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SEGUNDA-FEIRA
Chegado ao Horto, disse aos que o acompanhavam: Orai para não cairdes
em tentação9. Antes de retirar-se para orar, o Senhor pede, pois, aos Apóstolos
que permaneçam também em oração. Sabe que dentro de breves horas se
verão a braços com uma forte tentação de escândalo, quando virem o Mestre
aprisionado. Anunciara-o durante a Última Ceia, e agora previne-lhes que não
poderão resistir à prova se não permanecerem vigilantes e orando.
O Senhor ensina-nos com o exemplo da sua vida qual deve ser a nossa
atitude fundamental: dialogar sempre filialmente com Deus. “Pois outra coisa,
em meu parecer, não é a oração mental, senão tratar intimamente com Aquele
que sabemos que nos ama e estar muitas vezes conversando a sós com Ele”14.
Temos que procurar manter-nos habitualmente na presença de Deus e
contemplar os mistérios da nossa fé; é um diálogo com o Senhor que não só
não deve interromper-se, como deve ser alimentado no meio de todas as
actividades. Mas é indispensável que seja mais intenso nos tempos que
dedicamos diariamente à oração mental, pois nesses momentos meditamos na
presença do Senhor, conversamos com Ele, sabendo que Ele nos vê e nos
ouve verdadeiramente. A par do preceito da caridade, talvez seja a oração um
dos pontos em que Jesus mais vezes insistiu na sua pregação.
Quando o sofrimento espiritual se torna de tal modo intenso que o faz entrar
em agonia, o Senhor dirige-se ao Pai numa oração cheia de confiança. Chama-
o Abba, Pai, e dirige-lhe palavras íntimas. Este é o caminho que também nós
devemos seguir. Na nossa vida, haverá momentos de paz espiritual e outros de
luta mais intensa, talvez de escuridão e de dor profunda, com tentações de
desalento... A imagem de Jesus no Horto mostra-nos como devemos proceder
nesses casos: com uma oração perseverante e confiada. Para avançar no
caminho da santidade, especialmente quando sentimos o peso da nossa
fraqueza, temos que recolher-nos em oração e em conversa íntima com o
Senhor.
Nenhuma pessoa deste mundo soube conviver com Jesus como sua Mãe
Santa Maria, que passou longas horas olhando-o, falando com Ele, tratando-o
com toda a simplicidade e veneração. Se recorrermos à nossa Mãe do Céu, em
breve aprenderemos a falar com Jesus cheios de confiança, e a segui-lo de
perto, muito de perto, até à sua Cruz.
(1) Lc 11, 1-3; (2) cfr. Mt 14, 23; Mc 1, 35; Lc 5, 16; etc.; (3) cfr. Lc 3, 21; (4) cfr. Lc 6, 12; (5)
cfr. Mc 6, 46; (6) cfr. Lc 9, 29; (7) São Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 119; (8) Lc 22,
39; (9) Lc 22, 40; (10) São Josemaría Escrivá, Sulco, n. 445; (11) Jo 15, 5; (12) cfr. Lc 18, 1;
(13) Josemaría Escrivá, Caminho, n. 89; (14) Santa Teresa, Vida, 8, 2; (15) Lc 22, 41-42; (16)
cfr. Mt 18, 19-20; (17) Mt 6, 6; (18) Conc. Vat. II, Const. Sacrossanctum Concilium, 10, 12; (19)
São Josemaría Escrivá, Caminho, n. 91; (20) Lc 22, 45-46; (21) Santa Teresa, Vida, 6, 3; (22)
cfr. São Josemaría Escrivá, Caminho, n. 368; (23) Preces de laudes, Liturgia das Horas da
segunda-feira da quarta semana da Quaresma; (24) São Josemaría Escrivá, Sulco, n. 464.