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ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
NOME DO ALUNO:___________________________________________________________________________
2013
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Experimento 1
Capacitor em Regime CA
Objetivo
Verificar a variação da reatância capacitiva com a frequência.
Componentes e Instrumentação
• Capacitor cerâmico ou Poliéster 100nF (104).
• Resistor 1kΩ.
• Osciloscópio Digital de Dois Canais e Ponteiras 10x e 1x
• Gerador de Funções
Introdução
Um capacitor, quando percorrido por uma corrente elétrica alternada, oferece uma oposição à passagem dela,
imposta por campo elétrico, denominada reatância capacitiva. Essa reatância capacitiva é inversamente
proporcional à frequência da corrente, ao valor do capacitor e é dada pela relação:
1 1
𝑋! = =
𝜔𝐶 2𝜋𝑓𝐶
Podemos traçar o gráfico da reatância capacitiva em função da frequência, obtendo como resultado a curva
mostrada abaixo.
Do gráfico concluímos que, a medida que a frequência aumenta, a reatância capacitiva decresce até atingir um
valor praticamente nulo.
Como a reatância capacitiva é função da frequência, devemos medi-la por um processo experimental, ou seja,
aplicamos uma tensão alternada aos terminais do capacitor, medimos o valor da tensão e da corrente, obtendo
assim o seu valor pela relação:
𝑉!"
𝑋! =
𝐼!"
Aplicando uma tensão alternada nos terminais de um capacitor, como mostra o circuito da figura abaixo, surgirá
uma corrente alternada, pois o capacitor irá carregar-se e descarregar-se continuamente em função da
característica dessa tensão.
Lembrando que quando o capacitor está descarregado (VC = 0), a corrente é máxima e quando carregado (VC =
Vmáx ), a corrente é nula, podemos em função disso representar graficamente essa situação, conforme mostra a
figura abaixo.
o
Observando a figura acima, notamos que a corrente está adiantada de 𝜋 2 rad (ou 90 ) em relação à tensão,
portanto temos que a corrente obedece à equação:
𝜋
𝑖 𝑡 = 𝐼!á! sin 𝜔𝑡 +
2
onde
𝑉!á!
𝐼!á! =
𝑋!
Parte Prática
100nF
1) Monte o circuito da figura acima. Ajuste a frequência do gerador de funções para 10kHz senoidal.
2) Ajuste a tensão do gerador de funções para obter no resistor as tensões marcadas no quadro abaixo. Para
cada caso, meça e anote a tensão pico a pico no capacitor. Calcule os demais valores.
VRpp (V) 10 14 16
VRef (V)
Ief (mA)
VCpp (V)
VCef (V)
XC (Ω)
𝑉!"# 𝑉!"#
𝐼!" = 𝑋! =
𝑅 𝐼!"
3) Ajuste o gerador de funções para uma tensão 10V pico a pico, mantendo-a constante a cada medida.
Varie a frequência de acordo com o quadro abaixo. Meça e anote para cada caso o valor da tensão pico a
pico no resistor e no capacitor. Calcule os demais valores.
100
500
1k
2k
3k
5k
7k
10k
!
4) Calcule 𝑋! = e compare com os valores obtidos na tabela do item 2).
!!"#
5) Com os valores obtidos na tabela do item 3), construa o gráfico XC = f(f).
XC
Tempo
Frequência
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Simulação 1
Capacitor em Regime CA
Objetivo
Verificar a variação da reatância capacitiva com a frequência.
Simulação
100nF
1) Simule o circuito da figura acima. Ajuste a frequência da fonte alternada para 10kHz senoidal.
2) Ajuste a tensão da fonte para obter no resistor as tensões marcadas no quadro abaixo. Para cada caso,
meça e anote a tensão pico a pico no capacitor e demais valores. Calcule os valores necessários.
VR eficaz (V)
I eficaz (mA)
VC eficaz (V)
XC (Ω)
𝑉!"# 𝑉!"#
𝐼!" = 𝑋! =
𝑅 𝐼!"
3) Ajuste a fonte alternada para uma tensão 10V pico a pico. Varie a frequência de acordo com o quadro
abaixo. Meça e anote para cada caso o valor da tensão pico a pico no resistor e no capacitor e demais
valores. Calcule os valores necessários.
