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DILUIÇÕES E SOLUÇÕES
1. DILUIÇÕES
Diluição é o procedimento de adição de uma substância a outra para reduzir a
concentração de uma das substâncias.
O uso mais comum da palavra diluição ocorre no sentido de que “tantas partes de um
material estão sendo diluídas em um número total de partes do produto final (diluente +
material)”.
“Uma diluição é uma expressão de concentração ou proporção,
não de volume”.
“Diluição indica a quantidade relativa de substâncias em uma solução”.
Em “frases de diluição”, o menor número sempre se refere ao número de partes da
substância que está sendo diluída, enquanto que o maior número sempre se refere ao número
de partes que constitui a solução final.
Exemplo:
Frase de Diluição: “Fazer uma diluição 1 para 10 de leite em solução salina peptonada”.
Esta frase poderia ser escrita de outras formas, com o mesmo significado:
“Fazer uma diluição 1 em 10, de leite em solução salina peptonada”.
“Fazer uma diluição 1 para 10, de leite com solução salina peptonada”.
“Fazer uma diluição 1/10, de leite com solução salina peptonada”.
“Fazer uma diluição 1:10, de leite usando solução salina peptonada”.
“Fazer uma diluição de 1 parte de leite e 9 partes de solução salina peptonada”.
1.2 Diluições decimais seriadas: São diluições decimais preparadas em série e que
possuem um fator de diluição único e igual a 10.
Exemplo:
Preparar diluições decimais de uma cultura bacteriana em fase estacionária até 10-3:
a) Preparar uma diluição 1:10 da cultura em fase estacionária em solução salina
peptonada, isto é, misturar 1 mL da cultura em fase estacionária com 9 mL de solução salina
peptonada (10-1).
b) A partir da diluição 1:10 preparada conforme item 1 deste exemplo, após
homogeneização em agitador de tubos, tomar 1 mL e misturar com 9 mL de solução salina
peptonada, de forma a obter a diluição 1:100 da cultura em fase estacionária (10-2).
c) A partir da diluição 1:100 preparada conforme item 2 deste exemplo, após
homogeneização em agitador de tubos, tomar 1 mL e misturar com 9 mL de solução salina
peptonada, de forma a obter a diluição 1:1000 da cultura em fase estacionária (10-3).
1.3.2 Várias diluições relacionadas: Vários métodos laboratoriais indicam o uso de uma
série de diluições, o que nada mais é que um número de soluções obtidas pela diluição de uma
substância em um diluente, e fazendo diluições seqüenciais a partir das soluções resultantes.
Sempre que necessário inocular amostras líquidas sem diluir em meios de cultura, considera-se
que a amostra se encontra na diluição 100.
Para produtos sólidos há a necessidade de pesar a amostra.
Normalmente utilizam-se alíquotas de 10 ou 25 gramas de alimentos sólidos. Dez ou
vinte e cinco gramas de alimento não correspondem necessariamente a 10 ou 25 mL
de alimento. O volume vai variar com a densidade e temperatura do alimento em
análise.
Alimentos sólidos, em pó ou pastosos sempre terão que sofrer diluição antes do início da
análise, usando-se o critério massa por unidade de volume (m/v).
Normalmente a diluição inicial de amostras sólidas, em pó ou pastosas, utilizada para
análises microbiológicas é 1:10. Outras diluições como 1:2, 1:5, ou outras podem ser usadas em
casos especiais.
Antes do início do procedimento de diluição é fundamental que a amostra seja bem
homogeneizada (produtos líquidos em pó e pastosos) ou que a alíquota para análise, obtida de
produtos sólidos, seja tomada de vários pontos de forma a representar realmente a amostra.
2. SOLUÇÕES
Soluções são misturas homogêneas unifásicas constituídas de duas ou mais substâncias
miscíveis. São formados por dois compostos, o soluto e o solvente.
O soluto é a substância que está dissolvida no solvente e, conseqüentemente, o solvente
é a substância que dissolve o soluto.
Nas soluções, os dois componentes não se encontram quimicamente combinados.
2.1 Soluções saturadas: São soluções que contém a quantidade máxima possível de um
soluto, em uma determinada temperatura e pressão, perfeitamente dissolvido no solvente.
Por exemplo, em soluções de Cloreto de sódio, a saturação ocorre quando há
aproximadamente 360 g do sal por litro de água.
Onde:
C = Concentração
m = Massa do soluto
M = Massa do solvente
C=V
V1
Onde:
C = concentração
V = Volume do soluto
V1 = Volume da solução
Neste caso, a concentração toma o nome de Porcentagem em volume, desde que o volume da
solução seja tomado como 100 mL.
