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b) "Os patins e a Patinagem têm sido um tabu em Portugal!", de que forma poderemos
comentar esta afirmação?
Mesmo apesar dos inúmeros títulos alcançados pelo Hóquei em Patins, "a Patinagem é uma modalidade estranha e
desconhecida, praticada com elementos esquisitos... sabe-se lá compostos por quê e com que consequências negativas
para os pisos" ... isto na opinião de algumas pessoas. Se por um lado a divulgação da Patinagem e o contacto com esta
modalidade é reduzido, em consequência duma dificuldade de divulgação por parte da F. R P. e dos seus órgãos
(Associações e Clubes), por outro os “mass-media” não apostam nesta modalidade de forma contínua e
dinamizadora/motivadora. Assim as disciplinas da Patinagem têm um tratamento que aponta para aspectos gerais - mas
nunca para a especificidade dos patins.
Além disto, ninguém conseguiu até hoje explicar claramente ao grande público que é necessário uma Iniciação a esta
modalidade, onde se deve tomar contacto com o Patim, com os seus elementos, para só depois perceber as técnicas e
tácticas das disciplinas competitivas.
Logo a patinagem não se tornou uma modalidade popular e de massas, levantando nalgumas pessoas desconfiança e
confusão. Exemplo desta situação é a falta de recintos para a Patinagem, a pouca difusão competitiva nalgumas regiões do
país, a falta de corredores de circulação nas estradas para patins e bicicletas (como existem noutros países da Europa),
assim como a reacção dos condutores aos utilizadores de patins para deslocação CASA-ESCOLA-EMPREGO. Além de
tudo isto, os pisos desportivos escolares exteriores são construídos em asfalto, o que é inadequado de todos os pontos de
vista, segurança (uma queda tem consequências complicadas em virtude da abrasividade do piso), durabilidade/preço (piso
que se desgasta ao fim de 3-4 anos, de forma muito acelerada), pedagógico-psicológico (a cor e a abrasividade provoca
insegurança e medo no aluno). Daqui resulta, também, a dificuldade de utilização deste piso para a Patinagem, sobretudo
para os patins de Iniciação (rodas menos flexíveis) e após algum desgaste. Os pisos escolares, das zonas exteriores,
deveriam ser em cimento, de cor sugestiva e agradável, mais duradouros portanto mais económicos... então porque não
enveredar definitivamente por eles??!
Mas não ficam por aqui os problemas inicialmente, em termos de história, as rodas utilizadas nos patins eram
essencialmente de ferro/metal ou ainda de madeira e só há relativamente pouco tempo se vulgarizaram a borracha,
poliuretano e outras fibras ou compostos similares para fabricação da roda. Aquela situação e possivelmente o facto da
patinagem mais veiculada na televisão ser a Patinagem no Gelo (onde as lâminas contactam o gelo e "rasgam--no"), criou
inúmeros problemas de locais para patinar (há cerca de 140 anos alguns rinques foram encerrados por desgastes do piso),
existindo ainda alguns que julgando estar a viver no tempo da roda de ferro ou madeira, ou não tendo conhecimento sobre
patins e que ocupam cargos de gestão de instalações desportivas, recusam aceitar a presença dos patins em qualquer piso
(desde o cimento ao asfalto, passando pela madeira e sintético... para eles tudo se estraga com a presença da Patinagem).
Segundo estes "velhos do Restelo" "Os patins/rodas riscam os pisos, estragando-os;" O patim/travões deixam marcas
difíceis de tirar e inestéticas; "As tabelas dos rinques com dimensões de 40 X 20 m coincidem com as linhas laterais e finais
do Andebol, o que mesmo em rinques maiores constitui problema para um atleta após remate em suspensão;" O piso de
madeira (mais duro, não flexível) é causador de lesões musculares, articulares e tendinosas; Em virtude de se considerar
que os pisos flexíveis, com "caixa de ar" evitam lesões, os pavilhões escolares normalmente possuem esta estrutura, que
segundo alguns não permitem a patinagem (na sua opinião o piso com caixa de ar aguenta os "gigantes" do Basquetebol
com 120 Kg, mas não um jovem patinador com 40 Kg de peso corporal?!).
Todas as modalidades de Pavilhão começaram, de alguns anos a esta parte, a recorrer a pisos sintéticos (emborrachados)
que dificultam muito ou quase totalmente o deslize dos patins (sendo muito utilizados em Pavilhões escolares, mesmo
sendo a Patinagem uma modalidade escolar, obrigatória/nuclear até ao 3° ciclo);
RESUMO
• Na Patinagem existem, como na generalidade das modalidades desportivas, alguns equívocos e situações que tornam difícil a
generalização da prática e o entendimento positivo da população em geral. Neste capítulo procurei desmistificar e contribuir para
o ultrapassar de alguns desses problemas.
• Patinar é um Acto Motor ( como o são o "Andar", o "Correr" ou o "Agarrar"...), assim poderemos afirmar que um patinador sabe
patinar se conseguir realizar este acto motor com um nível Avançado/ Elevado.