500
1k
2k
3k
5k
7k
10k
!
4) Calcule 𝑋! = e compare com os valores obtidos na tabela do item 2).
!!"#
5) Com os valores obtidos na tabela do item 3), construa o gráfico XC = f(f) ou plote diretamente do simulador
e cole aqui.
XC
Frequência
Tempo
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Componentes e Instrumentação
• Indutor (micro-choque de RF) 1mH.
• Resistor 1kΩ.
• Osciloscópio Digital de Dois Canais e Ponteiras 10x e 1x
• Gerador de Funções
Introdução
Um indutor, quando percorrido por uma corrente elétrica alternada, oferece uma oposição à passagem dela,
imposta por campo magnético, denominada reatância indutiva. Essa reatância indutiva é diretamente proporcional
à frequência da corrente, ao valor do indutor e é dada pela relação:
𝑋! = 𝜔𝐿 = 2𝜋𝑓𝐿
Podemos traçar o gráfico da reatância indutiva em função da frequência, obtendo com resultado a curva mostrada
abaixo.
Como a reatância indutiva é função da frequência, devemos medi-la por um processo experimental, ou seja,
aplicamos uma tensão alternada aos terminais do indutor, medimos o valor da tensão e da corrente, obtendo
assim o seu valor pela relação:
𝑉!"
𝑋! =
𝐼!"
Aplicando uma tensão alternada nos terminais de um indutor, como mostra o circuito da figura abaixo, surgirá uma
corrente alternada, pois o indutor irá energizar-se e desenergizar-se continuamente em função da característica
dessa tensão.
Lembrando que quando o indutor está energizado (VL = 0), a corrente é máxima e negativa, e quando o indutor
está desenergizado (VL = Vmáx ), a corrente é nula, podemos em função disso representar graficamente essa
situação, conforme mostra a figura abaixo.
Observando a figura acima, notamos que a corrente está atrasada de 𝜋 2rad em relação à tensão, portanto temos
que a corrente obedece à equação:
𝜋
𝑖 𝑡 = 𝐼!á! sin 𝜔𝑡 −
2
onde
𝑉!á!
𝐼!á! =
𝑋!
Parte Prática
f=100kHz
1mH
1) Monte o circuito da figura acima. Ajuste a frequência do gerador de funções para 100kHz senoidal.
2) Ajuste a tensão do gerador de funções para obter no resistor as tensões marcadas no quadro abaixo. Para
cada caso, meça e anote a tensão pico a pico no indutor. Calcule os demais valores.
VRpp (V) 10 14 16
VRef (V)
Ief (mA)
VLpp (V)
VLef (V)
XL (Ω)
𝑉!"# 𝑉!"#
𝐼!" = 𝑋! =
𝑅 𝐼!"
3) Ajuste o gerador de sinais para 10V pico a pico, mantendo-o constante a cada medida. Varie a frequência
de acordo com o quadro abaixo. Meça e anote para cada caso o valor da tensão pico a pico no resistor e
no indutor. Calcule os demais valores.
f (Hz) VRpp(V) VRef(V) VLpp(V) VLef(V) Ief(mA) XL(Ω)
10k
30k
50k
70k
90k
100k
4) Calcule 𝑋! = 2𝜋𝑓𝐿 e compare com os valores obtidos no quadro do item 2).
5) Com os valores do quadro do item 3), construa o gráfico XL = f(f).
XL
Tempo
Frequência
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Simulação
f=100kHz
1mH
1) Simule o circuito da figura acima. Ajuste a frequência da fonte para 100kHz senoidal.
2) Ajuste a tensão da fonte para obter no resistor as tensões marcadas no quadro abaixo. Para cada caso,
meça e anote a tensão pico a pico no indutor e demais valores. Calcule os valores necessários.
VR eficaz (V)
I eficaz (mA)
VL eficaz (V)
XL (Ω)
𝑉!"# 𝑉!"#
𝐼!" = 𝑋! =
𝑅 𝐼!"
3) Ajuste a fonte para 10V pico a pico. Varie a frequência de acordo com o quadro abaixo. Meça e anote para
cada caso o valor da tensão pico a pico no resistor e no indutor e demais valores. Calcule os valores
necessários.
