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Resumo
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Ortorexia
Introdução
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Ortorexia
quem ele nutria um grande respeito, estar a dar-lhe permissão para quebrar
os seus votos de comportamentos salutares. Um mês depois, decidiu,
finalmente, terminar com a obsessão, o que lhe despertou o desejo
fervoroso de comer alimentos outrora proibidos. Nesse mesmo dia ele
comeu exageradamente, tendo-se arrependido logo na manhã seguinte.
Foram precisos ainda dois anos até que ele conseguisse atingir o meio-termo
e comer facilmente, sem cálculos rígidos nem recaídas.
Após esta recuperação, Bratman apercebeu-se que tinha padecido de
uma patologia desconhecia, à qual deu o nome de Ortorexia.
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Enquadramento na Disciplina
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Grupos de Risco
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As pessoas que sofrem de patologias como a hipocondria;
Comportamentos Tipo
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Por causa das restrições que colocam à refeição, estas pessoas acabam
por conviver apenas com aqueles que dividem o mesmo cardápio. No entanto,
existe a possibilidade de frequentarem grupos que não descriminem a sua
opção alimentar. Geralmente, isolam-se e fogem de qualquer contacto social
que implique sentarem-se à mesa: as idas a restaurantes ou as jantaradas
em casa de amigos fazem parte do passado. Não confiam nas refeições
confeccionadas por outros, e quando recorrem a estas, dificilmente
conseguem comer algo além de salada, abordando o “cozinheiro” com
perguntas como: “é orgânico?”, “Como é que o molho foi preparado?”,
“Quando é que o peixe foi entregue?”. Entre um chá orgânico e outro, há
quem nem beba água mineral, pois esta pode conter produtos químicos como
o cloro e arsénico, que contaminam o organismo.
Com o tempo, acabam por adoptar comportamentos nutricionais cada vez
mais restritivos e passam a ter a desagradável iniciativa de convencer todos
os que os rodeiam a seguirem o mesmo caminho. Isso gera conflitos e
dificuldades de relacionamento, prejudicando a sua sociabilidade. No que diz
respeito à actividade sexual, sucede o mesmo, à medida que a maior parte
da energia e dos sentimentos não são canalizados para a aproximação,
convivência e conquista amorosa, mas sim para a preocupação em cultivar e
preparar alimentos saudáveis.
Os ortoréxicos dispõem de um auto-controle rigoroso para não se
renderem às tentações da mesa, sentindo-se superiores aos que se deleitam
com estes prazeres. A sua alimentação é regida por um ritual compulsivo,
onde não há margem para erros ou desvios, sob pena de carregarem consigo
pesados sentimentos de culpa que os fazem sentir ainda pior.
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Perfil Psicológico
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atingir um melhor estado de saúde (algo que a ciência e a experiência já
comprovaram). Na verdade, o acto de comer alimentos saudáveis acaba por
acarretar uma conotação pseudoespiritual e a dominar a vida dos
ortoréxicos.
Estas pessoas sofrem, muitas vezes, de depressões, decepções e
sentimentos de culpa, existindo uma auto-condenação e auto-punição quando
não conseguem concretizar os seus objectivos de comer apenas alimentos
saudáveis. Quando conseguem atingir os seus objectivos, auto-congratulam-
se, sentindo-se orgulhosos e detentores de poder, tendo a sensação de que
conseguem dominar a sua vida, pois conseguiram-no com a sua alimentação.
Apresentam também sentimentos de superioridade face aos que não têm
esse objectivo ou comportamentos.
Poucas pessoas conseguem perceber que estão a exagerar na vigilância
alimentar e isto acontece porque existe um estímulo para a adopção de uma
vida saudável. Muitas vezes, quem convive com alguém que tem esse
distúrbio acaba por achar que ele próprio que não come correctamente,
acabando por ver o compulsivo como o correcto.
Sintomas de Ortorexia
Alguns dos sintomas que podem indicar que uma pessoa padece deste
distúrbio alimentar são:
Abrir mão dos eventos sociais que não o permitirão seguir a sua dieta;
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Diagnóstico
Auto-Teste:
Pensa durante mais de três horas por dia sobre comida saudável?
(Para mais de quatro horas esta pergunta vale o dobro)
Planeja hoje o que vai comer amanhã?
Importa-se mais com a qualidade dos alimentos que come do que com
o prazer obtido ao ingeri-los?
Acha que, à medida que a qualidade da sua dieta tem aumentado, a da
sua vida tem diminuído?
Continua a ser cada vez mais rigoroso consigo mesmo?
Sacrifica experiências que antes apreciava para comer o que acredita
ser correcto?
Sente que aumenta a sua auto-estima quando se alimenta de forma
saudável? Olha com superioridade para os outros que não comem
dessa forma?
Sente-se culpado quando se desvia da sua dieta?
