traições.

399
PERFEIÇÃO NATURAL

Sem muito o que falar,


As imagens dizem mais;
Expressam tudo,
De uma forma totalmente bela.

19 anos e um corpo escultural,


Perfeição natural;
Tem o sonho de ser modelo,
Seu verdadeiro nome é Andréia.

Não faz muito tempo que a conheço,


Mas temos uma boa amizade;
Ela contribuiu com esta obra,
Pedindo apenas para não mostrar seu rosto.

Como sou atencioso,


Atendi o seu pedido;
Mas perdendo a libido,
Cai nas suas teias de sedução.

400
Sou um cara que viu já de tudo,
Todos os corpos que você possa imaginar;
Mas realmente fiquei louco,
Com esse corpo espetacular.

Mesmo de roupa ela é uma delícia,


Brincando em suas poses com malícia;
Morena tentação,
Meu caminho de perdição.

Uma mulher assim é chave cadeia,


E eu me trancaria até morrer;
Trair uma gostosa assim é pura besteira,
Uma grande idiotice.

Se fosse minha,
Eu nunca mais saía de casa;
Me internaria na cama,
E aproveitaria a vida inteira.

401
Pura perfeição natural,
Uma escultura real;
Uma mulher perfeita,
Tudo o que eu poderia querer.

Fiquei enfeitiçado pelo seu corpo,


Não consigo parar de olhar;
Observo, admiro,
Me excito só de pensar.

Se eu a tivesse,
Nunca mais iria largar;
Ela seria minha rainha,
Minha serei do mar.

Dançaríamos entre as chamas,


Que sairiam dos nossos corpos;
Nos afogaríamos em nosso suor,
Todos os dias, todas as noites.

402
E seria difícil eu me enjoar,
Pois ninguém se enjoa de algo perfeito;
Uma obra de arte,
Andréia minha Astarte.

Cabelos longos,
Seios bonitos;
Barriguinha lisa,
Bundinha redonda.

Pura sedução,
Que alimenta o meu tesão;
Talvez a garota perfeita,
Para caminhar ao meu lado.

Mas só o tempo vai dizer,


E eu não vou fazer ele correr;
Eu posso esperar,
Até ela me desejar.

Perfeição natural,
Morena fatal;
Escultura real,
Mulher ideal.

403
TODAS AS VEZES

Todas as vezes que me apaixono,


Tudo é sempre igual;
No começo é grande,
Imenso e intenso.

Mas com o passar do tempo,


Vai esfriando;
Chega ao ponto,
De estar apenas pelo bom sexo.

Todas as vezes,
É sempre a mesma coisa;
Um sentimento forte,
Porém passageiro.

Não sei ser um cara apaixonado,


Não sei amar incondicionalmente;
Na verdade,
Eu nem acredito no amor.

Eu vivo o momento,
O instante;
Calorosamente,
Intensamente.

Mas sei que logo isso passa,


E a paixão fica escassa;
Sempre foi assim,
Todas as vezes.

Tenho um grosso caderno,


Uma longa lista;
Que provam o que eu digo,
Com cada uma delas, sempre foi assim.

Talvez seja um problema meu,


Mas me amo acima de tudo;
E de repente eu me lembro disso,
E esqueço o que sentia por ela (ou pela outra).

404
LEIKO

Haha, era uma boa época,


Eu havia montado o Wild Cats;
Tudo ia numa boa,
Tinha rolê todo fim de semana.

Eu ainda morava na casa do meu pai,


Não tinha muito com o que me preocupar;
Eu curtia a cada minuto,
Pra não deixar a vida passar.

Na casa do lado,
Uma família acabava de se mudar;
Uma mistura estranha,
Um japonês casado com uma negra.

Mas o que me chamou atenção,


Eram suas filhas;
Elas eram em três,
Sumiko, Leiko e Karina.

A Sumiko não era lá essas coisas,


Então nem chamou minha atenção;
A Leiko era a do meio,
Muito gostosinha.

A Karina era muito piveta,


E eu não estava afim de ser preso;
Então,
Ela acabou sobrando pro Ralph.

405
Tudo começou na boa,
Numa amizade sossegada;
Uns tapas na parede do quarto,
Trocando idéia pela janela.

A gente acabou se pegando,


De uma forma meio que escondida;
Mas dava pra curtir muito,
A gente aprontava.

Ela esperava o pessoal da casa dela dormir,


E me ligava no meio da madrugada;
Eu corria para o quintal,
Pulava o muro e logo estava na sala dela.

Quantas vezes a gente transou no chão da sala,


Sem fazer barulho pra ninguém acordar;
Quantas vezes a gente transou,
Em cima da mesa do jantar.

Me lembro de uma vez,


Em que ela estava menstruada;
E nós estávamos transando no sofá,
E depois fomos pro chão.

Quando terminamos nossa ação,


Percebemos a confusão;
O sofá claro e o tapete da sala,
Estavam sujos de sangue.

Passamos a madrugada toda limpando,


Antes que alguém acordasse e visse aquela bagunça;
Foi pura adrenalina,
Eu adorei tudo aquilo.

Por uns dois meses,


Eu pulava aquele muro quase toda maldita noite;
Sempre valia a pena,
Eu sempre queria mais.

A situação era meio difícil,


Ela ainda tinha 17;
Então tudo era por baixo dos panos,
Até um dia o pai dela descobrir.

406
Estávamos agarrados num muro,
Atrás do C.D.M.;
Quando ele apareceu de carro e viu a cena,
Fez a gente entrar e fomos pra casa dele.

Chegando lá,
Eu pensei que ia ouvir um monte;
Mas o cara até era gente boa,
Só falou que queria a gente se pegando na rua.
(Ele nem imaginava o que a gente fazia toda madrugada).

Tive que assumir um namoro,


E acabou durando um mês e meio;
E mesmo assim a gente ainda fazia certas coisas escondidas,
Pra não perder a graça da vida.

Não me recordo,
Se era num natal ou numa virada de ano;
Mas me lembro que fomos na casa da minha avó,
E eu tava louco pra trepar.

Peguei ela pelo braço,


E levei ela pra rua de trás;
Onde ficava o escritório em que eu trabalhava,
E pra variar eu estava com as chaves.

Abri as portas e caímos pra dentro,


Estávamos loucos de tesão;
Joguei ela em cima da mesa do meu chefe,
E ali mesmo a gente trepou.

Cara, me lembro até hoje,


Foi loucura total;
Depois voltamos pra festa,
Na maior cara de pau.

Mas como nada é eterno,


Chegou o dia da gente terminar;
Não gosto de pessoas que falam de mais,
E ela acabou falando.

Odeio pessoas que não sabem guardar,


As coisas para si mesmos;
E sentem necessidade,
De ter que contar tudo pra alguém sempre.
407
Depois do último dia,
Não existiram outros dias;
Foi um fim real,
Sem flashback ou remake.

Mas sincero como sou,


Não posso deixar de falar;
Ela era única,
E deixou sua marca.

Nunca transei com ninguém,


Com uma buceta tão quente e úmida na minha vida;
Não existiu até hoje,
Uma que a superasse.

Não sei se é o tempero oriental,


Pois não peguei mais nenhuma mestiça;
Mas tenho certeza de que como ela,
Não existe outra.

Fora que ela tinha os peitos lindos,


Tamanho médio;
Redondindo,
De mamilos caramelos.

A última noticia que tive dela,


Foi que ela tinha ido pro Japão,
(E ela tinha me chamado pra ir quando estávamos juntos);
E lá conheceu um cara,
E já teve dois filhos.

408
GLAM ROCKER

Você é o que você acreditar ser,


O que você luta pra ser;
A bandeira que você levanta,
A ideologia que você segue.

A maquiagem tem um sentido,


Existem inúmeras coisas por detrás dela;
É uma pena que seus valores tenham se perdido,
Por causa de pessoas sem escrúpulos que só pensaram em dinheiro.

A imagem foi banalizada,


O que era orgulho às vezes se torna vergonha;
Mas a maioria dos falsos caíram,
E muitos ainda cairão.

Pois os verdadeiros nunca morrem,


E sempre lutam por seus ideais...

409
Eu já derramei meu sangue,
E ele escorreu em muitas ruas da cidade;
Também já derrubei muitos inimigos,
E falsos pelo meu caminho.

Títulos são apenas títulos,


E se alto intitular é muito fácil;
O difícil é ganhar o devido respeito,
E reconhecimento dos outros.

Nunca tive medo de lutar,


Pois sempre acreditei nos meus ideais;
Nunca tive medo de sangrar,
Pois é assim que se rega algo para crescer forte e duradouro.

Minha vida sempre foi essa,


Sempre guerreando contra a sociedade;
Lutando contra a censura e outros movimentos,
E nunca me dei por vencido.

Pra quem conhece a história,


Nenhuma palavra pode esclarecer;
Mas quem não conhece,
Nem imagina como as coisas acontecem.

Hoje um dia é fácil,


Você ser o que quiser ser;
Tudo está ao alcance das mãos,
Na internet da sua casa.

São poucos que ainda saem de casa,


Atrás de um vinil ou cd original;
Que correm atrás,
E até mesmo importam de outros países.

Hoje em dia,
Poucos dão seu sangue pelo movimento;
E por causa disso,
O movimento está defasado.

Mesmo alguns cuzões dos anos 80,


Que viraram a casaca;
Levam seus lixos adoradores,
Para o mesmo buraco que eles.

410
Como o cuzão do vocalista do Pretty Boy Floyd disse pra mim:
The moviment is over! (O movimento acabou)
E eu respondi:
Your ass! (Seu rabo) e acertei o nariz dele com uma de direita.

E olha que eu achava o Steve Summers uma cara de atitude antigamente,


Mas ele se vendeu ao Sleaze Rock;
Pra mim agora ele é só mais uma bicha,
Que não honrava o que se denominava.

Hoje, Glam Rocker é chamado de viado,


Por causa das atitudes de filhos da puta como esse;
Eles sujam nosso orgulho e nossa imagem,
E por isso merecem cair e pagar.

‘Tô cansado de palhaçada,


Gente andando de visual e fazendo moda;
Caras que se pintam e dão a bunda,
Putas que pegam som com namorado e se acham demais.

Odeio safra nova,


E criançada no rolê;
Nem olho na cara,
E faço questão de não cumprimentar.

Eis um dos motivos,


Que me fizeram esfaquear;
Aquele lixo do vocalista da banda Sangrenta,
Nem esperei ele falar.

Ninguém vai sujar,


O que eu batalhei para levantar;
Ninguém vai sujar,
A vida que eu escolhi levar.

Sou Glam Rocker com muito orgulho,


Glam Metal no mais profundo;
Os falsos não tem chance,
Pois meu bote será dentro do alcance.

No sábado passado (14/11/2009),


Realizei um grande sonho;
Presenciei o show mais foda,
O que eu esperava desde criança.

411
Foi o show do Twisted Sister no Brasil,
Pra mim a maior data que já existiu;
Bad Boys Of Rock N’ Roll,
Bem diante dos meus olhos.

Era difícil acreditar,


Era mais do que paixão;
Algo explodiu dentro de mim,
Uma emoção sem fim.

Eu olhava para os lados,


E via muitos que não mereciam estar ali;
Presenciando aquele momento mágico,
Ao qual sempre esperei.

Dee Snider,
Uma das minhas maiores inspirações;
Ele nunca deixou a atitude morrer,
Sempre manteve acesa a chama.

Ele é o espírito Glam Rocker que anda,


Um ser eterno;
Que acredita no que é,
E que sabe que não é só música, é um estilo de vida.

Como eu,
Ele sempre acreditou;
Sempre correu atrás do que queria,
E satisfez sua fome.

Durante anos parado,


Ele manteve acesa a chama do Twisted;
Assim como eu,
Com a chama do Strip Cats.

Eis a diferença de quem ama o que faz,


De quem ama o que é;
Pra quem faz apenas por dinheiro,
Apenas para se aparecer.

Enquanto alguns poucos manterem a chama acesa,


A verdadeira ideologia nunca vai morrer;
Mesmo que os falsos estejam em maioria,
Eles sempre param no meio do caminho.

412
E é isso que eu vejo,
Quando olho ao meu redor;
Pessoas falsas consigo mesmas,
Cristãos em pele de Rockers.

E eles nunca terão a ideologia,


Eles nunca serão livres;
Eles se divertem hoje e se ajoelham amanhã,
Forçam ser o que não são.

Pura hipocrisia,
A música serve para expressar os verdadeiros sentimentos;
E não para enganar as pessoas que te ouvem,
Não para mostrar o que eles não são.

E esses falsos,
Não tem e nunca terão o meu respeito;
Sempre serão a escória,
E suas máscaras sempre caem.

Apenas quem luta sabe como é,


Apenas quem vive sabe o peso;
Quem sente, segue, respira,
Amamos o que somos.

