Uma

breve anlise cr0ca do

Fotojornalismo em cenrios de
choque

O Corpo Urbano Encontros de
Fotograa

Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Primeira guerra fotografada: Guerra Mexicano-Americana 1846-1848

Fotgrafo desconhecido

Guerra da Crimeia: Vale da Sombra da Morte 1855

Fotgrafo: Roger Fenton

Guerra da Crimeia, Regimento de Ociais 1855

Fotgrafo: Roger Fenton

[...] o homem, ao invs de se servir das imagens em funo

do mundo, passa a viver o mundo em funo das imagens
Vilm Flusser em: Ensaio Sobre a Fotograa para uma losoa da tcnica (1998)

Ociais, Guerra da Secesso 1861 - 1865

Fotgrafo: Mathew Brady

Trincheira em Fredericksburg, Guerra da Secesso 1861 - 1865

Fotgrafo: Andrew J. Russel

Batalha de Sedan, Guerra Franco-Prussiana 1870 - 1871

Fotgrafo: desconhecido

The photographs of the

muDled bodies of the dead
and wounded would be
suppressed not only to
a v o i d a h u m a n i t a r i a n
uprising like that during the
Vietnam War, but also
because in a game, in
principle, one does not die;

Paul Virilio em: Desert Screen War at the Speed of Light (1991)

Guerra do Golfo - 1991

Fotgrafo: desconhecido

O espao fotogrco, por sua vez, no dado.

Sequer construdo. , pelo contrrio, um espao
a tomar (ou a deixar), uma reDrada ao mundo,
uma subtraco que opera em bloco. O
fotgrafo no est na posio de cobrir um
enquadramento vazio e virgem, prvio. O seu
gesto consiste antes em subtrair, de um golpe,
todo um espao pleno, j preenchido, a um
conZnuo. A questo do espao, para o
fotgrafo, no introduzir mas arrancar,
inteiramente. Trata-se de extraco, sada de
uma innita conDguidade, e isso necessrio
insisDr qualquer que seja a construo prvia
de que a cena tenha sido objecto e quaisquer
que sejam os arranjos e manipulaes
posteriores (reenquadramentos, ampliao,
Philippe Dubois em: O Acto Fotogrco (1992)

montagem, etc.)

Martha Rosler Bringing the war home: House Beaucful series (1967-71)

1 Prmio categoria reportagem noecias gerais - World Press Photo 2010

Fotgrafo: Olivier Laban-Mahei

A imagem fotogrca tornou-se

habitual, banal, natural: pensamos
saber, ou melhor, esquecemo-nos de
que no sabemos exactamente o que
ela representa, o que ela implica, o que
ela faz e no faz, e esquecemo-nos
sobretudo de que ela existe j que,
como tcnica disponvel para gerir as
aparncias, que por ela se tornam elas
mesmas disponveis, o disposiDvo liga-
se assim ao domnio da mundaneidade
[...], desse existente disponvel que,
precisamente por estar disponvel,
n o s e m a n i f e s t a n a s u a
disponibilidade
Pedro Miguel Frade em Figuras do Espanto (1992)