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A CULTURA DE UM
exclusivamente de patrocinadores, nem do critério de
retorno de imagem. Projetos de teatro, música, leitura,
NOVO SÉCULO
bibliotecas, museus e patrimônio não podem depender
apenas do interesse de marketing das empresas para ter
seu reconhecimento e viabilizar suas atividades.
O Ministério da Cultura apresenta aos artistas, produtores,
empresas patrocinadoras da cultura e cidadãos em geral O Brasil do século XXI precisa acordar para a importância da
a nova lei de fomento e incentivo à arte e cultura. Este sua cultura: é na valorização dessa diversidade e no acesso
caderno informa os motivos e objetivos do projeto de lei a ela como direito de todos que poderemos formar uma
que visa substituir a Lei Rouanet. geração de cidadãos culturalmente ricos e plenos. Com
isso, fortalecemos nossa jovem democracia e ampliamos
Dezoito anos de vigência da Lei Rouanet geraram a liberdade de expressão de todos os brasileiros.
distorções, como uma concentração em termos territoriais
e de proponentes. Assim, não se consegue beneficiar o Hoje a cultura tornou-se uma economia estratégica no
conjunto da cultura brasileira. Nossa diversidade precisa mundo, que precisa do investimento público e privado.
hoje de mais recursos, distribuídos em todas as áreas e O poder público tem um papel central. Os recursos devem
segmentos, em todas as regiões, pois em todas elas se ser usados com critério e responsabilidade. O próprio
manifestam a riqueza de expressões e a demanda de Estado precisa se tornar capaz de agir com rapidez, avaliar
acesso à cultura. resultados e diminuir a burocracia.
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A nova lei fortalece o orçamento: cria um novo Fundo O novo projeto de lei fortalece a noção de cultura como
Nacional de Cultura à altura da demanda e da qualidade polo estratégico de um novo ciclo de desenvolvimento
da cultura nacional. Desburocratiza procedimentos e humano no país, ligado às metas de universalização do
estabelece uma gestão feita em parceria com a sociedade acesso, defesa da diversidade e fomento à criatividade
o setor cultural. Garante, assim, que os recursos cheguem cultural, além do desenvolvimento da economia da cultura
direto ao projeto, sem intermediários, sem despachantes no Brasil, que já responde por cerca de 5% do universo
e sem burocracia desnecessária. de trabalhadores, apesar da informalidade ainda muito
presente. A nova lei amplia os recursos de financiamento
à cultura, com equilíbrio entre o orçamento público (com
recursos da União, mas também por
meio do incentivo fiscal às empresas)
e de fontes da iniciativa privada,
de forma a constituir um sistema
integrado e autossustentável.
Renúncia 2009
UF %
sp 34,79
Maior captação
rj 34,62
mg 9,40
rs 5,63
df 3,28
Norte
0,45%
pe 2,90
pr 2,24
Nordeste
sc 1,81
ba 1,79
ce
go
1,25
0,41
6,91%
pa 0,31
es 0,30
pi 0,30 Centro-oeste
ma
pb
0,19
0,17
3,84%
se 0,15
Sudeste
79,11%
rn 0,14
mt 0,10
am 0,08
ms 0,05
rO 0,05
Sul
al 0,02
ap 0,01
Menor captação
ac
rr
0,00
0,00
9,69%
to 0,00
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Muitos balcões e um padrão de escolha Boa parte da cultura brasileira não cabe na renúncia
fiscal. conheça Alguns dos 30 segmentos que,
Os números revelam que o mecenato não estimulou somados, são apoiados com apenas 14% do total
o pluralismo, seja regional, cultural, estético. Nem se
baseou em critérios públicos, na medida em que a escolha
do patrocinador muitas vezes se pauta pelo reforço de História Cultura Popular
distribuído via renúncia fiscal, representando 80% do total. Distribuição Audiovisual Cultura Indígena
Capacitação Mímica
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*Só 14% dos brasileiros vão ao cinema uma vez por mês
*Fonte: ibge
A consulta pública gestores e sociedade. A proposta que o governo colocou
amadureceu
na internet trouxe a espinha dorsal da mudança. Mas os
milhares de vozes, sugestões e opiniões trouxeram avanços
a proposta
e aperfeiçoamentos ao texto original do Executivo.