• O desconhecimento que muitas pessoas (algumas das quais estão em órgãos de decisão), têm sobre a Patinagem e os seus
constituintes - os patins - levam-nas a levantar entraves à entrada da modalidade nalguns recintos... Importa referir com muita
clareza que é possível compatibilizar a Patinagem com as outras modalidades de interior, os Pavilhões para esta modalidade não
são especiais ou específicos... mas sempre adaptados/adaptáveis para outras actividades.
• O Patim é um elemento muito atractivo mas, para quem o calça pela primeira vez, é algo de anormal, daí uma sensação de
insegurança ( associada à dificuldade de controlo inicial)... Tal situação leva à necessidade de alguns cuidados de segurança e
respeito por regras... que ao serem cumpridas facilitam a aprendizagem e reduzem os riscos. É pois necessário que os familiares
mais velhos e receosos não coloquem entraves à partida, mas sim possam dar aos principiantes uma confiança e segurança
psicológica acrescida. Daqui resulta a importância da formação de técnicos e o recurso aos clubes, desta modalidade, também
para os primeiros passos.
• Existe um carinho muito grande por parte da população portuguesa pelo Hóquei em Patins e dos mais jovens pela modalidade da
patinagem... por tudo o que até aqui foi conseguido merecia esta modalidade mais apoio da comunicação Social, devendo
também os órgãos de gestão da mesma, bem assim como os seus diversos agentes (técnicos, dirigentes, atletas e juízes)
continuar a encetar campanhas de divulgação/massificação no sentido de generalizar a prática e oferecer possibilidades da
vertente competitiva em todo o país.
• Para além de tudo isto é forçoso que estejamos todos em condições para acompanhar a evolução das áreas de expressão física
e movimento, associadas às novas tecnologias e interesses que vão surgindo (e que os patins em linha disso são exemplo, nas
suas várias vertentes e possibilidades)... aproveitando-as e não bloqueando ou fazendo "guerras" em que todos sairão
derrotados.
B - A IMPORTÂNCIA DA PATINAGEM NO ENSINO
1 - ENQUADRAMENTO DA PATINAGEM NA ACTIVIDADE
MOTORA
Depois do exposto no capítulo anterior podemos dizer que a Patinagem é uma modali-
dade desportiva de extrema riqueza para a evolução psicomotora do Ser Humano.
Vejamos uma hipótese de colocação da patinagem, nas suas várias vertentes, num
A acção motora PATINAR deve ter um posicionamento na estrutura da Evolução da Psicomotricidade Humana, devendo
pois ser caracterizado enquanto Acto Motor. Sem dúvida trata-se duma actividade "Não Natural", ao contrário do "Andar",
"Correr" ou "Saltar", dado não ter qualquer referência genético-cultural, nem acentar em qualquer pré-determinação reflexiva
e natural, sendo pois uma criação artificial/humana.
No entanto, podemos afirmar que este acto motor está relacionado com o Andar (têm muitas características comuns, sendo
a Marcha/Andar uma das progressões para o Acto Motor Patinar Rectilíneo).
Assim e após a leitura e interpretação do quadro da Evolução Psicomotora do ser Humano, podemos afirmar que a idade
aconselhável para calçar os patins, será na altura em que a criança tiver o Acto Motor Andar (que serve de base ao Patinar)
consolidado, nível avançado/elevado.
Vamos então analisar e caracterizar o ACTO MOTOR - PATINAR -, em recta:
l) Definição
Acção Motora Cíclica de Propulsão, à base do trem inferior, onde se podem detectar duas fases:
a) DINÂMICA: - Deslizamento
- Impulso
- Recuperação
b) TRANSITÓRIA: - Aterragem/recepção
- Saída
II) Características Corporais do Patinar:
a) ACÇÃO DO MEMBRO INFERIOR (posição média de ligeira flexão)
• Perna da frente descreve sensivelmente um quarto de círculo, ligeiramente para o exterior, onde é ultrapassada
(Deslizamento).
• Efectua a extensão (Impulso) e após a saída entra na fase aérea (Recuperaçào)já em semi-flexão. Depois é colocada
novamente em contacto com o solo, movimentando-se à frente (novamente).
• Movimenta-se em oposição ao membro superior.
c) TRONCO E CABEÇA
• Ligeiramente inclinados à frente. Traçando uma perpendicular a partir da cabeça, esta situa-se à frente do patim mais
adiantado (reduzindo assim o desequilíbrio para trás).
• Devem ser mantidas as curvaturas normais da coluna, apenas na zona lombar existe alteração, pois é essa a zona de
flexão do tronco à frente.
• Olhar é dirigido para a frente, sem necessidade de olhar para os patins.
• Ligeira flexão do tronco, com acompanhamento constante da cabeça.
Mas para compreendermos melhor o Acto Motor Patinar na sua globalidade é preciso juntar atempadamente a
movimentação tronco/cabeça, membros inferiores e superiores.