Somos o que somos,


E nada pode nos parar;
Podemos explodir o mundo,
Para mostrar que somos capazes.

Hoje tenho o respeito que mereço,


Das pessoas que valem à pena pra mim;
Não é qualquer um que tem sua caricatura criada,
Pelo grande Márcio Baraldi (Rock Brigade).

Do resto,
Quero mais é que me odeiem;
Pois o ódio deles me dá mais força para continuar,
E enterrá-los no esquecimento.

Pois os verdadeiros nunca morrem,


E sempre lutam por seus ideais...

413
ANINHA

A segunda Strip Girl,


Bonita e gostosa;
Fez nosso primeiro calendário,
Faz parte da minha história.

Nem sei o por que decidi escrever sobre ela,


Mas tudo bem;
É mais uma bela imagem,
Para ilustrar este livro.

Lembro-me do dia em que fizemos as fotos,


Foi pura doideira;
E ela adorou minhas serpentes,
Todas elas.

Que peitões,
Cara, que peitões;
Fiquei vidrado naqueles peitos,
Nem te conto.

414
ABAIXA AÍ

Fale menos,
E trabalhe mais;
Tira essa roupa e me faça suar.

Abaixa aí,
E toque os dedos dos pés;
Que agora eu quero te violar.

Vou te penetrar violentamente,


Você não vai poder escapar;
Quero fazer a sua buceta pingar.

Segurar forte na sua cintura,


E te puxar até mim;
Fazer seu corpo estremecer.

Penetrar bem fundo,


Te fazer gemer;
Ser o seu prazer.

Bater na sua bunda,


Até a marca da minha mão aparecer;
Fazer você se morder.

Abaixa aí,
E deixa eu te fazer gozar;
Até você não mais se agüentar em pé.

415
AMANDA, A PUTINHA DO TATUAPÉ

Quem vê cara,
Não vê bucetão;
A não ser que seja eu,
Quem esteja olhando.

Vi essa mina umas quatro vezes,


Enquanto eu fazia uns trampos de rua;
Geralmente na Rua Antônio de Barros,
Perto do Banco Itaú.

Sempre com roupas de patricinha,


E desfilando como se estivesse numa passarela;
Perfume suave,
Cabelo preso em rabo-de-cavalo.

Eu vi maldade no seu olhar,


E luxúria no seu sorriso metálico;
Só precisava de uma chance,
Para dar o bote.

416
E um dia essa chance chegou,
Na fila do banco;
Ela estava na minha frente,
E aproveitei a deixa.

Banco lotado,
Em plena quarta-feira;
Conversinha vai,
Conversinha vem.

Marcamos um suquinho pra depois da fila,


E seguimos pra padaria da esquina;
10 minutinhos perdidos,
E seguimos para o apartamento dela.

Seus pais estavam trabalhando,


E ela ficava sozinha o dia todo;
Aproveitamos o resto da tarde,
Nem voltei pro trampo.

Cara, que mina sem vergonha,


Bem do jeito que eu gosto;
Assim que entramos pela porta,
Ela já foi me jogando na parede.

Em questão de meio minuto,


Já estávamos sem roupa;
Ela tinha um corpinho perfeito,
Tudo certinho, durinho.

Chupava como poucas,


E cavalgava como uma campeã;
Me molhava todo com seu gozo,
E eu perdia a noção.

Uma puta em pele de santa,


E que putinha;
Quem vê cara,
Não vê bucetão.

E que buceta gostosa,


Que peitinhos apetitosos;
Ela gemia de um modo diferente,
Era até bonitinho de se ouvir.

417
Ela tinha algo que se parecia comigo,
Odiava se apegar;
Curtia o momento,
Como se fosse o último.

E se rolasse uma próxima vez,


Tudo bem;
Mas nada marcado,
Nada combinado.

Livres no vento,
Indo para qualquer direção;
Liberdade de prazer,
Ao alcance das mãos.

Trocamos alguns e-mails,


Algumas fotos;
Mantemos ainda uma amizade,
Mas não nos encontramos mais.

Quem sabe um dia,


Quando a gente se trombar na rua;
A gente relembre aquela tarde,
De puro prazer.

Prazer sem pudor,


Sem compromisso;
Apenas prazer,
Prazer em transar e viver.

Sabendo que da vida,


A gente só leva o que se vive;
E se privar dos prazeres da vida,
É desperdiçar o nosso precioso tempo.

Viver cada dia como se fosse o último,


É viver intensamente;
Sabendo que amanhã pode ser diferente,
E nem mesmo existir.

Cada segundo,
Cada minuto;
É único,
E é mágico.

418
Talvez seja esse o sentido da vida,
A resposta que todos procuram e poucos encontram;
Viver,
Apenas viver.

Foi assim naquela tarde,


É assim a minha vida;
Por isso me lembro bem da Amandinha,
Por ela ser como eu.

Amanda, a putinha do Tatuapé,


Bela, gostosa e livre;
E eu tenho a intimidade para chamá-la assim,
Pois era assim que ela gostava que eu a chamasse.

419
UMA DE MINHAS MANIAS

Parece estranho para quem vê de fora,


Bizarro para alguns outros;
Mas dentro das minhas manias,
Tem uma que é uma das que eu mais gosto.

Sou louco por fotografias,


Tenho uma coleção imensa;
Muitas foi eu mesmo quem fez,
Algumas outras encontrei por aí.

A maioria das fotos desta obra são de autoria minha,


Outras foram fotos que ganhei das garotas;
Bem poucas foram retiradas de sites,
Dos quais sou visitante convicto.

Tenho fotos da maioria das minhas namoradas,


Casos, transas, rangos e afins;
Com roupa, sem roupa, trepando,
Em casa, na rua ou no banho.

Tenho uma tara enorme por fotos,


E faço coisas absurdas por novos ensaios;
Já paguei por fotos,
E já fotografei escondido.

Tenho fotos que poucos sabem,


Outras que ninguém sabe;
É a minha coleção pessoal,
Restrita e sigilosa.

Pra mim é arte,


É a lembrança retratada;
Momento capturado,
Passado que se guarda.

Fotografia é mania,
Às vezes prefiro fotografar do que transar;
Parece doideira,
Mas uma foto pode me conquistar.

420
O LUCIFERIANO

A frase mais importante a ser lembrada é:


Liberdade e Respeito;
E deve ser seguida por todos os irmãos de fé,
E seguidores da obscura arte.

Somos livres das correntes da hipocrisia,


Não nos ajoelhamos a nenhum ser ou poder;
Seguimos nossos instintos,
Como animais famintos.

Não nos igualamos à ninguém,


Que não seja de nosso clan;
Pois estamos num nível superior,
De intelecto e de conhecimento.

Estudantes das artes ocultas,


Mestres em escalas desconhecidas pela humanidade errante;
Espiritualidade avançada,
Vivendo por nossas próprias regras.

Pregamos intensamente a liberdade,


Aos instintos humanos-animais;
Sem carência afetiva,
Sem subordinação.

Não conhecemos o medo,


Da forma que os amedrontados conhecem;
Não nos postamos de joelhos,
Como os escravos se postam.

Os pecados conhecidos e repugnados pela massa,


Não nos torna pecadores;
Pois nos levam e elevam,
Aos prazeres meta-humanos de satisfação.

Somos protegidos pelas asas de nosso Pai,


Pelos nossos guerreiros espirituais;
Somos artistas, magistas,
Senhores de nossos destinos.

421
OS NOVE PECADOS SATÂNICOS

I. ESTUPIDEZ - Está no topo da lista dos pecados satânicos. É o


pecado principal do Satanismo. É tão ruim que estupidez não é
dolorosa. Ignorância é uma coisa, mas nossa sociedade floresce
incrementando a estupidez. Isto depende das pessoas irem adiante
com tudo que lhes dizem. A mídia promove uma estupidez cultivada
como uma postura que não somente é aceitável como louvável.
Satanistas precisam aprender a ver através dos embustes e não se
dispor a ser estúpido.

II. PRETENSÃO - Postura vazia pode ser muito irritante e não se aplica
às regras principais da Mágica Inferior. Na mesma condição da
estupidez pela qual mantém o dinheiro em circulação nestes dias.
Cada um é feito para se sentir como um fardo pesado, quer se
igualem as posses ou não.

III. SOLIPSISMO - Pode ser muito perigoso para os Satanistas.


Projetando suas reações, respostas e sensibilidades em qualquer um
que é menos responsável que você. É um equívoco esperar que as
pessoas lhe dêem a mesma consideração, cortesia e respeito que você
naturalmente lhe dá. Elas não farão. Em vez disso, os Satanistas
devem se empenhar em aplicar o dito "Faça aos outros como eles
fazem a você". É trabalhoso para muitos de nós e requer constante
vigilância para que você não escorregue na ilusão confortável de
cada um ser como você. Como tem sido dito, certas utopias deveriam
ser ideais numa nação de filósofos, mas infelizmente (ou talvez
felizmente, do ponto de vista maquiavélico) nós estamos longe deste
ponto.

IV. AUTO-ENGANO - Está nas Nove Declarações Satânicas mas


merece ser repetida aqui. Outro pecado importante. Não devemos
pagar homenagem a nenhuma das vacas sagradas apresentadas a nós,
incluindo as funções que esperamos disputar. O único momento de
auto-engano que deveria ser introduzido é quanto à divertimento, e
com atenção. Mas, então, não é auto-engano!

422
V. CONFORMAÇÃO DE MASSA - Isto é óbvio de uma posição
satânica. Tudo está certo de conformidade com os desejos de uma
pessoa, se finalmente o beneficia. Mas somente tolos seguem adiante
com a massa, deixando uma entidade impessoal ordená-lo. A chave é
escolher um mestre sábio em vez de ser subjugado pelos caprichos
de muitos.

VI. FALTA DE PERSPECTIVA - De novo, isto pode se tornar um


punhado de dor para o Satanista. Você nunca pode perder a visão de
quem e o que você é, e qual ameaça você pode ter, pela sua própria
existência. Nós estamos fazendo história justamente agora, todo dia.
Sempre guarde o enorme quadro histórico e social na mente. Esta é
uma importante chave tanto para a Mágica Inferior quanto para a
Mágica Superior. Veja os padrões e ajuste as coisas como espera que
as peças caiam em cada lugar. Não se balance pelas repressões da
massa - saiba que você está trabalhando inteiramente num outro
nível do resto do mundo.

VII. NEGLIGÊNCIA DOS ORTODOXOS PASSADOS - Esteja alerta


que esta é uma das chaves de lavagem cerebral em aceitar algo como
"novo" e "diferente" quando, na realidade, é algo que era outrora
amplamente aceito mas agora é apresentado numa nova roupagem.
Esperamos delirar com a genialidade do "criador" e esquecemos o
original. Isto é feito para uma sociedade alienada.

VIII. ORGULHO CONTRAPRODUTIVO - O segundo vocábulo é


importante. Orgulho é necessário no ponto em que você começa a
abandonar a sua banheira de bebê. A regra do Satanismo é: Se isto
trabalha para você, ótimo. Quando parar de trabalhar para você,
quando tiver se retratado num canto e o único caminho para fora for
dizer, "Sinto muito, eu cometi um engano, desejava que pudéssemos
nos ajustar de algum modo", então faça-o.

IX. FALTA DE ESTÉTICA - Esta é a aplicação física do Fator de


Equilíbrio. Estética é importante na Mágica Inferior e deveria ser
cultivada. É óbvio que ninguém pode ganhar dinheiro fora dos
padrões clássicos de beleza e forma que, na maioria do tempo, são
então desencorajados numa sociedade consumista, mas "um olho"
para a beleza, para o equilíbrio, é uma ferramenta satânica essencial
423
e deve ser aplicada para a eficiência de mágica melhor. Não é o que é
suposto ser prazeroso - é o que é. Estética é uma coisa pessoal, que
reflete a própria natureza de alguém, mas há um prazer universal e
harmoniosas configurações que não podem ser negadas.

AS NOVE AFIRMAÇÕES SATÂNICAS

I. Satan representa indulgência e não abstinência!

II. Satan representa a essência de vida e não fúteis sonhos espirituais!

III. Satan representa conhecimento sem limites e não auto-ilusão hipócrita!

IV. Satan representa bondade para aqueles que o merecem e não amor
desperdiçado em ingratos!

V. Satan representa vingança e não dar a outra face!

VI. Satan representa responsabilidade para os responsáveis e não


preocupação com vampiros psíquicos!

VII. Satan representa o homem como apenas mais um animal, algumas


vezes melhor, na maioria das vezes pior que aqueles que andam em quatro
patas, que, por causa do seu "desenvolvimento intelectual e espiritual
divino" tornou-se no animal mais perverso de todos!

VIII. Satan representa todos os denominados pecados, uma vez que todos
eles conduzem a gratificação física, mental e emocional!

