Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Salvador – Bahia
2009
Gilson Santos Brito
Moacir Antônio Oliveira Miranda
Ucilene Reis de Jesus
Salvador – Bahia
2009
RESUMO
1
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir – Nascimento da Prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. Editora Vozes, 29ª. Ed. Petrópolis, 2004. p. 152.
2OLIVEIRA, Cristina Borges de. Adolescente em conflito com a lei: a miopia em torno do estatuto da criança e do adolescente. Artigo da Doutoranda em
Políticas Publicas e Formação Humana - PPFH/UERJ. Bolsista da FAPERJ. Disponível em <http://www.efdeportes.com/efd113/adolescente-em-conflito-
com-a-lei.htm>. Acesso em 23 de novembro de 2009.
SUMÁRIO
1. DEFINIÇÃO DO TEMA-PROBLEMA.................................................................. 04
2. PRESSUPOSTOS CONCEITUAIS......................................................................... 05
3. OBJETIVOS DE ESTUDOS.................................................................................... 06
3.1Objetivos gerais........................................................................................................ 06
4 JUSTIFICATIVA....................................................................................................... 07
5 HIPÓTESE.................................................................................................................. 09
6. VARIÁVEIS E INDICADORES...............................................................................10
8 METODOLOGIA.........................................................................................................20
9. FASE DA PESQUISA.............................................................................................. 23
12. REFERÊNCIAS..................................................................................................... 27
14. APÊNDICE............................................................................................................. 33
14.2 Questionário.............................................................................................................34
15 Anexos ...................................................................................................................... 37
4
1 DEFINIÇÃO DO TEMA-PROBLEMA
Por que há tanta relevância social e enfoque midiático nas discussões sobre a mudança
da aplicabilidade na lei sancionadora ao propor diminuição da maioridade penal,
buscando suprimir os direitos já existentes para a criança e o adolescente, e os direitos
benéficos assegurados para estes são, diversas vezes, negligenciados pela sociedade?
2 PRESSUPOSTOS CONCEITUAIS
3 OBJETIVOS DO ESTUDO
b) Aclarar que o anseio da sociedade civil em diminuir a idade da maioridade penal vai de
encontro com os direitos da Criança e do Adolescente.
b) Caso essa resposta seja negativa, explicitar o porquê que a redução da maioridade penal
não ocasionaria melhorias substanciais ao trato com os adolescentes imersos nessa situação;
c) Expressar que as crianças e adolescentes em conflito com a lei são recuperáveis, desde que
haja um comprometimento do Estado, família, escola, comunidade e autoridades;
4 JUSTIFICATIVA
3
OLIVEIRA, Cristina Borges de. Adolescente em conflito com a lei: a miopia em torno do estatuto da criança e do adolescente. Artigo da Doutoranda em
Políticas Publicas e Formação Humana - PPFH/UERJ. Bolsista da FAPERJ. Disponível em <http://www.efdeportes.com/efd113/adolescente-em-conflito-
com-a-lei.htm>. Acesso em 23 de novembro de 2009.
8
de ser sujeitos de direitos. É interessante realçar que os adolescentes em conflito com a lei não
deixam de ter cidadania, mesmo que integrem essa categoria denominada “delinqüência
juvenil”. A sociedade é rápida em reações e sentimentos hostis repletos de emotividade com
inspiração no sensacionalismo propagado pela mídia televisiva, mas os cidadãos não analisam
adequadamente o contexto sócio-econômico, político e cultural em que vivem os jovens em
conflito com a lei para ter a clara concepção que, diversas vezes, são instigados ao crime por
não terem seus direitos de proteção integral atendidos como deveriam. Usualmente, essas
reações sociais são imediatistas, expressando a ânsia veemente de excluir o menor do
convívio social, vendo-o como plenamente dotado de razão para distinguir os seus atos, pois
teve toda a capacidade de realizar o crime.
O correto seria que os direitos da criança e do adolescente fossem plenamente
atendidos e cumpridos, com absoluta prioridade. Afinal, a Constituição Federal de 1988
aclara:
5 HIPÓTESE
6 VARIÁVEIS E INDICADORES
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com igual valor para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
§ 1º. O alistamento eleitoral e o voto são:
[...] II. Facultativos para:
[...] c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
4GOMES DA COSTA, Antônio Carlos. In: CURY, Munir, AMARAL e SILVA, Antônio Fernando do, MENDEZ, Emilio García (Coords.). Estatuto da Criança
e do Adolescente comentado: comentários jurídicos e sociais, p.19.
