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fo) Ne) = BRASILEIRO (uP-BRASIL. CATALOGACKONAFONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, 8} AeSc_ Alida, Albena Caos Se Nga de baie Albeo Calor Ald. Rode ano Reco 3, 207. Tat ibligrs ISBN97835-01.079015, 1. Cates nachna rae, 2, Bel — Uo commer 3 Opinio plea Paguise-Bra Tia, 7380. cpp: 981 eDu: 940) Coprighe 6 Ase Coos Ais, 2007 on gic de mila decom Cape Dana Coreo rede cape: Fllpres “Toot dineresenador, ibid epteduo, armaccanente cat tnmiode pares deo, seas de gue lo, sme ivi uit pret, ee % Dinar xls dea atic eens pla EDITORA RECORD LTDA. Iinpeesono Bra san 97895-01.079015 PEDIDOS PELO RFEMBOLSO POSTAL (Cae Posed 28.052 — Rl de al, RJ - 20922970 Impeeono Br 207 at live €dedicado a Roberto DaMatt: muitas de suas tors antropoégicsforem testadas pela etodologi quaniaiv; Wanderley Gullherme dos Santos, que se entusiasmou com onteido da Pexquis Socal Brasileira (PESB) eposibilitow a publicaréo de todos os captur Jos dese live em forma de acgos na revista Itlgencia-Isigh, als Clr Far, também envusnsta da PESB que lev exes texts = rem publicados na revista cada; Edward Tells, Jonge Balan « Ondina Lea em les no haveria PESB; imino Marsico Filho (in memorien),priteivr de exensio da UFF que spoiou o Data nsieuiio que levou a cabo a reaiagio da PESB; E, sinds saluém que chegou 20 mundo em julho de 2007: Guilherme Schroeder de Almeida, nosso tees lho. Provavmene © menino ted esco- lardade alse vai exescer em uma grande cidade baseira. Por que isso? Para stigar a cutiosidade do eto: idelogia que © Guilherme vai ter quando for sdulo jet previets nse lio, independentemente do que os pir venham & querer para ele agradecimentos Antes de tudo, devo uma explicaio a respeto da eolaboraio de Cliford Young, iemos juntos praccamente tod ax pergunta da Pesquisa Social Bra- sileiea(PESB), empreendida pelo DATAUF, da Universidade Rederal Fumi ense, Cliford trouxe para o Brasil a experiéncla scumulada em survey scadémicos na Universidade de Chicago, expeifeamence no National Opt- rion Ressarch Center (NORC), Sem a experiéncia ¢os igh de Clifford flmenteterfamos resultados to origins e catvos acerca da sociedade bral. Ele se envlveu em todas as etapas da pesquisa , do porto de visa, analico, teve uma partcipaio crucial nos médulos sobre elapbes raise sbceo papel do Estado na economia. (© primeio emais importante agradecimento vai para o meu grande parcei- 1 profissonal not anos 1990, eniio do século XXI, nese desafianteempre tada da perqusn de opinizo, Zito B. Chebub, Profsona sie, conve, de alt competénia anallea. Sem ele a PESB nto teria aconecid. ‘A pesquisa fol postive por causa do fnanciamento da Fundaeso Ford ‘Acreditaram aesteprojeco Edward Teles, Jorge Balan e Ondina Leal. A eles 1 agradecimento ¢ 0 reconhecimente da contribuigfo para a melhor com- preensio do Brasil, [Na UFR Ayal eFirmino, pré-teitoe de extensfo em diferentes momentos, fam pesots-chave para vablzar a PESB tanto do poato de vic insicucional quanro burocrtco, Um agradecimento muico especial todos aqueles,profesoresenio-pofes- sores, que coordenaram com muita dedicaio 0 trabalho de campo da PESB. Varios dels atuaram tanto er seus extadas quanto em etads adjacenes. Sem sua alta qualifeago tenia eencusiemo a pexquisa nfo teria aleancado ore tultados que teve. So eles: Andra Schroeder e Denise Lopes (UFF-RD), Elis ‘Radmann (IPO-RS), Mirco de Oliveira, Elin Budele Ana Luisa Fayet Sls (UFPR), Pio Faversni (UFOP-MG), Jaqueline Costa (SP), Gabriel Tarouco (UESC-BA), José Spinel (UFRN}, Rejane Carvalho (UFC), Im Visie do [Nascimento (UFMA), Bvelina Antunes de Oliveirs (URAL), Denise Daa € ‘Mara Rovery (UFG), Jaime Rey Doxsey ¢ Mara Angela Ros Sones (UFES) ‘Em 2002 fo realizado um semindsio internacional par judar na elaboraio da Pesquisa Socil Brasileira. Gostaria de agradecer a todos os que extiveram pre- sentes nese seminii: Ciera Mauso Flo Rodrigues (Reco da UFF), Firi- ‘no Marsico Fiho (ir memoria, Pré-Reitor de Eetensio de UFF), Jorge Balan (undagio Ford, New Yorl), Rachel Menegucllo, Amaury de Sours, Ox (Olén, Carlos Mathews, Glucio Soares, Thomas Smith (National Opinion Research Center ~ NORC, University of Chicago), Marea Lags (Market Opi- tion Research International ~ MORI, Chile) Nelson do Vale Siva, Solange ‘Simoes, Rog: Jowell (National Centre for Social Research, Ingle), Pedro Luts do Nascimento Sila (IBGE), Cifford Young, Marcus Figueiredo, Jairo ‘Nicolau, Richad Locke (Masachasets Insitute of Technology, MIT), Elisa Reis, Reginaldo Prand (O bance de dados da PESB ¢ piblico cei depostado na USP sob oaur- picios do professor Bras Sallam Junior, no Consérei de Informagis Soca (Cis) —www.nadd prp.usp.bics Apresentagio Un ee qantav da antopoogia de Robero DaMaa Tntrodusio sds Bras ta ete o areca eo made apical 1 CConrpe: om ino parece que vl Capfealo 2 oot sabe com que et filando? Capito 3 Cada um cid do que se 0 govern clda do que piblco Capiealo 4 Fria, fala ¢ com pouc iplica pblco apical 5 (O nome de porto € Tio: inca cet Capiealo 6 Senalidade na eo piies € uta Capitulo 7 Obras ama 0 Exado Capitulo 8 Mats Eaado, nen mercado evi acne! Capitulo 9 © prconcete de cor ou racial Bri Capito 10 ‘coro mt com o conte sca Capielo 11 Pella decor oa no muda de coe Conclusio Roberta DsMatta et certo? sumério 3 2B 8 B 9s mM 29 9 175 9s 23 235 261 23 “oo Nngusn ‘No tr iden ia ‘And a9 @ coma Tem seus eves também Esso ao nines $2 exp 20 porigo Nunc tve um niga Nunes tve opin” “isso aq 4 um pougano de Bras esse Brasil que canta 96 fol, oe oa (também um gouco de ua aca (vendo tem med de fumaca a 3) no 50 anoga nso" apresentacao Um teste quantitative da antropologia de Roberto DaMatta Roberto DaMata esti para o Brasil assim como Alexis de Tocqueville para os Eszdos Unidos. Com um modelo analitico simple intligente 0 pensador francés Alesis de Tocqueville mostrou 2 grande difeenca entre a sociedade oree-amercana ea francesa, Na sua amaca Fanga, carsceriaada por tlagdes sciasaistocriteas, os homens pouco se assemethavam nos hibites, na for- sma de se comportar ou de se vests, conforme o lugar que ocupavam na piek- mide social Segundo Tocqueville os fencers sediferenciavam pela partacia, pela manera de flare por vtios ouctos elementos da simbologia social Isso ‘lo acontcia na América E csi patsgem de Tocqueville em que cle compars.o uso de pronomes de tamento nos Estados Unidos ena Inglaterra. Ne América, ainda hoje, € comum o emprego de “voc” nas rages cotidanas. As pessoas se véem como ‘gusir€ nfo hf motivo para usarem de manciaseleiva diferentes formas de ‘uatamento, Nio € 0 que ocorre em pases de matrix aristocritica, como a Inge terra, Neses pulses, dependendo do intelocurt, pode-se slr “voce” ou ‘um pronomeeetimonioso se foro eas, A desgualdade, nos Estados Unidos, é teas, definida por contrat, como o que intl arelago entre patio © cmpregado. Nos pales europeu, 3 desigualdade entre os homens vl das selagbes contrat; est presente em toda as elages soca Iso levou Tocqueville a afar que sociedade norte-ameticana é40 mesmo tempo agitada centediance agitada porque todos os homens extio em constan- te movimento em busca de mais benvestan Mas € enedinte porque, spesr ese movimento incessant, ela tea muito parcel: todos so igus tender ‘spire buscar as sesmas cose, Nas socidadesaistocrtcas, de 0 oposto. Hi pouc agar, e quando da ocore, bem diferente: aqules que petencem 2 grupo soci mas cleradoe se movimentam pars ober css completamente ferences das almeadss plas pesos de pigs soci mais ais = ‘oe nia 0 pensar fants par salar soeade balla, Robo Dama, o Toquevile base, exabee una difreng:Togevile moto ues Amica ea unasocodade demerit, ao paso qu DaMata va so exzemo epost 20 Henin Bra uma sci ieiuca. Néo € por sc que chave anaes de DaMata~guldace herqut~enons na ‘comparso entre Beale EadoeUnidr spinal fundamen mpl Hi dois ivan cons obra de DaMaua: Cena, maondaebers ¢ Ace & ru Em ambos, 0 anopélog interprets lige sock 0 Sas um pals hiertquico 10 ua psig Figen scl so Fnac ts pra defini o que se pode eo que nose pode fier para abe epson st acima dale ou se tert de cumprida. B aim ques hernia escravisase mai no Bail: os bras dam mal com a igualdade- DaMareimoralzou expres "ocd be com quem en filanda” como © simbelo maior do carter hirrquico de nos sociedad. Algunebralioe ~ em stuagéer as quai ratamento igi se tora inalesvel~ Fern e respondem ex pergunt. Trea poselestaclonar em lc prio, fra a fia com repariges ples, ech algum tp de beef de ou se exe: fo a uma era gral Mus vezesisoocore de mance si, em fas, mat com o conto qu el expres. Acémeamoo autor dene eto sino de ‘3 pergnta, em 2003, no Ri de Jno, paraccapar a una noma Euconhe- cis um poltco importante, cj ertro cavao lad de um elon. Abordado plo guardador, qu tetra me ined deexacionar em deter do luge, fs pergunc: "Vast sabe com quem eté land? Eu sou aig © cone bem poli fulsna”" Econ onde ques No Beas a mended herria predoming. Uma stag semelhans enum pi lit, era raahids, segundo DaMaa, com pli: "Quer voct penta que" Quem ec acha qu & pas poder nacionar nse ig. Nis guém és cpl do qu ningun, poriso eal eimpesoasplcse igulmente a odo. Una cosegtnca de grande inportncia da mentaldade ede que cla min epito eit normas, que dein de secu das por dena xe. Sj porque ta de alg importante ~ im ju tum polisco ou um desembargador ja porque se iin de alguéo importan- te, ou mesmo porgueé pote, por meio de uma bos conver, persuade o de nas de que se deve se tratad como exces. Eo jeinho bras ‘Em geal ania do jeknho raseico~ edad em proindade por Livin Babosa em sun tse de dourorado no Museu Nacional (UFR), oienada por Di- Mata exige ques “chore msi". Aquele que pede que ea aberta uma excesio ‘area apreseata os fts desu vida que comprovam as difculdades por que pass ‘Anim, oo ssema de foroSpis insta nas universidades basis, nos quals € posse ia pias de lives intros, o estates que argument que enfen- tam dificuldaderconseguer, na mairia das vere, passa na frente da fl £ dill encontrar um beara que aio conhecs 0 jeltiho ou que no tena estado em tm dot lados da sage: ou se utlizanda dele em beneiclo tipo ou provendo beneicio aout pessoa. Mas uma vez, aucor dese tex- to nfo é exer. Também em 2003, no Rio de Janet, fui parado por dois polis cde moto enguantodvigia meu ero falando 20 clulat~o que &proi- bido no Brasil Os poicials diseram que iam me multe. Minha resco foi simples: debruce-me no vlante,abaixe a eaberae dine: "Diane