10k
30k
50k
70k
90k
100k
4) Calcule 𝑋! = 2𝜋𝑓𝐿 e compare com os valores obtidos no quadro do item 2).
5) Com os valores do quadro do item 3), construa o gráfico XL = f(f) ou plote e cole diretamente do simulador.
XL
Tempo
Frequência
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Experimento 3
Circuito RC-Série em Regime CA
Objetivo
Verificar o comportamento de um circuito RC-Série.
Componentes e Instrumentação
• Capacitor cerâmico ou Poliéster 10nF (103).
• Resistor 33kΩ.
• Osciloscópio Digital de Dois Canais e Ponteiras 1x
• Gerador de Funções
Introdução
Todo circuito em regime AC oferece uma oposição à passagem de corrente elétrica denominada impedância (Z) e
cuja unidade é Ohms (Ω). Quando no circuito houverem elementos reativos, a corrente estará defasada em
relação à tensão, sendo que nestes casos, para a devida análise do circuito, deve-se construir o diagrama vetorial
e obter as relações.
Um exemplo de circuito composto por um resistor em série com um capacitor, denominado RC-Série, é visto na
figura abaixo.
Na construção do diagrama vetorial visto na figura abaixo, consideramos como referência a corrente, pois sendo
um circuito série, a corrente é a mesma em todos os componentes, lembrando que no resistor a tensão e a
o
corrente estão em fase e no capacitor a corrente está adiantada de π/2 radianos. (ou 90 )
Do diagrama temos que a soma vetorial das tensões do resistor e do capacitor é igual a tensão da fonte. Assim,
podemos escrever:
! ! !
𝑉!" = 𝑉!"# + 𝑉!"#
!
dividindo todos os termos por temos 𝐼!" , temos:
! ! !
𝑉!" 𝑉!"# 𝑉!"#
= +
𝐼!" 𝐼!" 𝐼!"
onde:
𝑉!"# 𝑋!
𝑠𝑒𝑛 𝜃 = =
𝑉!" 𝑍
𝑉!"# 𝑅
𝑐𝑜𝑠 𝜃 = =
𝑉!" 𝑍
𝑉!"# 𝑋!
𝑡𝑎𝑛 𝜃 = =
𝑉!"# 𝑅
𝑖 𝑡 = 𝐼!á! 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝜃
𝑉! 𝑡 = 𝑉!"á! 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝜃
𝜋
𝑉! 𝑡 = 𝑉!"á! 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝜃 −
2
Prática
10nF
10 Vpico a pico
1) Monte o circuito da figura acima. Ajuste a tensão do gerador de sinais para 10V pico a pico.
2) Varie a frequência do gerador de sinais, conforme o quadro abaixo. Para cada valor ajustado, meça e
anote a tensão pico a pico em cada componente.
3) Calcule o valor eficaz das tensões no resistor e no capacitor.
200
400
600
800
1k
4) Utilizando o mesmo circuito ligado ao osciloscópio conforme a figura abaixo, meça os valores de 2a e 2b
para as frequências do quadro abaixo.
10nF
10Vpico a pico
f (Hz) 2a 2b Δθ
100
200
400
600
800
1k
Frequência
Tempo
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Simulação 3
Circuito RC-Série em Regime CA
Objetivo
Verificar o comportamento de um circuito RC-Série.
Simulação
10nF
10 Vpico a pico
1) Simule o circuito da figura acima. Ajuste a tensão da fonte para 10V pico a pico.
2) Varie a frequência da fonte, conforme o quadro abaixo. Para cada valor ajustado, meça e anote a tensão
pico a pico em cada componente.
3) Calcule ou meça o valor eficaz das tensões no resistor e no capacitor e preencha o quadro abaixo.
200
400
600
800
1k
4) Utilizando o mesmo circuito, meça a defasagem entre tensão e corrente para as frequências do quadro
abaixo.
f (Hz) Δθ
100
200
400
600
800
1k
Tempo
Frequência
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Componentes e Instrumentação
• Capacitor de poliéster ou cerâmico 10nF (103)
• Resistor 100Ω e 33kΩ.
