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idArtigo=140
Introduo
3. Soluo possvel
De fato, se observado apenas desse plano (infra Constitucional), a
soluo no de fcil sustentao, mas possvel de ser
considerada, principalmente a partir da reforma processual trazida
pela Lei n 11.280 de 16.02.06 que trouxe a seguinte redao ao 5
do art. 219 do Cdigo de Processo Civil: "5 O juiz pronunciar, de
ofcio, a prescrio.".
Com isto, a prescrio ganhou status de matria de ordem pblica e
no mais como antes, em que se tratava de direito privativo da parte
a quem interessasse argui-lo.
A propsito, segundo esclio de Fredie Didier Jr, "As matrias tratadas
pelos incisos IV, V e VI do art. 267 do CPC consideram-se como de
ordem pblica. Assim, podem ser examinadas ex officio e a qualquer
tempo ou grau de jurisdio. [...] A prescrio e a decadncia, embora
tambm possam ser alegadas a qualquer tempo, distinguem-se
daquelas, porm, na medida em que podem no se caracterizar como
questes de ordem pblica, como o caso da prescrio e da
decadncia convencional."[21] (itlico meu).
Em sendo matria de ordem pblica e identificada a omisso da lei
processual no tocante execuo comum (contra devedor solvente)
quanto ao termo a quo da retomada do prazo prescricional, como ad
direitos
garantias
So eles:
- princpio da razovel durao do processo, art. 5, LXXVIII:
"a todos, no mbito judicial e administrativo, so assegurados a
razovel durao do processo e os meios que garantam a celeridade
Consideraes Finais
De tudo o que foi posto, tem-se que no prestigia a harmonia do
sistema, a manuteno dessa lacuna do Livro II (Das Execues) do
Cdigo de Processo Civil acerca da ausncia de limite ao prazo de
suspenso do processo de execuo contra devedor (supostamente)
solvente, em especial por ausncia de bens suscetveis de penhora,
urgindo que se proceda ao suprimento dela por meio da analogia e
dos princpios gerais de direito, em especial os meta princpios
Constitucionais aplicveis ao processo de execuo, de modo a
estabelecer uma finitude do processo em tempo razovel, no
retirando do credor a perspectiva de receber o seu crdito, mas
tambm no condenando o devedor, especialmente aquele de
patrimnio mnimo, a um processo eterno apesar de intil, por no
poder oferecer a desejada efetividade ao credor por razes externas a