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CONTABILIDADE GERAL
AULA 1
OBJETIVOS
MEIOS E FINS
Através desses meios a Contabilidade atinge o seu fim, que é estudar e controlar o patrimônio, para
fornecer informações sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico
decorrente da gestão da riqueza patrimonial, colaborando, portanto, com os administradores do
patrimônio no exercício de suas funções. Essa finalidade é colimada principalmente pelo registro da
atividade econômica,que também se utiliza de capitais de terceiros, seja em função do próprio
a) capitais próprios: são os capitais representados por dinheiro ou bens, formados pelos sócios quando
da organização da empresa, ou em fases posteriores (capital investido), para que ela possa alcançar os
fins de vista; bem como aqueles que resultam da aplicação dos primeiros, representados por lucros e
reservas (capital adquirido);
É necessário ao funcionamento da empresa que os capitais sejam aplicados de acordo com sua
natureza e finalidade em:
a) bens indispensáveis ao exercício da atividade empresarial, tais como: máquinas, móveis, veículos,
instalações, etc. (ativo imobilizado);
b) bens indispensáveis à movimentação econômica da empresa, como sejam: devedores (créditos
concedidos a terceiros), investimentos e dinheiro (valores circulantes);
c) custo da produção de bens e serviços.
Neste caso, dizemos que a situação líquida da empresa é positiva, favorável ou superavitária. A
diferença negativa entre bens e direitos (ATIVO) e obrigações (PASSIVO), ou seja, ATIVO menor
que PASSIVO (A < P), chama-se: - passivo descoberto ou - passivo líquido.
Neste caso, o património líquido inexiste absorvido pelas obrigações, o que gera uma situação líquida
chamada negativa, desfavorável ou deficitária. São exemplos de: - valores ativos: Dinheiro (Caixa),
Letras a Receber, Mercadorias, Contas-Correntes credoras, Móveis e Utensílios, Produtos
Imaginemos, por exemplo, que essa firma compre, à vista, móveis e utensílios, por R$ 80.000,00, e, a
prazo, mercadorias diversas, por R$ 800.000,00, e que, finalmente, deposite em banco a quantia de R$
100.000,00.
Como se vê, o patrimônio, inicialmente constituído apenas de dinheiro, sofreu várias mutações
passando a representar-se assim:
ATIVO
- Caixa 20.000,00
- Mercadorias 800.000,00
- Movéis e Utensílios 80.000,00
- Bancos c/Movimento 100.000.00
_-TOTAL 1.000.000,00
PASSIVO
- Duplicatas a Pagar 800.000,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
- Capital 200.000.00
_1.000.000,00
Recapitulando, a soma dos bens e direitos (ou valores ativos) no exemplo indicado está expressa pela
quantia de R$ 1.000.000,00, enquanto que a soma das obrigações (os valores passivos), pela quantia
de R$ 800.000,00. Por conseguinte, existe uma diferença (no caso positiva) de R$ 200.000,00, a que
denominamos de Capital ou Patrimônio Líquido. Há quem prefira denominar essa diferença de Ativo
Líquido ou Capital, como vimos na parte inicial deste Capítulo. No caso apresentado, a situação
líquida é positiva, favorável ou superavitária.
Prosseguindo, se essa mesma firma vender, à vista, a metade das mercadorias existentes (preço de
custo: R$ 400.000,00) por R$ 450.000,00, obtendo, assim, um lucro bruto de R$ 50.000,00 nessa
transação, o seu patrimônio passará a ser representado da seguinte forma:
ATIVO PASSIVO
- Caixa 470.000,00 - Duplicatas a Pagar 800.000,00
- Bancos c/Movimento 100.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
- Móveis e Utensílios 80.000,00 - Capital 200.000,00
- Mercadorias 400.000,00 - Lucro 50.000,00
__TOTAL 1.050.000,00 1.050.000,00
A diferença positiva que antes era de R$ 200.000,00 passou a ser de R$ 250.000,00 (R$ 1.050.000,00
menos R$ 800.000,00).
Admitindo-se que essa firma, em virtude de um evento qualquer, seja obrigada a vender o saldo das
mercadorias (R$ 400.000,00 preço de custo) por apenas R$ 100.000,00, sofrendo, assim, um prejuízo
de R$ 300.000,00, o seu patrimônio ficará assim representado:
ATIVO PASSIVO
- Caixa 570.000,00 - Duplicatas a Pagar 800.000,00
- Bancos c/Movimento 100.000,00
_- Móveis e Utensílios 80.000,00
750.000,00
Com efeito, se o ativo soma R$ 750.000,00, e o passivo R$ 800.000,00, a diferença passou a ser
negativa isto é, o passivo passou a representar obrigações de valor superior ao dos direitos. Em outras
palavras, o patrimônio líquido, que era antes de R$ 250.000,00, foi absorvido pelo prejuízo verificado,
de R$ 300.000,00, na venda das mercadorias, evidenciando-se, portanto, um passivo descoberto de R$
50.000,00: os direitos e obrigações que se podem avaliar em dinheiro. Por conseguinte, a diferença
aritmética entre os direitos e obrigações exprime, em geral, a situação econômico-patrimonial. É o
aspecto econômico do patrimônio. Nesse caso, a situação líquida passou a ser deficitária.