de todor problemas qu enffento, a muta €0 menor de todos. Sei que estou eradoe por fis tenho que pagar. Pode mula” Depois de algumasidasevindas na conver- 1, denies fancionou al da Stuaco sem ter sido mula. Pode sero jetinho, pode sero "Noc8 se com quem ec flando?, 2 vi Evempre o tratamento geal eimpessol. A vias so lel es norma, Nio por ‘scao, DaMatea compara o Bail com of Estados Unidos posi er uma so- guinporues csr a reer ns acl? Ee posite que nod em que x maori dos bra (fs cn sper oe Edn Union xia da popula ena avn anim commence meer came por Gu bi ae on ap se por eta da eae npr sd cla Gn cua edo por una mana de colada een Miss prep uma mi eel a capitulo 1 Corrupedo: com jeitinho parece que vai capitulo ] +E cam jb ile Goleu ds Gaia otro cue émalecrondo obsie “Semalrdr soubesse como 6 arn ser hanesto ‘vt honest 25 por malancrager,carembe Ai acaba, aa crabo" Caan dl ole de rg Bo Jor {Yocté favor da corrupeso? Claro que nto? E, por acaso, jseuilzou pelo menos uma ver na vids do “jeitinho brasileico"? Sem divide que sim. & ‘vio que ninguém declarata publicamence se fvordvel&corrupeéo. Nem ‘mesmo seus principals heneficiris. Porém, hd ideologias mais complacen- “tes com a corrupgio do que outas. Visa pela cca anglo-sax, a tia cer tia dos pois norce-americanos Pucker e Sucker, strzados pela arms tp Casta & Planets, conta com a que Feqientemente € vss em de- Tega braiis. ‘Em um mundo dvd creo cera ¢ 0 erado, entre a comupsso€ 0 or ene oben € 0 mal, odor apovamor 0 que & ce, spoiamos o ior © ‘quem er oem edna, Mato que die de um mundo em qe ums 00 rebulosa nem sempre deia claro 0 que é certo ou.0 que éerrado? Ow em que certo ¢ 0 errado dependem do contexto e das circunstincias? (0 jenho bre € importance em ase sociedade. No apenas por er mit difindido, nas rincpalmente plo fro de ns pei entender por que Bai em tna difaldade em combate crepe at fi obje- ‘ode emo da antopoogs ltrs abordil com dador quanta O que fs fit pola equa Soil Brier. ese modo, pei princi vero Beal tem a chance de entender 0 Bras COs brailezos tm a chance de sber porque a “cltra da courupeio”€ ab en- tad evens A PESB mast que io szantece porque a comrpyio nfo € de noses polos egovemantes. Sob a simp expe io basi’, € scat acta, conta com 0 apoio da popula o ‘Nama ineprengio complet, ojo & sempre oistumento gue pba qc dra Sj bos os, por deni, cs so un ferme pla todo cdndon S oem jst ou legtiman, deren ser mad, orm mayer cable, deve e prs ser eu, eneara como roerivel sempre noticia No Brasu... Dono amars que saaco israva surem.orabo, roprieiri de embaraclo que naufagpuem Belém matando 23 pessoa entegs$ polls comandae ee foragido 0 Globo, 20/12/2002, p. 19, stata w{0 oor sux woeDA GE FROCK PoLICA. Presidente da BR Distsbaior die qu dnhete do depo fot usdo par bancrcampanbas leicorse~ O Glob, 15112/2002, p. 13. Passe ive ana & PAD Fabs esudantesvsjam de gras com niformes cadenetasvenidos em camelds~ O Globo, 24/12/2002, p12. ‘Unc nico Das resis aDurrs sux conmurrons.Pesuie fein por ONG. ‘por consulola morta sind que 489% das Bae enrevistadas eeberam pds de popina —O Glos, 2/11/2002, p. 10, (© cameraiswo aastsr. Deempregadorrecebem promenade cada 8 eputado medante alo de eletor~ 0 Gloo, 1/9/2002, . 3. ‘Cosunowse ba PM anu: "Nio sou sud," Coronel Br pde efor com bus em lado de sures que o dels incapan pars 0 sevigo pola ilies —0 Globo, 25/12/2002, p. 12. “Maso po ST] mci soe a vara ma yusi¢A Em deci ints, bua alte procs adminisraivo pars investiga ligagto de Vcene Le coun 0 elico ~ 0 Gobo, 16/12!2002,p. 8. ‘Ba at oro, atsesto os 52%. Depuadossprvam co eopo ecnde aumenwo dealito de RS 8.500 pars RS 12720 -O Gh, 19/122002, p. 3 Up bee aux Loot comou piv De Tce, Gevagie mos _ ep cabando USS 10 ml. plc, ibe ses para comprar fabeacenrpus~ Glob, 19/12/2002 p, 11 exces bo “wosoe sn". Poliis ulicaet se llam 4 quads do traf Liho aa Gsputa po eas — © Globo, 11122002, p19 yreasre ACUINDO DE RRANGAR QUADRA DE 20 FOLIC # RES. | paves Negi dive que enzegava PMs mera desu framente — © ola, 101272002, p24, | Tanveno os cron. Cored ei as abies que fran — qeneadonregularenteem 1999 ~ 0 Glob, 27/11/2002 p16. ~ OcanenTo &arnowsno sin rensequan xo. Palate rm reu0§ “do AT, das aptncineceguladora eda Cide pars garancr sae emendas — = 0 Glob 2011212002, p14. = Mossi smsaTe noo on wows oF saaeas comms, Paden do - Gomisso do ST) que lnvesigeeaquema de fevorecment a tacts di + gus nomea oso ctador na ravagies— O Globe, 20/12/2002, . 16. “Drsvio ox RS 5 aes nara Conc. Aral pesidene da entidade = denyneis amen oucesirpulardades, como 0 supesuramenco de serie —0 Globo, 25/1272002, p10. ‘Dato rico no to. Nos dimes dos anos, buna de Coma en- | nou polos devohere RS 40 miles ~O Gleb, 25/11/2002, p10 = ‘Ao contitio do que épossibilade pelo jetinho, o padrio dicosbmico de morlidade, que divide o mundo entre certo e erado, permite que a ckdadanin ~ compreendia como um calogo univers de dteizs ~ se realze ese omne ‘fea, Berto que as eis sj cumprdaseetado que eas seam infrngias ‘em fivor de grupos ot pesoas. Lesa é verdad, por mais speciale deicada que ‘ej a stuago daquele que se beneficiara por seu nfo-cumpeimento, (0 jetinho, portant, equiales um "zona cinzena moral” entre 0 cxt~ too errado, Se uma scuagso € classifieada como eitinho, 0 que se esth _—— sfimando& que, dependend das circustncas, ex sno pode pasar decir ace [io héuma rgsa universal e superior que regule o mundo para além das sircunstincias. O que existe sfo julgamentos caso a exo que podem conclu 4 depended const ata dealg ceo ou edo ‘A questo Fundamental é simples: seria o etinho a ance-ala da corrupeio? Pode-seafrmar que quanto maior é sua acstagio, maior cambém €colerincia ‘oc coups? Or resador do PESB parcem indica que + pont sevba as penguins sm, Ao conse da moradade norte ame, ba- silsiraadmite a existéncia de um meio-termo entre o ceito € 0 errado. Quanto mls oligo cacao dave meitermos mares Se hance ‘que haja uma grande toleekncia em relagéo & corrupsio. : hs osc sol on, em mies age dif cmp lina diviscia que marca o inicio dagullo que & (ou devera et) consideado_ rade, Adionalment, se, por cua das ccnstincise do context, eg ‘40 quebrads para qu detcinadas pessoas jam benefits, qual ike Parsee proceliment? Porque endo to erad quando eta de afl de banco, mas muito erado quando se aa de dink pice? Nas i "wages, jgmorou-se um principio geral: a necesidade de se seguieregas leis. A difrenga ene ambos éde ga, mas nfo deconcida. a Una das coi i ea pecguls permits avai fl a extensh do poi sock 2 jekino braseio. Consazowse o quant el ts dino na popula, or mo da apicago de ts perpntas * se alguna ver na video entrevado ji havia dado wn io pee algun; * salguma vera vdaoenevnado ava peid pa lg dar om jekinho ase for * st alguna ver na vidao entevisado hava dado im jena Gerold paras sprue ante homoge t- ts algo em torno de 2/3 de vad a populago brasileira je wlizou dee | ‘tipo de recurso, Ponts : 4 Geico 1 Usiizagdo do jeitinho | f pose que ese percentual sj ands mais eleva, pois quanto m: buh sescolaridade do enrevistado menos ele sabe que € "dar um eitinho” (6% para os analaberas) e por isto menos afrma jéhaverrecorrdo a ele (51% para os analfabers), Note-se ofendmeno opost: as pessoas que mals © eram um jeinho sf justamente as que tém escolridade mas elevada (70% "pars supesior completo e719 par ensino médio complete). So elas as que "tml aber o que significa "dar um jeinho om er im a an (© mals provivel & qu, na pric, ar pessoas de escoardade mais bata também uizem 0 jeitinho, apsar de desconhecerern a expresso. so signifies que A medida que aumenta a escolaidade da populago, mantidas constantes utes varévei,aumenta também o pereentual dot que delaram jé ter rcoti- do 2 etn alguma ver navida.* 1S um dado que reforga ssa tendéncia: ele é mas feqene entre os bras eos maisjovens. Nafta ds populagto de 18a 24 anos, 74% i deram alum jekinho a vida, 20 passo que exe percentual cai para 54% enteos que tm 60 anos ou mas. A esoardade, nese aso, tambér fra difetenc 8 mas jvens ‘ém uma média de escolaridade mais alta do que os mais els, equalquer mania es esukado indica com clareza que jétinho uma eka scl presente em cod oF gros e cases soc, eo grande Frances de qe le permancs enzen6ssinds por muito rempo. com a faixa de idede ems 0 que é ojeitinho ~ a classificagio entre favor, jitinho e corupgio Foram uslnados dois méodor para avaliaro que s populagio bella con- era sero jstino. © primeiro foi uma simples pergunta diees: "Na opi- ‘dola)senhorfa), © que & dar um jetinbo?” O segundo consstia em solctar que os entrevinsdos clasifiassm 19 siuagBes por meio de uma das "_segulnees denominagSes: Favor | Mais favor do que jeltinho / Mais ecinho do que favor etinho/ Mais jeltinho do que coreupes / Mais corrupgéo do ‘ue jeinho / Corrupt, ‘As 19 singe foram eldboradas para que fos possvel identifica aquelas {que caracterzam o favor tipo, 2 coreupso tips eo jetnho.* Ox resultados dda peoquisa mostram que hé quar scwages que catacterim com dare 9 ‘que € um favor. Els so apresentadasabaixo em ordem decresceate~os pereen- ‘uals mostam varigfo no conceito de Favor 1. Empresa dinkeico a um amigo (0099). 2. Um viinko empresar «outro vizinho uma panel ou buna que fltou ara prepara refegio (89%) 3. Na fla do supermercado, deixar passa na frente uma pesion que tem poucas compra (67%). 4, Guardar lugar na fla para slguéen que vi resales um problema (62%) ‘Thala Favor jeitinho ou corupgao? i i oe 2 Osentrevistadosclasfcram ste das 19 stupor pretends como ca sosde corto: 1. Usa um ago no goremo pas ensiquce (0%). 2. Pagar um Fucondio de una companhla de energa par fine oreo macau consumo menor (546) 3. Dar 20 reais para um guards pra le nfo aplicar una muta (64). ‘4 Una pesos conseguir uma mancia de pagar menos impos sem que os goveno percha (83%). 5. Una pessoa ter doit empregos, mas «6 vai erabalhar em um dels 739%. 6, Fae um grouma gambia de nei erica (74%) 7, Una pessoa te uma bola de etd € um empreg 0 memo tempo, 0 que €proiido, mas el consegue exconder do govern (7498) (0 jetinho fi claramence idenificado em seis stuagbes: 1. Uma pessoa que coscuma dar boas goes 20 gargom do restaurante para quando volar nfo preisar esperar na fla (59%) 2, Uma pessoa que eabalha em tm banco jude um conhecido que tem pres a pasar na fen ds la (56%), 3. Uma pessoa que conhece um médico pasar na fence da fla do posto de sade (50%) 4 Uma mie que conhece um fnelonirio da escola pasar n iene da a quando vi matiular seu flho (50%), 5 Algoém consegie um empxéstimo do governo que demos muito a sit CConseguirliberar © emprésimo mais pido porque tem um parente no gover (65%). 