13
Ser maior de idade aos 18 anos é uma tradição recente no direito brasileiro.
Ao longo do tempo, a maioridade mudou diversas vezes. O primeiro Código
Penal, de 1830, por exemplo, estabelecia a idade de 14 anos para que
alguém fosse julgado. Já o menor de 14 podia ser recolhido à “casa de
correção”, uma espécie de Febem da época. Depois, o código de 1890
chegou a reduzir a maioridade para 9 anos. O último, elaborado em 1940 e
em vigor até hoje, passou para os 18 anos.
Nada se compara, entretanto, à época do Brasil colônia, quando estavam em
vigência as Ordenações Filipinas, as mesmas de Portugal (as Ordenações
eram o conjunto de leis em que as penas para diversos crimes estavam
estabelecidas). A maioridade se dava aos 7 anos. A partir daí, crianças e
jovens eram severamente punidos, sem muita diferença em relação aos
adultos – isso quer dizer que podiam ser até condenados à morte. Outras
penas, consideradas “leves”, eram dadas publicamente, como parte do
interrogatório. Caso, por exemplo, da aplicação de chicotadas, que faziam o
sangue escorrer no primeiro golpe.
5
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal, parte geral / Rogério Greco. – 11. Ed. Rio de Janeiro : Impetus, 2009. 824 p.400.
6 Imputabilidade, para Greco, seria “a possibilidade de se responsabilizar alguém pela prática de determinado fato previsto pela lei penal. Para tanto, teria
o agente de possuir condições para entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. Assim, deveria estar no pleno
gozo de suas faculdades mentais para que pudesse atuar conforme o direito.
7
FEIJÓ, Bruno Vieira. VOCÊ SABIA? Na época colonial, crianças de 7 anos já eram maiores de idade. Aventuras na História. Disponível em
<http://historia.abril.com.br/cultura/epoca-colonial-criancas-7-anos-ja-eram-maiores-idade-435291.shtml>. Acesso em 16 de novembro de 2009.
14
confinamento do adolescente em conflito com a lei numa cadeia, ocasião esta na qual o
indivíduo ainda não plenamente apto a distinguir e ponderar adequadamente os seus atos terá
contato com presidiários violentos, aprendendo e absorvendo deles, diariamente, atitudes de
ódio e rancor ao sistema penitenciário e à lei.
A prisão de adolescentes também pode infringir o princípio da humanidade do
Direito Penal, o qual, segundo Cezar Roberto Bitencourt8 em sua obra “Tratado de Direito
Penal”, sustenta que “o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a
dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos condenados”.
Destarte, condenar um adolescente em formação psicológica a coabitar com indivíduos de
mau caráter, em sua maioria, num ambiente fétido, infecto e repleto de privações pode
acarretar distorções irreparáveis em seu comportamento social na vida adulta.
Jock Young9, em sua obra “Sociedade Excludente”, explica que o aumento da
criminalidade resulta num aumento da população encarcerada. Como exemplo ele cita a
situação estadunidense: Nos Estados Unidos, os presos constituem uma população excluída
significativa: cerca de 1,6 milhão de pessoas estão presas – uma cidade do tamanho da
Filadélfia, se fossem todas reunidas no mesmo lugar. Ora, se o aumento da criminalidade traz
essa realidade, então o aumento do rol de indivíduos – maiores de 16 e menores de 18 anos,
caso a menoridade penal seja reduzida para 16 anos – decerto incrementaria ainda mais o
contingente de presidiários no contexto brasileiro, o qual, diga-se de passagem, é muito mais
deficiente e enfrenta maior superlotação do que o dos Estados Unidos da América.
Os adolescentes não deveriam ser levados para locais tão repugnantes quanto a
Casa de Detenção retratada no documentário "O Prisioneiro da Grade de Ferro"10, porque
senão haveria negligência ante os princípios de proteção da Infância e Juventude. Esse filme
foi realizado por uma equipe mista composta de profissionais de cinema e detentos da Casa de
Detenção de São Paulo, como resultado de um curso de vídeo ministrado naquele
estabelecimento prisional. Os presos demonstrados neste documentário – assassinos,
estupradores, ladrões, entre outros – estão em celas com situações precárias, faltam
medicamentos, o uso de drogas é comum, além de que a violência encontra-se presente em
diversos trechos. Ou seja, os detentos vivem em condições sub-humanas.
