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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

Movimento modernista

Modernismo

O Modernismo um movimento literário e artístico cujo objetivo era o rompimento com o tradicionalismo
(parnasianismo, simbolismo e a arte acadêmica), a libertação estética, a experimentação constante e,
principalmente, a independência cultural do país, foi a mais radical ruptura com o passado na história da arte. A
rebeldia modernista era tal que o movimento atacou a própria modernidade, ao mesmo tempo em que se sentia
muito entusiasmado pelos tempos modernos. A energia criativa do Modernismo, que se estendeu do final do
século XIX até os anos 60 no século XX, gerou um dos períodos culturais mais ricos da história. Foram tempos
em que as artes vivenciaram um experimentalismo nunca antes visto e em que se buscou incessantemente uma
total liberdade de expressão.
Tudo começou quando as principais características da modernidade passaram a ter um significativo impacto
cultural, representando um período de grandes transformações econômicas, sociais e culturais no Ocidente. Na
segunda metade do século XIX, a Revolução Industrial já havia provocado uma transformação radical com as
fábricas, as máquinas automatizadas, as ferrovias e a vertiginosa expansão dos centros urbanos; a vida
cotidiana começava a sofrer o impacto dos novos recursos de comunicação, graças às invenções do telégrafo,
do telefone e do rádio; politicamente, havia o fortalecimento dos Estados nacionais, a formação de poderosas
burocracias governamentais e os movimentos sociais de massa; o racionalismo e uma cultura secular ganhavam
terreno rapidamente frente à religiosidade e à união Igreja-Estado; as idéias otimistas do Iluminismo, de uma
sociedade baseada na razão, na ciência, na busca da verdade, no humanismo, na democracia liberal e na
liberdade rapidamente avançaram e prevaleceram. Além disso, os valores relacionados ao individualismo e ao
capitalismo se consolidavam, mas também eram contestados pelas idéias socialistas. Nesse agitado ambiente
surgiu o movimento modernista, que se manteve em evidência, com suas vanguardas e fragmentados
movimentos artísticos, desde o Expressionismo nas artes plásticas até o Concretismo na poesia, refletindo
amplamente as contradições e a vitalidade da modernidade.
Diante de novos conhecimentos, possibilidades e percepções do mundo, o ser humano teve de encarar uma vida
muito mais complexa e contraditória do que a de seus ancestrais. O efêmero, o gosto pelo novo e a renovação
constante passaram a fazer parte da rotina das pessoas. Para expressar e responder aos anseios e às angústias
dessa nova etapa da modernidade, a arte respondeu com experimentações radicais principalmente na literatura,
nas artes visuais, na arquitetura, no teatro, na dança e na música.
A revolução modernista na literatura começou a ser semeada entre 1855 e 1857 quando Walt Whitman laçou
“Folhas da Relva”, nos Estados Unidos, e Charles Baudelaire publicou “Flores do Mal”, na Europa. Dos dois
lados do atlântico, a vida e os valores da modernidade viravam poesia. Cerca de meio século depois, com os
lançamentos de “O Caminho de Swann”, de Marcel Proust, “Filhos e Amantes”, de D.H. Lawrence, “Os
Dublinenses”, de James Joyce, “Manifesto Vorticista”, de Ezra Pound, e “Morte em Veneza”, de Thomas Mann,
consolidava-se a estética modernista na literatura.
O individualismo exacerbado, a fascinação pela vida moderna e urbana e pela tecnologia, os temas cotidianos e
da cultura popular, uma linguagem inventiva, o que incluiu a incorporação da fala coloquial, dos versos livres e
da ruptura com os cânones literários, e narrativas fragmentadas e descontínuas foram algumas das principais
inovações que o Modernismo trouxe para a literatura.
No Brasil este movimento possui como marco simbólico a Semana de Arte Moderna, ponto alto de uma
movimentação de jovens artistas e intelectuais contra o academicismo artístico brasileiro que foi realizada em
1922 na cidade de São Paulo, devido ao Centenário da Independência; nesse clima tão propício, um grupo de
artistas e intelectuais, patrocinados por ricos fazendeiros e comerciantes de café, ocupou o Teatro Municipal de
São Paulo para mostrar sua nova e moderna arte. Logo ao entrar no saguão do teatro era possível ver uma
exposição de obras estranhas, modernas e exóticas. Seus autores eram novos nomes nas artes plásticas
nacionais, como Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro e Victor Brecheret. Após atravessar o
saguão e entrar na platéia, o público poderia assistir a uma conferência de Graça Aranha, cujo tema era “A
Emoção Estética na Arte Moderna”.
A cidade, que vivia um processo de urbanização e modernização frenético para os padrões da época, tinha a
atmosfera certa para abrigar os modernistas. Mas mesmo assim, assistiu estupefata, nos dias 13, 15 e 17 de
fevereiro de 1922, às apresentações de poesia, música, dança, artes plásticas, discursos e conferências. A elite
paulistana reagiu na maior parte das apresentações com vaias e insultos.
Desde uma década antes, as influências das vanguardas européias repercutiam no Brasil, como nas exposições
expressionistas do pintor Lasar Segall, em 1913, e de Anita Malfatti, em 1914 e 1917, ou nos versos livres da
obra “Carnaval”, de Manuel Bandeira, lançada em 1919. A este período chamamos de Pré-Modernismo (1902-