6, Pedic a um amigo que wabalha no servigo pblico para sudara tar um documento mals pide do que o normal (438). ‘Un das situagbes extremamenteambgu “um funcionério pblico rece: bber um presente de Natal de uma empresa que ele judou a ganhar um contro do pve” Vina out qu nt jn e corapo: “pasar ma con sc em goa pas eno pli oma ma Das quo stage considerdas “fo, £ patel peceber que das dea, as que envolvem fila sio bastante improvdves em pues como os Ex tudor Unido ¢ Gri-Bretanha, Quem jf viveu nos Extados Unidos sabe que tanto guadar lugar na fla quanto pedie pars paste na fente porque tem pouess compas slo situarbes bastante improvivis¢ injustifiadas. Ao cou- {cto das dust primeiras ~ empréstimo de dineiro «de panca/firma~ que seencerim em uma toca exclsivamenteprvada, so situagSes de favor que ‘nvolvem 0 espago piblico. Além dis, aproximadamente 30% da popula- ‘do asconsderam "jeitinho” [No Bal ivor gina &concebdo pela popula come alg lgtima na ‘ss pablca. £ importance lembrar que no eontinuo favor jetinbo-corap- 4,0 favor £0 nic dos uts cnsiderad de forma exclusivamente post Torano, a Iigcaestabelecida pela fila ~ univer, gral e bles ~ pode ser qusbrada de manirapostiva cem fungi do contest (ou porque se tm umn problema ou porque se tem poucas comps). moralidade contexual ext presente inclusive na concep de favo. Considrando-s agora as see stuagesclasieaas como corrapgso, note se quecinco dela no so acessveis malaria das pesos. A PESB detecou que 6436 dos braseiros nfo tém caro, o que & um percential muito elevado, Iso quer dizer que para esas pessoas dar dinhelro para um guarda para que cle pet- doe uma mula € uma stuaio dstnte de seu eoidiano E signfeavo que a pessoas que nto ttm car incnem-se malts considerat ‘omrupo "pasar uma conversa no gurda para ele no aplicr uma mula". las 0 8¥6 mais numerosas do que os propletiio de eros com 2 mesma opin. Geico 4 Passar uma conversa em um guarda para ele “Também sf priticasdistants da mora das pessoas entiquecer por melo oct 0 contro. E comum que pestoas que ttm disks, mesmo ue aparetam posto pea forma como se comportm us er tem, eecham ttamento especial e vantages" mesmo qu alo © peg, {uc os que aparcntam strict sje me hem rads em cepts pi blcas do que oF que aparentam ser pobres. Ar animes vio além de ial quer contrat. © patio werd ttado como pair e 0 empregado como emptegado mesmo fora da lage de ablho ‘Vale blithar que hd uma importants interisio ene ntti soil vi so de mundo. O igi norteamercano nae proses em una so edade sem nobreza ou coro, na qual of primero migrates pescencirn tndoss0 mesmo grupo soci ex dv da ters aegros qu, na igen da cpg wer 0 pal nfo houvese grandes dite econdmics. Em too apa do que aonteceu no Bras A mars sociale econdmica que dou vie 3 scedade noreameians fl pofundanente igi, e acomps- ‘hada de una visio de mundo igalmente guia Seo emblemadacalonzarso americana fol odo pequeno agricul cul- vando areas desu propiedad apenas om otabiho da fils, cone de sos formar scl flo senor deengeno, com grands propiiades © ‘los excravos, Formavse all uma sociedad ecnomicmente bastante a- inca, em que povcos cram propiesos de grande extenses eta € suis (crore wablhadors ives) no tnkam seabum plago deta Sakis Sale a ge es anspor rc ea ele age waco plat =< Set a ge ini Esa principal mati socal eeconbmlcadaformagso do Brasil" mas nia 2 nia. Hi regis no sul do pais em que a dvisio ds propridade fundies seul puedes mas pximos dos Exados Unidos do que de nose matt so cial" O fo é que sciedades socal eeconomicamente hierirquica embéa, ‘culivaram uma visio de mundo hiedrquica de lags soca Em que pese a enorme importinciz da obra de Roberto DsMata pare 4 idencificagio desse carter nas telagbes socials no Brasil, exsavisbo de ‘mundo hierirquica nunca foi mensurada por pesquisa de opinifo. Néo se ‘rata de constatar 0 dbvio, mas de testa ess hipStese e avaliar como ese ‘rago vata na populagio. ‘A teseantropolégica de DsMatea excl corteta, mas os resultados da PESB permite que sem fers algumas qualifcages importantes. A antropolog Acitneia mas adequada quando se desea fazer comparagies ene dae ou mais ‘grupos diferentes. O Brasil écomparido com ot Estados Unidos. O JapSo £ ‘comparado com a fndia. Os etlicoe so comparados aos judeus. A antropolo- ia mapeia e revla com muita precsto as difrengs entre exes e muita outs opulgdes,Todava, dea de mostar as diferencas dente de cada grupo. £E correo afrmar que, na média, a populago brasileira € mais hierdrquica do que noree-americana, Mas no Brasil hd difrenga importantes quanto 4 sceitagio de pontos de vst hieraquicos. Assim, coma mostra nossa pesqui, convivem no mesmo pats pessoas — para tomar come referénca a antopologia ~ mais braileiras e mais nore americana. Ser vito que "er hirirquica” ext ‘ssociado uma menor moderizago da sociedade. A medida que aumentar ccolaridade média dos brasleiros haved uma diminulgi dese tipo de ments lidade is uma qualificario importance mostra pela anropologi: «con ‘cept hierrquizace de socfedade ende mae ser uma vive socildgica do que um abut ancopolégico da populaso bess. aaa EE Sina geeeee ei nseeteas tents SSeS ee “As perguntasdesenvolvidas pela PESB (Quadro 1) medem a visio de ‘mundo. Por melo delas, pode-se perceber que a nocio de hierarquia nto & Tue caracterna a sciedadesigualicras:herarguia reunsrita a ences eron definida pelo mérico, © conceito de hierarquia mensurado pelas pergunas €ocstabelecido peas posiées sis, no srabalho, na fala ov fem outa telapto social Nota-se claramente que cadn pergunta indus dust alternaivas: a pei- cra € 4 resports iguslitria, «regunda, a hierirquiea. Apenas 2 primel- ‘a pergunta di pesquisa tem txés possbilidader de resposta, sendo a primera igualitra ¢ as outras duas hierdrguicas. Para efeio de andlse © presentasio dos dados, esas dust resportat foram tabuladas como sendo apenas uma. _medir a visio hierdrquica de mundo onc anges pap eat wrt En ge 0 aa estate nape Deel ‘As see perguntascombinam situagSes de txbalhoe de relages fail. tes, A pergunta 3 ¢ feta a partir de uma seuagf exchsivamentefailiag,e « pergunta 5 referee 20 local de moradi. As perguntas 1, 2,4, 6 7 cratam caclusivamente da hierarquia 2 parti de rlagder de teabalho. As pesoat ‘om mentalidade hierSequica sempre escolhero a rexposta ns qual oempre- texdo, mesmo fora do trabalho, mantém © papel social de empregido (ou ‘cj, de quem obedece e€ inferior). Isto pode ecorer em momentos deen- tretenimento leer (ass televisfo ou tomar ban de piscina), no rata- mento diétio ou nos locas pelos quais & permitide que os empregado assem (clevador social ou de servis), ‘Vale lembrar que em paises igualitirossequer ext elevador de servis, ‘ou mesmo elevadores diferentes para as pesoss. Quando mit, hi ui ele vador de carga e outro para as pessoas. Sejam pater ou empregudas, 0 clevador€ sempre o mesmo. ‘Bbarante evident a fora da mentalidae herequics no Brasil. Exceuan. vse a stuages 1 € 6 em todas as outs mais da metade dor brasileira con. sideram ques our do dilema social deve ser iekrquca Te dir, og, inher na megasena(scuaglo 5), nfo € suficiente para que umn porto (a sruém que ocupaa base a pirkmide socal de tru ends) post se muda pry tama dea sca da cidade. Como diz oditado popular “cada macaco nose a Iho" ~como porto le deve aber qual & su gar social, Para quem defen deo ponto de vista hieriquic, esse gar no & deerminado excusivamenge pel dinhere. Por mais dineio que tens, ele sempre eum porteire coma ‘al no deve se mudar para uma ie rica da cidade (© segundo percentual mais elevado de respostas hiercquicas (65%) & para oempregado que recebe do patefo permissfo de roma banko de pis ina, Trata-se de uma stuagio na qual empregada e patti teriam acess 20 mesmo tipo de entretenimento, desde que como consentimento do iti, Praticamente 2/3 da populacto brasileira rejeitam a posbilidade de ambos Aesfratarem da piscina, NNote- que € um divertimento que envolveo corpo es higlene.Portant, 20 usar a mesma piscina, patio e empregado cela contato corporal indict Sabe-se que, nesses casos, bom comportameato exige que os ustroendo au Jem ou poluam agua. Sem esquecer que o argumento de um mau compote mento # sempre leantado pelos que sfo contiros i pscinas piblias ov semipablcas. Mais uma vez pedomina a lbgie herequic: cade un deve e+ conhecer acer 0s condiionamentor de sun poigso soci, que vio emits slémm de contaos ou de posigber momentiness definidas pelo mercado. (© ponte de vista hierequicopredomina nit suaghes 3,4 e2 respecte: ‘mente, nas qua €defendido por algo em toro de 608 da populasfo brasiei- 1, Pare 6396, a maioridade ainglda as 18 anos de dade no &sufciene para «que uma mega decid svi ou no vsjr com ar amigas. Tixt-se de um enor sme contaste om o que corre em rocedades individual e gui, nas ‘quai 0818 aos de ade fo alnha que dematcao “ir embars de ct. A ex. pecatva de pai fos jam eles homens ou mulheres) nos Estados Unidos pa Get-Bretaa¢ que ao completarem 18 anos os flhor jm complemen independenes £ nessa dade que eles deixam a casa dos pie extabelecem Joa pdr esidéacla, sea em um aljamento de universidade ou em um pe- “qusnoapartarento alugudo em Steas menos valorizadas da cidade.” Na sisaeio 4, 6196 dos bases acham que o empregado deve continuar ae digi 20 patio pelo taamento formal de “senhor", mesmo quando dle pce para serchamado de oe”. Desde a elses passage de Alexie de Toe quelle em O antigo regime ea Reoludosabe-se ques pronomes deter to so um imporcane elemento de diferenciagioe hierarquiasio. Soicdades¢ psoas hierirquicas wellzam pronomes diferentes para pesoas diferentes pro ‘avelmene “Senhor” ou “dour” para pauses e “voc” ou “eeu” par emprega- dos Esse watamento pode ser idenicado af mesmo ente pit fihos, plo ‘uo dis plavas “senor” e “seniors, 20 passo que em fails igus co dor se diigem uns 20s outros por meio do "vee" Tl como nos Estados Uni- do onde todos se tratam por yu (08. ‘Mais da mecade da populaio bratilera (56%) defende exisctncla do ele vader de servigoe sua uellzarso pelos empregedos, mesmo que Ies ej fcul= ‘aloo uso do levadr socal. Mais uma ve, éimpresionanteo clevado gra de poo aes as valores hicrrquios. Mesto quando os patrdes pedem aseus ‘empregados que no astumam comportaments hleriquios, ainda asi 569% a populagio defendem que