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EB 2,3 e Secundário
O PROFESSOR E A BIBLIOTECA, PARCEIROS DO ALUNO
1
Índice
Introdução 4
Anexos 38
Quadro síntese I 53
Quadro síntese II 59
Bibliografia 62
Autores 73
2
3
Introdução
No decurso dos últimos anos, a necessidade de formar os alunos, do
básico ao secundário, na pesquisa e tratamento da informação emergiu
em força no mundo da educação. O conceito de informação parece
transcender todos os domínios da actividade humana tanto no plano
social, económico, como no tecnológico, educativo, saúde, cultura,
política... Trata-se, pois, de “instrumento” indispensável ao
entendimento do mundo.
4
portanto, um novo campo de responsabilidade da biblioteca. Antes se
inscrevem na sua tradição.
5
e tratamento da informação. Cinco anexos completam o propósito
abordado no corpo do documento.
Yves Léveillé
6
Um papel pedagógico comprovado
7
3. No contexto do presente documento, a biblioteca dispõe não só
de documentação impressa, mas igualmente não-impressa,
relativa a numerosos assuntos.
Funções:
8
1988, BERNHARD, Paulette, Le développement des habiletés
d'information : passeport pour la société postindustrielle. Revue
canadienne des sciences de l'information, vol. 13, no 3 et 4, p. 10.
9
8. Com efeito, apesar da diversidade dos sistemas educativos,
muitos países tendem, actualmente, a promover uma educação
centrada no aluno aprendente e a acordar como prioridade o
desenvolvimento junto dos jovens da capacidade de utilizar a
informação, na perspectiva duma formação verdadeiramente
contínua, o que se traduz pela valorização da biblioteca, cada
vez mais considerada como fonte de informação.
9. A biblioteca da escola...
• um serviço pedagógico
• um centro de informação
• um centro de leitura
• um centro de formação no coração do projecto educativo
• um serviço centrado no aluno
• uma riqueza colectiva a possuir.
10
A biblioteca, neste contexto, (tecnologias de informação e
comunicação) transformar-se-á num verdadeiro laboratório de
aprendizagem de competências de informação onde o aluno adquirirá,
à medida do seu percurso escolar, métodos de trabalho, desenvolverá a
sua autonomia, aprenderá a procurar, explorar e difundir a informação
sob todas as formas, desenvolverá o espírito de análise e de síntese,
assim como o sentido crítico. A biblioteca tornar-se-á um lugar de
formação. Mais sistemática no 1º ano do 3º ciclo, a formação para a
informação evoluirá para uma abordagem mais individualizada no
secundário. A biblioteca responderá, ainda a necessidades de lazer e
de calma, mas sobretudo oferecerá um ambiente cultural de primeira
escolha pelo conjunto de documentos e serviços que tornará
acessíveis. Uma maior continuidade será criada entre a biblioteca e a
sala de aula.
11
Capítulo 1 : A biblioteca da escola ao serviço da
aprendizagem
«O mundo do séc. XXI caracteriza-se pela explosão contínua dos conhecimentos
científicos e pelo desenvolvimento acelerado das tecnologias. Todos os aspectos da
existência humana serão contínua e profundamente transformados. Se, desde a
invenção da máquina a vapor até à do computador, o género humano transformou a
face do mundo e o seu quadro de vida, tudo isso pouco representa diante da acumulação
previsível de novos conhecimentos científicos e novas inovações tecnológicas. A
humanidade acumulou mais conhecimentos científicos desde 1900 que ao longo de toda
a sua história. As inovações tecnológicas acumulam-se a um ritmo vertiginoso, como
podemos verificar na nossa vida quotidiana, invadida de há uma dezena de anos pelo
telefone celular, a videocassete, o micro-computador, etc.» 1[i]
12
nos Estados-Unidos, na Europa ou na Ásia. É um género, hoje, abundante
quer na diversificação temática quer na grande qualidade dos temas
abordados, no tratamento literário ou na originalidade da ilustração.
13
- Familiarizar o aluno com um processo de resolução de
problemas
14
descoberta de meios e de métodos assim como a emergência de novas
maneiras de fazer que permitirão um melhor acompanhamento do aluno.
15
Capítulo 2: As seis etapas de um processo de pesquisa de
informação
16
de validar e utilizar diferentes fontes de informação necessárias ao
seu trabalho, quer sob forma impressa (livros, revistas, jornais,
dicionários, enciclopédias, etc.), quer visual ou informatizada, sendo
capaz de a encontrar numa biblioteca, num museu, num centro de
documentação e sabendo utilizar as tecnologias de informação e os
procedimentos de recuperação e de navegação para aceder
eficazmente à informação.»;1[ii]
IDENTIFICAR
o tema
PROCURAR
As fontes de informação
SELECCIONAR
os documentos
RETIRAR
A informação dos documentos
TRATAR
a informação
COMUNICAR
A informação
Por outro lado, este processo está em consonância com os objectivos dos
programas de ensino básico e secundário, com numerosas estratégias
pedagógicas utilizadas pelos professores e com as estratégias de
aprendizagem utilizadas pelos alunos, como por exemplo a resolução de
problemas, o processo científico, a análise de textos, a cronologia. Neste
contexto, a estrutura do processo e a sua utilização revestem um carácter
universal, independentemente do tema pesquisado.