• Osciloscópio Digital de Dois Canais e Ponteiras 10x
• Gerador de Funções
Introdução
O circuito RC-Paralelo é composto por um resistor em paralelo com um capacitor, conforme mostra a figura abaixo.
Na construção do diagrama vetorial visto na figura abaixo, consideramos como referência a tensão, pois sendo um
o
circuito paralelo, ela é a mesma em todos os componentes e no capacitor está atrasada de 𝜋 2 radianos (ou 90 )
em relação à corrente.
Do diagrama temos que a soma vetorial das correntes do resistor e do capacitor é igual à corrente total do circuito.
Assim sendo, podemos escrever:
! ! !
𝐼!" = 𝐼!"# + 𝐼!"#
!
dividindo todos os termos por 𝑉!" , temos:
! ! !
𝐼!" 𝐼!"# 𝐼!"#
= +
𝑉!" 𝑉!" 𝑉!"
onde:
1 1 1
!
= !+ !
𝑍 𝑅 𝑋!
ou
1
𝑍=
1 1
+
𝑅 ! 𝑋!!
que é o valor da impedância do circuito.
O ângulo θ é a defasagem entre a tensão e a corrente no circuito e pode ser determinado por meio das relações
trigonométricas do triângulo retângulo, em que:
1
𝐼!"# 𝑋! 𝑍
𝑠𝑒𝑛 𝜃 = = =
𝐼!" 1 𝑋!
𝑍
1
𝐼!"# 𝑅 𝑍
𝑐𝑜𝑠 𝜃 = = =
𝐼!" 1 𝑅
𝑍
1
𝐼!"# 𝑋! 𝑅
𝑡𝑎𝑛 𝜃 = = =
𝐼!"# 1 𝑋!
𝑅
Prática
1) Monte o circuito da figura acima. Ajuste a tensão do gerador de sinais para uma onda senoidal de 10V
pico a pico.
2) Varie a frequência do gerador de sinais, conforme o quadro abaixo. Para cada valor ajustado, meça e
anote a tensão pico a pico no resistor de 100Ω (V1).
3) Calcule o valor eficaz da tensão no resistor
4) Calcule o valor eficaz da corrente, utilizando 𝐼!" = 𝑉!" 100
5) Calcule a impedância utilizando 𝑍 = 𝑉!" 𝐼!"
200k
400k
600k
800k
1M
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Simulação
1) Simule o circuito da figura acima. Ajuste a tensão da fonte para uma onda senoidal de 10V pico a pico.
2) Varie a frequência da fonte conforme o quadro abaixo. Para cada valor ajustado, meça e anote a tensão
pico a pico no resistor de 100Ω.
3) Calcule o valor eficaz da tensão no resistor
4) Calcule o valor eficaz da corrente, utilizando 𝐼!" = 𝑉!" 100
5) Calcule a impedância utilizando 𝑍 = 𝑉!" 𝐼!"
200k
400k
600k
800k
1M
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Experimento 5
Circuito RLC-Série em Regime CA
Objetivo
Verificar o comportamento de um circuito RLC-Série.
Componentes e Instrumentação
• Indutor (micro-choque de RF) 1mH.
• Capacitor de poliéster ou cerâmico 100nF (104)
• Resistor 1kΩ.
• Osciloscópio Digital de Dois Canais e Ponteiras 10x
• Gerador de Funções
Introdução
O circuito RLC-Série é composto por um resistor, um capacitor e um indutor, associados em série, conforme
mostra a figura abaixo.
Na construção do diagrama vetorial visto na figura abaixo, consideramos como referência a corrente, pois sendo
o
um circuito série, ela é a mesma em todos os componentes e está adiantada de 𝜋 2 radianos (ou 90 ) em relação
o
à tensão no capacitor e atrasada de 𝜋 2 radianos (ou 90 ) em relação a tensão no indutor.
Para fins de diagrama vetorial, utiliza-se a resultante, pois os vetores que representam a tensão no capacitor e a
tensão no indutor têm a mesma direção e sentidos opostos, condizentes com os efeitos capacitivos e indutivos.
Observando o diagrama, notamos que VLef é maior que VCef, portanto temos como resultante um vetor (VLef -VCef),
determinado um circuito com características indutivas, ou seja, com a corrente atrasada em relação à tensão.