IX. Satan tem sido o melhor amigo que a Igreja jamais teve, já que a
manteve em funcionamento todos estes anos!
424
AS DOZE REGRAS SATÂNICAS NA TERRA

I. Não dê opiniões e conselhos a não ser que estes sejam pedidos;

II. Não conte seus problemas a terceiros a não ser que você esteja certo de
que estes querem ouvi-los;

III. Quando no lar de outrem, mostre-lhe respeito ou nunca vá lá;

IV. Quando um convidado em seu lar te incomoda ou desrespeita, trate-o


com crueldade e sem piedade;

V. Não faça avanços sexuais a não ser que lhe seja dado o sinal de
acasalamento;

VI. Não pegue aquilo que não te pertence a não ser que este seja um fardo
para a outra pessoa e ela implore para ser aliviada;

VII. Reconheça o poder da magia se você a tiver empregado-a com sucesso


para conseguir o que queria. Se você negar o poder da mágica após tê-la
utilizado com sucesso você irá perder tudo o que você conseguiu;

VIII. Não reclame de nada ao qual você não precise para si mesmo;

IX. Não moleste ou sacrifique crianças, mesmo que tenha de executar seus
pais;

425
X. Não mate animais não-humanos a não ser por comida, por defesa, ou à
pedido de uma Entidade ao qual se esteja trabalhando;

XI. O sacrifício humano só será tolerado em casos extremos, onde sua


própria vida esteja em risco, ou se tratando de traidores do coven;

XII. Quando andando em território aberto, não incomode ninguém. Se


alguém te incomodar, peça-o para parar. Se ele não parar, destrua-o.

À CADA UM DE NÓS

Toda regra tem sua exceção,


E cabe à cada um de nós encontrar sua exceção;
Tudo vai da sua concepção,
Da sua liberdade de entendimento.

Somos livres,
Recebemos o básico;
E dele tiramos nossas conclusões,
E criamos nossas próprias leis.

Lavey interpretou de uma forma,


Da qual eu não concordo em muita coisa;
Eu interpreto de outra,
E você, deve interpretar de sua própria forma.
426
SOB A MINHA NAVALHA

A noite cai como um flash de luz,


E eu não vou voltar pra casa essa noite;
O chacal sorri pra mim com sangue nos dentes,
E tenho certeza de que encontrarei a minha presa.

Vou percorrer as ruas e avenidas,


Me embrenhar nos becos;
Abrir cada lata de lixo,
Até encontrar quem procuro.

Do lado mais podre da cidade,


Eu sei os buracos em que ele se esconde;
Bares, cabarés;
Esquinas das drogas em Santo André.

Eu procuro e observo,
Sinto o cheiro da sua carcaça;
É só uma questão de tempo,
Para ele estar sob a minha navalha.

Lâmina de carbono negro,


Afiada industrialmente;
Fio zero é seu corte,
Morte é seu apelido.

A noite cai como um flash de luz,


E eu não vou voltar pra casa essa noite;
O chacal sorri pra mim com sangue nos dentes,
E tenho certeza de que encontrarei a minha presa.

Num buteco qualquer,


Ele está debruçado no balcão;
Um copo de cachaça na mão,
Embriagado com um cão.

Num piscar de olhos,


Ele está sob a minha navalha;
E ela vai cortando sua garganta,
Enquanto o sangue vai escorrendo pescoço abaixo.

427
VOCÊ NÃO SE LEMBRA, EU NUNCA ESQUECEREI

O tempo passa,
E as coisas caem no esquecimento;
Como um congelador descongela,
E o gelo vira água.

Você se esquece dos seus erros,


E se esquece que esses erros foram comigo;
Ainda tenho uma boa memória,
E ainda sou vingativo.

Como uma cascavél que envenena sua presa,


Espera que ela morra longe e depois a encontra e a devora;
Sem piedade, sem remorsos,
Apenas a lei da natureza.

Você não se lembra,


Eu nunca esquecerei;
Você somente não se lembra,
E eu jamais esquecerei.

Todos os malditos dias,


Eu aperto os nós da sua corda;
E no momento certo,
Essa corda estará em seu pescoço, sua forca.

O enganador sempre se esquece,


O enganado sempre se lembra;
Lei da natureza,
Sobrevivência do mais forte.

Uma grande alquimia,


Entre inteligência, força e paciência;
O grande segredo,
É esperar o momento exato.

Você não se lembra,


Eu nunca esquecerei;
Você somente não se lembra,
E eu jamais esquecerei.

428
SOMBRAS QUE SE MOVEM

Sombras ainda se movem na escuridão,


A solidão é só uma cereja na vodka;
O cigarro queima no cinzeiro,
Deixando sua fumaça criar desenhos imperfeitos.

As idéias vão se misturando,


E no final não sobra nada;
É como o desenho de fumaça,
Que logo se apaga.

Passei muito tempo sozinho,


Comigo mesmo;
Atormentado por fantasmas do passado,
Que ainda me perseguem.

Às vezes sem direção,


Às vezes seguindo pra lugar nenhum;
Como numa estrada sem fim,
Cheia de buracos e decepções.

Em muitas vezes eu dei o melhor de mim,


Em outras eu nem me importei;
Perdido na minha escuridão,
Em meio à sombras que se movem.

Pensamentos obscuros,
Mórbidos desejos;
Pura loucura,
Em meio à destruição.

Apenas o fogo purifica,


Em rituais de carne nua;
Onde a luxúria se faz presente,
Sem usar sua armadura.

Uma cama vazia,


Um corpo que não se deita;
Um aposento entorpecido,
De angústia e de tristeza.

429
ATRAÇÃO

Ela não tinha nada que chamasse muita atenção,


A não ser sua boca gostosa;
Era uma garota comum,
No auge dos seus vinte e poucos anos.

Não sei explicar o que rolou,


Mas pintou uma atração;
Nos agarramos ali mesmo,
No meio do corredor.

Sem palavras,
Apenas atos;
Nos comíamos de desejo,
Nos abraçávamos como loucos.

Atração sexual,
Que nos levou até um motel;
Ali na Praça da República,
Ao lado do Edifício de fiscalização da Prefeitura.

Ali nos tivemos,


Nos entrelaçamos;
Misturamos nosso suor,
E depois dissemos adeus.

430
FEITO À MÃO

Não tem comparação,


Parece feito à mão;
Cada milímetro,
Cada centímetro de perfeição.

Como num desenho geométrico,


Adicionado a um experimento biológico;
O dom da criação,
Arte feita à mão.

Belo rosto angelical,


Num corpo infernal;
Que caminha pela Terra,
E devora os sentidos dos homens.

Longos cabelos negros,


Que envolvem seu corpo;
Numa cortina de sedução,
Um véu de imaginação.

Lindos seios,
Esculturas de seda;
Parecem feitos à mão,
Pura perfeição.

431
ROD “PUTÃO” HELL

Já estou cansado de dizer,


Que o meu maior compromisso é me satisfazer;
Só sou homem pra uma mulher só,
E uma só nunca vai me satisfazer.

Não gosto de amarrar,


Não sou fan dessas coisas sentimentais;
Eu gosto de aventuras,
Emoções e novas sensações.

Luxúria, sexo, putaria,


Orgia, pornografia;
Já fiz de tudo um pouco,
E não me arrependo de nada.

Já sai com meninas boas,


Com garotas más;
Com vadias e prostitutas,
Drogadas e alcoólatras.

Já fiz por diversão,


Já fiz por grana;
Não interessa o motivo,
Eu sou putão.

No meio da rua,
No carro ou busão;
No banheiro do salão,
Em lugares que você nem pode imaginar.

Me entreguei ao prazer,
Já destruí o lazer;
Feri pessoas,
Fiz outras renascerem.

Safado por natureza,


Tarado pela beleza;
A vida é uma orgia,
E nela eu só quero gozar.

432
Já fiz revistas,
Já atuei em filmes;
Dei entrevistas,
E fiz feiras de pornografia.

A fome nunca acaba,


Talvez você não possa entender;
É a realidade dura e crua,
Nua ao seu modo de me ver.

Claro que a grana ajuda,


Mas eu faria até de graça;
Pra mim é pura diversão;
Algo que me dá tesão.

Adoro observar,
E gosto de ser observado;
Tenho mania de fotografar tudo,
Tem coisas que eu tenho filmado.

Guardo muita coisa só pra mim,


Outras eu divulgo sem pudor;
Não sou um puto a toa,
Trabalhei muito pra chegar aqui.

Me lembro de um ensaio,
Para a Revista Abusada;
Foi num domingo a tarde,
Num puta calor da porra.

Me lembro que tomei tanta cerveja,


Que tive que ficar uma meia hora no banheiro;
Pra esvaziar o líquido,
E começar a fazer as fotos.

Foi muito engraçado,


E eu ainda fui zuado;
Os caras inventaram a maior história besta,
Que acabou sendo publicada ao lado das fotos.

Mas tudo bem,


Eu nem ligo;
O importante é que a zona foi boa,
E depois até rolou um apelido... Roqueiro Comedor.

433
434
435
E assim as coisas foram acontecendo,
Eu nem me importava mais;
Só queria saber de putaria,
Trepar mais e ganhar mais.

Depois da revista,
Gravei um filme para a Exxxplicita;
Acabei nem assistindo a edição final,
Mas que assistiu disse que ficou bom.

Nesse tempo montei a minha Produtora,


A Glam Sex Produções Pornôs Amadoras;
A produtora nunca deixou de funcionar,
Mas agora apenas para minha coleção particular.

Vou seguindo assim,


Correndo em minha estrada;
Seguindo o caminho que escolhi pra mim,
Plenamente sozinho.

Um puto não pode se amarrar,


Tem que manter a chama acesa;
A luxúria é que me dá forças,
Pra continuar lutando.

Nada melhor que um belo par de seios,


E coxas roliças e torneadas;
Isso me deixa louco,
Atordoado.

Mulheres por todos os lados,


Mostrando seus corpos;
Sendo desejadas,
Maníacas depravadas.

Num antro de perversão;


Onde ninguém é de ninguém;
Apenas eu e elas,
Numa orgia sem fim.

Pernas, seios e bocas,


Suor quente e gemidos;
A vida acontece ali,
Entre mordidas e carinhos.

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437
Tradicional,
Sexo selvagem;
Sadomasoquismo,
Gang Bang.

Crave suas unhas nas minhas costas,


Seus dentes no meu pescoço;
Faça o meu sangue rolar,
Faça de mim o seu prazer.

Vou desbravando seu corpo,


Como num ritual antigo;
Percorrendo cada pedaço,
Sentindo cada gosto.

Não me preocupo com minha imagem,


Nem me importo com minha promiscuidade;
Sou livre,
E amo praticar o pecado da carne.

O sexo me faz viver,


E eu vivo por sexo;
Mas tenho que variar,
Sempre trocar de parceira.

Tenho um sério problema,


Eu me enjôo fácil;
Sempre quero um novo brinquedo,
Um novo jogo.

Não sei ao certo,


Com quantas garotas eu já transei;
Só sei,
Que ainda não foram o bastante.

Eu quero mais,
Sempre quero mais;
Não importa como,
E não importa onde.

Eu vivo minha vida,


Como se não houvesse amanhã;
Pois somente assim,
Posso viver um dia de cada vez.

438
439
Eu acelero fundo,
Corro junto com o diabo;
Lado a lado,
Nesse inferno sem fim.

Nos mares de luxúria,


Orgias casuais;
Sexo, Álcool e Rock N’ Roll,
Para todo o sempre.

Não nasci para ser fiel,


Nem para ser de apenas uma mulher;
Devo fidelidade apenas à mim,
Sou de todas elas.

Minha vida é uma festa,


E espero que continue assim;
Uns dias acordo de ressaca,
Mas isso não é tão ruim assim.

Rei dos putos,


Eu me lembro desse tempo;
O melhor cargo que já tive,
E pretendo voltar a tê-lo.

A coroa ainda está lá,


Basta pegá-la de volta;
Já não tem mais ninguém na parada,
Agora é só resgatá-la.

Quando eu parei,
Passei ela pro Chininha;
Ele passou pro Thor,
E aí o legado acabou.

Renasci das cinzas,


Por um feitiço de Asmodeus;
E agora quero de volta o que é meu,
Tenho que reinar novamente.

Sou louco por belos corpos,


Mulheres que me seduzem;
Que sabem como fazer,
Que não tem vergonha de se mexer.

440
Foram muitas as beldades,
Assim como a loira Morgana Dark;
Atriz nacional,
Tipo exportação.

Era assim que rolava,


Assim que funcionava;
Me jogava de cabeça,
Em todo trabalho que eu começava.
441
442
A Revista Abusada,
Abriu vários caminhos pra mim;
Tanto profissionalmente,
Como prazerosamente.

Tenho um enorme carinho pela Abusada...


443
De todos os trabalhos que fiz,
A Revista foi a parada que eu mais gostei;
Era legal quando as pessoas chegavam e falavam:
-Porra! Te vi na Abusada.