O aluno-investigador
17
Ainda que esquematizadas, as seis etapas propostas para o processo são
bem concretas. Constituem pontos de referência metodológicos para o aluno-
investigador e « momentos pedagógicos » privilegiados que permitem ao
professor e à equipa da biblioteca acompanhar o aluno seja na aquisição, na
prática ou no aprofundamento de habilidades de diferentes ordens
necessárias ao cumprimento de uma tarefa e ao seu sucesso.
descrição
meios
18
tarefas a
cumprir
pelo
aluno
Deste modo, por exemplo, o professor pode pedir aos alunos para efectuarem
uma pesquisa sobre as duas primeiras etapas, identificar o tema e procurar as
fontes de informação, com o objectivo de as dominarem perfeitamente
completo; ou ainda insistir na etapa 4. retirar a informação. Alguns aspectos
podem ser objecto de um exercício específico : a comparação de palavras-
chave com os cabeçalhos de assunto ; a utilização dos operadores boleanos ;
a anotação de informações para uma síntese ou para a transcrição de um
extracto de texto para uma citação.
19
desejada para acompanhar o aluno no processo de pesquisa de informação, o
qual não pode ser dissociado do próprio processo de aprendizagem.
Consultar dicionários
20
Fazer leituras exploratórias
Tomar notas.
c) Orientar o tratamento :
Para uma procura eficaz das fontes de informação que lhe serão úteis, o aluno
utiliza as linguagens documentais e o catálogo da biblioteca para elaborar uma
primeira lista dos recursos disponíveis. Identifica o tipo de documentos,
incluindo as páginas web e os repertórios da internet que lhe permitem uma
visão geral do assunto. Em seguida, distingue as obras que tratam aspectos
específicos do tema em pesquisa.
21
pelo seu tratamento, dá uma visão de conjunto instantânea, que pode ser
aprofundada pela consulta posterior de outro tipo de obras, impressas ou
informáticas. Graças às auto-estradas da informação, a consulta à distância
de sítios ou de bases de dados enriquece o conhecimento do tema. Por outro
lado, a manipulação de um objecto pode permitir a compreensão directa de
um fenómeno. Nesta etapa do método, o aluno explora as diferentes vias que
lhe são abertas.
e) tomar notas
22
2.3.3 Seleccionar os documentos
Duma forma geral a apresentação das obras permite facilmente ter uma ideia
da abordagem e do conteúdo desenvolvido. O aluno usa os elementos que
compõem a estrutura dos documentos para proceder ao levantamento das
palavras correspondentes às palavras-chave da sua pesquisa. Descodificando
estes pontos de acesso da informação (índice, plano da obra, glossário,
etc.) consegue identificar as obras ou parte das obras que necessitam de
consulta posterior mais aprofundada.
d) Tomar notas
23
2.3.4 Retirar a informação nos documentos
a) Ler rapidamente
b) Ler atentamente
24
informações de que dispõe, verificar a sua pertinência de acordo com a
perspectiva de abordagem escolhida, se as relações entre as ideias estão
equilibradas, noção do desenvolvimento que pretende dar a cada parte da sua
pesquisa. Completa, se necessário com as informações em falta.
O aluno trata a informação que reuniu, num conjunto de fichas ou numa base
de dados, para a tornar significativa e compreensível. O tratamento da
informação obriga a operações intelectuais complexas, tais como a análise, a
comparação, a inferência, a síntese, a dedução, a transferência, etc. Organiza,
ordena, hierarquiza a informação com vista a responder à sua questão de
partida. Reinveste o que já sabe ; transfere os saberes anteriores para um
novo conhecimento. Esta etapa corresponde à objectivação preconizada nos
programas de estudo, o que significa que o aluno faz uma aprendizagem
duradoira que pode reutilizar num contexto semelhante e reinvestir numa nova
situação.
a) Analisar as informações
b) Sintetizar as informações
O aluno procede, agora, à síntese para ter uma percepção global do resultado
da sua pesquisa de informação e também para se concentrar no essencial do
seu propósito. Retém as relações de diferente natureza, que pretende
estabelecer entre os diferentes elementos de informação. Vive a etapa da
formulação de uma mensagem clara e precisa com vista a responder à sua
questão de partida.
25
componentes do mesmo. Aproveita para completar, suprimir, deslocar, por em
evidência certas informações. Confirma as escolhas, decidindo quais as
ligações significativas que irá estabelecer entre as informações de que dispõe;
como vai ordenar estas informações na sua exposição de acordo com o plano,
introdução, desenvolvimento e conclusão; ou uma abordagem analítica ou
sintética, por exemplo.