Assim, o tronco e a cabeça têm acções essencialmente posturais, apenas devemos considerar que acompanham a
perna/pé que desliza à frente, com ligeira inclinação antero-lateral. O tronco inclinar-se-á ligeiramente ao lado direito e à
frente, aquando da passada da perna direita e ao lado esquerdo, aquando da passada da perna esquerda.
Quanto aos braços(membros superiores), tendo um ângulo superior a 90 graus (entre o braço e antebraço), mantêm-no
movimentando-se pelo ombro e, menos mas também, pelo cotovelo. Têm como particularidade a movimentação em contra-
lateralidade em relação às pernas, assim quando a perna direita vai à frente o braço esquerdo avança também, ficando o
braço direito e a perna esquerda atrás. Esta posições dos membros são ciclicamente invertidas, sempre com a coordenação
b.esq./p.dt13 e b.dt°/p.esq.
Poderemos analisar o nível de execução deste Acto Motor através do quadro/ficha que se segue:
3 - ASPECTOS TÉCNICOS GERAIS/DESEQUILÍBRIOS COMUNS
a) Posição Base:
Comum a ambos os patins, de rodas paralelas e em linha, com os Pontos l, 2 e 4 alinhados. Perpendicular a partir da
cabeça "cai" à frente das biqueiras dos patins.
Pontos de Referência - São pontos do corpo que devem alinhar-se para obter correctas posturas e execuções
fundamentais. Em todos os exercícios propedêuticos para a aquisição das técnicas, dever-se-á fazer referência aos
seguintes pontos:
b) Superfícies de contacto/segurança
Em todas as modalidades nas quais é utilizado um elemento mecânico não corporal, a estrutura mecânica do mesmo deve
ser estável e condiciona as várias técnicas a executar.
Neste caso, comparando os patins de rodas paralelas com os patins em linha, notamos substanciais diferenças, até porque
as técnicas a executar são algo diversas.
Vamos fazer uma análise sumária dos componentes e da mecânica do patim (elemento mecânico não corporal), por outro
lado debruçar-nos-emos sobre os aspectos técnicos individuais e fundamentais.
Experimentemos esquematizar a superfície de contacto de um patim de rodas paralelas e em linha, hipoteticamente vistos
sobre uma superfície superior transparente.
Confrontando as duas figuras, é evidente que a superfície de contacto ocupada pelas rodas é muito diferente. Ambas
formam um rectângulo, mas a segunda figura poder-se-á definir mais como uma linha, considerando que o lado mais curto
medirá lateralmente 2/3 mm, segundo o tipo de rodas.
Dando atenção ao sapato, na fig. l as extremidades ponta e tacão, são externas à superfície de apoio, enquanto na fig. 2
são internas.
Primeira Observação:
Permanecer em equilíbrio sobre uma superfície mais larga é mais fácil, logo o patim de rodas paralelas deveria ajudar á
manutenção do equilíbrio.
Segunda Observação:
No patim em linha existe uma base de apoio mais longa e estreita, ficando isso a dever-se à distribuição do peso, sobre a
estrutura não corporal que está para lá da bota. As dificuldades do patinador em manter-se em equilíbrio sobre o plano
sagital serão por isso reduzidas, em relação aos patins de rodas paralelas, mas aumentam sobre o plano frontal.
O patim em linha, com a sua estrutura específica limita consideravelmente a possibilidade de escorregamento sobre o plano
sagital, sendo este o escorregamento/desequilíbrio mais perigoso (sobretudo atrás) e que causa mais insegurança, em
virtude não existirem referências visuais do espaço anterior.
Poderemos comparar a calha ou a lâmina vertical das rodas em contacto com o solo do patim em linha com um Sky. De
facto, também neste caso a superfície de apoio é amplamente externa em relação à biqueira e ao calcanhar da bota.
Durante a perda de equilíbrio as pequenas quedas à frente e atrás, dificilmente se verificam, todavia permanecem ainda
frequentes os desequilíbrios e as quedas laterais.
Sobre os patins em linha, o equilíbrio será influenciado também a nível da capacidade proprioceptiva, mais ou menos
desenvolvida a nível do tornozelo (articulação tibio-társica), dependendo por isso da estrutura da bota.
Com uma bota plástica (muito parecida com as botas de Sky, mas com maior circulação de ar no pé), eliminam-se quase
todos os problemas de estabilidade e equilíbrio. Na aprendizagem inicial, teremos alguns problemas acrescidos caso se
utilize bota/sapato de competição de Corridas em patins ( fundo em carbono ou fibra de vidro e cobertura externa e interna
em pele/couro), porque a parte rígida em carbono não cobre completamente a zona dos maléolos, deixando mais livre a
articulação do tornozelo. Este elemento necessário para a actividade competitiva, resulta em desvantagem para os
primeiros contactos ao nível dos jovens e adultos.