Eu adorava...

Fiz também alguns trabalhos na Erótika Fair,


Incluindo também um show do Strip Cats;
Dava pra se divertir bastante,
Tudo sempre foi festa.

Às vezes penso que não é normal,


Que eu preciso tomar jeito;
Seguir uma vida diferente,
Usar o outro caminho do cruzamento.

Mas meu instinto domina,


Não devo me render;
Não viverei sobre regras alheias,
Foi assim que escolhi viver.

Sou tarado,
Safado;
E modéstia a parte,
Transo bem demais.

Faço o que faço de melhor,


E não posso parar por aqui;
A vida não faz sentido,
Se a gente não vive feliz.

Alguns me chamam de louco,


Maníaco e psicopata;
Outros me chamam de mesquinho,
Egoísta e cachorro vira-latas.

O que posso dizer,


É nem vou me defender;
Apenas vivo a vida,
Da forma que escolhi pra viver.

Então... Foda-se...

444
A liberdade vem acima de tudo,
Conseqüências são conseqüências;
E para viver um sonho,
Qualquer conseqüência é válida.

Já me envolvi demais,
Já me feri demais;
É justo que eu fira alguém,
Que às vezes outras pessoas sangrem no meu lugar.

Você já pensou sobre isso?

445
Sou louco por seios,
É a primeira coisa que olho numa mulher;
Depois vejo o resto todo,
E invento meu pecado.

Sigo quebrando as leis,


Regras que a sociedade fez;
?Renegado,
Ou apenas sábio?

446
Não me importo com o que você pense,
Nem como você me denomina;
Não posso viver na sua hipocrisia,
De ter a fome e não comer.

Eu vivo pra transar,


Transo pra viver;
Deixo o instinto me levar,
Todos precisamos gozar.

Acho o amor fútil demais,


Uma grande mentira se esconde por trás;
Não tenho de ficar sozinho,
Pois sei que o vento sempre me traz algo.

Sou um caçador da noite,


Don Juan falsificado;
Faço o pecado morar ao lado,
Se minha vontade for essa.

447
Jogo as cartas da sedução,
Nem sempre preciso ter razão;
Você ganha a primeira mão,
E o resto do jogo é todo meu.

Sempre jogo pra vencer,


Tudo o que eu quero é me satisfazer;
Claro que você também terá a sua vez,
Afinal não sou tão individualista.
448
Eu corro com o diabo,
E faço ele correr;
Estamos na mesma equipe,
Ninguém pode se esconder.

Da luxúria à paixão,
Amanhã existirá outras em seu lugar;
Então aproveite o agora,
O acaso.

Pois se amanha se tornar descaso,


Você terá uma história pra contar;
Vivendo no limite,
Um puto sem limite.

Toda mulher tem a sua beleza,


Cada uma delas sua destreza;
Nem sempre beleza se põe na mesa,
Mas se anda de mãos dadas.

O amor é pura ilusão,


Imaginação do coração;
E desse mau eu já não sofro,
Pois meu coração já se transformou em pedra.

449
Me tornei um animal,
Vivendo por seu próprio ideal;
Fazendo da lama o pó,
E da destruição a criação.

A vida é uma grande orgia,


E nela quero me esbaldar;
Viver assim,
Até o fim dos meus dias.

Meu maior vício é mulher,


Uma para cada dia da semana;
Nos finais de semana quero mais,
Sempre mais.

Às vezes certas coisas acontecem,


E tudo dá certo;
De sexta a domingo,
Transo com cinco minas diferentes.

É uma boa meta,


Pra uma cara de 27 anos;
Que trabalha como um cavalo,
E na maioria das vezes está cansado.

O importante não é a qualidade,


E sim a quantidade;
Quanto mais melhor,
Preciso de diversificação.

Gosto de sabores diferentes,


Corpos diferentes;
Tamanhos diferentes,
Mulheres diferentes.

Qualquer coisa me excita,


E eu sou meio masoquista;
Vejo pornografia em tudo,
E em todas.

Toda mulher é sem vergonha,


Basta descobrir seu ponto fraco;
O ponto g,
O ponto de exploração.

450
Não me arrependo de nada que fiz,
E faria tudo novamente;
Principalmente com a Thamiry,
Que é muito gente boa.

Boa, bonita e gostosa,


Hahaha;
?Será que é por isso,
Que me chamam de Rod “Putão” Hell?

451
O COMEDOR DE CALCINHAS

Sempre me joguei nas noites,


Sempre de braços abertos;
Sem vergonha, sem pudor,
Um puto sem amor.

Saio nas madrugadas,


E só quero me divertir;
Não importa onde é a balada,
Vou acelerar até chegar.

Sexo, Álcool e Rock N’ Roll,


Só isso que preciso pra viver;
O resto que se exploda,
Quero mais é ver o caldeirão ferver.

Rod “Putão” Hell,


Pode me chamar assim;
Sou o comedor de calcinhas,
E do que elas guardam.

Mulher é o meu vício,


E não me canso de usar;
Trepar, foder,
Morrer de gozar.

452
ASSIM NÃO DÁ

Odeio quando sou enganado,


As coisas acontecem e saem do controle;
Me deixei levar pela imagem,
Ilusão de óptica.

Às vezes desejo e a voracidade,


Me deixam cego demais;
Não consigo ver além,
E me envolvo em tentações fracassadas.

Sim, mesmo eu às vezes sou enganado,


E odeio quando isso acontece;
Pelo menos dessa vez,
Eu pude abortar a missão.

Meu mórbido desejo,


Quase me tirou de órbita;
Ela não era o que eu imaginava,
O que a foto mostrava.

A Lýly foi riscada da minha lista,


Não será mais uma vítima;
Ela não era o que demonstrava,
Admito, me desapontei.

453
Linda na foto,
Parecia perfeita;
Mas pessoalmente,
Não tinha nada haver.

Marquei com ela no último sábado,


21/11/2009;
Cheguei na frente da Led,
E em dez minutos ela apareceu.

Confesso que não reconheci,


O rosto, o corpo;
Nada se parecia com o que se parecia antes,
Acordei num pesadelo.

Nas imagens ela aparece linda,


Com um corpo de ninfeta;
Mas ao vivo,
Era feia, com corpo de chupeta.
(Chupeta de baleia).

Meu sangue congelou,


Perdi o entusiasmo;
Minha lâmina cegou,
Nem queria mais cortar.

O desejo se tornou repelência,


Não tive nem coragem de entrar na Led;
Dali da porta mesmo,
Eu entrei no meu carro e fui embora.

Não valeria a pena me sujar por ela,


Nem gastar o lêmure;
Minha lâmina ficou opaca,
Sem desejo de matar.

Pelo menos tive a chance de desistir,


E nem sempre isso acontece;
Agora tomarei mais cuidado,
Na hora de escolher minhas vítimas.

Meu mórbido desejo nunca se acaba,


Mas existe a forma correta de saciá-lo;
Não é qualquer uma,
Não é de qualquer jeito.
454
ALÉM DA IMAGINAÇÃO

A mente é um grande teatro,


Onde você se esforça para ser o ator principal;
Como no renascimento do anti-cristo,
Como uma serpente no altar.

Além da imaginação,
Fora da sua compreensão;
Você não pode imaginar,
A fome que nos assola.

Almas, espíritos,
Um corpo vazio;
A mente tem o poder,
De criar e de destruir.

455
Coisas que você não pode compreender,
Pois seu conhecimento é vago;
A sua mente,
É limitada demais.

Pra você o vento é só o vento,


O fogo é só o fogo;
Você não vê o sentido,
De tudo que está ao seu redor.

Seres invisíveis,
Que caminham ao seu lado;
Que bebem com você,
Que sentem prazer com você.

Seus olhos não vêem,


Pois você ainda é cego;
Você não pode sentir,
Pois ainda tem a sensibilidade de uma pedra.

É muito além da imaginação,


Além da compreensão;
Além do mundo real,
Além do que você pode acreditar.

Poucos são preparados,


E conseguem aceitar;
Outros acham uma blasfêmia,
E vivem na escuridão da ignorância cega.

As chamas das velas dançam,


Para celebrar sua entidade;
Nunca estamos sós,
E Deus não olha por nós.

Somos exceções,
Cada um em sua especialidade;
Lutando por um mesmo ideal,
Nos libertar e encontrar a verdade.

A mente forma o teatro,


Um teatro real;
Onde a concentração,
Canaliza tudo o que está ao nosso redor.

456
NATURAL LIBERDADE

Não estou perdido,


Como dizem que estou;
Não sou louco,
E tão menos inconseqüente.

Vivo em liberdade,
Bebendo da naturalidade;
Fazendo minhas regras,
Vivendo da minha forma.

Entre goles de marafo,


E tragos de cigarro;
Em caminhos de luxúria,
Prazer em qualquer parte.

Liberdade natural,
Natural liberdade;
De caminhos sem volta,
Onde a vida me faz viver.

Sem remorso,
Sem piedade;
Sem sentimentos,
Apenas liberdade.

457
HOJE, O DIA “D”

Nada de palavras,
Não quero tormentos;
Desejo ficar sozinho,
Planejar meus anseios.

Treinei minha mente,


Testei o meu corpo;
Sinto o que quero,
Me tornei um monstro.

Hoje é o dia “d”,


É hoje que vai acontecer;
Mais uma morte,
Mais alguém vai sofrer.

Sinto o cheiro de enxofre,


De cadáveres apodrecidos;
Ouço as vozes dos que matei,
Pedindo para serem libertados.

Não condeno só o corpo,


Eu escravizo suas almas;
O poder não vem de graça,
Eu tenho que pagá-lo.

Eu ofereço com uma mão,


E pego de volta com as duas;
Tenho um jeito doce,
Para conquistar e destruir.

O que é meu sempre será meu,


Não abro mão de nada;
E o que quero pra mim,
Eu consigo de qualquer jeito.

E hoje é o dia “d”


Dia de conquistar e destruir;
Dia de matar e escravizar,
De rir da desgraça alheia.

458
FODA-SE

Eis que foi criada a frase mais perfeita do mundo:


Foda-se.

Pode explicar tudo o que se sente,


Pode dizer realmente o que se expressa;
Pode ser utilizada como estilo de vida,
Pode traduzir o tudo e o nada.

Então:
Foda-se.

É fácil de dizer,
E não tão fácil de se entender;
São poucos os que conhecem,
O que ela realmente quer dizer.

Pra tudo existe um foda-se,


E foda-se tudo o que existe;
Mais que uma frase,
Um resumo da vida.

Foda-se...

459
Foda-se o seu amor,
Foda-se o seu sonho;
Foda-se o que você sente,
Foda-se quem está ao seu redor.

Foda-se o mundo,
Foda-se a humanidade;
Foda-se a lealdade,
Foda-se a justiça.

Foda-se a lei,
Foda-se a ordem;
Foda-se o planeta,
Foda-se o universo.

Viver em profundo caos,


Pensar apenas em si próprio;
Destruir o que te atrapalha,
Matar sentimentos que podem te deter.

Individualismo ao extremo,
Sem se preocupar com o próximo;
Extinguir a merda da caridade,
Que atrasa o seu próprio desenvolvimento.

Foda-se Deus,
E todas as suas ridículas leis;
Foda-se o cristo,
Com sua cruz enfiada no rabo.

Foda-se Maria,
A senhora de todas as putas;
Foda-se o Papa,
Com seus discursos idiotas.

Foda-se a caridade,
Eu não ganho nada com isso;
Foda-se o amor,
Que é um sentimento ridículo.

Apenas entenda:
Eu não ligo pra nada;
Eu não quero saber de nada,
Eu quero que tudo se foda.

460
MESTRE DAS MENTIRAS

Ele sabe que não tem mais poder,


Ele se alimenta do medo de seus escravos;
Sim,
Escravos.

Ele não tem filhos,


Não os considera como seres importantes;
Ele os escravizou,
E os forçou a ficarem de joelhos.

Ele escravizou,
Ele matou;
Ele destruiu,
E ele mentiu.

Leia as escrituras antigas,


O velho testamento;
Leia com atenção,
E reconheça quem é o vilão.

Ele exigiu sacrifícios,


E fez com que irmão matasse irmão;
O pai no alto da montanha,
Prestes a matar o filho.

Ele destruiu cidades,


Inundou o planeta;
Matou tudo e todos,
Para a sua própria diversão.
461
E você como um perfeito idiota,
Ainda se ajoelha perante ele;
Perante seu reinado de mentiras,
Perante seus caprichos sádicos.

Abra seus olhos,


Abra sua mente;
Não seja enganado,
Pelo mestre das mentiras.

Dizem que ele fez seu próprio filho morrer,


Para salvar a humanidade;
Isso é papo fiado,
Quem acredita é um grande otário.