Os direitos sobre coisas, isto é, sobre os bens pertencentes ao estabelecimento (mercadorias, móveis,
etc.) são chamados direitos reais; os direitos contra dadas pessoas (contas a receber, por exemplo) são
chamados direitos pessoais.
As obrigações não tem divisão alguma; são todas pessoais. Exemplo: contas a pagar.
O conjunto dos direitos e obrigações pessoais exprime o aspecto jurídico do patrimônio.
Tendo em vista que o patrimônio é administrado não só com o fim de ser conservado, mas também
para produzir renda, deve ser considerado sob o aspecto administrativo, isto é, com o objetivo de
conhecer o modo pelo qual o administrador pode exercitar a sua situação e alcançar os fins em vista.
Como se conclui, o patrimônio pode ser analisado sob três aspectos: econômico, jurídico e
administrativo.
Como já demonstramos, há duas espécies de situações líquidas: Patrimônio Líquido e Passivo
Descoberto. No primeiro caso, evidencia-se um resultado positivo, quando o valor do ativo possibilita
solver as dívidas do passivo, apresentando ainda um saldo. No segundo caso, o valor do ativo é
insuficiente para solver as obrigações, evidenciando-se, assim, um resultado negativo.
Quando o total de bens e diretos é igual ao valor das obrigações, temos a situação chamada de
nula.
Os resultados, positivos ou negativos, podem ser expressos, portanto, nas seguintes fórmulas:
RESULTADO POSITIVO
RESULTADO NEGATIVO
A situação líquida de um patrimônio pode, finalmente, ser expressa pela seguinte equação:
Como já vimos, o Patrimônio Líquido pode variar em função do capital inicial investido e de seus
aumentos posteriores ou decréscimos (desinvestimentos) que eventualmente ocorrerem. São as
variações que ocorrem nas contas chamadas patrimoniais.
O Patrimônio Líquido também pode variar em função do resultado obtido do confronto entre contas
de receitas e despesas dentro do período contábil.
As contas de receitas e despesas, também chamadas de contas de resultado, registram as variações
patrimoniais ( receitas e despesas) e demonstram o resultado do exercício.
A obtenção de uma receita resulta num aumento do Patrimônio Líquido.
A realização de uma despesa resulta numa diminuição do Patrimônio Líquido.
Desse modo, caso as receitas obtidas no período contábil superem as despesas, o RESULTADO será
um lucro líquido, que aumenta o Patrimônio Líquido. Se as despesas forem maiores que as receitas,
ocorre um prejuízo que diminuirá o Patrimônio Líquido
Os registro de aumentos e diminuições das contas do Patrimônio Líquido são feitos da seguinte forma:
os aumentos são registrados por crédito e as diminuições, por débito.
Por conseguinte, toda e qualquer receita auferida pela empresa, por aumentar o Patrimônio Líquido,
deve ser creditada em conta de receita (Receitas de Serviços, de Comissões, de Juros, etc.).
Do mesmo modo, toda e qualquer despesa realizada pela empresa, por diminuir o Patrimônio Líquido,
deve ser debitada em conta de despesa (Despesas de Salários, Despesas de Juros, Comissões,
Aluguéis, etc.).
Uma despesa é, portanto, elemento negativo do RESULTADO enquanto que uma receita é elemento
positivo.
Toda empresa está obrigada, por lei, a fazer a apuração do resultado pelo menos uma vez por ano. O
lucro ou prejuízo de um exercício depende do confronto das contas de receitas e despesas, e esse
resultado líquido -(lucro líquido ou prejuízo) é apurado através da conta denominada RESULTADO
(ou APURAÇÃO DE RESULTADO). Na apuração do RESULTADO (lucro ou prejuízo) não são
consideradas as contas representativas de "despesas de instalação" bem como de rendas e despesas
diferidas ou a vencer ou antecipadas ou do exercício futuro, porque não pertencem ao exercício cujo
resultado está sendo calculado.
As contas de receitas e despesas devem ser encerradas (zeradas) no fim de cada exercício contábil, por
ocasião do levantamento do Balanço, através de lançamento de encerramento, utilizando-se como
contrapartida RESULTADO (ou APURAÇÃO DE RESULTADO).