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A Encíclica discute a relação entre fé e razão, afirmando que ambas são necessárias para a busca da verdade. A revelação cristã oferece a resposta última que o homem procura. A filosofia deve ajudar a teologia, mas não é canonizada por ela.
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Breve Resumo da Enciclica Fides et Ratio de João Paulo II
A Encíclica discute a relação entre fé e razão, afirmando que ambas são necessárias para a busca da verdade. A revelação cristã oferece a resposta última que o homem procura. A filosofia deve ajudar a teologia, mas não é canonizada por ela.
A Encíclica discute a relação entre fé e razão, afirmando que ambas são necessárias para a busca da verdade. A revelação cristã oferece a resposta última que o homem procura. A filosofia deve ajudar a teologia, mas não é canonizada por ela.
Fundamentos Filosficos Leandro Paulo do Couto RM: 15138101
Resenha da Carta Encclica Fides et Ratio do Sumo Pontfice Joo Paulo II
A Encclica contem sete captulos alm da introduo e concluso. Logo de
inicio o Papa inicia afirmando que a F e a Razo constituem como que as duas asas pela quais o espirito humano se eleva para contemplao da verdade. Mais a frente ele cita a recomendao que estava esculpida no dintel do templo de delfos que dizia Conhece-te a ti mesmo!, verdade esta que deve ser assumida como regra de todo homem que deseja distinguir-se, no meio da criao inteira. O Papa ainda recorda que a filosofia em sua etimologia significa amor a verdade. Para o ser humano a capacidade reflexiva permite elaborar, por meio da atividade filosfica, uma forma de pensamento rigoroso, e assim construir, com coerncia lgica entre as afirmaes e coeso orgnica dos contedos, um conhecimento sistemtico. O sumo pontfice tambm afirma que A filosofia tem a grande responsabilidade de formar o pensamento e a cultura por meio do apelo perene busca da verdade, deve recuperar vigorosamente a sua vocao originaria. No primeiro capitulo o papa afirma que na origem do nosso ser crente existem um encontro, nico no seu gnero, que assinala a abertura de um mistrio escondido ...agora revelado. Pois a revelao de Deus entrou no tempo e na histria. Onde Jesus se encarnou na plenitude dos tempos (Cf. Gl 4,4). Portanto A nossa f sustenta que Deus, soberanamente bom e misericordioso, que no pode enganar-se nem enganar ningum, revelou o seu plano de Salvao por meio do Verbo feito carne, que veio a ns na fora do Esprito. De modo que a "Revelao coloca dentro da histria um ponto de referncia de que o homem no pode prescindir se quiser chegar a compreender o mistrio de sua existncia" (n.14). Para o papa a revelao crist a verdadeira estrela de orientao para o homem, que avana por entre os condicionalismos da mentalidade imanentista e os reducionismos duma lgica tecnocrtica; e a ultima possibilidade oferecida por Deus, para reencontrar em plenitude aquele projeto primordial de amor que teve inicio com a criao. (n. 15)
A sabedoria sabe e compreende todas as coisas. em Deus reside a origem de
tudo, nele se encerra a plenitude do mistrio, e isso constitui a sua glria; ao homem, pelo contrario, compete o dever de investigar a verdade com a razo, e nisso esta a sua nobreza ... o desejo de conhecer to grande e comporta tal dinamismo que o corao do homem, ao tocar o limite intransponvel, suspira pela riqueza infinita que se encontra para alm deste, por intuir que nela est contida a resposta cabal para toda questo ainda sem resposta. (n. 17) o mistrio de amor representado pela cruz no pode ser esgotada pela razo, mas a cruz da a razo a ultima resposta que o homem procura. O homem sempre esta a procura, buscando, a verdade. todo homem desejam saber, e o objeto prprio desse desejo a verdade. A prpria vida quotidiana demostra o interesse que cada um tem em