E veio uma pomba branca dos céus,


E engravidou a virgem Maria;
Virgem?
?Como naquela época ela era virgem depois de casada?

Então o Zé era viado?


Muita baboseira pra pouca história real;
Vocês ainda se ajoelham perante a cruz,
O maior símbolo de sua própria vergonha.

Como alguém pode ser tão burro?


Como pode acreditar em tanta besteira?
?Ser escravizado durante séculos,
E permitir que seus filhos também sejam escravizados?

Deus, não representa caridade,


Deus não representa a verdade;
Deus não é a salvação,
Deus não é tão bom.

Cristo, não era seu filho,


Cristo não era inteligente;
Cristo não era forte,
Cristo não morreu por você.

Veja, procure,
Leia e entenda;
A verdade está sobre seus olhos,
Mas sua ignorância te impede de ver.

462
Você tem medo da verdade,
Não quer acreditar;
Você foi enganado por muito tempo,
Assim como seus pais e os pais dos seus pais.

Você leva um legado,


Passado de vergonhas e mentiras;
Medo,
Medo de se rebelar pela verdade.

Deus não vai te ajudar,


Por mais que você reze,
Sabe que ele não vai te ajudar;
Por mais que você acredite,
Você sabe que ele não vai te ajudar.

Por quantas noites você rezou?


Por quantas vezes você acreditou?
Quantas vezes você se ajoelhou?
Quantas promessas você pagou?

E o que aconteceu?

Absolutamente nada...

Pois Deus não quer saber de você,


Ele não se importa com você;
Ele se alimenta do medo,
Que você tem dos castigos dele.

Você vive em mandamentos infiéis,


Que arrancam sua liberdade;
Você não tem honra e nem orgulho,
Arrasta seus joelhos na escadaria de uma catedral.

Não seja apenas mais um,


Não seja um escravo;
Levante-se,
Viva.

Pense em quantos inocentes Deus matou,


E em quantos a igreja condenou;
Nas guerras em nome de Deus,
Em tudo de ruim feito sobre a bandeira dele.

463
Tudo o que você aprendeu até hoje é mentira,
Você entendeu tudo errado;
Não soube entender o texto,
Não entendeu o recado.

Eles te mostram e te fazem ver,


Apenas da forma que eles querem;
Mas você deveria entender por si mesmo,
E não ter medo de entender.

Tudo é claro,
Fácil de saber;
Mas nos seus olhos existem nuvens de medo,
Que não te deixam ver.

Tente esclarecer de modo óbvio,


Veja as matanças;
Tantas destruições,
Quantas coisas sem nexo.

Deus não tem poder,


Deus não é nada;
Além de um ser sádico,
Que gosta de brincar com a sua vida.

?Se ele tivesse poder real,


Como você acha que seria o mundo?
?Se ele fosse o que você acha que é,
Será que o mundo não seria como o céu bíblico?

?Você acha que Deus,


Me deixaria viver?
?Após ter renegado seu nome e suas leis,
E seu filho bastardo?

Sou a prova da impotência de Deus,


A prova viva de que ele não tem poder;
Pois se ele tivesse,
Já haveria me matado.

Eu sou tudo o que ele odeia,


Sou tudo o que ele não quer num ser humano;
Pois sou livre,
E conheço todas as suas mentiras;
E ainda assim ele não pode me destruir.
464
MELHOR FÓRMULA

Uma cicatriz vale mais que uma história,


Seja ela na carne, seja ela na alma;
O que os olhos não vêem,
O coração não pode sentir.

A melhor fórmula para a vitória,


É a mistura da inteligência e da força;
O pânico prematuro,
É o sinal de uma mente imatura.

Estratégia é o ponto diferencial,


De uma mente brilhante;
Enquanto o narcisismo,
É como um narcótico natural.

Olhe, mas não toque,


Toque, mas não prove;
Prove, mas não engula,
Engula, mas não se vicie.

Os instintos são as regras em seu oposto,


E os instintos são os que me comandam;
A liberdade,
É nunca ter que pedir perdão.

A vaidade é um dos meus pecados favoritos,


Pois ele te leva à luxúria;
Ao prazer que entorpece a carne,
E dilacera a mente.

Sou a serpente,
Que te oferece o desejo;
Sou o lobo,
E você a ovelha.

Como uma tentação que não tem fim,


Um sonho numa cama de rosas;
Como um pesadelo de abstinência,
Depois que eu te deixar viciada em mim.

465
MULHER IDEAL

“Antes de qualquer coisa gostaria de dizer que se eu encontrasse a garota dessas fotos
com certeza, eu faria dela a mulher ideal. Fiquei viciado, louco e tarado. Ela tem tudo o
que eu gosto, e a maioria das coisas que eu admiro. Linda de rosto, uma das garotas
mais lindas que já vi. Cabelos compridos escuros, olhos misteriosos. Corpo perfeito do
jeito que eu gosto. Peitos lindos, coxas gostosas. Se a mulher ideal fosse apenas
aparência, ela seria a mulher perfeita, para ser a minha mulher ideal. Vejo as fotos dela
todo dia, acho que me apaixonei pelas imagens. Essa seria a ideal”.

466
Cabelos compridos,
Escuros como a noite;
Olhos misteriosos,
Que me convidam para luxúria.

Corpo que me desafia,


A acelerar em todas as suas curvas;
Desde o início,
Até o seu fim.

Boca de desejo,
Que sussurra obscenidades;
Me convida para seguir,
Numa estrada sem volta.

Mistérios e magias,
Rituais sem fim;
Desejos ardentes,
Que brotam em mim.

A mulher ideal seria assim,


Sem medo, sem pudor;
Livre de abstinências,
Cheia de fantasias.
467
Que adorasse trepar,
Em qualquer dia, em qualquer lugar;
Que me afogasse em seu gozo,
Ou em seu sangue.

Livre de tabus,
Sem medo de curtir;
Que goste de se mostrar,
De se fazer desejar.

Que goste de filmar,


De fotografar;
De se deixar pintar,
Que tenha luxúria para me embebedar.

Que saiba seduzir,


Que não tenha medo de nada;
Que faça oral, vaginal e anal,
Que peça para ser penetrada.

Que goste de coisas exóticas,


Que seja única e real.
468
Que se vista só para mim,
Que me apóie em tudo que faço;
Que me dê inspiração,
Me faça sentir tesão.

Que me espere chegar à noite,


Com uma lingerie roxa;
Que se masturbe na minha frente,
E me faça cair de boca.

Uma mulher tarada,


Ninfomaníaca louca;
Que peça para eu gozar na boca,
E engula tudo me olhando com cara de safada.

A mulher ideal seria assim,


Não uma escrava e sim uma companheira;
Que goste de tudo o que eu gosto,
E faça tudo o que eu peço.
469
Que não precise ficar ouvindo juras de amor,
Que não me cobre coisas absurdas;
Que respeite o meu espaço,
E saiba criar o seu espaço comigo.

Sei que parece loucura,


E que talvez não exista ninguém assim;
Mas é isso que eu procuro,
Nas minhas noites sem fim.

Já encontrei algumas garotas,


Mas não eram completas;
Tinham algumas das minhas metas,
Mas sempre faltava algo.

Podiam me saciar em alguma coisa,


Mas em outras não;
Então por isso ainda sigo sozinho,
Procurando pela perfeição.

Talvez a mulher ideal nem exista,


Mas possa ser treinada;
Não vou desistir do meu ideal,
E ainda vou encontrá-la.

470
Mesmo que eu tenha que treiná-la,
Encontrar alguém que valha o esforço;
Não sou o senhor do tempo,
Mas tenho o tempo em minhas mãos.

Só preciso observar,
E escolher;
Treinar ao meu modo,
E fazer acontecer.

Não sou o senhor do tempo,


Mas comando a minha vida;
Encontrarei a mulher ideal,
E seguirei a minha vida.

Ela deve ser pervertida,


Uma louca perdida;
Que sabe bem o que quer,
E não tenha medo da vida.

Parece irreal,
Uma loucura da minha mente;
Mas você não pode imaginar,
O quanto eu preciso disso.

Se eu tivesse tudo isso,


Em uma só mulher;
Eu não precisaria,
Mais me perder por aí.

Poderia descansar minha carcaça,


E me concentrar em outras coisas;
Mas a caçada é certa,
E a caça improvável.

Então ainda misturo tudo,


Não sobrando muito tempo para outros projetos;
Tenho que me satisfazer,
De alguma forma, tenho que me satisfazer.

E talvez por isso,


Eu tenha tantas mulheres;
Cada uma me satisfaz em um sentido,
E juntando todas eu tenho a mulher ideal.

471
472
Mas confesso,
Que gostaria de encontrar tudo o que procuro;
Em apenas uma mulher,
Apenas uma.

Eu perderia menos tempo,


Não teria tanta chateação;
Me divertiria muito mais,
E teria mais tempo para outras coisas.

Não deveria ser tão difícil,


O que quero não deveria ser tão impossível assim;
Não quero nenhuma santa,
E nenhuma deusa.

Só procuro por uma garota,


Bonita, gostosa, tarada e não cristã;
Porra... não era pra ser tão difícil de encontrar,
Não mesmo.

Lúcifer ainda me mandará uma luz,


E encontrarei a mulher ideal;
Mesmo que demore,
O Pai sempre me coloca no caminho certo.

473
E a mulher ideal aparecerá,
De uma forma única;
E eu verei o seu sinal,
E saberei, que ela é a ideal.

474
E por anos eu procuro por esse sinal,
Que me foi revelado;
E sei de forma absoluta,
Que logo ele se revelará.

Pois sinto a mudança universal,


E das coisas ao meu redor;
Somente meus olhos verão,
E somente eu saberei.

475
Quando a mulher ideal aparecer,
Como numa profecia de Nostradamus;
Meu corpo estremecerá,
E meus olhos verão o sinal em sangue.

E aí estarei em paz,
Para seguir minha estrada paralela;
E me dedicar à outras coisas
Que ainda preciso terminar.

Sei para onde vou,


E sei aonde as coisas vão me levar;
Ainda me vejo no espelho,
De uma forma que apenas eu posso me ver.

476
BURACO NEGRO DO SOL

Na minha mente,
No meu coração;
Eu sinto tudo ao meu redor,
Mas não me importo com a metade.

Sou assim,
Frio;
Um buraco negro do sol,
Sugando tudo para mim.

Meu calor é gélido,


Meu toque é mortal;
Meu frio arde,
Como o fogo do inferno.

Sou a verdade,
Que te presenteia com a dúvida;
Sou o pastor,
Que mata e devora as ovelhas.

Sou confiável,
Mas sou negociável;
Mesquinho e irrevogável,
Como um buraco negro no sol.

Apenas força da natureza,


Raio e trovão;
Acontecimento e esquecimento,
A passagem do tempo.

Sinto tudo,
Sinto todos;
Vejo o que os seus olhos não vêem,
Bebo o que o seu paladar não pode sentir.

477
O QUE OS OLHOS VÊEM

Às vezes você se esconde,


Por detrás de tecidos e roupas;
Mas eu posso te ver,
Posso medir cada centímetro do seu corpo.

O que os olhos dos outros não vêem,


Os meus podem ver muito bem;
Então não fique envergonhada,
Te quero nua.

Faça seu jogo,


Seduza-me aos poucos;
Como uma garotinha sapeca,
Mas que sabe o que quer.

Mostre-se aos poucos,


Envolva-me;
Faça-me seu,
Assim como te quero pra mim.

478
TEMPO DE MUDANÇA

Terminei com minha mulher,


Pois ela não conseguia entender a minha mente;
Tive que mandá-la embora,
Pois ela não entendia minha complexidade.

?E você,
Pode me ajudar a ocupar a minha mente?
?Não?
Então vá embora daqui também.

Ninguém entende minha mente,


Ninguém entende meus jogos;
Ninguém entende minhas necessidades,
Ninguém entende as coisas que eu faço.

Terminei com minha mulher,


Pois ela não entendia os meus hábitos;
Tive que mandar ela pra longe,
Pois ela não entendia a minha mente.

Preciso de muito mais para viver,


Não me contento com pouco;
Revolução em minha mente,
Nesse tempo de mudança.

?E você,
Pode entender a minha mente?
Pode ver o que eu vejo?
Sentir o que eu sinto?

Não, não é paranóia,


Talvez uma psicose;
Você não tem idéia,
Do que guardo dentro de mim.

Momentos de intimidade com a insanidade,


Na minha mente obscura;
Entre sexo e sangue,
Condenando quem considero culpado.

479
Revoluções em minha mente,
Com espasmos super-sônicos;
Sintomas do meu universo,
Nesse tempo de mudança.

Antes só do que mau acompanhado,


Não preciso de ninguém me enchendo o saco;
Tenho minhas obrigações à cumprir,
Coisas que ninguém pode entender.