É também interessante analisar que já não é suficiente excluir os delinqüentes
da sociedade, mas é imprescindível rever o próprio conceito de encarceramento como forma
8
BITTENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal : parte geral, volume 1 / Cezar Roberto Bitencourt. – 10. Ed. – São Paulo : Saraiva, 2006. p.21.
9
YOUNG, Jock. A sociedade excludente: exclusão social, criminalidade e diferença na modernidade recente. Tradução de Renato Aguiar – Rio de
Janeiro: Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2002, p.37-38.
10
SACRAMENTO, Paulo. Prisioneiro da Grade de Ferro (Autoretratos). São Paulo, Brasil, 2003. 123 min
15
11
COELHO, Edmundo Campos (1939-2001). A Oficina do Diabo e Outros Estudos sobre Criminalidade/ Edmundo Campos Coelho – Organização de
Magda Prates Coelho – Introdução de L. A. Machado da Silva. Rio de Janeiro: Record, 2005, p. 71-72.
12
WACQUANT, Loïc. As Prisões da Miséria. Tradução de André Telles, Zahar Ed. Rio de Janeiro, 2001, p.30.
16
das penitenciárias e presídios com idade inferior à formação psicológica plena, por intermédio
dos demais infratores da lei que tiverem mais idade – e, provavelmente, mais experiência no
mundo do crime. Nesse sentido há, no documentário “O Prisioneiro da Grade de Ferro” 13, um
trecho no qual alguns presos estão embalando maconha para venda e, simultaneamente,
reclamando das atitudes excludentes do Estado, dizendo que se o Estado tivesse oferecido
oportunidade deles trabalharem numa oficina eles não estariam ali, naquela condição
lastimável. Dizem que é aquela a condição que o Estado quer para eles: a marginalidade
mesmo.
“O mundo da prisão é, antes de mais nada, um mundo complexo”, afirma Julita
Lemgruber14 em sua obra “Cemitério dos Vivos”. Nesse sentido ela indica que a solidariedade
denota-se ausente, algo também incitado pela administração da penitenciária, que não almeja
que ela ocorra. Só que, mesmo que tal solidariedade indicada por Julita Lemgruber esteja
ausente, há ali uma união entre presos – mesmo que desleal – com o fim de almejar segurança
e auxílio em diversos momentos da realidade da cadeia. Os infratores jovens poderão servir de
subordinados aos presos mais velhos, em troca de proteção na cadeia contra agressões de
outros presidiários violentos, por exemplo, o que indica a possibilidade deles absorverem
maus comportamentos por conviver rotineiramente com péssimas companhias.
Um dos pontos mais controversos da legislação sobre menores infratores prevê
que, seja qual for o delito cometido, o culpado permanecerá interno na Fundação Casa –
termo que substituiu o anterior “Febem” – por, no máximo, três anos (ou até completar 21
anos). Essa restrição pode ser vislumbrada como uma possibilidade alarmante de estímulo à
criminalidade na participação dos menores em quadrilhas de bandidos. Isso porque oferece a
possibilidade das quadrilhas imputarem a culpa de todos os seus crimes ao integrante menor
de idade, pois sabem de antemão que a resposta estatal à conduta infracional será muito mais
branda a este.
Mesmo assim não se pode colocar um adolescente numa prisão, pois a
possibilidade dele sair um criminoso mais violento do que entrou é intensa. Isso também é
indicado em “Depois das Grades – Um reflexo da cultura prisional em indivíduos libertos”,
artigo de Mariana Leonesy da Silveira Barreto 15, a qual diz que além da grande chance de o
interno tornar-se mais violento a partir da sua experiência no complexo carcerário, ele ainda
13
SACRAMENTO, Paulo. Prisioneiro da Grade de Ferro (Autoretratos). São Paulo, Brasil, 2003. 123 min
14
LEMGRUBER, Julita. Cemitério dos vivos: análise sociológica de uma prisão de mulheres/ Julita Lemgruber, 1945. – 2ª Ed. – Rio de Janeiro: Forense,
1999, p. 92.
15
BARRETO, Mariana Leonesy da Silveira. Depois das Grades – Um reflexo da cultura prisional em indivíduos libertos. Psicologia, Ciência e Profissão,
2006, 26 (4), 582-593. Disponível em <http://pepsic.bvs-psi.org.br/pdf/pcp/v26n4/v26n4a06.pdf> - Acesso em 13 de novembro de 2009.p. 586-587.