descobrir, para alm do que ouve, a realidade das coisas. (n. 25) o Sumo Pontfice define o homem como aquele que procura a verdade. Mais a frente no numero 30 ele afirma que quanto s verdades filosficas, necessrio especificar que no se limitam s s doutrinas, por vezes efmeras, dos filsofos profissionais. ...todo homem , de certa forma, um filsofo e possui as suas prprias concepes filosficas, pelas quais orienta a sua vida. O homem, por sua natureza, procura a verdade. Essa busca no se destina apenas conquista de verdades parciais, fsicas ou cientficas; no busca s o verdadeiro bem em cada uma das suas decises. Mas a sua prpria pesquisa aponta para uma verdade superior, que seja capaz de explicar o sentido da vida; trata-se, por conseguinte, de algo que no pode desembocar seno no absoluto (n.33). No quarto capitulo o Joo Paulo II trabalha o tema A relao entre f e razo. Para o cristianismo no inicio, do encontro da filosofia com o pensamento cristo, no foi fcil, no inicio a filosofia no era vista com bons olhos, pois para os cristos era mais importante e urgente a misso de anunciar o cristo ressuscitado, que havia de ser proposto num encontro pessoal, capaz de levar o interlocutor converso do corao e ao pedido do Batismo (n. 38). No inicio do capitulo quinto, Joo Paulo II afirma que a Igreja no prope uma filosofia prpria, nem canoniza uma das correntes filosficas em detrimento de outras. A razo profunda dessa reserva est no fato de que a filosofia, mesmo quando entra est no fato de que a filosofia, mesmo quando entra em relao com a teologia, deve proceder segundo os seus mtodos e regras (n. 49). Interao da filosofia com a teologia. a filosofia proporciona teologia a sua ajuda peculiar, quando examina a estrutura do conhecimento e da comunicao pessoal,
e, sobretudo as vrias formas e funes da linguagem. Igualmente importante a
contribuio da filosofia para uma compreenso mais coerente da Tradio eclesial, das intervenes do Magistrio e das sentenas dos grandes mestres da teologia: estes, de facto, exprimem-se frequentemente por conceitos e formas de pensamento conotados com determinada tradio filosfica. Neste caso, pede-se ao telogo no s que exponha conceitos e termos atravs dos quais a Igreja possa refletir e elaborar a sua doutrina, mas que conhea profundamente tambm os sistemas filosficos que tenham, porventura, influenciado as noes e a terminologia, a fim de se chegar a interpretaes corretas e coerentes. (n. 65). O papa tambm afirma que A pluralidade das teorias que se disputam a resposta, ou os diversos modos de ver e interpretar o mundo e a vida do homem no fazem seno agravar esta dvida radical, que facilmente desemboca num estado de cepticismo e indiferena ou nas diversas expresses do niilismo (n. 81). Para Joo Paulo II a filosofa fenomenista de certa forma inadequada para ajudar no aprofundamento da riqueza contida na palavra de Deus. A teologia busca apresentar a compreenso da Revelao e o contedo da f. Tendo como centro de sua reflexo a contemplao do prprio mistrio de Deus Uno e Trino. A filosofia como que o espelho onde se reflete a cultura dos povos. Uma filosofia que se desenvolve de harmonia com a f aceitando o estmulo das exigncias teolgicas, faz parte daquela evangelizao da cultura que Paulo VI props como um dos objetivos fundamentais da evangelizao. Pensando na nova evangelizao, cuja urgncia no me canso de recordar, fao apelo aos filsofos para que saibam aprofundar aquelas dimenses de verdade, bem e beleza, a que d acesso a palavra de Deus. (n. 103). Por fim o papa nos pede que debrucemos de forma profunda sobre o homem, que cristo salvou no mistrio do seu amor, e sobre a sua busca constante de verdade e de sentido. A f pode caminhar ao lado da razo pois uma complementa a outra, ou seja realmente a F e a Razo constituem como que as duas asas onde uma sustenta a outra.