Nos patins em linha, pela sua configuração/desenho os desequilíbrios existentes são essencialmente laterais e nunca
antero-posteriores
Assim:
a) Lateral/lado esquerdo (por excesso de inclinação dos patins ou do tronco para esse lado);
b) Lateral/lado direito (idêntico, mas inverso ao anterior).
1 - Não ciclicidade da passada. Aluno dá dois ou três impulsos (passadas) e deixa os patins deslizarem (são feitas
repetições contínuas desta situação).
•Devem conseguir dar mais impulsos de seguida sem interrupção.
2 - Não existem amplitudes e acções idênticas/simétricas entre ambos os membros inferiores (ex. a perna dta desloca-se
com maior amplitude que a esquerda) - "PATINAR COXO"
•Colocar riscos no solo, com giz, com igual amplitude e lateralização, para que os patins por lá passem, deslizando
correctamente em termos de espaço e tempo.
3 - Patins deslizam sem controlo para trás no plano sagital, provocando queda para a frente (mais comum acontecer com
patins de rodas paralelas).
•Aluno deve conseguir "fixar os patins" não os deixando escorregar para trás, tentando lateralizar mais a passada à frente.
4 - Utilização excessiva dos filós internos, desalinhando os joelhos (postura vago; os joelhos para dentro) em relação às
biqueiras (em desacordo com a posição base).
• Insistir na utilização do filo/lâmina vertical (vide "meios mecânicos e acessórios").
•Apertar bem os patins, sobretudo em cima.
•Verificar o estado das rodas, se necessário substituir ou trocar a sua posição.
5 - Aluno impulsiona constantemente com o travão ou o suporte do travão (patins com travão à frente), este serve de
aquisição de equilíbrio em situações difíceis (hábito que pode ser difícil de extinguir).
• Devem ser retirados os travões dos patins (até o aluno atingir o nível avançado do acto motor "Patinar Rectilíneo") e
chamar a atenção para que o aluno corrija esta situação.
6 - Levantamento, extensão do tronco, cabeça ou olhar para os lados, para cima ou para trás (o que provoca quedas para
trás).
• Insistir na flexão do tronco e cabeça e flexão ligeira das pernas.
7 - Curvatura demasiado acentuada ao nível da coluna vertebral (hipercifose), no sentido de manter o equilíbrio.
•Colocar o aluno a patinar em frente do espelho ou colocá-lo na posição base antes de iniciar o impulso para o "Patinar
Rectilíneo"
8 - Movimentação de braços homo-lateral em relação às pernas (assim, quando avança a perna direita, avança o braço do
mesmo lado), ou balanceamento dos braços no plano horizontal e não sagital.
•Aluno deve fazer exercícios simples (sem deslocação) e decompor o movimento, passada a passada, até sincronizar
acções de braços e pernas.
9 - Andamento com extensão permanente de pernas (provocando passadas curtas, hipertensão muscular e desequilíbrios
constantes) -" PATINAR COM PERNAS DE PAU".
•Execução de exercícios de flexão/extensão de pernas, deslize de cócoras, etc..
10 -Não colocação do peso do corpo sobre o patim mais avançado e em apoio (originando entradas em desequilíbrio e
possíveis quedas ou compensações).
•Levar o tronco na direcção do patim que entra em deslize.
11 -Executar o apoio/aterragem do patim muito lateralmente (longe do patim que já lá estava em deslize), - "PATINAR DE
PERNA ABERTA".
•Solicitar o apoio/recepção/aterragem o mais perto possível do patim que está no solo, em deslize e treinar o movimento
sem deslocamento.
e) Aplicações da Patinagem
A Patinagem é uma modalidade desportiva, que acenta a sua riqueza na capacidade de desenvolvimento do equilíbrio
dinâmico, mas pode ter várias aplicações.
a) Por um lado serve de base às diversas extensões que esta modalidade oferece, quer seja em termos recreativos, quer
em termos competitivos.
Excursões/Marchas/Passeios, Fitness, Hóquei em Patins, Passeio/Recreação, Música, Aeróbica, Patinagem Artística,
Rampa, Manutenção, Corridas em Patins, Descidas (Down Hill), Street Hóquei, Saltos ou Hóquei em linha.
b) Além disto pode servir como forma de locomoção (tal como a bicicleta), para pequenos percursos na rua ou na escola
(percurso casa/escola, idas às compras), etc..
c) Ao nível do Ensino, como um elemento de um conjunto de actividades e um meio de enriquecer a disponibilidade motora
e Esquema Corporal do aluno.
Por todos estes aspectos e ainda tendo em conta que o Hóquei em Patins é a modalidade desportiva em Portugal, com
maior número de títulos Mundiais (tendo sido nas décadas de 40/50/60 um grande factor de harmonia social), esta é uma
actividade física que deverá ter na escola grande utilização e incremento.
A nível competitivo:
Actualmente, pese embora as tentativas, os desentendimentos e a confusão organizativa que se vive nos patins em linha,
estes não estão integrados a cem por cento e em termos prático-funcionais na F.RR (excepto ao nível das Corridas em
Patins e Hóquei em Linha), mas estão em termos oficial e regulamentar, dado que as actividades radicais (rampas, half-
pipes e afins) não têm federação ou associações próprias e reconhecidas pelo estado.