a) Estruturar a exposição
b) Respeitar as regras
c) Citar as fontes
26
d) Avaliar o trabalho
O quadro que se segue contém uma lista, por ordem alfabética, das
habilidades mais frequentemente exercidas, relacionadas com as tarefas a
cumprir, em cada etapa do processo de pesquisa de informação. (Ver
também Quadro-síntese «As 6 etapas de um projecto de pesquisa» - pág. 53)
27
As habilidades exercidas mais frequentemente,
segundo as etapas
1 2 3 4 5 6
28
reunir apreciar reunir analisar argumentar
ligar induzir
ler
limitar interpretar
manipular ler
ler ler
ler
ler organizar
listar ordenar
anotar
manipular falar
reconhecer reproduzir organizar
orientar anotar apresentar
anotar planificar
organizar redigir
questionar reflectir
reagrupar
questionar responder
reformular reconhecer reagrupar
reunir respeitar
recolher reunir
retirar reagrupar rever
recuperar reler
retirar
reunir
observar rever
reunir estruturar
restringir
reunir reexaminar
reencontrar transferir
esquematizar
reinvestir
seleccionar 29
especificar
reutilizar
utilizar
especificar
resumir
Capítulo 3: Um centro de recursos, A Biblioteca
30
Organização
dos serviços
pedagógicos
intelectual
• actividades de
• linguagens documentais
animação da leitura
• Classificação Decimal
• actividades de
Universal
aprendizagem
• Processo de acesso à
• apoio à metodologia
informação
da pesquisa de
informação
material
• apoio à planificação
do ensino. • Um catálogo geral
informatizado dos documentos
estruturados por autores,
assuntos, títulos ou colecções
• Boletins, Índices
• Aparelhos informáticos e
audiovisuais
31
Recursos
materiais
humanos
• Documentos de
diferentes géneros,
• Pessoal em todos os campos
especializado e do conhecimento,
qualificado em diversos
suportes
financeiros
• para o contrato de
pessoal, o
funcionamento, a
aquisição da
documentação e dos
aparelhos, os
imóveis
Espaço
pedagógico
físico
• ambiente educativo, • organizado
cultural, informativo adequadamente no
plano do espaço, do
• relação de ajuda mobiliário e dos
personalizada equipamentos
virtual
• redes de
comunicação
• acesso à distância
aos documentos ou
às informações
32
3.3 A biblioteca, o que faz…
Linguagem natural
33
Na linguagem natural, pode-se escolher um termo, ou um conjunto de
termos para se fazer uma descrição, uma representação, uma
ilustração ou uma síntese de um assunto, de uma ideia, de um texto, de
uma situação.... etc.. O termo assim escolhido torna-se uma palavra-
chave. Esta palavra-chave permite ao aluno identificar o que é
importante ou o que é preciso reter para compreender o essencial de
um assunto. Consoante o caso, a palavra-chave tem um sentido geral
ou específico.
A linguagem controlada
34
que necessita, ou para traduzir as palavras-chave da linguagem
natural em termos aceites pelo sistema de informação, por
exemplo, bases de dados ou catálogos.
Exemplo:
35
Os cabeçalhos de assunto
O catálogo
36
fonte de informação para outra. Em certos casos, o catálogo
compreende também o índice de títulos dos periódicos e dos boletins.
Os ficheiros
A ficha catalográfica
37
A PESQUISA DE INFORMAÇÃO
EB 2,3 e Secundário
O PROFESSOR E A BIBLIOTECA, PARCEIROS DO ALUNO
Anexos
38
Anexo 1: Recursos documentais diversificados
Documentos impressos
Os livros, os periódicos, os jornais, os postais, os cartazes, as
fotografias...
Documentos digitais
programas lógicos, cd-rom, cd-rom multimédia, sítios de informação
na Internet…
Documentos audiovisuais
Cd's, cassetes áudio, cassetes vídeo, acetatos, filmes ópticos,
diapositivos…
Documentos manipuláveis
Globos terrestres, maquetes, esculturas, jogos, marionetes...
2. Tipos de documentos
A característica dos documentos qualquer que seja o suporte utilizado, reside
no modo de organizar e de comunicar a informação. Uns dão uma
informação detalhada, outros uma informação sucinta; uns recorrem em
grande parte à ilustração, outros apoiam-se no texto. Em função do género
de informação desejada num dado momento da pesquisa documental, o
aluno consulta um ou vários tipos de documentos.
39
3. A estrutura dos documentos
Para cada documento publicado, independentemente do suporte, o
editor, ou o produtor segundo os casos, fornece informações úteis que
permitem ao leitor determinar rapidamente o conteúdo, o género, a
actualidade ou a notoriedade do documento em questão. A maneira de
apresentar estas informações obedece a regras ou convenções,
tácitas ou impostas, que estão em uso no mundo da edição ou da
produção documental. Encontram-se estas informações nas capas dos
documentos, na primeira página dos sítios WEB, na página de rosto,
na sobrecapa: o título, o género, o nome do autor, do fotógrafo, do
ilustrador, do realizador, a identificação da editora, o lugar e a data da
edição, os direitos de propriedade (copyright), o número de ISBN, a
língua de origem e de tradução.
No caso das obras documentais, principalmente as impressas e as
bases de dados informatizadas, outros tipos de informações permitem
saber com mais rigor o conteúdo de um documento: o índice, o
sumário, o prefácio, a introdução, a bibliografia, por vezes um índice,
um glossário ou um sumário.