17
vivencia opressões morais após a sua libertação, sendo que a própria identidade passa a ser
constituída a partir da concepção de ex-presidiário. Esse último fato mencionado oferece ao
egresso a lastimável dificuldade em desempenhar papéis sociais, sendo que a sociedade tende
a excluir aquele que já fora excluído, o que aumenta ainda mais a probabilidade de
reincidência do crime.
No caso das crianças – que o Estatuto da Criança e do Adolescente define
como a pessoa até os 12 anos de idade – serão encaminhadas ao Conselho Tutelar e estará
sujeito às medidas de proteção previstas no art.101 caso pratiquem algum ato infracional,
conforme trecho seguinte da legislação:
16
Os xavantes são um grupo indígena que habita o leste do estado brasileiro do Mato Grosso, mais precisamente nas reservas indígenas de Areões,
Marechal Rondon, Parabubure, Pimentel Barbosa, São Marcos, Áreas Indígenas Areões I, Areões II, Maraiwatsede, Sangradouro/Volta Grande, Terras
Indígenas Chão Preto, Ubawawe, bem como o Noroeste de Goiás, nas Colônias Indígenas Carretão I e Carretão II. Se auto denominam A'wê Uptabi, que
quer dizer "gente verdadeira".
18
A partir do Novo Código, a maioridade civil será atingida aos dezoito anos,
seguindo uma tendência já firmada em nossa sociedade, no sentido de
chamar os jovens à responsabilidade mais precocemente, igualando-a, nesse
aspecto, à maioridade criminal e trabalhista. Registre-se, porém, que não há
nenhuma correlação obrigatória entre a maioridade civil e a imputabilidade
penal. A coincidência do marco temporal dos 18 anos é acidental,
constituindo muito mais uma exceção do que uma regra na história jurídica
do Brasil (o Código Criminal do Império de 1830, por exemplo, fixava a
responsabilidade em 14 anos).
O referido autor, destarte, inclui sua observação de que não há relação qualquer
das atenuantes ligadas aos critérios etários com a idade de capacidade civil, havendo maior
relação com a sua própria formação psicológica.
A incapacidade relativa refere-se àqueles que podem praticar por si mesmos
atos da vida civil, contudo devem estar assistido por que o direito responsabiliza por esse
ofício, seja em razão de parentesco, de relação de ordem civil ou de designação judicial, sob
17
GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo Curso de Direito Civil, volume I: Parte Geral / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. - 11. ed. - São Paulo:
Saraiva, 2009. p. 90.
18
GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo Curso de Direito Civil, volume I: Parte Geral / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. - 11. ed. - São Paulo:
Saraiva, 2009. p. 94.
19
pena de anulabilidade do ato (CC, art. 171, 1), a partir duma possível iniciativa do lesado,
havendo até hipóteses em que tal ato poderá ser confirmado ou ratificado. Mesmo assim,
alguns atos podem ser praticados, sem autorização, pelo relativamente incapaz.
20
8 METODOLOGIA
19
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir – Nascimento da Prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. Editora Vozes, 29ª. Ed. Petrópolis, 2004. p.152.
21
9 FASES DA PESQUISA
FASE IV: Redação do relatório final da pesquisa e divulgação dos resultados obtidos
10 CRONOGRAMA FÍSICO
11 CRONOGRAMA FINANCEIRO
PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA
RESUMO
Itens de despesa Valor em R$
II - Aquisição de livros para elaboração da pesquisa 2000,00
III - Despesas com telefonia, comunicação, acesso à Internet 500,00
IV - Despesas de transporte urbano 50,00
V - Serviços de fotocópia e impressão de materiais didáticos 50,00
VI - Material de consumo 100,00
VII- Outros custos 250,00
Total 2950,00
27
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Daiana Silva; JESUS, Ucilene Reis de; MARQUES, Monique Alves; SANTOS,
Jamile Almeida dos; SANTOS, Rogério Reis dos; SILVA, Leandro Bomfim Batista. Criança
e Adolescente em Conflito com a Lei: Medidas Sócio-Educativas no Estado da Bahia. In:
Relatório de Pesquisa apresentado à disciplina Sociologia das Organizações da Faculdade de
Direito da Universidade Federal da Bahia. 2009, Salvador-BA: UFBA, 2009.
BITTENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal : parte geral, volume 1 / Cezar
Roberto Bitencourt. – 10. Ed. – São Paulo : Saraiva, 2006. p. 21.
