Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Entender
Neste caso especfico, das pinturas corporais, ele fundamental para que haja um
entendimento entre a pessoa pintada e os que a olham. Ele se torna um intermedirio
entre a parte pessoal (indivduo) e a parte pblica (sociedade), servindo como suporte s
exigncias da sociedade transformadas em pintura. Ainda assim, o corpo no existiria
para a sociedade sem os grafismos marcados na pele. H uma ntida coexistncia entre
corpo e grafismo, que faz com que as pinturas presentes no corpo de uma pessoa sejam
responsveis pela criao de seu personagem social. Claude Lev-Staruss 6 salienta a
dualidade existente entre corpo e pintura e associa a ela a noo de mscara com o
mesmo sentido que Mauss7 denota em seus estudos.
3
A ornamentao de fato feita para o rosto, mas, num outro sentido, o rosto est
predestinado ornamentao, pois que somente por intermdio de e graas
ornamentao que ele recebe sua dignidade social e sua significao mstica. A
ornamentao concebida para o rosto, porm o prprio s existe por ela. A dualidade ,
definitivamente, a que h entre um ator e seu papel, e a noo de mscara que nos d a
chave da questo. 8
tornam erticas. J nas pinturas corporais, a idia de no mostrar essas regies do corpo
no existe. Esse fato se torna completamente compreensvel ao passo que os costumes
indgenas no se baseiam nos costumes euro-ocidentais. plausvel que haja poucas
semelhanas entre alguns significados das roupas e as pinturas corporais, todavia, isto
no nos permite, de modo algum, interpretarmos com conceitos euro-ocidentais
questes que no fazem parte de nosso cotidiano e que, portanto, fogem de uma simples
analogia. Ento, cria-se a necessidade de novos conceitos, no contaminados pelas
vises que ainda mantemos como nicas. Compreender os costumes indgenas significa
enxergar o mundo como eles enxergam.13
Seeger, Anthony & Da Matta, Roberto & Viveiros de Castro, Eduardo. 1979
VIDAL. 1992. p. 146
15
18
21
22
Referncias bibliogrficas
10
11