No caso de termos VCef maior que VLef, obteremos um circuito com características capacitivas, ou seja, com a
corrente adiantada em relação à tensão, resultando num diagrama vetorial, como mostrado na figura abaixo.
Do diagrama temos que a soma vetorial da resultante com a do resistor é igual a da tensão da fonte. Assim sendo,
podemos escrever:
! ! !
𝑉!" = 𝑉!"# + 𝑉!"# − 𝑉!"#
!
dividindo todos os termos por temos 𝐼!" , temos:
! ! !
𝑉!" 𝑉!"# 𝑉!"# 𝑉!"#
= + −
𝐼!" 𝐼!" 𝐼!" 𝐼!"
onde:
𝑉!" 𝑉!"# 𝑉!"# 𝑉!"#
= 𝑍, = 𝑅, = 𝑋! 𝑒 = 𝑋!
𝐼!" 𝐼!" 𝐼!" 𝐼!"
!
portanto, podemos escrever 𝑍 ! = 𝑅 ! + 𝑋! − 𝑋! ou 𝑍 = 𝑅 ! + 𝑋! − 𝑋! ! que é o valor da impedância do
circuito.
O ângulo θ é a defasagem entre a tensão e a corrente no circuito e pode ser determinado por meio das relações
trigonométricas do triângulo retângulo, em que:
Como o circuito RLC-Série pode ter comportamento capacitivo ou indutivo, vamos sobrepor suas reatâncias,
construindo o gráfico abaixo.
Do gráfico da figura acima temos que para frequências menores que f0, XC é maior que XL e o circuito tem
características capacitivas, como já visto. Para frequências maiores que f0, XC é menor que XL e o circuito tem
características indutivas. Na frequência f0 temos que XC é igual a XL, ou seja, o efeito capacitivo é igual ao efeito
indutivo. Como estes efeitos são opostos, um anula o outro, apresentando o circuito características puramente
resistivas.
Este fato pode ser observado utilizando a relação para cálculo da impedância:
Como neste caso o circuito possui características resistivas, tensão e corrente estão em fase, assim sendo o
ângulo θ é igual a zero.
Como a frequência f0 anula os efeitos reativos, é denominada frequência de ressonância e pode ser determinada
igualando as reatâncias indutiva e capacitiva:
𝑓 = 𝑓! → 𝑋! = 𝑋!
1
2𝜋𝑓! 𝐿 =
2𝜋𝑓! 𝐶
2𝜋𝑓! ! 𝐿𝐶 = 1
1
𝑓! =
2𝜋 𝐿𝐶
A partir do estudo feito, podemos levantar o gráfico da impedância em função da frequência para o circuito RLC-
Série. Este gráfico é visto na figura abaixo.
Pelo gráfico observamos que a mínima impedância ocorre na frequência de ressonância e esta é igual ao valor da
resistência.
Podemos também levantar a curva da corrente em função da frequência para o mesmo circuito. Esta curva é vista
na figura abaixo.
Pelo gráfico observamos que para a frequência de ressonância a corrente é máxima (I0), pois a impedância é
mínima (Z = R).
Quando no circuito RLC-série tivermos o valor da resistência igual ao valor da reatância equivalente (𝑋! − 𝑋! ),
podemos afirmar que a tensão no resistor (VR), é igual à tensão na reatância equivalente (𝑉! − 𝑉! ). A partir disso
podemos escrever:
! ! !
𝑉!" = 𝑉!"# + 𝑉!"# − 𝑉!"#
como:
𝑉!"# = 𝑉!"# − 𝑉!"#
temos:
! ! !
𝑉!" = 𝑉!"# + 𝑉!"#
ou
! !
𝑉!" = 2𝑉!"# ∴ 𝑉!" = 2𝑉!"#
dividindo por R, temos:
𝑉!" 𝑉!"#
= 2
𝑅 𝑅
como 𝑉!" 𝑅 representa o valor de I0, ou seja, a corrente do circuito na frequência de ressonância, e 𝑉! 𝑅 a
corrente no circuito na situação da reatância equivalente e igual à resistência, podemos relacioná-las como:
𝐼!