Terminei com minha mulher,


Pois ela não conseguia entender a minha mente;
Tive que mandá-la embora,
Pois ela não entendia minha complexidade.

Terminei com minha mulher,


Pois ela não entendia os meus hábitos;
Tive que mandar ela pra longe,
Pois ela não entendia a minha mente.

?E você,
Pode entender a minha mente?
Pode ver o que eu vejo?
Sentir o que eu sinto?

?E você,
Pode me ajudar a ocupar a minha mente?
?Não?
Então vá embora daqui também.

Nem ela,
Nem você;
Ninguém pode entender.

Melhor seguir sozinho,


Coisas que apenas eu posso entender;
Existem mil caminhos,
E o meu é o mais solitário.

Sempre em tempo de mudança,


Todas às vezes em que a noite cai;
A cada surgir da lua,
A cada sangue derramado.

480
AS FAMOSAS TAMBÉM SÃO SAFADAS

Hahaha,
Nem preciso falar muito;
É só olhar na imagem,
E ver o que quero dizer.

Dizem por aí que sou um puto,


Sem vergonha e tarado;
Promíscuo, exibicionista,
E mais uma porrada de coisas.

481
Mas ninguém fala muito sobre,
As tais celebridades;
Falam um dia ou dois,
E o assunto acaba.

Enquanto isso,
Falam sobre mim o ano todo;
Não que eu me importe,
Falem bem ou falem mal, mas falem de mim.

As famosas também são safadas,


É só ver a imagem aí;
A Cláudia Leite sem calcinha,
Em pleno palco, fazendo show.

Não só ela,
Têm muitas mais;
Mas fiquei com preguiça de procurar nos meus arquivos,
Hoje eu estou meio cansado.

Mas assim é vida,


Não importa a mídia;
Tudo mundo deve fazer o que gosta,
E ser como é.

A liberdade é a única coisa,


Que quando se conquista não se perde mais;
Pois seu gosto é doce,
E se faz viciar.

A luxúria corre em todas as veias,


Nas minhas, nas suas, nas de todas as pessoas;
Basta deixarmos ela queimar,
E nos levar de encontro ao prazer.

A vida não tem nenhum sentido,


Se nós não a vivermos;
Pelas nossas próprias regras,
Pelas nossas próprias leis.

Cada um deve voar com suas próprias asas,


Pois somos livres;
E sempre seremos,
Até o fim.

482
PROCESSO 666

Pura insanidade,
No grito da loucura;
Ecoando pelo espaço,
Trancado nesse quarto escuro.

Já matei,
E já fiz nascer;
É o progresso da vida,
Criar e destruir.

Num circulo vicioso,


O medo já não existe mais;
Depois da primeira vez,
É sempre mais fácil.

Sangue quente no meu cálice,


Espírito atormentado no espelho;
É o progresso do poder,
Libertar e escravizar.

Vitória da verdade,
Réu, júri e condenação;
Retrocesso da evolução,
Processo 666.

483
CONTROLE DA MENTE

Minha mente tem fome,


Fome por maldade;
Minhas mãos estão descontroladas,
Procurando por um pescoço.

Se elas o encontrarem,
Vão o abraçar e apertar;
Até que o ar não passe mais,
Até te sufocar.

Minha mente me controla,


E ela quer matar;
Ela escolhe a vítima,
E faz ela pagar.

Minha mente se revolta,


Não sabe a hora de parar;
Enquanto o sangue não escorrer,
Ou você parar de respirar.

484
Sou uma máquina de ódio,
E me mostro como um ator;
Planejo tudo o que faço,
Todo crime é perfeito.

Purifico com dor,


Fogo e morte;
Como um arcanjo vingador,
Um demônio possessor.

Minha mente me controla,


Me leva muito mais além;
Não uso a razão,
Meu instinto é a solução.

Eu vejo a culpa nos seus olhos,


Por detrás da vergonha da sua cruz;
Vejo atos que devem ser punidos,
E sou o juiz, e sou a sua sentença.

Sou a navalha que corta,


O fogo que queima;
O ódio que se espalha,
A desgraça que se propaga.
485
Minha mente tem fome,
Fome de vingança;
Sou o cavaleiro do apocalipse,
E te trago o caos.

Purifico com dor,


Fogo e morte;
Como um arcanjo vingador,
Um demônio possessor.

Sem mais alma,


Sem mais sentimento;
Vivo para espalhar o tormento,
A dúvida na mente de cada um.

Eu vejo sua culpa,


Por detrás da mentira de sua cruz;
A vergonha de suas atitudes,
O fracasso de quem não poderia fracassar.

E minha mente não pode conviver,


Com toda essa hipocrisia e impotência;
Com essas regras nojentas,
E submissas.

Por isso minha mente tem fome,


Fome por maldade;
Por espalhar o caos da verdade,
E a morte aos fracos.

486
TRIKARAVIAN

Negra floresta,
De natureza obscura;
Dentre vultos e névoas,
Está a minha mente.

Hora viva,
Hora morta;
Nem sempre sou eu,
É a apenas a mente.

Tenho sangue nas mãos,


E terra nas roupas;
Marcas da profunda jornada,
Ao centro do inferno.

Meu corpo arde em fogo,


Meu coração está acelerado;
Sinto o cheiro do enxofre,
Confesso estar um pouco ofegante.

Não reluto em abrir os olhos,


E ver o que realmente me cerca;
A mais profunda solidão,
Pode esconder os maiores espíritos à solta.

Palavras não morrem,


Apenas podem ser esquecidas;
Cada qual com sua sentença,
Sem destino e sem saída.

Densa neblina,
Que ofusca a visão;
Por coisas que tentam nos fazer acreditar,
Enquanto não sabemos de nada ainda.

Cego ainda é,
Aquele que acredita no que não se pode ver;
E sofre, e se arrepende,
E cai de joelhos.

487
Vim do profundo esquecimento,
De onde se adquiri conhecimento;
De onde apenas os fortes sobrevivem,
E a liberdade afronta o ser.

Aprendi o tudo e o nada,


O que realmente se aprimora;
Numa jornada dura e árdua,
De onde poucos voltaram.

As velas ainda estavam acesas,


E no meu cálice o sangue fervia;
Nas mãos meu punhal,
Coberto por cinzas.

Me joguei num precipício,


E sabia que voltaria;
Pois os fortes sobrevivem,
Nem que seja por um dia.

No limite da sanidade,
Quase caindo na loucura;
Uma intensa viagem,
Ao interior de um córtex.

Sobretudo a dor se alivia,


E a solidão não é tão solitária;
O fogo ainda purifica,
E a vingança ainda é necessária.

Tudo tem seu preço,


E nada se consegue de graça;
Pra tudo um sacrifício,
E uma marca rara.

Quando o homem se considerar um animal,


Saberá que não existe mais nada;
Além de ser o que se é,
E fazer o que se deve fazer.

Trikaravian, onipuritan maleus homivatan,


Saperdut scaravian nefastus;
Silencis anonimatus per maleus factus,
Instintus animatus, sanguinis esperatus.

488
MAIS QUE SINCERO

Não adianta tentar esconder,


Eu sou o que sou;
E aqui deixo meu relato,
Que espero que seja entendido.

Já tentei mudar,
Já tentei ser o que eu não sou;
Mas não adianta,
Não consigo por muito tempo.

Mentir pra mim mesmo,


É a pior mentira que pode existir;
E por mais de uma década,
Às vezes eu tento fazer isso.

Melhor abrir o jogo,


E deixar escancarado;
Não vou mais me enganar,
E nem tentar o que eu não quero.

Não sou um cara que nasceu para amar,


Na verdade, o amor me deixa enjoado;
Odeio tudo isso,
E odeio fazer o papel de otário apaixonado.

489
Não nasci para me casar,
Eu não consigo ficar com apenas uma mulher;
E eu já ‘tô de saco cheio de tentar,
E depois mandar tudo pro ar.

Uma noite e nada mais,


Nem pra casa eu gosto de trazer;
Odeio acordar de manhã,
E ver do meu lado alguém que eu transei ontem.

Isso me deixa puto da vida,


Começa a me dar espasmos;
Fico com o humor alterado,
E sem educação nenhuma.

Não gosto,
Não curto;
Não quero,
E não vai mais acontecer.

A pior mentira que existe,


É mentir para si mesmo;
E tentar se enganar,
É a pior coisa que pode acontecer.

Não foi falta de tentar,


Tenho até um monte de gente de prova;
Mas não rola,
Isso não foi feito pra mim.

Não existe ninguém perfeito pra mim,


Sempre tem algo que me incomoda;
E se alguém me quiser,
Vai ter que ser do meu jeito.

Não vou mudar por ninguém,


Ela que mude por mim;
Foda-se,
Eu nem ‘tô mesmo afim.

Eu vivo de Rock N’ Roll,


Álcool e putaria;
É só isso que me importa,
Não ‘tô afim de me envolver com nenhuma vadia.

490
Me tenha por uma noite,
Acorde e vá embora;
Não me encha o saco,
Não cobre nada de mim.

Se você for boa nos veremos de novo,


Caso contrário;
Pode esquecer... é o fim.

Namorar, casar, e blá, blá, blá,


Está fora de cogitação;
Não quero nada disso,
Só quero fazer o meu som.

Tenho planos pra minha vida,


E neles relacionamentos não estão inclusos;
Nunca vou ser fiel,
Nunca terei apenas uma mulher.

Eu sou o que sou,


E me sinto bem assim;
Eu faço o que quero,
E é isso que quero continuar fazendo.

Sair, curtir e trepar,


No outro dia uma breja pra relaxar;
Nada mais que isso,
Pode me deixar na boa.

Se você for boa,


Eu te ligo;
Senão... pode esquecer.

Sim... ainda tenho uma grande coleção de amantes,


Pois as boas eu nunca dispenso;
Cada uma pra uma tara diferente,
Pois nenhuma é completa.

E assim eu sigo,
E quero seguir;
Então não fica me enchendo,
E vai procurar o que fazer.

Foda-se.

491
ESPERAR, NUNCA MAIS

Se existe algo que me irrita,


É ficar esperando;
Sim, não tenho a mínima paciência,
Isso me deixa possesso.

Acontece algo estranho,


Uma ansiedade que cresce;
Fico hiperativo,
E minha cabeça dói.

Odeio esperar,
Odeio pensar em ter que esperar;
Tudo o que eu quero,
Eu quero agora.

Odeio quando meus planos não funcionam,


Quando alguma coisa sai errada;
Odeio depender de alguém,
Da presença de alguém.

Esperar, nunca mais,


Por isso sigo sozinho;
Conquisto tudo ao meu jeito,
Do jeito que tem que ser.

Me irrito fácil,
Perco o controle;
Bebo da raiva,
Como do ódio.

Ainda deixo rolar,


Mas da terceira vez não vai passar;
Isso explode dentro de mim,
Me deixa louco pra matar.

Esperar, nunca mais,


Não faz o meu estilo;
Quando quero, corro atrás,
Quando não quero, mando pro inferno.

492
STRIP CATS

Realmente não tenho palavras para descrever,


Não existe forma de demonstrar;
Tudo o que esse nome,
E esse símbolo representam para mim.

Mais que vida,


Mais que diversão;
Mais que um sonho,
Mais que tudo que eu sempre quis.

Seria impossível descrever o Strip neste livro,


Talvez impossível em qualquer outro;
Apenas eu sei o que sinto,
Por isso que se tornou a fonte da minha vida.

Hoje faço um juramento,


05/12/2009;
Em um ano,
Lançarei uma obra completa sobre a banda.

Tudo se resume ao Strip Cats,


Planos, sonhos, vida;
Talvez a coisa que mais amo,
Mas com certeza a que eu nunca viverei sem.

493
MAIS UMA SAFADA

O celular com câmera fotográfica,


É uma das melhores invenções dos últimos tempos;
E a mulherada anda sabendo aproveitar,
E melhor, do jeito que eu gosto.

Recebo muito material por e-mail,


E nem todos são bons;
Mas às vezes aparece alguma coisa,
Que acaba chamando a atenção.

Essa foto nem é tão boa,


Mas valeu a intenção;
Pelo trabalho e elasticidade do corpo,
Mereceu aparecer por aqui.

Mais uma safada qualquer,


Que gosta de se mostrar;
Quem mostra o corpo não tem nome,
O importante é se fazer desejar.

Adoro tudo isso,


A liberdade que um aparelho pode dar;
Você faz o que quiser,
Mesmo que seja para si mesmo.

494
GRANDES TENTAÇÕES

Difícil não pirar,


Quando se vê seios tão grandes;
Assim na minha frente,
Pedindo para serem tocados.

Loucura gigante,
Sonho interessante;
Não consigo falar,
Nem parar de olhar.

Vai ser gostosa assim lá em casa,


E enfiar esses peitos na minha cara;
Me matar asfixiado,
No meio dessas grandes tentações.