Assim o Hóquei em patins, após algumas experiências negativas de integração dos patins em linha (participação de países
com tradições no Hóquei no Gelo, em Campeonatos do Mundo e da Europa de Hóquei em Patins) - onde se notou:
Reduzida capacidade de travar e curvar - em termos de tempo e espaço - dos patins em linha, por comparação com os de
rodas paralelas.
Causas:
- Melhor estrutura do travão e maior possibilidade mecânica/técnica e regulamentar de utilização do mesmo, assim como a
nível dos arranques e do menor eixo de rotação (nos patins de rodas paralelas)
- Regras do Hóquei em Patins, não permitem o contacto físico, não favorecendo pois os possuidores de patins em linha (que
utilizam o contacto, até para parar e interceptar o portador da bola).
O Hóquei com patins em linha (que se pratica com equipamento e regulamentação muito similar ao Hóquei no gelo), é uma
realidade (inclusive tem Campeonatos Mundiais), mesmo em Portugal vai dando os primeiros passos. Pode assumir a
variante de Street Hockey (praticado na rua, com ou sem tabelas), ainda pouco visto no nosso país.
A nível da Patinagem Artística , existem países que estudam a possibilidade de criação de um patim em linha para esta
disciplina (a sua variante no gelo é bem mais capaz, do ponto de vista técnico e de espectacularidade), sem que até agora
se tenham conhecimento dos resultados.
No entanto alguns patinadores do gelo (caso do campeão do Mundo Philip Candaloro) patinam e treinam no Verão com
patins de rodas em linha.
A nível das Corridas em Patins, no Mundial de Roma/92 as possibilidades dos patins em linha foram tão marcantes, que
todos os atletas fizeram rapidamente a transição, dos patins de rodas paralelas para os patins em linha, com o derrubar, a
partir daquela data, de inúmeros recordes mundiais.
Estas três disciplinas são aquelas que estão em prática competitiva regular sobre a égide da F. P. Patinagem. Ao nível dos
Patins em Linha e sem actividade competitiva reconhecida /legal existem em Portugal: Vert (Rampa e half-pipes); Street
{fun-box, corrimões, escadas e outros); Down-hill.
RESUMO
Patinar é um ACTO MOTOR que pode ser integrado no Quadro de Evolução Psicomotora do ser humano e pode ser
caracterizada como tal.
As suas maiores vantagens e aplicações são:
• É uma forma de locomoção.
• Enriquece/desenvolve o Esquema Corporal (nas suas várias áreas) e a Disponibilidade Motora.
• E muito motivante e actual (anteriormente com os patins de rodas paralelas, agora também com os patins em linha).
• Contribui para a integração Sócio-Afectiva dos alunos auto-marginalizados e para melhorar a autoconfiança (de grande
importância em alunos inseguros e introvertidos).
• Tem diversas aplicações a nível escolar:
- Forma de desenvolver as Capacidades Coordenativas - sobretudo o Equilíbrio Dinâmico
- Interdisciplinaridade na área da Educação Física e noutras.
- Elevado Tempo Efectivo de Aprendizagem.
• Tem várias divisões e extensões a nível do Divertimento, Cultura Física, Desporto e Actividades Radicais.
MEIOS MECÂNICOS E ACESSORIOS
A Patinagem sendo uma modalidade tradicional no nosso País - sobretudo devido aos imensos títulos Mundiais e Europeus
do Hóquei em Patins - não é conhecida no que diz respeito às suas divisões, organização e sobretudo material utilizado. Tal
facto é acentuado pelo grande número e diversidade de patins existentes no mercado e pela reduzida e estereotipada
informação veiculada nos mass-média. Daqui resulta que na análise da viabilidade da prática da Patinagem em
determinados recintos, exista uma grande confusão e desconhecimento sobre os constituintes dos patins. Por outro lado a
memória visual e auditiva do grande público aponta para certos dados que vêm:
a) Do gelo - Lâminas que rasgam/cortam o piso.
b) Dos patins antigos (rodas de madeira ou metal).
c) Da estrutura do patim (nalguns casos com calha metálica).
d) Do barulho causado pelo patim num pavilhão (em consequência do eco, do deslize permanente, da ressonância da caixa
de ar e por vezes das folgas no material - rodas rolamentos e outros).
e) Das marcas de borracha deixadas pêlos travões (sobretudo quando estes são de cor preta - inestético, mas que podem
ser de cor branca), idêntico, no entanto às deixados pelas sapatilhas.
Como se tudo isto não fosse suficiente para a grande dificuldade de algumas pessoas aceitarem os patins nos vários pisos,
por vezes acontece que as más experiências (quedas, aquando das primeiras tentativas de patinar), deixam traumatizados
e desconfiados alguns indivíduos, acerca deste "objecto estranho" - O Patim.