𝐼! = 2 𝐼 𝑜𝑢 𝐼 =
2
Esse valor de corrente pode ocorrer em duas frequências de valores distintos, sendo denominadas
respectivamente de frequência de corte inferior (fCi) e frequência de corte superior (fCs). Na figura abaixo é
mostrado o gráfico da corrente em função da frequência com esses pontos transpostos.
A faixa de frequências, compreendida entre a frequência de corte inferior (fCi) e a frequência de corte superior (fCs),
é denominada da Largura de Banda (Bandwidth) (LB), podendo ser expressa por:
𝐿𝐵 = 𝑓!" − 𝑓!"
Prática
100nF
1) Monte o circuito da figura acima. Ajuste a tensão do gerador de sinais para uma onda senoidal de 10V
pico a pico.
2) Varie a frequência do gerador de sinais, conforme o quadro abaixo. Para cada valor ajustado, meça e
anote a tensão pico a pico no resistor.
3) Calcule o valor eficaz da tensão no resistor
4) Calcule o valor eficaz da corrente, utilizando 𝐼!" = 𝑉!" 𝑅
5) Calcule a impedância utilizando 𝑍 = 𝑉!" 𝐼!" , onde 𝑉!" é a tensão sobre a impedância RLC, ou seja, a
tensão da fonte!
100
500
1k
5k
10k
15k
20k
40k
60k
80k
100k
200k
300k
500k
1M
6) Utilizando o mesmo circuito ligado ao osciloscópio conforme a figura acima, meça os valores de 2a e 2b
para as frequências do quadro abaixo.
7) Calcule a defasagem entre tensão e corrente no circuito.
8) Construa os gráficos Z = f(f), Ief = f(f) e Δθ = f(f).
9) Determine a frequência de ressonância e as frequências de corte inferior e superior no gráfico Ief = f(f).
10) A partir dos dados obtidos, determine a Largura de Banda.
100nF
1mH
10 Vpico a pico
f (Hz) 2a 2b Δθ f (Hz) 2a 2b Δθ
100 60k
500 80k
1k 100k
5k 200k
10k 300k
15k 500k
20k 1M
40k
11) Varie a frequência do gerador de sinais até obter 2a = 0. Anote o valor desta frequência no quadro abaixo.
f0 (kHz)
Frequência
Tempo
I ef
Tempo
Frequência
Δθ
Tempo
Frequência
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ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Simulação 5
Circuito RLC-Série em Regime CA
Objetivo
Verificar o comportamento de um circuito RLC-Série.
Simulação
100nF
1) Simule o circuito da figura acima. Ajuste a tensão para uma onda senoidal de 10V pico a pico.
2) Varie a frequência do fonte, conforme o quadro abaixo. Para cada valor ajustado, meça e anote a tensão
pico a pico no resistor.
3) Calcule o valor eficaz da tensão no resistor
4) Calcule o valor eficaz da corrente, utilizando 𝐼!" = 𝑉!" 𝑅
5) Calcule a impedância utilizando 𝑍 = 𝑉!" 𝐼!" , onde 𝑉!" é a tensão sobre a impedância RLC, ou seja, a
tensão da fonte!
100
500
1k
5k
10k
15k
20k
40k
60k
80k
100k
200k
300k
500k
1M
6) Calcule a defasagem entre tensão e corrente no circuito para as frequências do quadro abaixo.
7) Construa os gráficos Z = f(f), Ief = f(f) e Δθ = f(f).
8) Determine a frequência de ressonância e as frequências de corte inferior e superior no gráfico Ief = f(f).
9) A partir dos dados obtidos, determine a Largura de Banda.
f (Hz) Δθ f (Hz) Δθ
100 60k
500 80k
1k 100k
5k 200k
10k 300k
15k 500k
20k 1M
40k
o
10) Anote o valor da frequência para qual a defasagem é zero (0 ).
f0 (kHz)
Tempo
Frequência
I ef
Tempo
Frequência
Δθ
Tempo
Frequência
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ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Experimento 6
Filtro Passa-Baixa
Objetivo
Verificar o funcionamento de um circuito RC atuando como filtro passa-baixa.
Componentes e Instrumentação
• Capacitor de poliéster ou cerâmico 100nF (104)
• Resistor 2,2kΩ.