BONINI, Paulo Rogério. Direito Civil: parte geral / Paulo Rogério Bonini. - 3. ed. - São
Paulo : Rideel, 2007. p. 37-41.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, volume 1 : parte geral (arts. 1º a 120) /
Fernando Capez. – 11. Ed. rev. e atual. – São Paulo : Saraiva, 2007. p. 307-309.
FEIJÓ, Bruno Vieira. VOCÊ SABIA? Na época colonial, crianças de 7 anos já eram
maiores de idade. Aventuras na História. Disponível em
<http://historia.abril.com.br/cultura/epoca-colonial-criancas-7-anos-ja-eram-maiores-idade-
435291.shtml>. Acesso em 16 de novembro de 2009.
GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo Curso de Direito Civil, volume I: Parte Geral / Pablo
Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. - 11. ed. - São Paulo: Saraiva, 2009. p. 90-94.
GOMES DA COSTA, Antônio Carlos. In: CURY, Munir, AMARAL e SILVA, Antônio
Fernando do, MENDEZ, Emilio García (Coords.). Estatuto da Criança e do Adolescente
comentado: comentários jurídicos e sociais. São Paulo: Malheiros, 1992. p.19.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal, parte geral / Rogério Greco. – 11. Ed. Rio de
Janeiro : Impetus, 2009. p. 400.
GUSTIN, Miracy Barbosa de Sousa. (Re) Pensando a Pesquisa Jurídica. Belo Horizonte:
Del Rey, 2006, p. 45-91.
29
KONS, Paulo Vandelino. 16 anos de luta pelas crianças e adolescentes. Texto do Presidente
da Associação Catarinense de Conselheiros Tutelares. Disponível em
<http://www.amc.org.br/novo_site/esmesc/arquivos/16anosdelutapelascriancaseadolescentes.
doc>. Acesso em 23 de novembro de 2009.
LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica / Eva Maria Lakatos, Marina de Andrade
Marconi. – 4. ed. – São Paulo : Atlas, 2004.
OLIVEIRA, Cristina Borges de. Adolescente em conflito com a lei: a miopia em torno do
estatuto da criança e do adolescente. Artigo da Doutoranda em Políticas Publicas e
Formação Humana - PPFH/UERJ. Bolsista da FAPERJ. Disponível em
<http://www.efdeportes.com/efd113/adolescente-em-conflito-com-a-lei.htm>. Acesso em 23
de novembro de 2009.
MOITA, Filomena Maria Gonçalves da Silva Cordeiro. Adolescente em conflito com a lei:
Violência, Punição ou Educação? Texto que aborda a situação dos direitos da Criança e do
Adolescente no âmbito brasileiro. Disponível em
<http://www.anped.org.br/reunioes/25/posteres/filomenagon%E7alvesmoitap06.rtf>. Acesso
em 23 de novembro de 2009.
WACQUANT, Loïc. As Prisões da Miséria. Tradução de André Telles, Zahar Ed. Rio de
Janeiro, 2001, p.30.
ALMEIDA, Daiana Silva; JESUS, Ucilene Reis de; MARQUES, Monique Alves; SANTOS,
Jamile Almeida dos; SANTOS, Rogério Reis dos; SILVA, Leandro Bomfim Batista. Criança
e Adolescente em Conflito com a Lei: Medidas Sócio-Educativas no Estado da Bahia. In:
Relatório de Pesquisa apresentado à disciplina Sociologia das Organizações da Faculdade de
Direito da Universidade Federal da Bahia. 2009, Salvador-BA: UFBA, 2009.
BITTENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal : parte geral, volume 1 / Cezar
Roberto Bitencourt. – 10. Ed. – São Paulo : Saraiva, 2006.
GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo Curso de Direito Civil, volume I: Parte Geral / Pablo
Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. - 11. ed. - São Paulo: Saraiva, 2009.
GOMES DA COSTA, Antônio Carlos. In: CURY, Munir, AMARAL e SILVA, Antônio
Fernando do, MENDEZ, Emilio García (Coords.). Estatuto da Criança e do Adolescente
comentado: comentários jurídicos e sociais. São Paulo: Malheiros, 1992.
32
OLIVEIRA, Cristina Borges de. Adolescente em conflito com a lei: a miopia em torno do
estatuto da criança e do adolescente. Artigo da Doutoranda em Políticas Publicas e
Formação Humana - PPFH/UERJ. Bolsista da FAPERJ. Disponível em
<http://www.efdeportes.com/efd113/adolescente-em-conflito-com-a-lei.htm>. Acesso em 23
de novembro de 2009.