eles continuem sendo submissos. (Os dados des Tabet 2 a7 irio mostrar que ~ romando-se apense as xés struages nas qua discordinca € maior"*~é pssvel prceber que oBrsil esc divide entre, de um lado, s¢ pessoas que moram em capita, sio mais jovens, tim escolaidade mas eleva e item parte da populago econami- ‘eamente aciva (PEA); e, do outro, os que moram em cidader que mio sio ee EP ee « capitas, no Nordest, so mals velhos, ulm escolaridade mais baits e nfo fazer pare da PEA. Foram identifcadasdifeengas importantes entre ho- sense mulheres apenas em das das ts stuagéesselecionadas, com desta- qe para tatar © patio por “vooe” ou por seahor": as mulheres so mais hlercquicas do que os homens. ‘Thea ‘Quem mora nas capitals tende a ser menos hierérquico do que quem mora fora das capitals, Quando se divide a populago entre ar que moram ¢ of que nfo moram em capil, s&h difeeneasrelevanes na situasso do “elevador socal. Fica claro que os que moram em capitis sbo menos hierSequicos do que aquelet que vivem nas demais cidade. £ digno de destaque o fto de aparecerem ‘varagSes importantes apenas em uma das tts situagbes que mais diferen- cam 2 populagio, Iso indica que a divisio capital versus ndo-capital néo & ‘fo imporcante para se entender ese fendmeno quanto outra sgmentages ‘que serio vista adiance ‘Tabela3 (0s habitantes do Nordeste e clo Contro-Oeste sfo 08 mais hiorérquicos e os habitantes do Sul, os menos hierérquicos (resultados por grandes regi6es do Brasil deiram claro que os habitants do Nordeste so os que tlm a visto de mundo mais hierrquics, seguidos dos habtanes do Centro-Oeste, Norte, Sudest e Sul. Na verdad, considerando-se ‘os resuleados para as ede seuagdes da Tabla 3, hi pougussimaciferenga entre ‘quem mora no Sudeste eno Nore, centre quem reside no Nondeste eno Cen- 1to-Oxste. Sendo asi, no extreme de mis hiesisquico tem-se Nordeste © CCento-ste, 0 extreme de mais gui tm-se 0 Sul, no meio, a outras las regises. Ou sep, no Nordeste © no Centto-Oeste & mais comum que & hicrarguiacontatal entre pario © empregado vi muito além dos limites do ‘ontaco do que no Sul do Brasil Tabela 4 ‘Tabela ‘As mulheres sSo mais hierérquicas do que os homer ‘0s mais velhos so mals hierérquicos do que os mais jovens ‘Da mesma mancira que ocorre quando se analisam as iferengas de men- talidade entre moradores de captas vereus nSo-cplais, 20 se avalar 0 recor te por sexo apenas uma das tts stuagerselecionadas apresentavariagber relevantes. Fea claro pelo resultado que ar mulhetes so mais hieirquica do ‘que os homens. Ainda que parega pequens, a difrengs de 4 pontos percen- ‘uals ente as respostashierdrquicas de homens © mulheres (59% x 63%) € csatisticamene signifcativ. Ax empreyadas domeatica tendem a ser tatadas com mais gual pelos nas jovens do que peor mais vlhor. Na médi, 38% daqueles que tém ent 18.44 anos defendem uma slug hierrquica para o dilema da empregada que € convdada a asin TV na ala junto com a patos ese percenusl sabe pus 4596 a pari dos 45 anos de dade. Na segunda ago, a do elerador soci, € apenas a parts dos 60 anos de dade que se verifen ina mudanga sig- nifcatvaem favor de um tratamento mais ierequic. Af os 59 anos, ogra dks tipo de mentalidade & muito pareido para todas as faixas de idade, Na tec stuagio~o tatamento por “Woot” versus “Seahot” 0s mais hiedrqu- ‘cas sfo novamenteaguels que tm 60 anos out mais (7096) os menos hiee- ulos sio os de 25 244 anos de iad, (Considerando-e a rs scugSes em conjunt, hi dos sltos importantes: um gue ocore entre o mie hierinuicn, que fo or que tém 60 anos ou mas, ara ot medianamentehierrgueot, que so oF que tém cate 45 ©59 anne, depois deste, para os menos hirdrqucns, que so as tts fas de idade tomadas em conjunt. Ou sea, 05 peincpsie pontor de inflesfo na vio de undo hieirquica so at idader de 45 e 60 anos, ‘abel 7 ‘hs pessoas de escolaridade mais ata tondem a ser menos tardrquicas do que. ‘TabelaG ‘As pessoas que fazem parte da Populago Economicamente Ativa ‘Arligio entre eicoardade visto de mundo hlednguic & muito fot. Em toda a SituagSes, quanto mals levada fora escolavidade mais iguaiciias as pes- {oar so, Ainds que baja vaiagSo entre cada fea de escladade, a dfrengas mas importencesccortem quando se passa do ensino fundamental para esino étio(da 5°48 ie), em seguda, quando we pass dasa ea pao supetion compl. Ese dadospermitem anever que a mentalidade dos brass Setor- ar mais igualicria & medida ques eicolardsde més da populago aumentr Parialarmente sexe aumento acontecer no ensino médo eno alvelsupetiog (Os dados da Tabela 6 revel caramente que as pesos que trabalham sio ‘menos hierquicas do que aquelas que néo fzem pate da PEA. Is pode sr vetfiado em todas as ws situagesanaisdas, (Osdados da Pesquisa Social Brasileira mostra que hirarquiaeauostaes- no eto posivamentecorelacionados. Qu sea, quanto mais heriquica mais ors uma pessoa &* Aqueles que acreditam que rlaco patrio-emprega- td deve ssegura 0 patio a posico desuperioridade, mesmo forado trabalho, também sio oF que aredcam que os protests contra o govern devem sr 1e- primis. Hi sempre alguém no ropo da hierargula, eo ato ou o goveno ‘num superior eum inferior eo primeito tem mais direitos do que o segundo jsamente por ser supeio. Hierarquia ¢ sutoritarismo eda precice ver, 0 enceta de hirargula da obra de Roberto DaMaa fo men- surado quantiativamente por meio de uma pesquis, Os resultados confimam visas de suas conclusbes, ene ela a principal: 0 Beas € uma socedaderegida ‘predomsinantemente por uma légcahieisquica Por mas antpétia que saa ‘expresso "oo tbe com quem es filando?”, anda questa quaseem desu, sua gia e seu contetdo so importants eestio muito preseaes no pais. Além iso, a pesquiserevela que hierarqla aque erefre DaMarta est relacionada com 0 autoriaismo mensurado em muitos 74 scilégins* [tide smc wo mop i Os or pave, poe eae Toei eau pda pla ag oe capitulo 3 Cada um cuida do que é seu @ 0 governo cuida do que é publico -_ eT capitulo, ‘vem & dono dessebeco? quem 4 done dessa? de quem oss oateo? de quem 605s ugar? mou esse ugar sovestioca pO fquero mou cach (0 pensamento sacoligea ¢antopolégicobruleio € praticamente uninime ‘em apontaro caer patrimonialta da politica nacional. Esse pensamentosi- blnha como as politics e apropriam prvadamente do que & piblico. Anda que a cauat dese fendmeno possim ser vrladss(intituconais, econdmicas cu clea, 0 que stem aqui €a comparato ds priticas politics nacionais com o ello eral de agio pablia, ‘Do ponto de visa liberal, ou republiano para alguns, 0 pago pblcnécla- ramente dlimitado em oposico 20 expag pivdo, Esa delice implica das lags difeences de stuaci: geri cotapiblica demands inpesoalisme, eras ese univers, ransparéncia,consogientemeate, lias publica do spago piblio dos recuros abtidor por meio de impostos. Os recursos prvados, na | Naw co or cuerpo rb Be : = ‘irs he ee etn de fi = ee re = Tesant aah pesecuarinaemusivon one = _Tmisieesnnere ‘As unger da Tabla | esto hieraruizades da mais paras menor ptrimo- lisa, Nos casos 1,5, 8€ 9, aqueles que esponderam “concord” so 0s que consideram que o eipago pli tende a ser uma extensto do pariulare pei sno, Jina stuages2, 3, 4,67, esa mesma visio de mundo & compartha- dda pelos que responderam “discord 'Na primeira pegunta, 7456 de populagSo braseraconsderam que “ada tum deve cuidersomente do que & seu, 0 govern euida do que €piblio”: aa ‘segunda, o percentl de expos favor de wma visto de mundo patrimonia- lisa € de 60% so as pessoas que dscordam de que “inguém deve wsaras ras ce calgads para vender produto’. Essa proporgio diminul suesivamente para 519% nos casos 3 (4005 que dcorda), 499% nasa 5 (concord), 42 309% na 6 €7 (soe), eGralmente 18% ¢ 17% nas dus ikimas (concord) ‘A acstago social do patimonislsmo & muito grande. O cao male exte- ‘ma, no qual lguém se usliea de um cargo piblico como te forse propriedade particular, tolerado por 1796 da populagso brates! Considerndose a gra- Videde da stualo,é pose dae que 1796 € uma proporcio batane eevada [No extreme opoto,n suaeio que di elo a ete capitulo (ead um cua do {que é seu eo governo cuida do que € pic”), quse H da populast brasileira sirmam no considerar que 0 que pblico merece ser cuidado por todos. A certenso dees Foren de pensar para a ara dos tiburos implica considerr os recursos advindot dos impouos algo do governo e aio de toda a popula, “Trat-ce do oposto da visio republiana, que advoga que o que é piblio & de todos e,porant, deve se 2elado por rode. ‘Vale asinalar que, consderando-se quests concretas, a populasiotende 4 sr mals pasimonilses nas scwagSes em que hd maior carncia materia (vendedor ambulantee consrucio de casa em teten0 publica) do que naque- las em que essa caréncia € menor (trabalhar em uma empresa e estudar 00 ‘excrior), Esse reaultadofoenece uma clara indicasSo de que hi uma telagio ‘entte sewagio materiale visio de mundo em slagio 20 patimonilismo. O| poi soil ele € maior quando se waa de oferecercondigbes de melhoria is pestous mals deafevorecidas. (0s dados das Tabelas 2 7 mostarSo que eomando-se apenas as quatro circanstinciasem que a dacordincia€ mai” ~&posivelperceber uma tefic- foacio das consatagies fas o Bra esd dividid ence aqueles que moram fm cplais, slo mais jovens, tm ezolardade mais lead e fazer parte da pepulaso economicmente aia (PEA), e os que moram em cdades que no So captais, no Nowdese, so mas vos, tlm escolaidade mais baba € no fizem parce de PEA. Foram idenifcadas dfezengas importantes entre homens mulheres apenas em duas das quatro stuagéesselecionadss. ‘Tabela 2 ‘Quem mora nas capitals tende a ser menos patrimonialista ‘do que quem mora fora das capita E evidente que os residenter das capitals sio menos favorveis xo patti ‘monialisme de que of que moram nas demas cidades. Nas quatro situa- bes adiferengaptoximada é de 1096. Ou sj, 2 proporsio das pesoas que ipdiam 0 uso privado de recursos piblicos ¢ 10%6 maior nas cidades ‘que nfo sfo capita. as gi om ea a soe a ‘ito cgmattome a eees p 7 a) ‘As difrengas enze exes dois eegmentot no devem, todavia, mascarar pla actago do parimoninlismo, liso fica claramente indcado pelos real tas da prmeiastuagdo (cada um deve cuidsrsomente do que seu, © 0 g>- vernoculda do que pie) A andie dos dador ques eguem nat Tablas 3 7 suscenta a mesma condusio. Para cada segmentoertudado ja ele fla de dade, de escolaidade regio do pas & grande © apoio ao ponto de visa patrmoniliss, sempre de ordem de 7086 do segment Anica excepto € pare aqueles que thm o uso superior completo (Tabela 7), ete ot quae a propor- ode apoio cai para 53% Tabela 3 Os habitantes do Nordeste sf0 m: patrimonialistes ddo que as pessoas que moram nas demais regiées do Brasil (Os reutadot dt PESB mosram claramente que, nat gusto sitages, 4 proporcio dos que defendem um ponto de vista pasimonalita & maior no [Nordeste. Destacase a quart pergunta(é que 0 govemo ndo cuida do que & piiblic, entio ninguém deve cuida), em que o apoio a0 patrimonialisme _ as de duas vers maior no Nordese (3098) do que nas rides Centro-Oes- te, Sudeste Sl (1496, 1496 12%, respetivamente). 