• Osciloscópio Digital de Dois Canais e Ponteiras 1x e 10x
• Gerador de Funções
Introdução
O filtro passa-baixa é constituído por um circuito RC-Série em que a tensão de saída é a tensão sobre o
capacitor.
Para uma determinada frequência, quando a reatância capacitiva (XC) for igual à resistência (R), teremos a tensão
de saída (Vs) igual à tensão no resistor, que somadas vetorialmente resultam na tensão de entrada (Ve). Dessa
maneira, podemos escrever:
V! = V!! + V!!
onde
V! = V! = V! ∴ V! = V!! + V!! V! = 2V!!
!!
V! = V! 2 ou V! =
!
Essa frequência, em que temos a situação anterior descrita, é denominada frequência de corte (fc) e pode ser
determinada igualando o valor da reatância capacitiva (XC) com o valor da resistência (R).
! !
X! = 𝑅 ou = 𝑅 ∴ f! =
!!!! ! !!"#
A característica da tensão de saída em função da frequência de um filtro passa-baixa é vista na figura abaixo.
Com o diagrama vetorial construído do circuito da figura anterior, podemos determinar a defasagem entre a tensão
de saída e a tensão de entrada, utilizando a relação trigonométrica cos 𝜃 = V! V! . Esse diagrama é visto abaixo.
Como em baixas frequências V! = V! temos o caso cos 𝜃 = 1, portanto 𝜃 = 0! .
Prática
200
600
1k
1,4k
1,8k
2,2k
2,6k
3k
5k
3) Construa os gráficos de 𝑉! !" = 𝑓(𝑓) e ∆𝜃 = 𝑓(𝑓). Calcule a frequência de corte e indique-as nos gráficos.
Vs ef
Tempo
Frequência
Δθ
Tempo
Frequência
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Simulação 6
Filtro Passa-Baixa
Objetivo
Verificar o funcionamento de um circuito RC atuando como filtro passa-baixa.
Simulação
200
600
1k
1,4k
1,8k
2,2k
2,6k
3k
5k
3) Construa os gráficos de 𝑉! !" = 𝑓(𝑓) e ∆𝜃 = 𝑓(𝑓). Calcule a frequência de corte e indique-a nos gráficos.
Vs ef
Tempo
Frequência
Δθ
Tempo
Frequência
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Experimento 7
Filtro Passa-Alta
Objetivo
Verificar o funcionamento de um circuito RC atuando como filtro passa-alta.
Componentes e Instrumentação
• Capacitor de poliéster ou cerâmico 100nF (104)
• Resistor 2,2kΩ.
• Osciloscópio Digital de Dois Canais e Ponteiras 1x e 10x
• Gerador de Funções
Introdução
O filtro passa-alta é constituído pelo mesmo circuito RC-Série utilizado para construir um filtro passa-baixa,
somente que, neste caso, a tensão de saída é a obtida sobre o resistor. Este circuito é visto na figura abaixo.
Da mesma forma que no filtro passa-baixa, na frequência de corte, em que a reatância capacitiva (XC) é igual a
resistência (R), a tensão de saída (Vs) será dada por:
V!
V! =
2
Construindo o diagrama vetorial, por intermédio dele podemos determinar a defasagem entre a tensão de saída e
a tensão de entrada, utilizando a relação trigonométrica cos 𝜃 = V! V! . Este diagrama é visto na figura abaixo.
200
600
1k
1,4k
1,8k
2,2k
2,6k
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5k
3) Construa os gráficos de 𝑉! !" = 𝑓(𝑓) e ∆𝜃 = 𝑓(𝑓) para o circuito. Calcule a frequência de corte e indique-a
nos gráficos.
Vs ef
Tempo
Frequência
Δθ
Tempo
Frequência
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II
Simulação 7
Filtro Passa-Alta
Objetivo
Verificar o funcionamento de um circuito RC atuando como filtro passa-alta.
Simulação
200
600
1k
1,4k
1,8k
2,2k
2,6k
3k
5k
3) Construa os gráficos de 𝑉! !" = 𝑓(𝑓) e ∆𝜃 = 𝑓(𝑓). Calcule a frequência de corte e indique-a nos gráficos.
Vs ef
Tempo
Frequência
Δθ
Tempo
Frequência