495
JÓIA EM JÓIA

Gostaria de ser uma agulha,


Na penetração de um mamilo;
Transpassando de um lado,
Para o outro.

Estancando o sangue,
Fazendo sofrer;
Servindo de adorno,
Para o repouso de uma jóia.

Uma jóia em outra,


Mamilo e piercing;
Unificados,
Pelo ato da perfuração.

Ato primitivo,
De modificação corporal;
Às vezes feito por estética,
Outras apenas pela dor.

496
GAROTA LUXÚRIA

Garota mimada,
Com mania de grandeza;
Ninfeta gostosa,
Se comporta como uma vadia.

Adoro garotas assim,


Elas brincam com a minha imaginação;
Me deixam louco,
Cheio de tesão.

Garota luxúria,
Menina safada;
Morena tesuda,
Mulher já formada.

497
EXPLOSÃO ORGASMICA

Não, eu não pude me segurar,


O ritmo estava acelerado;
Eu estava morrendo de tesão,
Ela acabou comigo.

Ela gemia baixo,


Sussurrava em meus ouvidos;
Rasgava minhas costas,
Com suas unhas afiadas.

Me segurei o quanto pude,


Nem sei como agüentei;
Mas chegou o momento,
Em que explodi como um vulcão.

Numa explosão orgasmica,


Eu me encontrei;
Enchendo sua buceta com meu esperma,
De uma forma que nunca imaginei.

498
PRAZER SEM FIM

Não dou a mínima para o que os outros pensam,


Eu só quero me divertir;
Vivo minha vida por hoje,
Pois amanhã nem sei se estarei aqui.

Procuro o prazer,
Em tudo o que eu faço;
Seja som, seja arte,
Seja nefasto.

Prazer sem fim,


Que se curva a mim;
Encantando meu mundo,
Minhas perversões.

499
BIA

Especialmente para 500ª página deste livro,


Uma história bem legal;
Com as imagens tiradas de um vídeo,
Que modéstia a parte ficou muito legal.

É foda,
Pena que o que é bom dura pouco;
E dessa vez não foi diferente,
E bem que eu tentei mudar esse fim.

Mas como não consegui,


Vale assistir o vídeo para relembrar;
Das nossas tardes de putaria,
Sempre ouvindo um bom som.

Ah, Biazinha,
Como era gostosa.

500
A gente se conheceu através,
De uma filha da puta;
Mina desgraçada,
Que saiu por aí falando que era minha namorada.

Gorda maldita,
Ainda vou enfiar a mão na cara dela;
Assim que eu encontrar ela num rolê,
Ela nem vai saber o que a atropelou.

A única coisa que a aquela morfética fez de bom na vida,


Foi me apresentar a Bia;
Mas mesmo assim,
A vaca gorda fez questão de queimar o meu filme.

Porém como o Hellzinho aqui,


Não é besta nem nada;
Fiz minha propaganda,
Bem certinha.

E uma semana depois a gente começou a sair,


E curtir alguns bons momentos;
E coloca bons momentos,
Minhas tardes jamais serão as mesmas.

501
A primeira vez foi a mais foda,
Pensei que só ia rolar uns beijinhos;
Confesso que estava até meio irritado,
Com a situação.

Mas fiquei surpreso,


Quando percebi que a pegada era outra;
Começamos nos beijos,
E ela montou em cima de mim.

Logo arranquei sua blusa,


Deixando seus peitos reluzirem no sutien;
E que peitos,
Porra, eu os adorava.

Médios, bem desenhados,


Firmes e resistentes;
Mamilos perfeitos,
Gosto adocicado.

Ah, Biazinha,
Como era gostosa.

502
Ela rebolava em cima de mim,
E meu pau parecia que ia explodir;
Ela não fazia nada com pressa,
Sempre estudava todos os movimentos.

Cada toque,
Cada beijo;
Cada mordida,
Cada chupada.

Ela parava o tempo,


E fazia o que queria;
Rosto de anjo,
E um jeito que a até o diabo duvida.

Quem vê cara,
Não vê safadagem;
E esse ditado,
Lhe caía como uma luva.

Bia,
Gatinha tarada.

503
Ela tinha algo que me chamava a atenção,
Devia ser seu jeito de ninfeta;
Não sei ao certo,
Mas sei que era legal.

Ela não brincava em serviço,


Era fenomenal;
Uma das poucas boas amantes,
Que eu encontrava durante a semana.

Hahaha, sempre valia a pena,


Gastava um pouco de gasolina;
Mas a tarde era ganha,
Com certeza.

Satisfação garantida,
Com uma ninfeta pervertida;
Nem precisava de muito,
Apenas umas garrafa de vinho tinto.

Ah, Bia,
Boas tardes eram aquelas.

504
O vinho se encontrava em nosso sangue,
E a libido ia pro inferno;
Já éramos tarados por natureza,
Aí a coisa esquentava ainda mais.

A luxúria era libertada,


E nossos corpos queimavam;
Numa chama de desejo sem fim,
Que nunca se apagava.

Eu degustava aquele corpo,


Sempre como se fosse a última vez;
Sabia que não ia durar para sempre,
Pois o pra sempre, sempre acaba.

Infelizmente,
Acaba.

505
506
Vale guardar as lembranças,
Pois lembranças nunca morrem;
Lembranças não envelhecem,
E continuam gostosas.

Queira ou não,
A Bia foi uma boa amante;
E sempre me lembrarei,
Daqueles peitos deliciosos.

507
SEXO-TERAPIA

Não adianta tomar remédios,


Nem ficar internado no hospital;
Tudo isso é bobagem,
Coisa de retardado.

Foda-se o que o médico diz,


Ele não sabe nada sobre você;
Ele apenas estudou alguns livros idiotas,
E acha que sabe tudo.

Tenho uma novidade pra você,


O médico é um babaca;
Abra uma lata de breja,
E se afogue na mulherada.

Isso cura qualquer doença,


É coisa comprovada;
Eu mesmo inventei,
Testei, e me dei bem.

Tomar remédio o caralho,


Pra depois não poder beber;
Ficar de cama nem rola,
É melhor fazer uma orgia.

Esqueça tudo o que ouviu,


Aqui é o meu covil;
Faça o que eu mando,
Não faça o que eu faço.

Esse ditado é velho pra cacete,


Mas ainda tem funcionado;
Então abra seus ouvidos,
E não seja um retardado.

Abra uma breja,


E manda uma pra mim;
A mulherada fica pelada,
E a doença já chegou ao fim.

508
BRITNEY

É foda,
Tinha que acontecer;
Isso não ia passar batido,
E eu não podia evitar.

Mas essa Britney é gostosa mesmo,


Vai se foder;
E de cabelo escuro,
Ficou o meu número.

Odeio a música que ela canta,


Mas ela é uma garota interessante;
?Pra que ouvir,
Se eu posso apenas observar?

Naquele vídeo-clip “Gimme More”,


Foi que ela ganhou o meu tesão;
Ela está perfeita nesse vídeo,
Do jeito que eu gosto.

509
MAIS UMA DA GOSTOSA

Eu sempre corro atrás do que me chama a atenção,


Não tem jeito;
Eu acho coisas no fundo do baú,
Faço até o diabo se contorcer.

Ah, se eu estivesse nessa banheira também,


O mundo iria ficar pequeno;
A excitação chegaria ao extremo,
E o tempo iria parar.

Apesar de achar que ela deveria,


Dar uma aparada nesses pêlos;
Eu nem ia ligar,
Ia cair de boca até me saciar.

Até peluda,
Essa Britney é tesuda;
Vai ser gostosa assim,
Lá na minha cama.

510
TRANCINHAS

Morena gostosa,
Parecia uma índia;
Nativa da minha terra,
Sedutora de trancinhas.

Belos olhos negros,


Em um corpo escultural;
Fazia tudo para o meu prazer,
Me deixava sem ação.

Jeito de menininha,
Fome de mulher;
Sorriso sem pretensões,
Dizimando todas as razões.

511
FEITICEIRO

Essa noite, senti os meus mais próximos,


Meus Demônios estavam latentes;
Asmodeus se fez presente,
Murmur me trouxe inspiração.

Comecei meu ritual,


Conjurei e consagrei espíritos e ferramentas mágicas;
A chama das velas dançavam,
Sobre o ritmo agitado dos meus tambores.

O sino de prata badalou à meia-noite,


Eis que chega a hora grande da noite de luar;
Os fracos se protegem dentro do círculo mágico,
Mas eu trabalho diretamente com aqueles que são meus.

Os Senhores Alados, sobrevoam por minha cabeça,


Um dos momentos mais lindos que presenciei;
Belzebuth me trouxe sabedoria,
Lillith me presenteou com sedução.

No meu caldeirão os ingredientes fervem e se misturam,


Vejo as almas dos feiticeiros da Calunga;
Eles conjuram seus feitiços,
Trazendo partes do cemitério.

Saudações Espíritos da Goétia, Senhores Decaídos,


Laroyê Senhores da Magia Negra, meus Exus e Damas Malévolas;
Com sangue e vinho consagramos nossa união,
Todos juntos pela bandeira de Lúcifer Pai.

O punhal sagrado ainda está vestido,


E quando de sua bainha ele sair,
Não vai voltar até ser banhado em sangue;
O sangue do sacrifício prometido.

Adentro aos portões do Inferno,


Junto com meus irmãos;
Guerreiros do fogo,
Mestres da justiça.
512
Sou o feiticeiro negro,
O Exu ainda encarnado;
Sou humano, sou Demônio,
Sou tudo o que devo ser.

Trago comigo o amor e o ódio,


Doses doces de sedução,
Amargas de dor,
Salgadas da destruição.

Conjuro Baal,
Invoco Exú Tiriri das Almas;
Assim trabalho em vossas legiões,
Me faço em suas falanges.

Bengali-dakali, itsua,
Sangre de Satanna;
Oburê lêmure,
Raza de forza.

Pai só tenho um,


O nome dele é Lúcifer,
O portador da verdadeira luz,
Pelos povos bantos, Lúcifer-yê, o Maioral.

Me desfaço do meu manto,


E nu, adentro a floresta;
Na trilha da poeira,
Do pó de estrelas.

513
IN INTEGRUM

Por inteiro,
Me entrego ao meu destino;
Dizem que sou louco,
Talvez, insano um pouco.

Assim pensam os hipócritas,


Que em nada acreditam;
São aqueles que se ajoelham,
E imploram para que mintam.

Por inteiro,
Me entrego ao meu Pai;
De corpo e alma,
E assim se faz.

A magia não é loucura,


Não é coisa imaginária;
Empregue-a com nobreza,
E saiba desfrutá-la.

Qual é o conceito,
Entre o bem e o mal?
Eu quero o melhor para mim,
Mesmo que te prejudique.

Não cruze meu caminho,


Não tente me atacar;
O meu poder é muito grande,
E com os olhos posso te matar.

514
INFERNO PESSOAL

Me prendo em minhas trevas,


Cambaleando por entre as sombras;
Surgindo em meio à escuridão,
Dilacerando almas.

Guio anjos caídos,


Ao extremo da morte;
Repassando os ensinamentos,
Eternos mandamentos de Lúcifer.

Brindo com sangue,


Glórias ao Inferno;
Na taça de prata da consagração,
A morte de cada cristão.

Inverto o pentagrama,
Aos olhos de Baphomet;
Ergo o punhal,
E brindo glórias ao Mestre.

Guio anjos caídos,


Ao extremo da morte;
Repassando os ensinamentos,
Eternos mandamentos de Lúcifer.

Guio anjos caídos,


Ao extremo da morte;
Repassando os ensinamentos,
Eternos mandamentos de Lúcifer.

Guio anjos caídos,


Ao extremo da morte;
Repassando os ensinamentos,
Eternos mandamentos de Lúcifer.

Guio anjos caídos,


Ao extremo da morte;
Repassando os ensinamentos,
Eternos mandamentos de Lúcifer.

515
O JURAMENTO

Em meio ao Stix,
De lava fervente;
Atravessando o Inferno,
De almas libertas.

Caminhando em direção ao Mestre,


Atravessando todos os portões;
Saudando todas as legiões,
Firme em meu propósito.

Consagrado pelos Generais,


Atravesso o grande salão;
Do alto avisto o trono,
E sinto todo o poder de Lúcifer.

E nesse profano momento,


Ao erguer das lâminas;
Renovo meu juramento,
Diante ao Grande Senhor Infernal.

Em meio ao Stix,
De lava fervente;
Atravessando o Inferno,
De almas libertas.

Caminhando em direção ao Mestre,


Atravessando todos os portões;
Saudando todas as legiões,
Firme em meu propósito.

E nesse profano momento,


Ao erguer das lâminas;
Renovo meu juramento,
Diante ao Grande Senhor Infernal.

“Pai, seguirei teus passos,


Me fortalecerei em tuas magias,
E serei teu eterno guerreiro.
Ave Lúcifer”

516
SOLVE COAGULA

Pela sabedoria,
Liberdade e respeito;
Salve a grande legião.