C=M
V
Onde:
C = concentração
m = massa do soluto
V = volume da solução
Neste caso, a concentração toma diversos nomes conforme a massa do soluto. Pode ser
expressa em unidades químicas de massa (o mol e o nº de equivalentes) ou em unidades físicas
de massa (o grama); e o volume da solução pode ser expresso em litro ou, no caso particular da
porcentagem, em 100 mL.
2.3 Partes: Estabelece uma relação em que a mesma unidade de medida, ou múltiplos
da unidade, é usada ao longo de todas as porções relacionadas do processo.
“Partes” não se limita a uma única unidade de medida.
Concentrações de “partes por milhão” ou “ppm” são freqüentemente usadas para
aditivos de meios de cultura e soluções de antibióticos.
Exemplo:
Uma parte por milhão (1 ppm) de cloridrato de tetraciclina possui uma parte do princípio
ativo dissolvido em 1 milhão de partes da solução.
Medidas que correspondem a 1 ppm são:
- grama por tonelada (g/ton);
- miligrama por quilo (mg/kg);
- micrograma por grama (µ/g);
- mililitro por litro (mL/L);
- microlitro por mililitro (µL/mL).
Exemplo:
Preparar uma solução 10% de CuSO4. Somente está disponível no laboratório
CuSO4.H2O.
Sol. 10% = 10 g/100 mL
Peso molecular do CuSO4 = 160
Peso molecular do CuSO4.H2O = 178
10 g (CuSO4) = 160
X g (CuSO4.H2O) = 178
X = 10 x 178 = 11,125 g
160
Então, para preparar a solução 10% de CuSO4 usando a forma monohidratada, seria necessário
dissolver 11,125 g de CuSO4.H2O em quantidade de água suficiente para completar 100 mL.
O mesmo raciocínio é utilizado para os casos em que a formulação indica o uso da forma
hidrato e somente está disponível a forma anidra.
Exemplos:
Sulfato de Polimixina B 7600 U/mg;
Tetraciclina 80%;
Sulfato de estreptomicina 780 mg/g.
b) Kanamicina – 12mg/mL.
Potência 80%
1mg do produto contém 0,8 mg de princípio ativo.
Pesar mais de 100mg do antibiótico (por exemplo 158mg)
Multiplicar o peso obtido pela potência e dividir pela concentração final desejada para
obter o volume de diluente a ser adicionado.
OBS: Para que não seja necessário adicionar volumes fracionados de diluentes, conforem o exemplo
acima, pode-se estabelecer, de forma inversa qual a quantidade de antibiótico a ser pesado para um volume
de diluente pré-determinado, procedendo conforme indicado no item 2.5.1.
Cada mL desta solução conterá 12mg de kanamicina
2.5.1. Determinação do peso do peso de antibiótico para preparação de soluções,
priorizando o volume.
Nos exemplos 1 e 2 acima os volumes de diluentes a serem adicionados resultaram em
números quebrados, o que certamente leva a erros na concentração final do antibiótico.
Para evitar volumes fracionados, fazer o cálculo inverso, pré estabelecendo o volume de diluente
a ser utilizado e calculando a quantidade de antibiótico a ser pesado, usando a mesma fórmula:
A quantidade de antibiótico a ser pesada neste caso seria de 375mg, que serão diluídas
em 25mL de diluente para a obtenção de uma solução com 12mg/mL
3. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CAMPBELL, J.M.; CAMPBELL, J.B. Diluições. In.: Matemática de Laboratório - Aplicações
Médicas e Biológicas. 3.ed. Editora Roca. São Paulo, SP. 1986. p. 77-88.
CAMPBELL, J.M.; CAMPBELL, J.B. Soluções. In.: Matemática de Laboratório - Aplicações
Médicas e Biológicas. 3.ed. Editora Roca. São Paulo, SP. 1986. p. 93-118.
COOPER, T.G. The tools of Biochemistry. John Wiley & Sons, New York. 1977. 422p.
FELTRE, R. Soluções. In.: Química - Físico-Química. 2.ed. São Paulo, SP. Editora Moderna.1983. p.
1-75.
SWANSON, K.M.J.; PETRAN, R.L.; HANLIN,J.H. Culture methods for enumeration of
microorganisms In: Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods, 4. ed.
Washington DC. American Public Health Association. Frances Pouch Downes & Keith Ito (Eds.),
2001. p.53-62.