40
Anexo 2: Métodos de trabalho
1. A tomada de notas
2. A leitura diferenciada
3. A lógica boleana
41
o anotar o título do
o sintetizar informações
documento e os seus
provenientes de diversas
cabeçalhos de assunto ou
fontes
os seus descritores
o anotar o título do
o criar uma ficha principal, documento, o título do
à maneira de um índice capítulo pertinente e a
página
o anotar os cabeçalhos
de assunto da ficha
catalográfica
correspondente às
palavras-chave do assunto
de pesquisa
o estabelecer ligações,
uma hierarquia, entre as o anotar por palavras
fichas a partir das suas textos técnicos ou
palavras-chave, dos complexos de primeira
descritores, dos títulos, dos importância para os
assuntos, das etapas do reformular
processo
o anotar um parágrafo
o utilizar códigos como o ou um capítulo em
sublinhado, a cor, algumas linhas, isto é,
enquadrar para por em resumir, identificando as
evidência ou indicar uma ideias principais e
prioridade, ou uma secundárias, as ideias
hierarquia gerais ou específicas, os
factos, as opiniões
42
o anotar o que é
essencial, secundário, útil,
interessante, acessório,
geral, particular
2. A leitura diferenciada
O domínio de habilidades da leitura diferenciada ajuda o aluno a ultrapassar
com sucesso as etapas do processo de pesquisa da informação. Assim,
conforme as necessidades detectadas, ou as exigências da tarefa, a maneira
de ler do aluno diferencia-se. Ele lê de modo diferente para assinalar um título,
para pesquisar palavras-chave, para seleccionar extractos de um texto ou
para compreender as informações retidas. A utilização de técnicas de leitura
reconhecidas como a leitura exploratória, a leitura em diagonal e a leitura de
aprofundamento contribui para o êxito do aluno no seu processo de pesquisa
de informação.
A leitura exploratória
A leitura em diagonal
Leitura rápida para captar o conteúdo de um documento utilizando os seus
pontos de acesso à informação.
Ler:
o o título
o o nome da colecção à qual ele pertence
o o índice
o os destaques
o de maneira sistemática, as primeiras e as últimas frases
dos parágrafos com o fim de seguir o encadeamento das
ideias.
43
Leitura rápida para captar o sentido de um capítulo ou de um sub-
capítulo. Ler o texto ou excerto de um texto :
o de modo contínuo
o sem mexer os lábios
o sem se deter numa ideia em particular.
A leitura aprofundada
Ler atentamente o texto seleccionado de maneira a interiorizar o seu sentido.
3. A lógica boleana
A lógica boleana tem origem na matemática. Foi elaborada pelo lógico e
matemático inglês Georges Boole (1815-1864) e consiste em utilizar
sinais de operações matemáticas para estabelecer uma ligação lógica
entre dois elementos distintos, isto é, definir sob a forma de uma
equação, o tipo de relação existente entre dois elementos. Utiliza-se
esta lógica na pesquisa da informação.
Designam-se estes sinais pelos termos OU, E, E NÃO, que se tornou
hábito chamar operadores boleanos:
OU indica UNIÃO
E Indica INTERSECÇÃO
44
significa uma EXCLUSÃO entre os termos seleccionados. A equação de
pesquisa rios da Península Ibérica E rios do Portugal indica que os títulos e os
registos bibliográficos pesquisados contêm obrigatoriamente os dois termos
pesquisados rios da Península Ibérica e rios de Portugal . A equação de
pesquisa rios da Península Ibérica E NÃO rios de Portugal, indica que os
títulos ou os registos bibliográficos pesquisados não contêm o termo rios de
Portugal.
É interessante notar que numerosas bases de dados informatizadas
podem ser interrogadas com a ajuda da lógica boleana, o que facilita a
consulta pelos utilizadores.
No plano da representação, inspira-se no diagrama de Venn para
ilustrar a natureza da ligação lógica utilizada a quando de uma pesquisa
da informação com os operadores boleanos. Os alunos que já
estudaram a teoria dos conjuntos em matemática estão familiarizados
com este tipo de raciocínio que permite estabelecer relações entre os
diversos elementos de uma situação.
45
Anexo 3: A ficha catalográfica
A ficha bibliográfica é redigida segundo normas conhecidas o que
permite tornar explicitas as informações nela registadas.
Para facilitar a sua consulta, pode ser dividida em três zonas de
informação:
-B-
-A-
publico alvo: 15 à 17 ans,
grande público
-C-
Temas(s) : Portugal - hábitos e
costumes.
Portugal - património natural,
património construído.
46
Anexo 4: A Tabela de Classificação Decimal Universal
0 - Generalidades
1 – Filosofia e Psicologia
2 – Religião. Teologia
3 – Ciências Sociais
4 – Não atribuída
5 – Ciências Puras
6 – Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologias
7 – Artes. Passatempos. Música. Jogos. Desporto
8 – Língua. Linguística. Filologia. Literatura
9 – Arqueologia. Geografia. Biografias. História
47
1 Filosofia e Psicologia 60 Ciências Aplicadas. Medicina.
10 Natureza, domínio e métodos da filosofia Tecnologia
11 Metafísica geral. Ontologia 61 Ciências médicas. Medicina. Higiene.
12 Metafísica especial Farmácia
13 Filosofia do espírito. Metafísica da vida 62 Engenharia. Tecnologia em geral
sensível e da vida supra-sensível 63 Agricultura. Silvicultura. Exploração
14 Sistemas filosóficos agrícola. Exploração da fauna e da flora
159.9 Psicologia 64 Ciência doméstica. Economia doméstica.
16 Lógica. Epistemologia. Teoria do 65 Gestão e organização da indústria, do
conhecimento comércio, da comunicação e dos transportes
17 Moral. Ética. Filosofia prática 66 Técnica química. Indústrias químicas
67 Indústrias e ofícios diversos. Tecnologia
mecânica
68 Indústrias, artes e ofícios e artigos
acabados
69 Indústria da construção. Materiais de
construção. Métodos e processos de
construção.