A nova lei será a primeira a incorporar a ratificação da Acréscimo de critérios ao texto, evitando que
Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade os critérios ficassem na regulamentação
das Expressões Culturais da Unesco, da qual o Brasil é país
signatário ao lado de mais de 100 países. A convenção Fim da tributação dos projetos incentivados
afirma que os países devem adotar políticas públicas de
cultura em favor da diversidade cultural. Período de transição entre a lei antiga e a nova
À CULTURA E ARTE
a vida do proponente e diminuir a burocracia. Além
do convênio, serão concedidas bolsas e prêmios. A
prestação de contas será bem mais simples e terá
Mais recursos e como foco os resultados do projeto. Deixa de ser
melhor aplicação obrigatória a contrapartida financeira de 20%, que no
passado excluiu e colocou na inadimplência milhares
A nova Lei apresenta um Fundo de artistas e produtores.
com recursos próprios, adota
critérios objetivos no corpo
da legislação e oferece novos
mecanismos de apoio aos
projetos culturais. Veja a seguir
FIM DA TRIBUTAÇÃO DOS PROJETOS CULTURAIS
os detalhes do projeto.
O projeto da nova lei supre uma lacuna importante da Lei
Rouanet ao deixar claro que os projetos que recebem subsídio
via fundo ou renúncia fiscal não são tributados, a não ser nos
eventuais rendimentos que obtenham. Além disso, o artigo
tem efeito retroativo: os artistas e produtores que vêm sendo
autuados pela Receita Federal serão anistiados.
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Os novos fundos setoriais Os novos fundos (confira abaixo) devem trabalhar o fomento à
produção, circulação, formação, gestão pública e empresarial,
Para melhor assumir a diversidade de temas e linguagens instalação de equipamentos, crítica, acervos, pensamento e
e aumentar a eficiência da destinação dos recursos, reflexão de cada um dos segmentos.
serão criados oito fundos setoriais. A solução se baseia
em experiências como a do Fundeb, do Ministério da Fundo Setorial das Artes Visuais
especialistas na área de enquadramento do projeto e com E são instaladas as CNICs setoriais, que permitem um
ampla participação da sociedade civil, o que agilizará a análise acompanhamento mais especializado e dinâmico
dos projetos (que cumprirá prazos rigorosos), garantindo a da evolução de cada setor da cultura. A rede de
pareceristas especializados acrescentará igualmente
preservação de um patrimônio recentemente conquistado
um aporte de conhecimento e autonomia para a
pela sociedade brasileira: a liberdade de expressão.
avaliação de cada projeto.
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Os maiores patrocinadores
sinalizam investimento
mínimo de 20%
Uma iniciativa que
Adoção de critérios públicos irá alavancar a 100% de renúncia
economia cultural, para projetos O direito autoral será
de uso dos recursos
podendo arrecadar culturais com preservado e ganha
Todas as áreas da cultura até R$7 bilhões potencial de retorno fim educacional
podem obter a faixa em investimentos comercial. O índice após terminar a vida
máxima de renúncia ao ano vai baixar depois comercial do produto
Apenas duas faixas Não existia Não saiu do papel O governo financia
(de 30% e 100%) porque não tinha projetos com 100%
incentivo fiscal de renúncia e depois
Baixo investimento privado recompra o mesmo
produto para
Ausência de critério uso educacional,
não comercial
Arbítrio: música popular e
outras áreas com apenas
30% de renúncia
1. Criação de sete novos fundos setoriais
Artes Visuais / Artes Cênicas / Música / Acesso e Diversidade / Patrimônio e Memória /
Livro, Leitura, Literatura e Humanidades / Ações Transversais e Equalização
3. Associação a resultados
Coprodução de projetos com potencial retorno comercial. Em caso de
Repasse automático de sucesso econômico, a parte proporcional ao aporte público retorna
30% dos recursos do Fundo
Nacional de Cultura para 4. Crédito e microcrédito
estados e municípios Empréstimo a empreendimentos culturais, por meio de instituições de crédito
Não era feito Sem divisão setorial e com baixa variedade de mecanismos
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