A sua dieta isola-o socialmente?
Quando come da forma que deveria, sente uma calmante sensação de
controle total?
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Sem dúvida, as semelhanças entre a Ortorexia e a anorexia e bulimia são
muitas: são comportamentos obsessivos, demonstram isolamento social e
apresentam comportamentos cíclicos extremos. Esta é razão pela qual
muitos profissionais de saúde encaram os ortoréxicos como anoréxicos,
desconsiderando o facto de estes pacientes procurarem sentir-se puros e
não terem medo de engordar.
Muitos médicos advertem para que não se superdimensione este
comportamento, outros admitindo a sua existência consideram a Ortorexia
como um distúrbio ou síndrome.
Realmente a Psiquiatria não reconhece a Ortorexia como uma doença,
embora apresente traços de obsessão. Segundo alguns médicos, trata-se
apenas de uma questão de tempo para que os ortoréxicos passem a ser
descritos como portadores de uma doença.
Segundo os órgãos oficiais de saúde, neste momento não há pesquisa
suficiente para poder ser diagnosticada a Ortorexia, não é ainda um
diagnóstico comprovado pela OMS [Organização Mundial da Saúde] e
também por isso não consta no último manual psiquiátrico DSM (VI).
De um modo geral, acha-se cedo classificar este tipo de casos como uma
doença autónoma, preferindo considerá-los como variantes sintomáticos dos
Transtornos Alimentares, da Anorexia ou da Vigorexia (Transtorno
Dismórfico Corporal), ambos situados dentro do Espectro Obsessivo-
Compulsivo.
Tratamento
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No entanto, este tratamento é complicado, pois muitos recusam-se a
consumir certos alimentos, alegando que não são saudáveis e consideram a
medicação (habitualmente são prescritos anti-depressivos) como algo
impuro e artificial.
O médico deve negociar a entrada gradual de novos alimentos no
cardápio, o dietista deve informar que todos os alimentos têm importância
para o organismo e tem que ser persuasivo, como exemplifica a nutricionista
Valéria Rangel "Digo, por exemplo, que o abacate é, sim, gorduroso, mas que
a sua gordura tem boa qualidade, é anti-oxidante.”
(http://www.solnet.com/23set05/saude/saude2.htm)
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Caso Clínico
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Até encontrar o seu equilíbrio em 1997, Kate Finn vai adoptando várias
dietas, sempre marcadas por atitudes extremas nos hábitos alimentares.
Durante este período, Kate adopta, entre outras, dietas baseadas
somente na ingestão de alimentos crus e cereais germinados (com o
objectivo de limpar o corpo de impurezas e toxinas, assumindo o jejum um
papel preponderante na libertação e purificação do corpo das toxinas
indesejadas), dietas estas que nunca se viriam a revelar satisfatórias, pois,
apesar de esta se sentir menos obstruída e apática continuava a sentir-se
muscularmente fraca.
Este tipo de dietas bem como as consequências que acarretavam, eram
sempre seguidas de dietas do extremo oposto, motivadas acima de tudo pelo
facto de que Kate estava farta de ser magra e de toda a gente pensar que
ela sofria de Anorexia Nervosa.
Com o objectivo de recuperar o peso perdido, passava então a comer
tudo aquilo que lhe apetecia (rendendo-se ao prazer dos gelados e comida
rápida com baixo valor nutritivo). Através deste tipo de alimentação, não só
ganhava peso como o seu aspecto melhorava, mas os seus problemas
digestivos e falta de força permaneciam.
Kate “corria” nesta altura atrás de tudo aquilo que ela visse que poderia
solucionar os seus problemas, tendo mesmo recorrido a um
gastrenterologista que pensou que esta fosse anoréxica. “Eu penso que ele
achou que eu sofro de anorexia, e a partir desse momento não me levou a
sério”.
Kate chegou mesmo a estar internada numa unidade hospitalar de
desordens alimentares durante cinco dias, devido à forte persistência por
parte da família. “Eu resisti totalmente à ideia pois sabia que não era esse o
local onde eu precisava estar”.
Por esta altura sentia-se muito incompreendida, pois ao contrário do que
todos pensavam, ela não tinha medo de ficar gorda nem queria ser magra,
ela apenas queria comer de forma saudável.
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O encontro do seu equilíbrio interior, fez com que esta pensasse que
estava curada, tendo mesmo dado várias entrevistas acerca de todo o seu
processo de recuperação.
Infelizmente, ela não se encontrava tão recuperada como pensava,
apesar de se ter libertado da obsessão por comida saudável, o seu corpo
encontrava-se ainda demasiado debilitado, vindo a mesma a falecer.
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Conclusão
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Bibliografia
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http://www.psiqweb.med.br/alimentar.html
http://rafaelmorena.blog.uol.com.br
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