48
4 provisoriamente não ocupada 9 Arqueologia. Geografia. Biografia.
História
902 Arqueologia
903 Pré-História
904 Vestígios culturais do passado
908 Monografas locais
91 Geografia
911 Geografia sistemática
912 Cartografia
913 Geografia geral
929 Biografias. Genealogia. Heráldica
93 História
94 História geral
49
Anexo 5: A intervenção documental
A intervenção documental
A ficha de intervenção documental
Estrutura da ficha
A intervenção documental
Características
A ficha é construída de maneira a fornecer informações de base
necessárias à preparação de uma intervenção documental junto dos
docentes e dos alunos.
50
Para facilitar o trabalho de preparação de uma intervenção documental
um espaço chamado Estratégias de intervenção personalizadas é
reservado ao especialista da documentação. Ele anota aí informações
diversas tendo em vista personalizar cada intervenção : meios,
abordagens ou estratégias utilizadas, material, documentos ; duração
prevista, período ; colaboradores ; elementos de avaliação e outras
informações úteis.
Utilização
Para cada programa de estudos, a ficha de intervenção documental
pode ser utilizada de três maneiras :
• uma instrumento de informação sobre os conteúdos dos
programas de estudos identificando os objectivos, as actividades
ou as estratégias que necessitam a utilização dos recursos
documentais, tanto no plano dos documentos como no das
actividades pedagógicas ou dos métodos.
• Uma instrumento de planificação que permita identificar, nos
alunos as habilidades necessárias para o sucesso das
actividades propostas pelos programas de estudos ou os guias
pedagógicos, preparar encontros de planificação com os
professores, prever as condições de realização das actividades;
estabelecer um calendário de realização das actividades
pedagógicas; orientar a selecção da documentação; avaliar a
pertinência dos recursos documentais disponíveis; estabelecer a
lista das aquisições a efectuar; preparar bibliografias adequadas;
estabelecer um calendário das intervenções para um semestre
ou para um ano escolar.
• Uma instrumento de animação que vise aumentar a parceria com
o pessoal docente junto dos alunos propondo-lhe a realização de
actividades de aprendizagem que necessitem de apoio
documental.
Além disso, numa perspectiva de longo prazo, a consulta de muitas
fichas nas diversas disciplinas permite planificar a realização de várias
intervenções de natureza diversa, segundo momentos precisos no
decurso do ano escolar.
Estrutura da ficha
A ficha de intervenção documental compreende cinco zonas de
informações. As quatro primeiras contêm informações objectivas
extraídas de documentos oficiais, programas de estudos ou guias
pedagógicos. A quinta zona pertence ao especialista da documentação
que aí inscreve notas pessoais, o que lhe dá um carácter subjectivo.
ZONA 1:
51
Esta zona compreende duas secções:
A primeira identifica o programa de estudos e o seu código numérico
A segunda secção identifica a classe correspondente..
ZONA 2:
ZONA 3:
ZONA 4:
ASSUNTO / TEMAS
ZONA 5:
52
Quadro síntese1
As seis etapas de um projecto de pesquisa
1. IDENTIFICAR o tema
2. PROCURAR as fontes de informação
3. SELECCIONAR os documentos
4. RETIRAR a informação nos documentos
5. TRATAR a informação
6. COMUNICAR a informação
TAREFAS
ETAPAS DESCRIÇÃO MEIOS DO
ALUNO
-1- * compreender a extensão e a natureza do assunto a * os *
IDENTIFICAR pesquisar conhecimentos estabelecer
* enunciar o assunto de pesquisa pessoais a hipótese
o tema * os parceiros ou a
* o pessoal questão de
docente pesquisa
* o(a) * definir as
professor(a) tarefas a
bibliotecário(a) executar
e a equipa da *
biblioteca identificar
* as obras de as
referência capacidades
* os a utilizar
sinónimos, os * escolher o
termos ângulo de
equivalentes tratamento
* as palavras- * prever as
chave fontes de
* a tomada de informação
notas * esboçar
* os um plano
operadores de
boleanos pesquisa
* anotar as
palavras-
chave
TAREFAS
ETAPAS DESCRIÇÃO MEIOS
DO ALUNO
53
-2- * identificar os documentos em diferentes suportes * o catálogo, * listar os
* identificaras fontes de informação os ficheiros, documentos
PESQUISAR os índices, os * reconhecer as
as fontes de repertórios diferenças e as
informação * as fichas particularidades
bibliográficas de cada tipo de
e as vedettes- documentos
matières, as * utilizar os
bases de recursos da
dados biblioteca:
informáticas catálogo,
e ficheiros, fichas
telemáticas bibliográficas,
* os índices,
documentos repertórios
escritos, * utilizar a
audiovisuais, organização
informáticos dos
e os objectos conhecimentos
manipuláveis da biblioteca
* o sistema (sistema de
de classificação
classificação decimal
decimal universal)
universal * extrair
* as palavras- informação de
chave bases de dados
* a tomada de * pesquisar
notas documentos
* os nas prateleiras
operadores * tomar notas
boleanos