As rodas e travões não têm qualquer efeito nefasto sobre o piso (dado serem de borracha ou derivados de plástico,
poliuretano, apresentando alguma flexibilidade, desgastando-se no contacto com o piso sem o afectar).
Fivelas, eixos e calhas, se eventualmente entrarem em contacto com o piso (o que não é comum) e se simultaneamente,
forem em metal (o que nem sempre acontece) poderão trazer problemas de conservação do bom estado do piso e da
madeira, deixando-a com pequenos riscos na camada de verniz e/ou madeira. Assim essas zonas deverão ser protegidas
(evitando a possibilidade de contacto no piso de madeira - pois nos outros não existe qualquer problema) ou não serem
utilizados nos pisos de madeira.
c) A forte motivação que existe nos jovens e até adultos em relação à Patinagem, a grande variedade de capacidades
coordenativas que esta modalidade desenvolve (a sua riqueza em termos psicomotores e no Esquema Corporal), assim
como a sua característica de modalidade obrigatória nos programas escolares dos 1°, 2° e 3° Ciclos, permite-nos concluir:
Todos os pisos desportivos - asfalto, cimento, madeira (com ou sem caixa de ar), mosaico, sintético, etc. - podem e devem
ser locais de prática da Patinagem, mediante algumas restrições (para o caso dos pisos de madeira), a saber:
• Estruturas metálicas do patim devem ser impedidas de contactar o piso. Daí o eixo não deve sobressair da roda, não deve
ser mais largo que a roda (nos casos de pisos de madeira).
• Nos pisos de madeira Rodas e Pisos, devem estar limpos aquando da utilização, evitando partículas rígidas, tipo pequenas
pedras (que são também um risco para o patinador pois provocam quedas).
Utilização dos Patins de Rodas Paralelas versus Patins em Linha nos diversos pisos:
• Devido à menor superfície de contacto e à (normalmente) maior elasticidade e menor dureza das rodas dos patins em
linha, estes são utilizados em maior número de pisos e em mais diversificados locais.
• Bons pisos para ambos os patins: Madeira (ripas envernizadas, com e sem caixa de ar, tacos ou rectângulos); cimento
liso; mosaico; passeio de calçada afagada/polida.
• Bons pisos só para patins em linha: Cimento rugoso.
• Pisos Médios (possível de utilizar mas dificultando um pouco a Patinagem) para ambos os patins: Sintético
duro/emborrachado rijo.
• Pisos médios para Patins de Rodas Paralelas: Asfalto liso (bom apenas com rodas especiais).
• Pisos médios para Patins em Linha: Asfalto rugoso.
• Pisos praticáveis (mas que dificultam muito o Patinar): Asfalto rugoso (patins de rodas paralelas com rodas especiais); rua,
passeio, escada (patins em linha); terra batida (patins em linha e com patins e rodas especiais); relva (patins em linha, patim
e rodas especiais); sintético/emborrachado mole (ambos os patins, mas apenas em fase ini-cial de aprendizagem, pois o
piso prende o deslize dos patins).
• Pisos/superfícies impraticáveis: Empedrado, calçada (patins de rodas paralelas); terra batida (patins de rodas paralelas);
areia (ambos os patins).
Aqueles patins que, à data de realização deste livro aconselho, sobretudo para as escolas, são:
1 - Patim em Linha " Number One " (bota exterior azul, interior amarela), rodas transparentes/acinzentadas e
emborrachadas (com boa elasticidade) Preços ± 15/20 €
Inconvenientes: - confundem-se com outros da mesma marca , mas com rodas muito duras e não aconselháveis, trazem,
(em números até ao 40) rodas muito pequenas, com grande dificuldade de substituição.
2 - Patim de Rodas Paralelas, sem bota, extensível de correias - "Skatino e Mini-Skatino- TVD"
- boa estrutura de calha e jogo elástico, facilidade em adaptar uma bota (p.ex. Sapatilha velha) Preços ± 25 a 35 €
Inconvenientes: - Preço; - não possuir bota; - eixo sobressaía da roda (em caso de queda tocava no chão e é metálico - o
fabricante ultrapassou este problema, com a redução do tamanho do eixo). No caso de escolas/clubes ou patinadores que
possuam patins destes antigos, deverão, antes de os utilizarem em pisos de madeira, colocar uma anilha em cada eixo,
junto à cruzeta, evitando assim que aquele sobressaia); - rodas pouco elásticas, não permitindo patinar em asfalto (piso
exterior existente na maioria das escolas).
3 - Patim de Rodas paralelas, com bota - "Skate World" - bota minimamente confortável, rodas moles e adaptáveis a pisos
pouco rugosos (no entanto este patim também
é comercializado com rodas rijas, e apenas com uma película, muito fina, que se desgasta, facilmente após algumas
utilizações - não aconselháveis) Preços ± 25 €
Inconvenientes: - Rodas poderão não ser muito aconselháveis (é necessário muita atenção na compra), podem ser muito
duras ou demasiado moles; - Bota pode separar-se do tacão devido à humidade, ou grandes tensões; - não se encontram
muitas botas pretas (quase todas são brancas, o que não é muito do agrado dos rapazes); - rolamentos de fraca qualidade.