1a primeira questo, a difreng relevanee€ entre o Nordste eat demais egies. Na segunda scwaio, M ours dtingées importants. Nio apenas 0 ‘Nordese€ mas patrimonialit, mas também os habitants das regis Centro- Cate, Sudeste Sul sko menor patimonialisas do que a média nacional, Na tert cicunstnel, notamse também diferengasrelevantes, que vio alm da ‘agso do Nordeste. Or menos patrimonalistas soos habitantes das regies CCento-Osste,seguidos de Sudesce, Sul e Nore. Fic bastante evdente que, em uma hierrguia das populagSes das cinco grandes regis do Bra, tem-se num exremo os nordestins,seuidos dos ‘abitantes da regide Nore, depois 0 do Sudeste, por fim, ot do Cento-Oes- tee Sul empurados ao extreme menos paeimonialisa. ‘Tiel (0s homens tendem a ser mais patrimonialistas do que as mulheres |A pesquisa identificou algumas dferencas entre homens ¢ mulheres. Ainds que no se apliquem 8s quatro sitagbesselecionadas,notase que or homens tendem ase um pouco mats patrimonalisas do que a mulheres, Fl Tahela5 (Os mais velhos tendom a ser mais patrimonialistas do que os mais jovens (© apoio socal vata bastante de acotdo com a dade. Na primeira situasio (cada um deve cuidarsomente do que éseu, ¢0 gverno cuids do que épabli- ca), nica diferenca relevant & entre pesos acima de 60 anos eas demais {abuas de iad consieradas em conjuno. Na segunda sta (se alguém se sen incomodado pelo vino, o melhor € nd reclamat), hi muitasdiferencas Fmportantes.Os mais jovens fo caramente menos patimonilisas (39% para ss pesous de 18 224 anos), proporsio que aumenta gradaivamene até tingle ‘0 mixino na fies de dade mais evada (648). "Na ereira swag (se alguém &elevo para um cargo pablico deve wsilo, cm benefcio pedpro, come se fase sua propsiedade), hi das variaghesim- poveantes: os que esto na aixa dos 25 os 34 anos soot que mais se opdem, tenquanto os acima de 60 anos sf0 0: que mais apéiam (2496) a alernativa patimonlaita, Pr fim, na quarts siteao, hé um erescimento monoténico tess apoio, dos mal jovens para 0s mas velhos. (Os dados da Tbele 6 revelam claramente que as pessoas que tabalham sio menos patrimonialitas do que at que nfo fazem parte da PEA. Isso pode ser ‘eificado em todas s quatro siuagesanlsadas Tabela7 ‘As pessoas de escolaridade mais alta tondem a ser menos Dpatrimonialistas do que as de escolaridade mais baixa eave eos 6 ne Ente todas a vardvelsanalsaas, malt ima ver, nada se compara dife- rengas entre as faizas de escolaridade, Em prmelro lugar, é evidence que exe uma grande dstincia ene as visser de mundo dos dois exremos:anlfabetos€ pessoas com o gras superior completo. Ainda que at ditnges sjam grandes nas duas primelrascrcunstncas, so anda male pronuncadas na tercira ena ‘quar siagSes, Na tercrra, a proporsio de anlfbetos que aia o patsimo- nialsmo (40%) £aproximadameate 13 vees maior do que na fra dos que tan superior completo. Na quarea suagio, hi proporcionalmente 25 vezes mals analfabetos defensores de uma vsfo de mundo patimonialita do que na faxa de supesior completo! Nos dois casos, eata-e de uma difernga muito grande as vsbes de mundo de diferentes grupos ross , sind atm, raramente de- ‘ectada em pesquisas de opinifo, (utr variago que merece destaque éinfleo presente na facade escola ‘dade do ensino médio comple, Nas quatro suapes, as vais magn Seativas do ponto de vist exatitico acorsem quando se pasta do casino fandamenal paso ensino médio compet. liso nio que dizer que a mudan «5 de opin entre as demas faeasndo sejam elevates, mas apenas que slifrenga mas sgnifcativa ocomre ete eas dus uss, E posivel, portato, ‘irmar que no longo paz, a vio de mundo patimeonialsa ted menos de. {ensres por causa do aumento da ecolaridade mnédia de populasZo et par ticular, da ampliagi do ensino médio © apoio social a0 patrimonialismo e a corrupeso Patrimonialismo e coveupeto so idéiatafins, iso significa que quanto mais alguém acha corsero¢ defende valores patrimonialisas, mais tenders ser colerante com a corrupeioe priticas corelatas. Nese sentido, os da- dos da PESB permitem concluir que ess tolesincia& realmente maior en- tne aqueles de escolaridade mais buns: que a populagio do Nordeste convive melhor com a corrupeéo do que at habitanes da regio Sul; que os mais vehos feam menos indignados do que o¢ male jvens em relagio os ‘excindalor de corrupt. ‘io importante quanto ess achados £0 faro de que s PESB permit ma- pear edenifca ee forte apoio socal ao patimonialismo e &contupgio. Ot dads so muito clarose permitem conduir que coreupeio fo € um fendime- no circunscrito a uma elite politica perverse sem ica, mas sevela valores fortemente aragados na populagio braleira, A clic polltic, todos sabe- mos, emerge da populacio, pelo voto, mas também tem que prestarcontas cla. Que tipo de presto soe um politic eleito em grande parte por pes- soa que formam aqueles 17% que consideram correto usar um carg pbli- «co em seu proprio benefiio? io se tata de um caso extreme, com alguns podem arpumentt, © le- ror que conconda que o govern cuide do queé pblico enquant ele, leon, se dadicaexdlusvamente ao que é seu cst dando cart-branc aos governantes, E alguém muito pouco disposto a controlar seus representantes; mals do que iso, € um elitr pars 0 qual 2 pedpria nogio de repesentagio ao vai muito além de deixar ese repesentante Ive para fixer © que quisr, posto que ele, elets, a se procupatd com o qu é piblio. ts visfo de mundo tem apoio de nada menos do que 74% da populasto brasileira, O reutado € que a margem de manobra dos politicos é muito maior do que vers em ur context social no qual ese apoio fesse menor. Portanco, dads a visio de populaco brasileira sobre o tema, nfo surpreende que a cor- rupee esas pelticassejam tio comuns capitulo Fatalista, familista e com pouco espirito ptiblico — oa capitulo4. 8 coum gent sonar, ou S04 vada vor 0 entardcor | is eu também ade sonar Um sono Sido de marr jou bergoenale ou mo debrugsr {camum pranto s mim carer ‘eassin chord acalntar fino que ou quero te. Derma, meu peau Dorma, que anit js vrn Tau pi esd mut szinno (be tanto amer quo le tern” oi que ou gure te a Toquahe ein Moraes | tie e monsagem zdica Eorealj de (Que ou serie Sempre foe Come sero amanhs esponde quem puter aueré me sconacor (mou destino ser como Deus ausor” sie destino ¢ grande parte dele end as méos de Deus. Somente 2 fafa & | confivel. Seo goverio nso fz a parte del, entéo ni hi por que fazer sua pare, Essasfases expresim fitalsmo, uma visio fails e fala de esirito Diblico. Caracerinticas que ji foram identfcadas por clentsas sca como ‘aributs mareanes nas soiedades meditesineas ibis | a No caso do Bra, spestr da miura de raga, o pale 6, com crceza, uma lnvengio portugues. E, como el, herdow oftalitmorligiso de oxgem catd- lice, « ogi de importinci da fama nat relagSes soins ea idea de que 0 espero piblico nao & de ninguém. EsasconcepeSes também povoar notss interpetagies sobre sociedad Hi grande contrat com 3 mati socal anglo-sax de origem procestane A predestnasio ealvnist fer com que poves como o novte-americano agi- sem no mundo por meio do trabalho, Nos pases anglo-saxes,o indvidua tudo pode, principslmente quando em asocasio a outos individuos. Sua excema mobilidade googrdica x & posivel porque of ago Filites, quan- do compara a outasrelages de confianga,nio fo demariado fortes. Nes ses pres, a palaves community tem um sigaicado bem diferente da nossa “comunidade”, muita vere eufemismo pars Favela ou ea de moradias popu- lates. Community, para os anglo-sxses, & um espago sobre o qual todos cm responsabildade “ais nogGes, que podem ser atsbuldss ao mole religioso~ catsico sera protertante~, podem também ser asociadas ao esforgo educaconal. Nese sen- ‘ido, os anglo-sader empreenderam ua das maotes mobilizes sSciovrelc fous de que se tem notcis. Segundo versies masifiadas da teologia procetant, a ignorincia€ obra do demenio, primalmd de Satands Em sociedadespouco exoarzadas, 3 contri, onde se encontram mals fieqentemenre frais avesos& nogio republiana de espaco pblico. Eo ‘que acontece no Brasil, onde ea & visto dominant enue 2 popularo: sim plesmente 1/3 do adultos acredia que Deus deride o destino dos homens, sm capac pars a mdo humana (Tabea 1) Esse contingent, somado aos 2896 que acham que, apes do destino estar ras mos de Deus, o homem tem uma pequena capaidade de modifc-lo, e- sult que 60% da populado acreizam que grande parte do que acontece com cot homens ex fora desu conto. No extreme oposto, apenas 14% da pope lagio adultabraeiraacreditam que ndo hi um designioalém da capacidade humana de define soa prépeia vide ‘abel O fatalismo do brasileiro ‘Anda mais difundido do que o fatalismo &o failismo. Nads menos do que 8496 dos brallos coafiam na Fala, percentualsinds mas sigifcatvo quando eompsrado& confianga nas pasoas fra do grupo familar ~ of mais priximot, amigo ecolegas de wabulho, eso uma dsdnca quilomesrica na pinto pli: 54 pots prcencuais aaitl Somente 30% das pessoa con- fam nels. Numa esa decrescence, um perennial ainda menor delara depo- sitar sua fl nos vainbos (2386) e na maori das pessoas (15%) ‘Tibela2 [No conte em ninguém que no seja da familia “Tudo ito sjuda s entender por que grande parte do exptalismo nativo ‘xt bateado em relagder econémicas familiares. NEo & raro encontar pe- _quenos negécios, bares, restaurantes, lanchonetes ou los, nos uals o lu- gir na “cits repstradora’ ab pode er ocupado por parentes, mesmo que ins sgnifique perda de eficignca. Esa perda& compensada pelo ganho de confianga. Imagine-se enteegar “ocala! a um amigo, conhecido, ou mes. mo a um profissonal, Brasi. x ALEMaNHa Timdios Sensi ameponins sas Ae eres, la emencavs 0 des tine deter dois los tio noes vive tao shandonada ~ cntou uina ‘sinha amiga. Segundo ajoraloes Bertina Jocheim, do jorsal Keer Sind Anzeige, wata-se de um lado sombrio da vida de Michael