54
TAREFAS
ETAPAS DESCRIÇÃO MEIOS
DO ALUNO
-3- * listar a informação pertinente, sob todas as * a estrutura * consultar
formas, em todos os documentos intelectual documentos
SELECCIONAR dos * utilizar
os documentos documentos: pontos de
título, acesso para a
prefácio, informação
sumário, dos
índice, documentos
capítulos, para recuperar
glossário, rapidamente
esquemas, os
gráficos, documentos
quadros, pertinentes
bibliografia * utilizar a
* estrutura
classificação intelectual do
da documento
informação * ler
do geral rapidamente
para o os
específico documentos
* as * encontrar as
palavras- palavras
chave chave da
* a tomada questão da
de notas pesquisa
* os * classificar
operadores documentos
boleanos seleccionados
* tomar notas
55
TAREFAS
ETAPAS DESCRIÇÃO MEIOS
DO ALUNO
-4- * recolher toda a informação necessária * o tipo de * recolher
documento informações
RETIRAR * os sítios de nas diversas
a informação fontes
informação * a transcrição e a * extrair
indicação informação
sistemática e pertinente dos
metódica das documentos
fontes de * ler
referência rapidamente os
* a leitura de documentos
reconhecimento * ler
rápido (em atentamente os
diagonal) documentos
* a leitura * estabelecer
aprofundada ligações com
* as palavras- as palavras-
chave chave dos
* a tomada de documentos
notas * associar a
* os operadores informação
boleanos com as
palavras-chave
* citar fontes :
referências e
citações
* rever o plano
de pesquisa
* tomar notas:
resumir
transcrever e
parafrasear
56
TAREFAS
ETAPAS DESCRIÇÃO MEIOS
DO ALUNO
-5- * submeter a informação retida a operações intelectuais * a notação * seleccionar
* estabelecer relações entre as informações retidas * as informação
TRATAR * interpretar as informações referências pertinente
a * o registo : * reagrupar os
informação factos, elementos de
ideias, informação
opiniões por palavras-
* os chave
critérios * reagrupar os
* a grelha elementos de
de análise informação
ou de em ideias
síntese principais e
* as secundárias
palavras- * distinguir os
chave factos das
* a tomada opiniões
de notas * responder à
* os questão de
operadores pesquisa
boleanos * validar o
plano de
pesquisa
* reconhecer
as
informações
que se
destacam: da
introdução, do
corpo do
texto, da
conclusão
TAREFAS
ETAPAS DESCRIÇÃO MEIOS
DO ALUNO
57
-6- * exprimir uma opinião documentada sobre o * a tomada de * estabelecer
assunto de pesquisa notas um plano de
COMUNICAR * responder à questão de pesquisa * os comunicação
a informação *informar dos resultados de pesquisa comentários * organizar a
* as fontes e comunicação
referências de maneira
* os lógica
documentos * apresentar
ou partes de uma
documentos comunicação
* as com fontes e
informações referências
seleccionadas * formular
* os modelos um ponto de
de vista pessoal
comunicação * ter em
* as palavras- conta as
chave regras de
* o plano de apresentação
comunicações * fornecer
uma lista
bibliográfica
* comunicar
de maneira
original:
redigir um
texto,
realizar um
documento
vídeo,
produzir uma
apresentação
gráfica,
produzir uma
apresentação
informática
58
Quadro Síntese 2
As 6 etapas de um projecto de pesquisa
Descrição das competências a desenvolver em cada uma
das etapas
Meios para as atingir
Tarefas do alunos
59
MEIOS PARA AS ATINGIR
1. 2. 3. 4. 5. 6.
IDENTIFICAR PROCURAR SELECCIONAR RETIRAR TRATAR COMUNICAR
o tema as fontes de os documentos a a a informação
informação informação informação
nos
documentos
* conhecimentos * catálogo, * estrutura intelectual * género de * notação * notas tomadas
pessoais ficheiros, índices, dos documentos: título, documentos * referências * comentários
* pares repertórios prefácio, índice de * sites de * registo : de * fontes e
* pessoal docente * fichas assuntos, capítulos, informação factos, de referências
* Professor catalográficas e glossário, esquemas, * transcrição e ideias, de * documentos ou
coordenador e assuntos gráficos, quadros, indicação opiniões partes de
equipa da biblioteca principais bibliografia sistemática e * critérios documentos
* obras de referência * bancos de dados * classificação da metódica das * grelha de * informações
* sinónimos, termos informáticos e informação do geral fontes de análise ou de seleccionadas
equivalentes telemáticos para o específico referência síntese * modelos de
* palavras-chave * documentos * palavras-chave * leitura de * palavras- comunicação
* tomada de notas escritos, * tomada de notas reconhecimento chave * palavras-chave
* operadores audiovisuais, * operadores boleanos rápido (leitura * plano de * plano de
boleanos informáticos e em diagonal) tratamento comunicação
objectos * leitura * operadores
* sistema de aprofundada boleanos
classificação * palavras-chave
decimal CDU * tomada de
* palavras-chave notas
* tomada de notas * operadores
* operadores boleanos
boleanos
60
TAREFAS DO ALUNO
1. 2. 3. 4. 5. 6.