Pela luxúria,
Prazer e reprodução dos nossos;
Salve a grande nação.

517
MARIA DE PADILLA

Vestida com as cores do anoitecer,


Coroa de ouro enfeitando os negros cabelos;
O perfume das rosas vermelhas em sangue,
Emanavam de seus seios brancos como a Lua.

Quente brisa que afaga a noite com seus mistérios,


Vento perfumado por jasmins;
Klepoth branca, linda,
Carregada de jóias rubras.

Respeitada e querida,
Temível e grandiosa;
Dona das ruas e encruzilhadas,
Lábios charmosos vermelho sangue.

Seu ilá impõe silêncio,


E faz estremecer os mais valentes;
Ela chegou,
E ninguém há de se meter.

Seu leque de plumas em movimentos sedutores,


Faziam de seu lado direito muito amável;
Mas seu tridente de aço infernal,
Fazia de seu lado esquerdo o templo do mal.

Uma taça de vermute,


Sua longa cigarrilha;
Eis o grande semblante de,
Maria de Padilla.

Lebara para alguns,


Para outros a Rainha;
Das terras da Espanha,
Para a grande família.

Família de alegria,
Onde a fidelidade é o dom maior;
Só para os filhos da magia,
Da bandeira do dragão.

518
Muitos a conjuram,
E a invocam sem razão;
Esses trabalhos são em vão,
Pois sucesso não obterão.

Pois ela é Rainha,


E sabe a quem ajudar;
Um pedido de um filho de Lúcifer,
Ela nunca vai negar.

Maria de Padilla,
Seu nome a exaltar;
Para os menos conhecedores, de,
Maria Padilha pode chamar.

Faça o ritual,
Bata a vela no altar;
Ela é Pomba-Gira,
Manda no lugar.

Nas magias dos amores,


Ela vem a comandar;
Peça o que quiser,
Ela pode lhe dar.

Mas não a engane não,


Pois ela vem pra se vingar;
Leva seu amor,
E sua alma deste lugar.

519
RITOS DO FOGO

As chamas envolvem o corpo,


Inflamam o sangue;
Seduzem a mente,
E se perdem na escuridão.

As chamas dançam em êxtase,


Como as bruxas em seus rituais;
Elas queimam desejos e luxúrias,
Convidam ao prazer da carne.

Demônios blasfemam,
As velas queimam;
Seu corpo estremece,
A lâmina te perfura.

A excitação envolve seu corpo,


Inflama o sangue;
Seduz a mente,
E se perde no fogo.

520
INTIMIDADE DA INSANIDADE

Como tudo começou...

O ano era 2008,


Tudo corria bem;
Como sempre eu fazia minhas compras pela net,
Sem problema algum.

Até que um dia,


Um filho da puta clonou o meu cartão de crédito;
Mas o cara era tão burro,
Que não esperou o sistema do paypal mudar os dados.

O cara gastou mais de R$ 3.000,00 no meu cartão,


E eu já estava mastigando vidro de tanta raiva;
Quando abri meu e-mail,
Havia uma mensagem de um site do qual eu nunca havia comprado.

521
Mandando uma lista de compras,
Cheia de coisas que eu nunca compraria;
Artigos de vigilância,
Chaveiros e mais um monte de merdas.

Tudo da China,
Mas comprado em um site americano;
O desgraçado,
Estourou meu cartão em dólar.

Eu estava possesso,
Possesso pelo ódio;
Mas no final desse e-mail,
Havia um endereço para entrega.

E que engraçado,
O filho da puta era daqui de São Paulo;
Mais precisamente,
Da Vila Alpina.

Lugar onde eu estava me acostumando a andar,


Pois tinha que passar por ali sempre;
Já que minha namorada,
Morava ali por perto.

522
O nome do infeliz era Bruno,
E o site mandou a confirmação da compra pra mim;
Pois o imbecil não esperou o sistema se atualizar,
Para mandar a confirmação pro e-mail dele.

Estava eu com o nome,


E o endereço do babaca nas mãos;
Poderia ter feito mil coisas,
Mas preferi esperar.

Pedi para o Aliocer,


Puxar a ficha dele pra mim;
Descobrindo assim,
Idade, CPF e telefone.

De noite fui na Delegacia,


E levei todos os dados que eu tinha;
Mas pra variar,
Eles demorariam demais para resolver meu assunto.

Dois irmãos e eu,


Resolvemos ir até o local onde o cara morava;

523
Apenas para observar,
E estudar os movimentos do lugar.

Estava tudo quieto,


Não havia muito o que fazer;
Fomos embora,
Pois teríamos de trabalhar no dia seguinte.

Foi quando de madrugada,


O anjo vingador me tocou;
E vi na minha mente,
O que deveria fazer.

Na manhã seguinte,
Me preparei;
Chamei mais duas pessoas para meu grupo,
E faríamos o estrago.

O dia correu normal,


E nenhum sinal da polícia;
Era quase certeza de que não fariam nada,
Pois esse tipo de coisa não diz muito respeito a eles.

524
Saí do trampo,
E levei um ajudante comigo pra casa;
No meio do caminho,
Comprei quatro litros de gasolina.

Já em casa tomamos algumas cervejas,


E esperamos o tempo passar;
Ainda era cedo,
Dava tempo de descansar.

O horário marcado era 03:00 am.,


Pois essa hora ninguém fica vacilando na rua;
Saímos de casa e nos dirigimos até o local,
Para a minha vingança.

Éramos três,
Um motorista de fuga,
Uma cinegrafista,
E eu, o incendiário.

Chegamos ao local,
E estava tudo perfeito;
Nenhuma alma na rua,
Nenhum mosquito barulhento.

Peguei as garrafas de gasolina,


E fui deixando meu rastro;
Desde o carro dentro da garagem,
Até o meio da rua.

Sem piedade,
Na intimidade da insanidade;
Com sede de vingança,
Só o fogo purifica.

Cego,
Como os antigos sacerdotes;
Faminto,
Para desgraçar a vida dele.

Meu isqueiro deu inicio ao fogo,


Que foi seguindo seu caminho;
O fogo ainda queima,
No meu rastro de vingança.

525
Minha alma se alimentava,
Enquanto o fogo percorria a rua;
A cada segundo,
Mais expectativa.

526
Enquanto o fogo,
Consumia tudo à sua frente;
Meu ódio consumia minha alma,
Em fogo.

Eu esperava ansioso,
Eu chamava pelo caos;
A destruição estava por vir,
E minha alma maléfica se enchia de alegria.

Apenas eu sei o que senti,


Naquele exato momento;
Sem remorsos,
Sem piedade.

Pagando com uma moeda mais valiosa,


Quem tirou algo de mim;
Se eu tive prejuízo,
Com certeza ele teve mais.

Se ele não fez por maldade,


Eu me esbanjei na maldade e na crueldade;

527
Se ele fez apenas por dinheiro,
Eu fiz por vingança e por prazer.

Matei a fome que me devorava,


Bebi da satisfação que me dava sede;
Que ele passasse qualquer um para trás,
Menos eu.

528
Na minha intimidade com a insanidade,
Sou uma pessoa perigosa;
E ninguém deve brincar,
Com o que não conhece.

Eu trago comigo os estragos da noite,


Eu danço com as chamas do inferno;
Sei que apenas,
O fogo purifica.

E no fogo eu fui forjado,


Como aço trabalhado;
Pelas mãos de Lúcifer,
Meu eterno Pai.

E cristão nenhum vai me passar pra trás,


E nem me fazer de idiota;
Minha mente vai mais além,
Meu espírito é bem mais forte.

Eu crio,
E eu destruo;
Sou o fogo da purificação,
529
A morte para cada cristão.

Assim sou eu,


E nada pode me mudar;
Nem a noite,
Nem o luar.

Era o destino,
E assim deveria ter sido feito;
O fogo que purifica,
Desenhou a cruz da mentira.

E na intimidade da minha insanidade,


Me senti completo;
Matei minha fome,
Matei minha sede.

Sem remorsos,
Sem piedade;
Apenas vingança,
No seu instinto mais puro.

E assim foi o começo,


Pois tudo tem seu início.
530
MEU COMEÇO É O MEU FIM

Lembro-me da noite em que reneguei o Deus fraco,


Recitando meu discurso de ódio,
Sendo banhado pela Lua cheia,
E me transformando em escuridão.

A magia se fez imediatamente,


Com o estrondo dos trovões.

Renegado,
Um demônio alado veio ao meu encontro;
Trazia consigo uma espada,
E seu tridente.

A mediunidade em freqüência máxima,


Fez com que suas palavras fossem claras;
Eis que recebi minha coroa,
E a lâmina de minha faca.

Desde então,
Faço minhas regras;
Apenas obedecendo,
As leis do grande Pai.

Ao nascer do sol,
Minhas forças estavam esgotadas;
Ali nasceria um novo ser,
Um humano real.

Livre de hipocrisias,
Livre da escravidão.

Humano em seu verdadeiro instinto,


Instinto animal;
Instinto que nunca deveria ter sido domesticado,
Pelas ridicularidades do catolicismo.

Eis de volta,
O homem que caça.

531
...E ecoa no universo uma voz de trovão que recita:

- Vai e continua com a tua obra de maldades...


O julgamento nunca deve parar...
Você é o meu escolhido...
Destrua...

532
Agradeço a todos que conseguiram chegar ao final desta obra. Sei que
em muitos momentos vocês pensaram em parar, alguns tiveram medo, e se
perguntaram:
- Como alguém pode ter uma mente assim?
- Como é possível existir um ser humano desse jeito?
- Será que tudo isso é real, ou é imaginação?
- Será que ele é louco?
A única resposta que posso dar a todos vocês é: Isso é a “Intimidade da
Insanidade”. O que é real ou o que pode não ser, sempre estará guardado
em minha mente, e na mente de algumas pessoas que são próximas a mim.
Esse é o mundo obscuro no qual eu vivo. Em meio à escuridão, magia,
sexo, revolta e violência. O mundo onde quem não se torna predador, se
torna vítima.
Minha mente é um templo de maldades e insanidades; Existem
momentos em que mesmo eu, não sei o que acabarei fazendo. Pois o
instinto é tudo, e é bem maior que a razão.
É um prazer pra mim, destruir todos os sonhos de vocês. Mostrando-
lhes todo esse mal e toda essa destruição. O caos é o começo da verdade e
se levantar é o pulo para a liberdade.
533
- Até aonde você tem intimidade com a sua insanidade?
Não tenha medo, um dia você irá se encontrar, e nesse dia eu poderei
chamar-te de meu irmão.
O homem é meramente um animal, porém mais selvagens do que os
que andam sobre quatro patas, ou os que rastejam, ou os que vivem na água
ou no ar. O homem é inteligente, ele pensa, mas ainda continua de joelhos.
Mostrando toda a sua fraqueza, incapacidade, impotência, e covardia.
Então, esse tipo de homem deve ser banido da face da terra, pois aqui, só os
mais fortes tem o direito de sobreviver.
Nunca abaixem suas cabeças.
Nunca sejam escravos.
Lembrem-se de quem realmente se sacrificou pela humanidade. Pela
nossa verdadeira liberdade; Quem realmente é o portador da luz.
Aos olhos de Lúcifer, todos somos iguais, desde que lutemos por
nossos ideais.
In nomine Satanás Luciferi, grand Patri.

Agradeço à todos os meus guardiões, tanto da Quimbanda, quanto da


Goétia; À todas as linhas da Malévola Trindade, e à todas as Legiões
Infernais; Assim como todos aqueles que olham e trabalham por mim.
Ave Lúcifer e suas Legiões.
Salve Maioral, laroyê Exu.
Agradeço também aos poucos amigos que tenho, aos meus irmãos de
fé e sangue. Não citarei vossos nomes, pois não quero prejudicar ninguém.
Vocês sabem quem vocês são.

Gostaria também de mandar um foda-se para todos que não gostaram


da minha obra, para os cristãos, evangélicos e afins; Um foda-se para o
Deus impotente e para o seu filho bastardo; Outro foda-se pra quem não vai
com a minha cara e não gosta de mim; E mais um foda-se pra quem não
gostou que eu usasse as suas fotos nesta obra; Se não gostou... Fica esperto
(a) da próxima vez.

Vejo vocês na próxima vez... Lembrem-se:

...E ecoa no universo uma voz de trovão que recita:

- Vai e continua com a tua obra de maldades...


O julgamento nunca deve parar...
Você é o meu escolhido...
Destrua...

Ps.: Alguns erros de acentuação são propositais, por serem gírias. Principalmente na
palavra “Para (com sentido de Parar)” onde escriturei “Pára”.

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Obras do Autor:

- O Outro Lado (2009)

- Intimidade Da Insanidade (2009)

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Editora Satanakia
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