Existem muitos outros tipos de patins, por vezes um pouco mais caros, mas também adequados, devendo o comprador
auscultar várias pessoas/empresas para escolher o melhor patim na relação preço/qualidade de acordo com os seus
objectivos e interesses.
Atenção ainda às promoções e novos lançamentos, a preços bem mais apropriados.
Neste documento não são indicados os locais de compra, devido sobretudo à grande probabilidade de desactualização
dessa informação.
REGRAS DE SEGURANÇA
2 - FACTORES QUE INFLUENCIAM A SEGURANÇA AO NÍVEL DA PATINAGEM:
• Equipamento Técnico;
• Equipamento de protecção;
• Ambiente (temperatura e humidade);
• Condição Física;
• Superfície da Patinagem;
• Condição Psicológica;
• Acções específicas ao nível da modalidade para evitar lesões específicas;
• Utilizar superfícies adequadas:
- Lisas (não muito deslizantes na fase dos primeiros passos);
- Planas
- Sem arestas perigosas, se possível longe de paredes ou objectos que possam causar traumatismos
- Não abrasivas
• Patins:
- Não muito largos, nem apertados;
- Pés bem ajustados, seguros e confortáveis nos patins;
- Tentar que cada aluno ande sempre com os mesmos patins;
- Calçá-los em plano elevado/superior (ex.: sentado) e na zona da patinagem.
• Estado do Piso (limpá-lo antes da aula):
- Evitar pisos com buracos, sujidades (poeiras, pó e areia);
- Evitar água/óleo ou outros;
• Vestuário:
- Utilizar vestuário desportivo próprio;
- Caso use protecções, não se julgar "intocável" (pensando que não se pode aleijar) e não se servir
abusivamente do equipamento (é para protecções não para experimentações).
• Aspectos Psicológicos:
- Professor/Monitor deve enquadrar o aluno com actividade e com o material (patins), descontraí-lo e apoiá-lo,
dando-lhe segurança.
• Regras Gerais (devem ser comunicadas aos alunos na primeira aula e estarem sempre presentes):
- Não se agarrar a nada nem a ninguém (salvo indicação do Professor/Monitor);
- Não rir dos colegas (não intimidar);
• Ao desequilibrar, agachar-se (grande flexão dos membros inferiores) para recuperar o equilíbrio;
• Ao cair deixar o corpo "mole/descontraído e não colocar nenhuma parte do corpo (para parar a queda) à frente
da queda (caso seja possível, rebolar)
- Nunca colocar as mãos no chão se for a cair;
- Não executar exercícios/movimentos/manobras não indicadas pelo Professor/Monitor
b) Lesões ao nível competitivo, comparação Patins de Rodas paralelas e em Linha Numa fase inicial os patins
de rodas podem proporcionar traumatismos a nível dos pulsos, cóccix e tornozelo. Numa fase posterior a
incidência traumática aponta para joelhos e "virilhas".
Nos patins em linha os joelhos e pulsos são inicialmente solicitados e vítimas de traumatismos, numa fase
posterior associam-se àqueles as estruturas musculares de coxas e "virilhas".
Em virtude das variantes competitivas, os patins em linha assumem um maior risco traumático, pois estão
associados às actividades radicais, portanto com maior probabilidade de acidentes. Logo nestas situações
específicas/competitivas é útil a prevenção através de equipamento de protecção.
RESUMO
A prevenção de acidentes e a desinibição dos jovens e sobretudo dos pais/familiares, em relação à Patinagem
é um dos factores mais importantes desta modalidade.
Assim é importante definir um plano de acção do professor/monitor para prevenir e desmistificar os acidentes e
as quedas, primeiro assumindo as prevenções genéricas ao nível de todas as modalidades desportivas, com:
- Exame médico anual;
- Hábitos de vida e treino (ao nível da saúde e higiene geral).
Por fim no que diz respeito às actividades seleccionadas e à forma prática de ensino/aprendizagem ao nível da
Patinagem, definindo concretamente as "normas de circulação".
C - MÉTODO DE ENSINO DOS PRIMEIROS PASSOS
Ao contrário do "correr", "andar", ou mesmo do "nadar", o acto motor patinar é um acto inatural (não natural), com uma
componente de insegurança e instabilidade muito elevada. Tal facto origina que a primeira abordagem à Patinagem (a
primeira vez que calçamos os patins) deva ser feita com alguns cuidados e normas de segurança, ao nível de:
a) Atitude relacional;
b) Local;
c) Equipamento;
d) Ajudas/Apoios
e) Actividades a desenvolver.
Estes cuidados e normas de segurança poderão, a curto/médio prazo fazer com que o patinador (em qualquer idade),
ultrapasse o "medo", receio e insegurança e os transforme em motivação, alegria e em desafio para se superar a si próprio.
a) Atitude Relacional
• Cada patinador apenas se deve preocupar consigo próprio, com a sua evolução, com as suas capacidades - cada um
tem o seu próprio ritmo de evolução.
