Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Resumo
Este artigo pretende ser um contributo para uma discussão sobre a cidade
contemporânea, tida enquanto artefacto cultural passível de exploração ao nível de
uma antropologia da comunicação visual urbana. A cidade é desde há longa data
vislumbrada por diversos intelectuais, académicos e cientistas como um terreno
particularmente fecundo para um estudo dos processos de comunicação visual. O
meio urbano parece imerso em circuitos de comunicação de diversa ordem,
mantidos por diferentes protagonistas, linguagens e signos. Proponho uma análise à
cidade que tenha simultaneamente em consideração o seu espaço físico mas,
igualmente, o espaço virtual que cada vez mais se torna elemento fulcral para a
fabricação das imagens e representações dos lugares.
Abstract
With this article we expect to contribute to the study of contemporary city in the field
of the anthropology of visual communication. The city has been understood by many
intellectuals, scientists and academics as a particularly remarkable subject for the study
of the processes of visual communication. Multiple communication circuits (with
particular languages, signs and actors) seem to inhabit contemporary urban settings,
making it an extremely complex communicational object. I propose an analysis of the
city that has in consideration not just the physical space but also the virtual place,
nowadays a crucial feature for the construction of images and representations about
places. I argue that an anthropology of visual communication in the city must have in
consideration the role played not only by the local agents that act upon its surface,
111
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
but also the enlarged global circuits that contribute to the ways we imagine different
urban scenarios.
112
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
113
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
114
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
115
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
116
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
117
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
ser tomada como um artefacto cultural, o que, por si só, apresenta uma série de
dilemas a quem pretende estudar o ecossistema comunicacional urbano. Esta
representa a subjugação do espaço ao homem, anuncia o papel dos diferentes
poderes e agentes na configuração do território. Não é, por isso, um espaço uno.
Sobre uma mesma cidade encontramos múltiplas cidades, incontáveis imaginários e
representações do lugar, diferenciadas enunciações da vontade individual e colectiva.
Descobrimos fronteiras que não se adaptam à cartografia bidimensional que nos
acostumámos a discernir. São recortes que se sobrepõem e se interpenetram, que
colidem e que se fundem, que se metamorfoseiam e movem. O espaço não é fixo,
nem na sua figuração nem na sua representação. O cenário está em permanente
remodelação. Os edifícios nascem, envelhecem e morrem, as estátuas degradam-se,
os cartazes políticos renascem em cada eleição e a publicidade revitaliza-se
ciclicamente, umas lojas encerram enquanto outras despontam, os habitantes
circulam e os automóveis também. O espaço altera-se com o tempo e na morfologia
do território desenha-se uma particular biografia, redigida pelo somatório dos seus
ocupantes.
Se há uma cidade dada, também há uma cidade habitada. O que quero com
isto dizer? Quero afirmar o poder detido pelos cidadãos, isolados ou em conjunto, na
produção da cidade material. O espaço resulta sempre de uma apropriação e
transacção entre diferentes agentes. As autoridades públicas proclamam a sua
intendência sobre o território, regulando a sua disposição e funcionalidade,
projectando o seu futuro de acordo com uma determinada ideologia. A esta cidade
politicamente planificada acrescenta-se o querer dos agentes privados com
capacidade económica para actuarem sobre a arquitectura do espaço. Todavia,
contra esta cidade regulada e disciplinada pelos agentes dominantes, insinua-se um
território habitado por pessoas que, na medida das suas capacidades, inscrevem no
espaço singularidades individuais e afinidades colectivas. A cidade nunca é, assim,
completamente determinada. Existe sempre uma negociação sobre o espaço, um
compromisso entre vontades por vezes descoincidentes. Ou seja, poderíamos
sumariar estas questões apontando mais duas dificuldades a uma análise da
linguagem urbana. Em primeiro lugar, o texto da cidade está em constante reescrita
e, em segundo lugar, conta com diferentes autores, é um texto inter-subjectivo.
Acrescentaria um terceiro problema, que não foi devidamente tido em conta
nos argumentos anteriores. Entendo que a cidade é também, cada vez mais um texto
118
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
119
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
120
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
121
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
122
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
123
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
124
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
Conclusão
125
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
126
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
Visual deve ser capaz de trabalhar com estes horizontes complexos, procurando
desvelar os vínculos entre, por um lado, a produção visual do quotidiano, a
visualidade e visibilidade dos processos culturais locais e, por outro lado, os circuitos e
fluxos imaginários de natureza translocal. A etnografia, argumento, pode ser um
instrumento metodológico fundamental para este processo. Centrada sobre o
universo subjectivo das pessoas, atenta à mobilização e construção de sentido
individual e colectivo que é transportado para o quotidiano, a etnografia permitirá
adensar o discurso sobre a trama densa que se estabelece entre o mundo visível e
imaginado, entre o universo material e imaterial que constituem, ambos, parte de
uma mesma realidade antropológica.
Bibliografia
127
ISBN : 1989 - 6514
Siranda. Revista de Estudios Culturales, Teoría de los Medios e Innovación Tecnológica
Número 3
http://grupo.us.es/grupoinnovacion/
Año 2010
128