IDENTIFICAR PROCURAR SELECCIONAR RETIRAR TRATAR a COMUNICAR
o tema as fontes de os documentos a informação a informação
informação informação
nos
documentos
* estabelecer a * organizar a lista * consultar * recolher as * seleccionar a * estabelecer um
hipótese ou questão dos documentos documentos informações das informação plano de
de pesquisa * reconhecer as * utilizar pontos de diversas fontes pertinente comunicação
* definir as tarefas a diferenças e as acesso à informação * extrair a * reagrupar os * organizar a
cumprir particularidades dos documentos para informação elementos da comunicação de
* identificar as de cada tipo de recuperar rapidamente pertinente dos informação por maneira lógica
competências a documentos os documentos documentos palavras-chave * apresentar uma
utilizar * utilizar os pertinentes * ler * reagrupar os comunicação com
* escolher o ângulo recursos da * utilizar a estrutura rapidamente os elementos da as fontes e as
de tratamento biblioteca: intelectual do documentos informação em referências
* antecipar as fontes catálogo, documento * ler ideias principais * formular um
de informação ficheiros, fichas * ler rapidamente os atentamente os e secundárias ponto de vista
* esboçar um plano catalográficas, documentos documentos * distinguir os pessoal.
de pesquisa indexes, * encontrar as * estabelecer factos das * ter em conta as
* anotar as palavras- repertórios palavras-chave da ligações com as opiniões regras de
chave * utilizar a qustão de pesquisa palavras-chave * responder à apresentação
organização dos * classificar os da questão de questão de * fornecer uma lista
conhecimentos da documentos pesquisa pesquisa bibliográfica
biblioteca seleccionados * associar a * validar o plano * comunicar de uma
(sistema de * tomar notas informação com de pesquisa maneira original:
classificação as palavras- * reconhecer as redigir o texto,
decimal chave informações que realizar um
universal) * citar as fontes: relevam de: documento vídeo,
* extrair a referências e introdução, realizar uma
informação de um citações desenvolvimento, apresentação
bamco de dados * rever o plano conclusão gráfica, realizar uma
* pesquisar os de pesquisa apresentação
documentos nas * tomar notas: informática
prateleiras resumir,
* tomar notas transcrever,
parafrasear
61
Bibliografia
62
place des nouvelles technologies de l'information dans le système scolaire
québécois
Australian Library and information Association, School Libraries Section (WA
Group)
Information technology in schools: Implications for Teacher Librarians (Second
Report of the Online Information Services for Schools Sub-Commitee),
[Brochure], s.l., Australian Library and information Association, School
Libraries Section (WA Group), 1990, 5 p.
SOMMAIRE: Le rôle de l'enseignant-bibliothécaire: une convergence
vers l'information / Un survol des applications des technologies de
l'information / Les services d'information en-ligne / Babillards et courrier
électroniques / Les disques optiques / L'hypertexte et l'hypermédia /
L'automatisation des bibliothèques / Nouvelles ou futures technologies /
La planification de l'implantation des TI pour les bibliothèques scolaires
BEAULAC, Jacqueline et BERNHARD, Paulette et GAUDET, Réal
La bibliothèque scolaire mission et objectifs; Document de réflexion,
[Brochure], Saint-Grégoire (Québec), Association du personnel des services
documentaires scolaires (APSDS), 1991, 22 p.
Document de réflexion afin d'élaborer les bases d'un processus de définition
des tâches et des compétences du personnel responsable de la bibliothèque
scolaire
BERNHARD, Paulette
Le développement des habilités d'information: passeport pour la société post-
industrielle, [Extrait], Revue canadienne des sciences de l'information, Vol. 13,
no 3, Décembre, s.l., Revue canadienne des sciences de l'information, 1988, 6
p.
63
jouer les centres de de documentation scolaires en rapport avec les
programmes d'études afin de développer l'autonomie des élèves dans leur
recherche d'information
64
Guide pour le développement des programmes d'information en fonction du
niveau scolaire des élèves dans les médiathèques des écoles
FONDIN, Hubert
Rechercher et traiter l'information, [Monographie], Profession enseignant, Paris,
Hachette, 1992, 233 p.
Ce document a pour objectif d'initier le lecteur aux concepts de base de la
communication, de lui donner des clefs pour trouver, stocker et utiliser les
ressources documentaires dont il a besoin pour se préparer au métier
d'enseignant
JORDI, Catherine
BCD mode d'emploi, [Monographie], Nouvelle édition, Nice, C.R.D.P. de Nice
et Gallimard Jeunesse, 1994, 317 p.
Guide pratique qui permet de mener à son terme un projet de création de BCD
en apportant des réponses précises sur la conception des aménagements, les
sources de financement, l'acquisition d'un fonds de livres et la structuration
documentaire de la BCD
KEARNEY, Carol
Library and Information Skills Program a Wonderful Opportunity, [Périodique],
The Bookmark, Vol. 44, no 3, Printemps, s.l., The Bookmark, 1986, 5 p.
Développer les aptitudes des élèves à la recherche et à l'utilisation de
l'information
LALIBERTÉ - LEFEBVRE, Claire
Le travail intellectuel en bibliothèque et le développement des structures
mentales des étudiants du collégial, [Périodique], Argus, Vol. 25, no 1, Janvier-
Avril, Montréal (Québec), Corporation des bibliothécaires professionnels du
Québec (CBPQ), 1996, 11 p.
LEGENDRE, Renald
Dictionnaire actuel de l'éducation, [Monographie], 2ème éd., Montréal, Guérin
éditeur Ltée., 1993, 1500 p.
65
La révision des programmes d'études au primaire et au secondaire entraîne
des changements significatifs dans l'organisation des services pédagogiques.