Schurma- cher Fé quem eitique seu excess de friea.Porém, como os alemies © dolatram pelo sueeso no expore, muitos jonas ém evitado abordar 0 ‘ema, noiiando apenas a reagies 8 desist dos dis ploos em partici pac de uma cords horas depois de seem informador ds morse da mie = 0 Globo, 23/4/2002, Justo es 0 a Do NtroTISWo No JODICKNO, Mi de 400 liminazes, seas demir de parentesde maglsradas,Felo menos | 148 pisents de jniver¢deembarglore ocupam, sem concur, cargos de confanga a Jus tiga etal em odo 0 pale— Gla, 12/2/2006 ‘Chur ns Cano st nas nos bz rammers Enos be win. Alm os dots Lemos anlgoscompanelos so assesores expeciis— O Gio, ipr2002. Além do ftalismo e do extreme crédito na fama, o brasileiro médio prefre age apenas apés o governo fazer a sua parte De far, pouco mais que 4 maria da populacto (5636) acha que sb deve colborar com 0 governo cao cle evide do que € pablico. ‘Tiel Espirito publica Tinan cu enepan ena taaaninin = fon ‘A principio, apenas 4198 eto dispar a dar sua cota de sactifco para faxero que o governo nia fix. Nio eabe aqui dcuti at raze ou a racinalda- de desa visio de mundo. Em ums scuagio como abrar, em que sociedade «Esl so separados de forma muito cars ena qual a sciedade se v8 explo rads pelo Esado,éégico nut sendiments no republicanos. Pom, mas do ‘que jstifiar ese forma de pensar, cabe reer sabe as consegiéncias dso ‘ara © fancionamento da sociedad e sobre 0 que pode se eco paca mitigar ‘mentalidades que sejam um obstiulo para o Brasil etaneormat em uma ne- ‘0 plenamente moderna, Analisar 0 pet dese fenémeno ~ o que seri feito Adlnce ~ pode serum pass importante para combat-o, © porfil do fatalismo (Os dados mostram que 0 fatalismo do brasileiro & mais forte nat cegies [Norte e Nordesteemaisfraco no Sudeste eno Sul No Sul, apenas 26% da populagio acreditam que todo o destino ert nat mos de Deus. Esta pro porgio contrasta bastante com os 40% da regifo Nordestee os 42% do Norte do pai. Tihelad 0 fatalismo por regiéo do Brasil Sader eSul so ees mals desenvolida, da mesma forma ques capi- tas sio mais reas do que st dems cidades,Igualmente os habits das capi tai tendem a sr menos falas do que os que moram na ours cidades, Tabela 5 ‘As copitais si menos fatalistas do que as néo-capitai [Asiferngas entce geragessio mais acentuadas do que a que existem centre a capitis ea nSo-capeale ese equivalem i diferengas entre as gran- des regies do Bra, Na dune firs de idade compreendidas entre 18 34 - ! | ‘anos, somente 29% colocam todo o destino nat mos de Deus. & também 8 que hi maloresporcencagens dos que acham que slo neses grupos i destino. (Os que si 60 anos ou mals, 20 contro, sos al atlas: 4096 con- sideram que todo destino & obra divina, Nessa fia de idade, somente 13 creda que no hd destino, ou qu ele é muito contalado pelos homens, fcan- do apenst uma pequena pate nas mos de Deus Tabla 6 [As geragées estio divididas. Ao contrério dos mais jovens, ‘0s mais velhos so muito fatalistas [Mais uma ver, as concepgées de mundo mais opostas se veficam entre at estou que tim curso superior completa ¢ as que nio tim. Em primeiro gat, mals da meade dos analfabetos ou pessoas que nio concuirarn nenhum grat formal deeducagioacedita que todo o destino exh nas mios de Deus 519%. A medida que aumenta a ccoardade formal, ea proporsiodiminui, Assim, dos ‘que complesaram o ensino médio, somente 23% acreditam no destino sem ‘qualquer controle da agio humana. Mesmo assim, predomina a crengano des tino divino eem que « homem pouco pode mudar (52%) Com diploma supetis, a mentaidade se torna menos faralista: 2 maioria (47%) acteita que emborao destino sea fruto da deciso divin, muita coisa pode ser mudads pelo homem, enquanto 274 simplemente descartam qual- ‘quer out influncia que a ago humana, No extreme opost, apenas 9% dos que tlm superior completo acredtam na prevaléncia do desine. Conse- (ientemente, a recomendasfodbvia par os que qurem combater es mentae lidade& massiques formasio superior. ‘Tihbela7 ‘Aumente-se a escolaridade, diminua-se o fataismo ‘A sepunds linha de atuagdo para os inimigos ds mentalidade fais & 0 combate regio, qualquer que seja cla. Um grande abismo separa aqueles que decaram ter rligifo dos que se diem sem slit. Neste grupo, 4 malria, 51% (1796 + 3496), seedia em pouco ou nenhum faalismo. Somente 21% dor sem eligi colocam todo o destino nas méos de Deus. Ese percencual contrat enormemente com os 4996 dos evangllicos penteosa que compar- thar desa visio de mundo. T ‘Tabele 8 Combata-se & rligido, eduza-se o fatalismo co T= 7 7 * © perfil do famitismo A primeic informaso que merece desaque & que a confianss na fara une ‘oda as rgises do Bras. Néo hd vatiagiosgalicativa entre capita no-ca- pital, ent a cinco diferentes fas deidade, par sexo ou ercolaridade, o que Indies que o enorme crédito na Faria ¢ fo presente em toda a sciedadebra- sli, independent de classe soda, x0, dade e regio do pais. ‘As epies do Bras So muicosemelhantesnesaconfans.Poném, én Sul que a pesousconfiam tanto na Familia quanto nos amigos. A voma dos dois petcenuais ange 124% na repgo Sul eapenas 10596 no Norden, Depoe da regio Sul, o nivel mals elevado€ 118% no Sudeste. ‘Ouuainformacio relevance & que diferencs entre conf ns Fai enos amigos é de 48 pontos percentuais no Sul ede 63 poatos percentais no Nor- deste. O que indica com cates que, quando comparida as amigo, «familia {mais importante no Nordese do que no Sul, O carols dese dado & que no Sule no Sudete hi menos obsciculos pars se etabeleer lags pesoais mio-fa- milares do que no Nordese. Anda assim, mesmo no Sudeste eno Sul, fami lia dispara na primeira preferéncia em ermor de confilidae. ‘Tabela ‘A confianga na familia e nos amigos por regiso do Brasil (0s pescencuis também no dfrem entre os sesidentes das capcss eo da ‘eo-captais. Quando somades, percebe-se que as diferengas so aparentes. O ‘ora da soma para as capitis € 12096 e para as nfo-apitas, 112%, Adiseincla nar os nies de confiancana familia econfianga nos amigos também € menor ‘as capitis do que nas nio-apitas, Mais uma vee, of dados mosteam que 2 Jmportinciaslativa da familia € menor nas capitis, embora sua imporencla biota aja muito grande e sm paalelo em outras clas soca “abel 10 TTS A medida que se avanga em dade, hi mas chances de que os lgoebusados em confanga sam maioes. A grande difrenga enue as fais de dade oorre «quando se anals«confanga nos amigo. E al ques psoas que im 60 ance ou mais apresentam maior percental do que os mais jovens 4296 contra 26%, Ua ips para explcar ese resultado & que os mais velhos tram a oportsidade, ‘confrda pelo tempo, de depuar em exaustio seus amigo, enguanto osm jo- ‘ens sos Inicando nessa avenura. Qualquer que spa. expla, o ito €que ‘oe mais velhos tm maior capil social ~acoaiana —do que os al joven. ‘Tiel 11 ‘Aconfiange por feixa de idade Sabe-se que # ciolaridade ext fortementerelacionads 30 capital sci Mandar constantes as outa vatives, 0: mals escolarizados sio os que mais ‘confiam nas otras pessoas, Iso posiblitaexabelcer nego, sela-e para reivindicar melhorispiblicas,participar de assciagées cvs etc. (© impacto da escolaidade no capital social é rio marcante que wf mesmo «a confiangs na fal soe ess infludnca, Consderando-s todas as andes por subgrupos, é no segmento dos que completaram ogra superior ques n= ‘contra a maior proporso de confanga na familia: 9696. E eambém nese sub- _rupo que ext o maior pecentual ds que confiam nos amigos Quando as duas proporgées so somadas, em-se 15686: 9 maior nivel de confianga dente todos os segmentosanlisados. Mais do qu iso: 20 subir a conflnga na fanlia da confanca nos amigos, reskado & de 36 pontos per cxntuas. Fa menor distincia entre as das altenativas para todos osegmentor ceeudados. Vivas pars 0 grat superior complet! Ao menos € © que pensisn agueles que querem que os lags de confang jam mais presente no Bra. 2 inceresance também nocar que as fixas de ecolaridade intermedia (acd a 6 sre eda 5+ & 8 série) so as que menos confiamn tanco a fara {quanto nos amigo. Ela perdem tanto pars os quetém superior completo, ey- meno que é lider dsparado no capital socal, quanto pars or que completa ‘© ensino médio eo analfibers, ‘Taba 12 ‘A confianga| 0 pertil da falta de espirito pablico (© clad deve fer asus part independente do governo ou no? Pars 65% dos habitances do Nordste, a eseatigia do ciao deve er, na erminologia técnica da eora dos jogos, for-tat, ou sea, esponder na mesma moeda. As- 4 queo govern nio cida do que é pblic,entfoninguém deve colabo- tar Ba visio de mundo mais aceita magus tei, (© menor percentual para ea hipSeteenconta-e na rgito Nore, onde fo 48% oF que pensar dessa forma. As demais regcs se sar entre ess dois exemose,supeeendentemente Sul se assemelha mais a0 Nordese do que 20 Sudeste ou 20 Cento-Oste. Um stagdo que exge mals estuds © pesquisa, uma vez que, nos dmaisindicadores de “moderndade’,o Sul, em ‘eal ocupa o exrero de mais modemo eo Nordste, ode mai rsico, ‘Tbe 13, {A distrbuigdo regional da fata de esprito pablico Para ullzar a mesma terminalogi,o resultado comparativo capita ur ‘o-captalsapoata na dito esperadas mais modernidade nas apts. onde 1 pessoas tendem ase mais colaborativa com o Estado, mesmo see no fer A pare que he cabe 0 tesultado & de 50% conta 39% nas ndo-aptas a | ‘Duas aniline sociodemogsfica radicionais nfo spontaram diferengas en- ‘ne 08 subgrupor: por ginero © por populasio economicamene iva (PEA). “Tanto faz ser homer on! miler, x proporge oar mesma: 58% cdem que 6 se deve colaborar com 0 govern se ee Baer sua parte, Ptcentualidéaico para quem pertence PEA e para quem aio pertence ‘As diferentes geragSs,contudo,tendem a aprescnarvaigées nese val ‘Or mals jovens eos mals vlhos so os mais efits ao expec pilin: 6496 dos que tim entre 18 24 anos e 57% dos que tem 60 anes ou mais acitam 0 principio sco da fala de expltzo publica, Ele fo scompanhados pelo adl- tos joven, ente 35 ¢ 44 anos. A maior propor de apoio ao esptito pico std fata dos 45 ans 59 anos, ‘abel 1S Goragées ofalta de espirito publico ‘Mais uma ver & na escolridade que se encontra a maior tlagso com a ideologia extudads, Da 4* série do fundamental até 0 superior completo a ‘desio aos valores republicanos tem uma variagio monoténic. Isto , para ada ano + mais de educago formal, czesce um poueo mais a acetagso do ponte de vies de que o edad deve are sua parte mesma que o governe io faa « dle. No superior completo, esa proporcio & de 5896 