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VIA MATRIS

O CAMINHO DOLOROSO DA MÃE DE DEUS


Imagem da capa: Miguel Ângelo, Pietà
Imagem do verso: Jacob Jordaens, Pietà
INTRODUÇÃO

A
presentamos este pequeno livro a
todos os fiéis pois julgamos necessá-
ria a meditação das Dores da Santa
Mãe de Deus, a Virgem Maria, como
forma de união às dores de Jesus
Cristo na sua Paixão, em especial no tempo da
Quaresma, altura em que somos especialmente
convidados à penitência.
A par com a Via Sacra, já tão popular e tão
usada como exercício de piedade quaresmal, que
consiste, basicamente, na meditação dos vários
momentos que vão da Traição à Sepultura de
Jesus, surge a Via Matris dolorosae (que quer
dizer “Caminho da Mãe Dolorosa”), ou simples-
mente Via Matris, que consiste na meditação de
vários episódios da vida de Maria trespassados
pela espada de dor anunciada por Simeão (ver Lc
2, 35), desde a Apresentação no templo até à
Sepultura de Jesus – ou seja, as bem conhecidas
sete dores de Nossa Senhora.
A Via Matris foi aprovada pelo papa Leão XIII
em 1884. Note-se que a Via Matris surge sempre
associada à Via Sacra e não pode ser dissociada
dela, pois é na meditação das dores do Filho que
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podemos compreender e alcançar a profundidade
das dores da Mãe. Sobre as dimensões desta ora-
ção, vejamos o que nos diz a Congregação
Romana responsável pela Liturgia:
“O exercício piedoso da Via Matris harmoni-
za-se bem com algumas temáticas próprias do
itinerário quaresmal. Na verdade, sendo a dor da
Virgem causada pelo facto de os homens rejeita-
rem Cristo, a Via Matris remete incessantemente
e necessariamente para o mistério de Cristo ser-
vo sofredor do Senhor (cf. Is 52, 13-53, 12), rejei-
tado pelo seu povo (cf. Jo 1, 11 […]). E remete
também para o mistério da Igreja: as estações da
Via Matris são etapas daquela caminhada de fé e
de dor, na qual a Virgem precedeu a Igreja e que
esta deverá percorrer até ao fim dos séculos.”1
A imagem principal desta oração é a Pietà
[«Piedade»]. Esta representa a Virgem Maria com
o seu filho ao colo, já morto, depois de ser desci-
do da Cruz (a imagem da capa é a bem conhecida
escultura com esta representação, da autoria de
Miguel Ângelo, que se encontra no Vaticano).
Com uma grande intensidade afectiva, ajuda

1
CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMEN-
TOS, Directório sobre a piedade popular e a Liturgia: princípios e orien-
tações, Paulinas, Lisboa, 2003, n. 137.
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qualquer fiel a unir-se à dor da Mãe de Deus, que
desde o início da vida de Jesus, foi sentindo o
dramatismo da vida do seu Filho. Nesta edição
apresentamos imagens, junto da enunciação de
cada estação, de autores conhecidos, para serem
auxílio à imaginação na meditação das Santas
Dores da Virgem, Mãe de Deus.
Cada estação é composta da enunciação do
tema da mesma, de uma invocação curta, de uma
passagem bíblica onde é exposta a dor de nossa
Senhora, uma breve reflexão para suscitar a medi-
tação, uma oração e duas estrofes da sequência
litúrgica Stabat Mater.

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VIA MATRIS
Junto de uma imagem da Virgem Santíssima, ou contem-
plando-a com a imaginação, dirigir-lhe a seguinte oração,
de coração, com o espírito posto nas dores sofridas pelo
seu Filho, Jesus Cristo, e por ela mesma, nos vários
momentos da sua passagem pela terra.

ORAÇÃO INICIAL
Santíssima Virgem Maria, Rainha dos márti-
res, quem me dera estar no céu e contemplar a
glória que recebeis da Trindade Santíssima e de
toda a corte celestial; mas, como ainda estou nes-
te vale de lágrimas, dignai-vos receber também
de mim, pobre pecador, e vosso servo indigno, as
homenagens da mais sincera veneração, e o acto
mais perfeito de inteira dedicação, que um
homem vos pode oferecer.
Confio hoje, e para sempre, a minha pobre
alma ao vosso Coração, tão digno de ser amado, e
tantas vezes trespassado pela espada da dôr. Dig-
nai-vos associá-la às vossas dores, e não permi-
tais que eu me separe dessa cruz, onde o vosso
único Filho por mim exalou o último suspiro.
É em união convosco, ó Maria, que eu quero
sofrer todas as tribulações, contrariedades e doen-

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ças, com que o vosso Filho aprouver visitar-me
aqui. Todos esses sofrimentos vos ofereço em
recordação das dores, que padecestes durante a
vossa vida mortal, e quisera que, desde este ins-
tante, todos os pensamentos do meu espírito e
todas as palpitações do meu coração, fossem
outros tantos actos de compaixão pelas vossas
dores e de alegria pela alegria que agora gozais
no céu.
Sim, minha mãe querida, pois que me compa-
deço de vossas dores e me alegro de ver-vos
coroada de glória, tende vós também compaixão
de mim: reconciliai-me com o vosso Filho Jesus,
a fim de que eu seja vosso filho, verdadeiro e fiel.
Vinde assistir, no fim da minha vida, à minha
agonia, como outrora assististes à agonia do vos-
so divino Filho; e que ao sair deste tão amargo
exílio, eu tenha a felicidade de participar da vossa
glória no paraíso. Ámen.

V. Santa Mãe da dor,


R. Gravai em meu coração as chagas do Sal-
vador.

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