Le but de ce document est de faciliter l'exercice de l'activité de gestion et
d'animation pédagogique propre à l'existence et à l'organisation des centres de
ressources documentaires. Document à l'intention des administrateurs,
gestionnaires, professionnels et enseignants.
MARQUIS, Luce
Apprendre à s'informer; Projet d'animation, [Monographie], Clé en main, 2ème
éd. rev. et aug., Montréal (Québec), Les éditions ASTED inc., 1996, 195 p.
Projets d'animation qui s'intègrent au contenu des programmes d'études du
primaire et du secondaire. Ils permettront aux élèves de maîtriser les sources
d'information et de devenir plus autonomes dans leur quête d'information
Ministère de l'Éducation nationale
Pour une pédagogie documentaire, [Monographie], Expériences de recherche
documentaire au collège, Paris, Ministère de l'Éducation nationale, 1994, 219
p.
Les expériences décrites dans la publication s'efforcent de proposer des
solutions à la problématique des apprentissages documentaires, de leur
réinvestissement et de l'intégration des ressources documentaires dans les
pratiques pédagogiques
PAULEAU, Anne-Marie
Et si on travaillait avec notre documentaliste?, [Monographie], Tours (France),
Centre départemental de documentation pédagogique (CDDP), 1993, 110 p.
Interrelation entre les intervenants du milieu scolaire et le responsable du CDI
Québec (Province), Bibliothèque nationale du Québec
Bibliothèque nationale du Québec; Prêt entre bibliothèques, [Internet],
URL: http://www.biblinat.gouv.qc.ca/texte/t0012.htm
66
Québec (Province), Conseil de la science et de la technologie
Miser sur le savoir; Rapport de conjoncture 1994, Les nouvelles technologies
de l'information, [Monographie], Volet 2, Sainte-Foy (Québec), Québec
(Province), Conseil de la science et de la technologie, 1994, 120 p.
67
SEAVER, Alice R.
Library Media Skills; Strategies for Instructing Primary Students,
[Monographie], Teaching Library Media Research and Information Skills
Series, Littleton (Colorado), Libraries Unlimited Inc., 1984, 146 p.
Moi j'enseigne, mais eux apprennent-ils? (M. St-Onge) / Les matières scolaires
peuvent-elles intéresser les élèves (M. St-Onge) / La tâche des élèves se limite-t-elle à
l'enregistrement d'information? (M. St-Onge) / Suffit-il d'écouter pour apprendre et de
parler pour enseigner? (M. St- Onge) / Toute personne sachant écrire est-elle habile à
prendre des notes? (M. St-Onge) / Les élèves disposent-ils toujours des informations
nécessaires à la compréhension? (M. St-Onge) / Les élèves ont-ils vraiment besoin
des professeurs (M. St-Onge) / Suffit-il de permettre aux élèves de s'exprimer pour
qu'ils le fassent? (M. St-Onge) / Suffirait-il d'entendre parler de natation pour se jeter à
la mer sans se noyer? (M. St-Onge) / Les élèves apprendront-ils vraiment? (M. St-
Onge)
STRIPLING, Barbara K. et PITTS, Judy M.
Brainstorms and Blueprints, Teaching Library Research as a Thinking Process,
[Monographie], Englewood (Colorado), Libraries Unlimited Inc., 1988, 181 p.
Stratégies créatives et procédures pour les enseignants du secondaire et les
spécialistes des bibliothèques
68
Outras referências pertinentes
Association du personnel des services documentaires scolaires (APSDS)
APSDS: Page d'accueil, [Internet],
URL: http://rtsq.grics.qc.ca/apsds/S2APSDS.html
Association du personnel des services documentaires scolaires (APSDS)
L'Index, [Périodique], Montréal (Québec), Association du personnel des
services documentaires scolaires (APSDS),
URL: http://rtsq.grics.qc.ca/apsds/S2APSDS.html
69
[Périodique],
The Bookmark, Mars, s.l., The Bookmark, 1993, 15 p.
MAIRE, Gilles
Un nouveau guide Internet, [Internet],
URL: http://www.imaginet.fr/~gmaire/manuel.htm
MATAIGNE, Bernard et MATTE, François et (Québec) Province, Ministère de
l'éducation, Direction des ressources didactiques
Comité québécois sur la télématique en pédagogie, [Internet],
URL: http://pomme.grics.qc.ca/cqtp/cqtp.html
Québec (Province), Bibliothèque nationale du Québec
Bibliothèque nationale du Québec; page d'accueil, [Internet],
URL: http://www.biblinat.gouv.qc.ca
70
Autores
Este documento foi concebido e realizado por um grupo de trabalho
formado por especialistas canadianos de documentação das regiões de
Laval, Laurentides, de Lanaudière e de Montérégie assim como de
encarregados de dossiê da Direcção Regional de Laval, de Laurentides e
de Lanaudière e da Direcção de Recursos Didácticos do Ministério da
Educação do Canadá.
Pesquisa e concepção
Louise Paquin, C. S. de Sainte-Thérèse
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Micheline Lauzon, C. S. de Chomedey de Laval
Redacção
Yves Léveillé
Coordenação dos trabalhos
Recolha de dados
Edição html
Isabelle Laplante, consultante pour la C.S. de Sainte-Thérèse
La Direction des ressources didactiques du ministère de
l'Éducation a soutenu financièrement la réalisation de ce
projet.
La commission scolaire de Chomedey de Laval a agi à titre
gestionaire financier du projet.
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