30 patio aque a a4 série & de apenas 349 Br tendénci nfo se verifies na ecoardade mals balsa. # supreendente que adesto dass grupo ~analfabersesem insuruo bsia formal coneluida a0 dedeio epublicano do esplito pblico sea maior do que quem exudes da 594 88 sce. Uma hipétese para expicar ese Fendmeno pode ear elacionada ‘uma concepeoautoriiria de sociedade. NSo& pau de valores republicina aque leva colaborag com o goveo, mas sim o medo de que ele rere caso ca colaboragho nfo ocorta ae z x = Sabe-se que para os modetnos nfo hi destino. Pa des, os lagos Fairs sio importantes, embors nie mais do que outros ips de laces soci, as como vincalosente amigos ou colegas de trabalho. E o fo de cada ciao fazer 2 sua parte € um valor, meso queo governo no a como Ihe &exigido. Grande parte da sociedade bras, no enant, se ditancia deses valores da moder- ‘idade, como se demonstou ness peaquita. © que fazer eno? “Trace-se de uma convivenia dif. Sto pares ditneas da socedade que no se filam, ou melhor, que nfo se compreendem. De um ldo, 35 insiuges do mundo liberal eaua buroraia raclonal-legal. Do outro, uma populago que rende a tolesar~ por causa de seus valores dominantes ~ comportamentos a rnp fora do serie desis instelges. [Ni se experava que 0 ex-presidente da Cimara dos Deputados, Seve- tino Cavileanti, mesmo antes de ocupar © cargo, negocaste 0 funcio- ramento de restaurantes € lanchoneres nar dependéncas do legislative cm toca do teebimento de propinss. Severino nfo tem grau superior e vem do "Nordese, Seta ele fails? Seti le um defener de empeegs para parenes amigoe Ble é 0 simbolo do are liderando instcuiges modecnss, "Mais do qu isso, Severin ~ © outros Severins ~ & lito ereleito sem que a populagio condene sus pisca ental. A ragio com 0 eetor épeso- fl. Langa-se mio da distibuigio de Favre, dos mais varios tipo, desde 2 ‘reforms de una brosea até libesasso de um infrator no wns, pasando pela lisibuigho de dahiro em petiodoeerra. Iso edo €rolerado pela popul- ‘io de escolaridade mas baa, Or mesmos que tendem a ser mas fists, tai familias ea reel at vss favoriveis a espiio pili 'A mudanga& lena, porém, never. © Brasil eamina muito vagioste mente na dre da moderidade, Malt fi reaado, FS mulo a se eto, panicularmente no que srefee a0 exforgoeducacional. Masiiqueseoensino fuperor, expanda-se a oferta do ensino médio, melhores a qualidade derodos ‘osnivei de educagioeteremos um enorme impact ago apenas na produtvid ‘de do uabalho, ms tab noe valores que separam 0 araico do modero, capitulo O nome do povao é Tali capitulo 5, 764 com astencio no cho em vz de oso 2fto deur go! En vz de roz0 una page de algun Em sé sevindo ce ame CO barmas porto deprese tou Malco junto com wabahacar Um homem subi na mese dobar te clscurso pra vereedor” ‘A cena todos conhecem bem: o Bagrante de um exime, os bands fogem, & poliia va arse tenta impedie a fuga atiendo, As bal fo na dzego dos ‘iminoios, mas uma, ou mais de uma, atinge 0 cidedo comum que exava pasando, Leva par o hospital ele io resist ao ferment. No violentodia- tedia das grandes cidader raters, psseguigés policas que reukam na morte deinacenestrmaram-efeghentes. "Mas basta anlisar os manuals e acompankaro enti nas vérasacade- miss de polici espalhadas peo pals para se perceber que nfo & esse o reina- mento que o poicialreebe. Por que, enti, ele age dessa forma? Por que acaba sendo protagnista de uma cena de bangue-bangue moderno? A respos: ‘a esté no apoio da populagio. Toda ver que um tiroteo entre polcnis © bandidos vcima um inocente, multes dos comentisios no da sepuinte dix sam dara esa concordincia: + "Que mac de quem exava na linha de io"; + "Uma pena que tena mous um inocene"; “Palo menos 6 bandos fotum pecs" (nem sempre isso oct). Boa parce do-que é dito defnde a agio da poli a abi fogo contra os bandidos, 0 que fo & visto como problema. As lamentagies tocar sobre fualidade, 0 inocente atingdo, Sea provincia dvina asepurase que a popt~ lagi de bem jamais seta ainglds pelos dros de ma perseguico poli pro ‘valent ese pastas 3 sero procedimento pai. ‘Desse modo, éo apo socal este comportamento qu incentiva poi Seo band for moro, ele pode até rrnare herd, com grandes chances de ‘cup as pigina ds jorai tornarse, para muitos, um exemplo de guadiio da lee da dem, Na melhor das hipéreses, quando wn cximinos rendido & assassnado pela policia, or debates do day afer dividem a populaso entre os que aplaudem € oF que reetam a ago. Muitosargumentario que iso com- preensivel, uma vee que a snsae deiaseguranra que romou conta das popu lagBes das grandes cidades motiva os individuos a apiarem qualquer slusio para crime, mesmo que sj no ext “elho por oho, dente por dere. ‘Ao conttéro das puniges press pla lei seta «uma justiga lenea © muitasvezesconsiderada inefclent, as punigesilegasacabam sendo vst como solugfo, ou pelo menos como um recurso quando se rata de combate: ‘crime, As modaldades variam e uma enorme proporgio de braileiros con corda com elas: linchamentor,contratagio de grupos de exerminio ou de pistleros,assisinaro de bandidos que se entregam pacifcamente,além do cscupro para esupradores. [Essa acitagso por bos parte da populaco leva a policia a mata a sangue- fio bandidosimobilizados, fx com que comercantescontatem segurangas ‘para "policia” o centro das cdades ou permite que press decidam punir ‘compankirosacusados de crimes considerados hediondos. Como ter marado puis ou filhos, ou cometide estupro. Este iltimo, ais, € um caso esic, Sabe-se que os estupradoresgetalmente tm vida curt na eadela ou acabamn sed esuprados pelos outos pesos ee rornando alvosregulares de “servgos sexuns” nas pss. "Bisa grande acritaio socal das punigGes legals est mensurada quantitat- ‘vamente nos dados da Tabela 1. Os crimes e suas respetias punigés foram oxdenados do mais para 0 menos exc. E sempre noticia no BRASIL... SecastA/PMs tvnst ASALTANTE Dg Liuoamer am TAU Flagredo ‘quando asalavs o depo Poin ds Bbids,lcllzad no bao de apa tumado com vm reves 32, ancontem 3 tard, Jefferson Sia de Ato, Banos, fi imobliadoeespancado por populares le fo salvo pela guar igo 0026 da Operas Gémeos de Palla Mila, que o conduriu& sede ‘do Grupo Especial de Reprsia« Roubos« Caesivs (Gerre), onde fl as tuado por rubo— Carel da Babi 11/12/2008. otic sua apnto Db unenaero Tunes A pelicispecisow ner vie para svar vida do homem seus defuraro CD plyee de um ers tstacionad em fente& beat Barone, na raga Nowa Senora da Paz, en Ipanema, na sidvugads dena quinte-er. Ele quae fi linchado por ur grupo de apes que ala ds boat. Homens do Basho ca PM do Leblon, fe uma vatara que pasta pelo lca, vam o tum epatatam para con- Tern quando peceberm qe se rxara de ura tntatva de incamento ~ Casi do Brall~ Mecrpoles 27/4/2006 “Lcrnoaeo 1 Sio Pacto, Na segunda fei dx verana que pasiou, {7h10, no Jann Mirna, Zona Sul da cidade de Sto Paul, Renate, de 17 anos, que volts do batho, foi mora pelo padaso com see fads no pet eds nos ohos,Eabasrara uma mes, derubars um copo de video (oe recur a recalls os caco. Eros com pres pata vomat ano € it par a excl. Indgnidos, of vsinos agattaram Domingos, 0 pads de 139 anos, aetaaram-no para for da casa eo lincharam 2 pedradas, pula, tocos e pontapés, Enasa bebado ou drogdo, dseram — O Evade de S ‘Peal scigo de Jost de Sousa Mains, 2818/2005. “Lavoro Bate Fa Sara Catan No dia Bde jlo em Sic ‘dor, Baa, um bicateir, de 48 anos, qs fo nchado, pis rent vo- lentar propia mae, de 70 anos. Em Florianépelis no da 15 de malo, wm hhomem matou' tos numa boat quate psoas e fru outs, Howe Inilo de linchamento, mas consegiu Fugir para um maagal, onde fa capraadoesavo por plicias milaves— 0 Bade de Pu artigo de Jost de Sousa Maine, 28/8/2005 “axeunero tx Sto Paro £ No Ro De Junto. No sibado, 19 de mao, 6 ajudane de caminhio Tibia Luz, de 22 anos, em Jacarepagus,no Rio de Jano, comesou ser linchado or vais, von wm tr na pera «fol ‘alvo pela polis Fora acusado de enupins a enresds, de doi anos « ito ‘meses, que more z camino do Hospital. O esupro fi confirmado. Un home fi linchado na ade de exg-eir, 4 de janeiro, no Campo Lino, ‘Zona Sal de So Pal, por errouado RS 50,00 de uma mere fio Aebicileen com um compars 0 Brad de. Pel arigo de ot de Sou- 3 Marin, 28/8/2005. ‘AcwSADO DE MATAR PITEADY, AMEACADO DE LNCHANEETO, Temendo Und postive gio de lichament, a delegedaEliabete da Cra ado Figulie= do, ds comarca de Diontio Cerquis, no Bxcremovoete do eaudo (Santa (Catarina), deerminos, ont, ranserncs de Natio doe Santos Fore, 35 soo, para uma dar cde pablcas ds regio, cjo local delgado ivlgpa come medids de precauio. Natio foi preo em Haprante, e+ ‘ica, acudo de svar mataraentsda Ana Lia Fontes, de um ano € 11 meres AN Noi, 24/7/2003. Asatt0 aca rc umccsnaceso a Zona Nose, Na tde de hoje, dia 1, populares na Zona Note ereveltaam comm ui tentative dessto gre indo = secs pontapés um atalrante que coaspul s var do lincha- mento fugndo para umn satgal, mas fl peso pel PM © agora ee incernala no Hospital Geslio Varga em conseghtncin dos Ferimentos— oral de Noticias da Pla Mila do Pil, 11/2/2008. Mon vrs ne uses, Moc nema madrid oa Rodegus da S- ‘5 ina dellachamento por populises lef aca com hares, pedeadas pula poe um ge de pesos que era relat com amore de Da- id Cori a Ska, 25 anos, cord poo antes dent de inckamen (ern ore no dit 13 de gp ~ Bonde News (Prand), 1/92005 ‘abela 1 0 apoio social &s punigdesilegais: TS sbeaaet tome (gts upc ranean i Too oo itaeenneommenmntomiacte 8 1 3 Quase 409% da popula brain acham certo qu slum condenado por spre sjp vena do mesmo crime na cade, Percent que caster un ample poo 3 pleat nfo isaciond de pune A segunda malo con- condnl com legalidade corte em lag ori: pouco mais de 3 da porlaeo covaldera oreo que a plc a nox preoepara beer conibs de supstos cies Vale embrar que © Cigo de Proceso Peal brario considera tours legal ioscan como rio para obrengto da con- TBs d ime. Passo ocidlogs do Dito, mat una eidnca de que w Ie oo sro da mentale da sociedad. As die sages sbseqients, poli mata asaanesadsbes a popt- lao ich pelo decries, contam com aaprovagi de, respective, 30% «28% de populate. Pr ikimo 0 apoio sociale de Tio € mito equene quando waa defer justia com x pps mo” "pagar eel ros para mata spt de cine Ss ‘Our forma—nio menos chocante—deler os dado Eanalsar a propor dos que considera cada uma desas sings “epee cada. les represen quae semede ds populacto base, Iso quer dizer quea outa meade considera que ‘us puns podem vira er