14 APÊNDICE
20
GUSTIN, Miracy Barbosa de Sousa. (Re) Pensando a Pesquisa Jurídica. Belo Horizonte: Del Rey, 2006, p.
100 -101.
34
14.2 Questionário
__/__/__
Q. 2. Sexo
1. O Masculino;
2. O Feminino.
Q. 3. Idade:____anos.
Q. 4. Você se considera:
1. O Branco (a);
2. O Negro (a);
3. O Pardo (a) / mulato (a);
4. O Amarelo (a) (de origem oriental);
5. O Indígena ou de origem indígena.
Q. 5. Nível de escolaridade:
1. O Analfabeto (a)
2. O Primeiro grau completo
3. O Primeiro grau incompleto
4. O Segundo grau completo
5. O Segundo grau incompleto
Q. 13. Quais?
__________________________________________________
15 ANEXOS
de oito horas. Denisia Ribeiro ressalta que após o acolhimento o adolescente em conflito com
a lei é agendado para um técnico. Além disso, é de extrema importância que se crie um
vínculo para que o jovem possa compreender que ele está ali para ser ajudado no
desenvolvimento de suas capacidades e conscientização dos seus atos.
A Central possui grupo terapêutico, cerca de quatro assistentes sociais e dois
pedagogos prontos para prestar atendimento à família e ao adolescente em conflito com a lei.
Na reunião do acolhimento com a família, os adolescentes ficam sabendo o que é o Estatuto
da Criança e do Adolescente, seus direitos e deveres, quais os serviços oferecidos, quais as
suas perspectivas e as conseqüências do descumprimento das medidas sócio-educativas. Até o
momento já foram encaminhados, este ano, pela 2ª Vara da Infância e Juventude, trezentos e
vinte e três adolescentes, mas por volta de cem não compareceram à Central.
na unidade de Feira de Santana. Ao completar doze anos, era transferida para Jequié, onde
ficavam os adolescentes entre doze e quinze anos. Depois era encaminhada para a unidade de
Salvador, destinada aos jovens de quinze a dezoito anos.
Por essas instituições se situarem em outras cidades, a criança e o adolescente
ficava longe de suas famílias, que muitas vezes não tinha condições de visitá-los e essa
mudança de uma instituição para outra, de acordo com a faixa etária, não permitia que as
crianças e adolescentes firmassem laços afetivos com as pessoas que encontravam.
Por isso, houve uma luta árdua pela entrada dos Direitos Humanos da Criança
na Constituição. Fátima Rocha destaca que o Estatuto da Criança e do Adolescente foi escrito
a “milhares de mãos”. Afirma que os textos da legislação foram mandados para os estados e
ela mesma teve o privilégio de participar deste procedimento. A pena foi substituída por
medida sócio-educativa. Nesta nova realidade, o adolescente em conflito com a lei não é
punido, mas responsabilizado pela infração cometida.
Segundo a gerente de atendimento sócio-educativo, “a redução da maioridade
penal é um absurdo porque o adolescente é um ser em condição de desenvolvimento especial;
a privação de liberdade na adolescência é uma profunda violência”.
Fátima Rocha considera que a melhor e mais importante medida é a liberdade
assistida, porque há o acompanhamento do adolescente e da família.
Ressalta que a liberdade assistida e a prestação de serviço à comunidade são de
competência de município, sintetizada na frase de sua amiga Marli Barreto: “o município que
deve tecer a rede para embalar seus filhos”. A gerente de atendimento sócio-educativo da
FUNDAC-Ba salienta que dos 417 municípios no Estado da Bahia nem 10% possuem regime
de meio aberto.
Detetive: Jaques
Na visita à Delegacia para o adolescente infrator (DAI), de acordo com as
informações prestadas pelo detetive, constatou-se que a maior parte dos adolescentes em
conflito com a lei tem idade entre 14 e 17 anos. O detetive Jaques afirmou que as queixas com
40
maior freqüência são as de roubo, motivadas por ganância, geralmente celulares, câmeras
digitais.
O adolescente é encaminhado até a DAI quando é pego em flagrante ou a
vítima registra uma ocorrência, a DAI o intima para apresentação com pais ou responsável,
depois o adolescente é encaminhado ao Ministério Público ou ao Centro de Acolhimento ao
Menor (CAM).