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SEXTA-FEIRA
A maior parte da vida humana de Jesus foi uma vida corrente de trabalho
num povoado desconhecido até então. E nesse povoado, em Nazaré, também
fez tudo bem, isto é, acabadamente, com perfeição humana. Ora, uma boa
parte da vida de cada homem e de cada mulher se apresenta configurada pela
realidade do trabalho, e dificilmente encontraremos uma pessoa responsável
que, por vontade própria, esteja sem ocupação ou emprego. Por que
trabalhamos? Como é que trabalhamos?
O Senhor pede-nos um trabalho sério, que não apenas pareça bom, mas
que o seja de fato. Não importa que seja manual ou intelectual, de execução ou
de organização, que seja presenciado por outras pessoas de mais
responsabilidade ou por ninguém. O cristão acrescenta-lhe, sem dúvida, algo
novo: fá-lo por Deus, a quem o apresenta cada dia como uma oferenda que
permanecerá para toda a eternidade; mas o modo de exercê-lo – responsável,
competente, intenso... – deve ser o de todo o trabalho honrado. Mais ainda:
deve ter uma perfeição maior, pois Cristo fez tudo bem. E uma tarefa realizada
dessa forma dignifica quem a realiza e dá glória ao seu Criador; faz com que os
dons naturais rendam e converte-se num louvor contínuo a Deus.
Talvez Deus nos queira fazer ver, neste tempo de oração, detalhes que
pedem uma mudança de orientação ou de ritmo no nosso modo de trabalhar.
Com a ajuda da Virgem Maria, façamos agora um propósito concreto que nos
leve a realizar a nossa tarefa com mais perfeição e a lembrar-nos com mais
frequência de Deus: “Aí, nesse lugar de trabalho, deves conseguir que o teu
coração escape para o Senhor, junto ao Sacrário, para lhe dizer, sem fazer
coisas estranhas: – Meu Jesus, eu te amo”12.
(1) São Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 56; (2) Mc 7, 31-37; (3) Conc. Vat. II, Const.
Gaudium et spes, 67; (4) Lc 5, 5; (5) 1 Cor 4, 12; (6) 2 Tess 3, 8; (7) cfr. São João Crisóstomo,
Homilia sobre Priscila e Áquila; (8) ib.; (9) São Josemaría Escrivá, Carta, 24-III-1930; (10) São
Josemaría Escrivá, Carta, 19-III-1954; (11) São Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 65;
(12) cfr. São Josemaría Escrivá, Forja, n. 746.