utlizadas. Depende apenas ds crcunstnciag (Os dados das Tablas 2a 4 io mostrar que, das quatro stuagdes nas quis a discordincia& malo” €posivel percher que o Brat est dividido ent, de um lado, os que moram no Nordest Cento-Oeste, qu so mais jovensetém ‘ecolasidade mas basa, edo utr, os que moram no Sudest¢ no Sul so mais velhose tm ecolaridede mais eleva. Nfo hi difeensa no apoio punigSes ilegae para moradores de captives moradores de ndo-apitas, nem para homens e mulheres ou para apopulaco economicamente ati ou no, ‘Tabela2 Os habitantos do Nordeste e do Centro-Oeste apsiam ‘mais as punigdes ilegais do que as pessoas que moram nas demais regides do Brasil trcsnapianobepngcliguscamaqermardieccenmspopinge, a _ ( - ee ee ene (© Nordeste «0 Centto-Oeste so as regiderem que a populasio mas apa ae de Taliso, Praticamente 50% dos habitantes do Centro-Oerte considera ‘covet pelts ssagSo, Nas outa regis do pal, es proporgio csi pata ‘zea de 40% E também no Centro-Oeste que inchamento & maieaeito,€ ‘regio a segunda colocada —stris do Nordeste~ na aprovaio 20 asassinato ‘ectiminososprsos. © Nordeste também é lider no apoio & tortura como mé- tode de ivesigasso (Tabela 2) [No outs exremo, exis regio Sudese.Tat-se da segito que menos fio: rece as pune legse. Ainda assim, aproximadamente 1/3 de sua populaso aprovao uso de rrtura para que os acusadosconfessem um crime. Pir ainda quase 40% dos habitanes do Sudeste defendem o estupro de estupradores, atte ot dois exremor enti a egies Nowe e Sul interesante constaat aque no Norte 0 apoio & tortura € muito elevado, 41% so favorives, cand stoi apenas do Nordese Anise deses resultados po repo, ita eda eesolardade considerou «soma dos percentue“empre cet “certa na malvia das ers”. Io fica que tesposta “errad ma maloia das vez fol somada a “erada sempre". “Todavia, aplicando-se um eitécio mas rgorso pas juga os valores da popu- lagi, pode-se argumentar que at pessoas que consideram uma punigo iegal errads na maioria das vere admicem a posibilidade de que ela sj tilzada “na minora das vne?. Ou sea, pode-se lancar mio dela conforme a crunstin- as, lso roma a concusio mals chocant: a proporsio dos que dfeadem pu- ges ilegasé maior do que simples soma dor que cham que ela est "eerty ja cera sempre” ou na "inaivia ds vere” | jjovens apéiam mais as punigdes ilegais do que os mais velhos Uma divisio imporcance na sociedade brasileira & por geragio: os mis Jovenssio mals fevordves As punigés legs do que ot mais vlhos (Tela 3). Quase 50% da populagio entre 18 24 anos defendem que os extuprado- +s seam punidos por seus companheiror de prisfo equate 1/3 psa o asa sinato de asacantes eo linchamento de suspeitos de crimes violentot Além disso, 40% das pessoas nese faxa de dade defendem a torats como instr mento de invesignio No outro extrem ds fuzas de dade, at pestons com 60 anos ou mais, bd uma grande queda na proporcio dos que querem o “alho por ao, deare por dene” aplicado 2s exupradores (279) ou que sceditam que olinchamento deva ser usado para seusador de crimes muito vilenos (pouco mais de 20%) ‘Vale registrar que dade nio interfere quando se rata do asasinato de lade «asakanes pela policia. Para todas as falas de idade aproximadamente 3096 Ho a for © 70% conta. ‘Tibela 4d Pessoas de escolaridace mais baixa apéiam mais as punigat ie ‘As dfeeneas se rornam mais expresivas quand analsamos ia sproracio| por fina deccoaridade. Nese aspect, a ditincia sf snd more do que ‘entre a fina de dade torus & um grande divisor de Aguas, Pouco mais de 50% das pessoas sem insrugo formal 2 defendem. Esa proporcio cai gadati- ‘amente para 44% daqueles que tlm o prio, 41% dos que completram 0 ‘rimeirograu, 3196 dos que ifm o segundo grau completo e apenas 14% das ‘pessoa com diploma univesiro. Eas ques gradativa tamblrn ocove na se- _gunda suas (Tabla 4) precto muita madanga para que as ages da plici jar mais conto ladass mudancasintéins, que diem respico sua prépra organiza; e x= terns, na mentalidade ds sociedade, Newe dltimo aspect, of valotes 56 rmudario quando aumentar 4 esolaridade da popular, preferencalmente ‘om a universlizagso do ensino superior e ampligio do consingente de ‘nsino médio completo. A medida que ss aconteer, a denin= as sobre "abusos” da policia pasar a ser cansideradas mais escandaloss ‘Assim, ou 2 pollciacometeré menos abuses ou os far deforma mais sre, Em qualquer das images, diminuicé« margem de manobra da corporasso ara puniges ora dal (Olinchamento € o eupro para estuprador entioassociados a valores so iais mals gers, ou se), esto menos relacionadas com o nivel edueacional (© segundo caso rem mais apoio (no mesmo nivel de 4096) das excolaridades do meio da escala~ensino fundamental e médio ~ e menor aprovagio (ca ‘bém no mesmo patamar de 25 2 30%) para ot dle extemos de exoaridade, superior completo e sem instrsio, Uma mentalidade bem arraigads dese pensar que a defen de punigbesiegis ext celaconada a itores como -medo de ser vim de algum tipo de violencia, ao fio de je sido vita, ‘ou mesmo a avalagioe & confanga que se tem ma poli. & gic é simples, pessoas mais asustads, com um senimento de inseguranga mas forte, tende ‘am ser mas fayordvels 0 “lho por alo, dente por dente” do que a que se Sentem mais segura. Da mesma mancira, quem fo vida de violnca, ea asso ou toubo de domieo ou qualquer out modaldade,apoiaria mae = unio do estupro na cadea ea morte para bandidos (Os dados da Tabala 5 deizam evident que quem ff kia de asso 4 ‘mf armada pensa ds mesma maneira de quem nfo foi quando se rata do ae sassinato de asatanes pela polis: 2996 e308, respecivamente, considera so certo, Igual anise fo ee para outra vias de rime: roubo de domi lo, soubo de ero, aesio na rae ser roubado por um lade sem sums. E 2s demas puns também foram analisadas, “Tiel 5 {A vitimizagio no tem impacto no apoio a punigdes ilegais 5 t ‘Bm todos os cass, a diferenga percentual entre vitimas e nio-ytimas ¢ ‘statisticamente irrelevance. O que refta de mancira bastante convincente o argumento de que os que passaram por stuages de violencia defendeiam sais as puniges legis do que o que nfo pastaram. Pelos dados da Tabela 6 verifica-t que aso nfo ¢ verdad, ‘Tambérm ness caso as informagesreferenes as outras punigéesilegas foram analiadas & lu de outras formas de sensagfo de inseguransa, como a chance dete «cass roubads,€ 9 nivel de segurangastribuido 8 rus © 30 bir onde mors. O resultado encontrado foi 9 mermo: as diferengas ets- sisticamenteirelevantesrefutram a evenga de que at pious que ae ven~ ‘em mais inseguras apdiam maie a ilegalidade no combate 3 violénca do que 0s que se sentem mais seguros ‘Thea ‘A sensagdo de inseguranga ni tem impacto ‘no apoio a punigdes llegais ‘Un terceiro argument muito difindido relaciona imagem das instcl- bes de combate a0 crime com a defers de agbe legis. Em outa plays, a confinga ea avaliagSo que uma determina populasi fz da plicia ambém ‘eriam inuéncia nese tipe de mentalidad, Segundo ete argumento, quanto ior a imagem desis instiuigSes, moro apoio a punigées fora-dslel, Mas @ faxo € que se ais foes podem acentuar ee quadro, nenbum deles et aso- ciado & eleva aprovaci 3 lei de Taito. (Os dads da Tabla 7 indicam que onfianganapolicia nfo tem relasio linear com 2 defes do assssnato de ladies. ies caro que or que confiam pouco 0s que confiam muito na polilaapsiam mais ax punigSes legis do ‘que populasio que confia apenas medianamente. A surpresa fea por conta daquees que confiam muito: so justamente eles ot que mais defendem que 1 policia mateo: ladebes depois de prend-los, Percebe-se umn liga para cse resultado: exatamente porque confiam muito na plicia male admitem {que ca poss excutar um ciminoso. a. ‘Tabela7 Conflanga na Policia Militar e apoio @ punigdesilegais ‘nds sobre avaliaSo que a popular far da atuago da Policia Milas, demise outa suposicioequivocad, Seria de acreditar que as pessoas que ior avalam a atuacio poliialfssem as mais favordveis ao combate ileal do time, Também mio € isso que ocorre. Nio é grande difereng entre 0s que avaliam a ag da policia como péssima,raim, regular ou bos. Para todos eles, algo em toro de 3096 considera certo matarssaleante depols de prend-ls |Apenas na avalagio dima & que o patamar de spoio 8 ilealidade se eleva bas- «ante 4396! Iso efing.o diagno —bartante lamentivel - de que quando a popula fix una bo avaliagso da poiciae confi nla, ha tendtnca a ser mais tolerate com suas aes legs (Tabla 8) Tabla ‘AvaliagSo da Policia Militar © apoio a punigéesilegals “Tedos ot srgumentosclisscos para explicar as difetengas eae a populasfo no que tange ao apoio & le de Talo fo oe auttencam diante de todas ext ‘eviddnclas. O fato & que a populato baslera &dividida por valores muito ar- raigado, que tendem a mudar de manlea muito lent ‘Aconjuntur, iso €,aumentar a sensago deseguranes, diminuirastaxas de ‘vrimizago por meio de polls péblies, ou melhorar 2 imagem da pola te um impacto menor do que a elevagio da escolaridade média da popula. © fio é que aprovaco is punigbes legs far pate de uma mentalidade mui- to enraizada na populist eefiivamente dependent da ecolaridade ara mi- dar. Ease aumento do nivel de educaco leva tempo e exge a substiuicio de ‘erage Mas i sinds um ourzofior, lém da educarSo, que influencia © apoio As puniges lea o nivel de eligisidade. ‘Tbe Religiosidade e apoio a punigdes llegais| [Nese caso, uma dara dstnca separ os mais os menos ligt. Entendar 1 ligosidade como expresa por una combinasio de feqinca a misaseutos religiwos com a consti de rages. Quant mas uma pesto fa asus cots, rma eligioss ela ia eidente que o mais ids eligio sto bem mais refz- tirioe a qualquer dio de punicto legal do que os menos religiosos (Tabela 9), ‘Aiea reigioss€o seu teforgo por meio das acvidades pias das igreas fanem com que a8 pesoas cultivem uma visio de mundo mais institucional, ino 6 toleem menos as punigées legals. Talver até nem haj rzioinstitu- onal slguma, ou ex razr institucionalssejam menos imporcantes do {que a motivagdes humanas. © humanismo religioo do Novo Testament, {que rejita “lho por olho” do Antigo Testament, esti bascado na regra de ‘our: “nfo fais as outros o que no queres que fam ati". Estuprar um ‘stuprador,lnchar,treurat, assarsinarpesoas indefess, ainda que erimino- sot ho ager sejitada pela religifo cries, sea calica ou evangica. Os _que profess o credo cristo com maior freqidnclareeitam mals ees pro-

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