• Cumprir e respeitar regras e orientações dadas pelo Professor/Monitor.
• Informações Prévias:
- Nunca rir/gozar dos colegas, apenas apoiá-los sempre que possível;
- Nunca se agarrar a nada nem a ninguém (excepto por ordem do Professor/Monitor);
- Qualquer desequilíbrio que o patinador sinta deve levá-lo a baixar rapidamente o Centro de Gravidade (através da
flexão acentuada dos membros inferiores e tronco).
• Quando for a cair fazer o corpo descontraído, "mole"... E nunca (mas mesmo nunca!) colocar as mãos, joelhos,
cotovelos, cabeça ou outra extremidade corporal à frente da queda (suportando todo o peso do corpo). Deve sim tentar
rebolar e "deixar a queda durar muito tempo". Quem tentar parar logo a queda, poderá lesionar-se com mais facilidade.
b) Local a utilizar
Na primeira fase (primeiro contacto com os patins e primeiros passos) é muito importante o local utilizado para esta
aprendizagem. Assim é aconselhável um local coberto (longe de olhares curiosos), com um bom ambiente, limpo (sem
humidade/água, pedras/areia ou outro) e de preferência, deverá ser um piso que não permita um grande deslize dos patins
(pois maior deslize, implica mais dificuldade na aquisição da segurança e "à vontade sobre os patins"), e ainda um piso que
em caso de queda não origine lesões graves (pouco abrasivo). O ideal será por isso um ginásio coberto com piso sintético
("emborrachado").
No entanto, se tal não for possível, dever-se-á utilizar o recinto disponível, preparando-o o melhor possível, retirando-
lhe ou reduzindo os factores de risco (que lá existam), como sejam: materiais perigosos extra-patinagem, sujidade,
exposição visual, abrasividade e deslize que permite.
c) Equipamento
Patins - com bota ou correias, o patim deve estar bem fixo ao pé, seguro e permitindo conforto. Os patins devem ser
limpos e receber cuidados de manutenção regulares (p. ex. anualmente nas escolas) e serem vistos/analisados antes de
cada utilização. Mas o mais importante é que rodas e rolamentos não permitam grande deslize, resultado de serem macias
e de fraca qualidade (mas não escorregadias no contacto com o solo). Quanto mais novo é o praticante, mais importante se
torna esta situação. As características frenadoras das rodas, rolamentos, assim como o piso e outros, devem a pouco e
pouco ser retiradas. O patinador após os primeiros contactos deverá passar gradualmente a utilizar pisos, rodas e
rolamentos de melhor qualidade, que permitam cada vez mais deslize, na ordem directa do seu aumento de segurança e
"êxito-confiança" (tudo isto de acordo com as possibilidades da escola/clube e patinador).
d) Apoio/Ajudas
A actividade dirigida e orientada correctamente está destinada ao sucesso, é pois importante que o Professor/Monitor
dê apoio aos seus instruendos de forma a transmitir-lhes segurança.
Esse apoio é dado a nível psicológico, com estímulos positivos e feed-backs informativos, reforçando os critérios de
êxito e realçando as capacidades e potencialidades do aluno. A nível de ajudas/pegas, estas devem ser aplicadas aos
alunos com mais dificuldades e numa fase inicial, ou ainda sempre que sejam executados exercícios com elevado grau de
dificuldade.
Tipos de Ajudas:
1 - Pegas do Professor/Monitor ou colega (neste caso dependente do nível etário e do tipo de comportamento dos
alunos):
- Mãos dadas (Professor/Monitor de frente para o aluno, deslocando-se de costas).
- Mão dada + braço por baixo do ombro (sempre ou só quando houver desequilíbrio).
- Mãos por baixo dos ombros (Professor/Monitor por trás, pega só em caso de desequilíbrio, ou não).
- Professor/Monitor abraça lateralmente o patinador (utilizada em situações desequilíbrio).
- Com uma mão segura calções ou calças por trás (em situação de queda aplicação da pega gradualmente).
- Pisando uma roda do patim (não permitindo o deslize).
- Aluno e Professor/Monitor seguram o mesmo objecto (bastão, arco ou outro - em níveis mais evoluídos).
- Patinador com cinto de segurança de Escalada e com corda presa que é segura pelo Professor/Monitor (em
níveis mais evoluídos e situações específicas, ex. curvas com cruzamento).
2 - Apoios a utensílios fixos ou semi-móveis, exteriores ao patinador, andarilhos, tripés com rodas pouco deslizantes,
cadeira de rodas (desaconselhados os apoios às tabelas e parede por serem unilaterais e arriscados/"falsos")
3 - Acções sobre o patim/piso - com redução ou eliminação do deslize (superfícies frenado-ras: sacos de plástico,
colchões, carpetes, tapetes; travar rodas por aperto, rolamentos sem esferas, rodas excessivamente moles...).