1922), no qual se destacam literariamente, Lima Barreto, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato e Augusto dos
Anjos; podemos ainda notar certa influência de movimentos anteriores como realismo/naturalismo,
parnasianismo e simbolismo, mas é somente a partir da movimentação em torno da Semana de Arte Moderna
que o Modernismo ganha um marco definitivo, ainda que tardiamente, no Brasil.
A primeira metade do século 20 assistiu a um verdadeiro florescimento literário modernista. Autores como
Virginia Woolf (“Orlando”, 1928), T. S. Eliot (“The Waste Land”, 1922), William Faulkner (“O Som e a Fúria”,
1929), Ernest Hemingway (“Por Quem os Sinos Dobram, 1940), Franz Kafka (“A Metamorfose”, 1915) foram
alguns dos expoentes do período. No Brasil, a partir de 1922, tem início o que chamamos de Primeira Fase do
Modernismo ou Fase Heróica (1922-1930), que se caracteriza por um maior compromisso dos artistas com a
renovação estética que se beneficia pelas estreitas relações com as vanguardas européias (cubismo, futurismo,
surrealismo, etc.), na literatura há a criação de uma forma de linguagem que rompe com o tradicional,
transformando a forma como até então se escrevia; algumas dessas mudanças são: a utilização do verso livre,
quase abandono das formas fixas – como soneto, fala coloquial e ausência de pontuação (Liberdade Formal), a
valorização do cotidiano e a reescritura de textos do passado; um componente nacionalista deu uma
particularidade a mais no modernismo na literatura. A partir dos manifestos da Poesia Pau-Brasil, Antropofágico,
Verde-Amarelismo, Grupo de Porto Alegre e Grupo Modernista-Regionalista de Recife procurou-se trazer as
novidades da vanguarda da arte internacional e incluir elementos nacionais. Mário de Andrade (“Macunaíma”,
1928), Oswald de Andrade (“Pau Brasil”, 1925), Manuel Bandeira (“Libertinagem”, 1930), Érico Veríssimo (“O
Tempo e o Vento”, 1949-1962), Graciliano Ramos (“Vidas Secas”, 1938) e Raquel de Queiroz (“O Quinze”, 1930)
foram alguns dos autores que se destacaram no modernismo literário brasileiro.
A revolução modernista também chegou às outras artes. No cinema, “Cidadão Kane”, dirigido por Orson Welles e
lançado em 1941, é um dos melhores exemplos da estética modernista na sétima arte. O filme trouxe várias
transformações tecnológicas e estilísticas, como os planos nada convencionais para a época – com tomadas de
baixo para cima, imagens distorcidas, focos diferenciados e efeitos de profundidade –, além de uma inusitada
iluminação e inovações na narrativa. No teatro, as peças de Luigi Pirandello (“Seis Personagens à Procura de
um Autor”, 1921) mudaram os rumos da dramaturgia. Na dança, os trabalhos do russo Vaslav Nijinsky e da
norte-americana Isadora Duncan deram novos padrões ao balé clássico.
Entre os modernistas, existiam os que viam a modernidade com um extremado e acrítico entusiasmo, como os
futuristas com sua exaltação da tecnologia, numa época em que o homem se extasiava com o surgimento do
avião, dos transatlânticos e do automóvel. Existiam também aqueles que se rebelaram contra alguns dos valores
modernos apesar de neles se inspirarem, como os dadaístas, um grupo de artistas refugiados em Zurique, que
protestavam contra a loucura da Primeira Guerra Mundial e buscavam denunciar um mundo sem sentido, com
sua ênfase num aparente irracionalismo, versos declamados em várias línguas, obscenos e agressivos.
Na década de 30, temos o início do período da Segunda Fase do Modernismo ou Fase de Consolidação (1930-
1945), que é caracterizada pelo predomínio da prosa de ficção. A partir deste período, os ideais difundidos em
1922 se espalham e se normalizam; os esforços anteriores para redefinir a linguagem artística se unem a um
forte interesse pelas temáticas nacionalistas, percebe-se um amadurecimento nas obras dos autores da primeira
fase, e também o surgimento de novos poetas, entre eles Carlos Drummond de Andrade.
Temos ainda a Terceira Fase do Modernismo (1945- até 1960), na qual a prosa dá sequência às três tendências
observadas no período anterior – prosa urbana, prosa intimista e prosa regionalista, com certa renovação formal;
na poesia há criação de um grupo de escritores que se autodenomina “geração de 45”, e que buscam uma
poesia mais equilibrada e séria, sendo chamados de neoparnasianos.

Principais representantes do Pré-Modernismo e do Modernismo no Brasil

• Pintura: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Candido Portinari, Rego Monteiro, Alfredo Volpi;
• Literatura: Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Augusto dos Anjos, Mário de Andrade, Oswald
de Andrade, Alcântara Machado, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Vinicius
de Morais, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge de Lima, José Lins do Rego, Ferreira Gullar, João
Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Olavo Bilac, Guilherme de Almeida, Ronald de
Carvalho, Ribeiro Couto, Raul Bopp, Graça Aranha, Murilo Leite, Mário Quintana, Jorge Amado, Érico
Veríssimo;
• Música: Alberto Nepomuceno, Heitor Villa-Lobos e Guiomar de Novais;
• Escultura: Victor Brecheret;
• Teatro: Benedito Ruy Barbosa; Nelson Rodrigues;
• Arquitetura: Lúcio Costa; Oscar Niemayer.

Fontes

Web:

• http://www.infoescola.com/literatura/modernismo/ • http://lazer.hsw.uol.com.br/modernismo2.htm
• http://lazer.hsw.uol.com.br/modernismo.htm • http://lazer.hsw.uol.com.br/modernismo3.htm

Páginas acessadas em 03/03/10 10:30 pm.

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