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RESUMO
ABSTRACT
The Complementary Law n.º 123 of 14 December of 2006, it regulates the Treatment Favored to the
Microcompanies and Small Business Companies. The law not only aims at the improvement of the
conditions of these companies and its permanence in the market, but its main purpose is the reduction
of the informality and to increase jobs registered in work wallet, with reduction of the tax burden. The
differentiated treatment possibility the companies fit in this law, they will have priority in licitations,
generating competition with the larger companies and agility in opening and closing the company for
it registers in a central cadastre. The National Statute of the Microcompany and the Small Business
Company reduction of tributary duty for exportations, being therefore more concurrence than the
business.
Keywords: Microcompany. Small business company. Concurrence business. Tax burden. Treatment
Favored. Tributes.
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Advogado e pós-graduando em Direito Empresarial pela Universidade Estadual de Londrina.
1 INTRODUÇÃO
2 CONCEITO DE TRIBUTO
A lei era imposta pelo próprio monarca, mas no decorrer da evolução social e da
construção do Estado Democrático de Direito, o tributo atualmente deve estar pautado no
Princípio da Estrita Legalidade, pelo qual somente será criado ou majorado, mediante
previsão legal.
Marcos Cláudio Acquaviva (2004, p. 1.355) define o tributo a partir da necessidade
compulsória de recursos pelo Estado:
O Código Tributário Nacional – CTN – define o tributo no artigo 3º, caput, como
sendo: “[...] toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada”.
Regina Helena Costa (2005, p. 25) expõe a seguinte definição legal de tributo:
A definição legal, conquanto algo redundante, pela ênfase dada ao caráter pecuniário
da prestação, faz compreender a natureza do tributo. Trata-se de uma relação
jurídica mediante a qual o credor ou sujeito ativo – no caso, o Fisco – pode exigir o
devedor – o sujeito passivo ou contribuinte – uma prestação em dinheiro. É uma
obrigação ex lege, vale dizer, nasce pela simples realização do fato descrito na
hipótese de incidência prevista em lei, sendo, portanto, compulsória.
O caráter pecuniário da prestação tributária quer dizer que a prestação deve ser feita
em moeda, e a compulsoriedade dessa prestação, idéia com o qual o Código
Tributário Nacional buscou evidenciar que é o dever jurídico de prestar o tributo é
imposto pela lei, abstraída da vontade das partes que vão ocupar os pólos ativo e
passivo da obrigação tributária, opondo-se, dessa forma, a compulsoriedade do
tributo à voluntariedade de outras prestações pecuniárias.
O texto do artigo expressa as seguintes alternativas: “em moeda” ou “cujo valor nela
se possa exprimir”. Nesse sentido, pode ser compreendido que a contribuição pecuniária não
precise necessariamente ser em dinheiro, mas em bem ou em patrimônio passível de ser
quantificado o seu valor em moeda.
Desta expressão, Kiyoshi Harada (2006, p. 325) ressalta que:
A forma usual de satisfazer o tributo é em moeda corrente; porém, nada impede que
o pagamento do tributo seja feito por algo equivalente à moeda, desde que a
legislação ordinária de cada entidade tributante assim determine, como faculta o
Código tributário Nacional.
[...] ao agregar a cláusula “ou cujo valor nela se possa exprimir”, pois com isso
ampliou exageradamente o âmbito das prestações tributárias. Nota-se que quase
todos os bens são suscetíveis de avaliação pecuniária, principalmente o trabalho
humano que ganharia a possibilidade jurídica de formar o substrato de relação de
natureza fiscal. Com base nessa premissa, alguns entenderam que o serviço militar,
o trabalho nas mesas eleitorais e aquele desempenhado pelos jurados realizariam o
conceito de tributo, já que satisfazem às demais condições postas pelo citado
preceito.
Essa expressão serve para distinguir o tributo da multa, que sempre representa uma
sanção pecuniária pela prática de ato ilícito. É claro que o descumprimento de
normas tributárias, também, gera imposição de penalidade pecuniária.
Sendo assim, o tributo não tem sua origem pelo cometimento do ato ilícito, e sim
pela relação jurídica instituída em lei, que define as hipóteses de incidência tributária e o fato
gerador que originam a obrigação do pagamento.
Atos vinculados seriam aqueles em que, por existir prévia e objetiva tipificação legal
do único possível comportamento da administração em face de situação igualmente
prevista em termos de objetividade absoluta, a administração ao expedi-los não
interfere com apreciação subjetiva alguma.
3 ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
3.2.1 Impostos
3.2.2 Taxas
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
As taxas devem ter vinculação com o Estado, tendo em vista que o fato gerador
ocorre por uma atuação estatal específica, podendo ser pelo exercício do poder de polícia, ou
pela prestação de serviço público específico e divisível (AMARO, 2006, p. 30).
Elas podem ter como fato gerador, o exercício do poder de polícia, definido no artigo
78 do CTN, ou seja, cabe ao Estado fiscalizar a atuação do indivíduo, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, em razão do interesse público. E a cobrança da
taxa tem o objetivo de custear as despesas por esta atividade da administração pública.
A taxa sobre serviço, prevista no artigo 80 do CTN, diz respeito àqueles serviços
suscetíveis de serem fruídos isoladamente por usuário, não sendo taxáveis os indivisíveis,
como os de conservação de vias e logradouros públicos e de iluminação pública. Assim, o que
ocorre é que a taxa será devida por estar o serviço à disposição do contribuinte e não pela sua
efetiva utilização.
O escopo das taxas não é o enriquecimento do Estado e sim o pagamento de uma
prestação do serviço público ou o exercício do poder de polícia, que impõe restrições aos
exercícios individuais e de propriedade, na defesa do bem coletivo. Nota-se que na taxa de
serviço, mesmo não sendo utilizado o serviço, ela pode ser cobrada normalmente, pois o
serviço encontra-se à disposição do contribuinte e visa ao bem comum (HARADA, Kiyoshi,
2006, p. 329).
A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo
como limite total à despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor
que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
A cobrança desse tributo será legítima sempre que ocorrer a execução de obra
pública e, conseqüentemente, acarrete a valorização imobiliária, fundada no princípio da
equidade, não sendo justo que toda comunidade arque com os custos de uma obra pública
quando esta promove um incremento patrimonial especificamente para certas pessoas
(HARADA, Kiyoshi. 2006, p. 331).
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá
instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que:
I – será opcional ao contribuinte;
II – poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por
Estado;
III – o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela dos
recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer
retenção ou condicionamento;
IV – a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos
entes federados, adotada cadastro nacional único de contribuintes.
1
Lei n.º 10.406 de 10 de janeiro de 2002.
A arrecadação dos tributos que podem ser cobrados de forma unificada são
realizadas mediante documento único, ou DARF Simples, instituídos pelo Comitê Gestor.
A ME e EPP, na hipótese de possuírem filiais, deverão ter os recolhimentos dos
tributos do Simples Nacional realizados pela empresa matriz.
Os tributos devidos deverão ser pagos segundo códigos específicos, para cada
receita, discriminadas as receitas decorrentes da revenda de mercadorias, da venda de
mercadorias industrializadas, da prestação de serviços, bem como a de locação de bens
móveis, da venda de mercadorias sujeitas à substituição tributária e as decorrentes de
exportação de mercadorias para o exterior, inclusive as vendas realizadas por meio de
comercial exportadora ou de consórcio.
Os valores mensais devidos pelas empresas serão determinados com base na tabela
da Lei Complementar nº 123/2006 e, para efeito de determinação da alíquota, a ME e EPP
utilizam a receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração, ou
proporcionais aos meses de atividade no período. O valor não pago até o vencimento estará
sujeito à incidência de encargos na forma prevista em legislação.
Devem ser arrecadados os seguintes impostos federais: sobre a Renda da Pessoa
Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e
Contribuição para Programas de Integração Social e de Formação de Patrimônio do Servidor
Público (PIS/PASEP) e a Contribuição Patronal ao Instituto Nacional da Seguridade Social
(INSS); estadual: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); e municipal:
Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza (ISS), realizadas de forma unificada em
documento único, cessando os antigos regimes especiais de tributação da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
5 CONCLUSÃO
cadastro da empresa, mesmo possuindo débitos tributários, mas, nesse caso, os sócios
responderão pelos débitos existentes.
Após a entrada em vigor do Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de
Pequeno Porte, outras empresas com atividades diversas, passaram a optar pelo Simples
Nacional desde que enquadradas nos requisitos de receita bruta ou do exercício da atividade.
Pela Lei nº 9.317/96, as empresas impossibilitadas de optar pelo Simples Federal
deveriam calcular os valores dos tributos de forma separada, informar vários dados no
decorrer de suas declarações e com vencimentos em datas distintas, sendo obrigada a efetuar
vários pagamentos. As empresas poderiam optar pelo regime diferenciado, mas desde que
existisse convênio celebrado entre União, Estados e Municípios.
Diferentemente, com a Lei Complementar n.º 123/06, a arrecadação é realizada
mensalmente, fundamentada na mesma base de cálculo, escrituração contábil e fiscal únicas,
para o pagamento das contribuições dos impostos federais (IRPJ, PIS/PASEP, COFINS, IPI,
INSS sobre a folha de salários), estadual e distrital (ICMS) e municipal (ISS). No Simples
Nacional, as alíquotas são mais práticas e os cálculos simplificados.
A base de cálculo estabelecida na Lei Complementar nº 123/06, optante do Simples
Nacional, é realizada pela média da receita bruta auferida nos doze últimos meses do período
de apuração. Além disso, também inovou ao prever a opção da empresa ser tributada com
base na receita bruta auferida no mês, isoladamente, conforme regras editadas pelo Comitê
Gestor, opção essa que será irretratável para todo o ano-calendário.
A Lei Complementar nº 123/06 trouxe grande avanço e flexibilização nas atividades
empresariais das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, reduzindo os encargos
tributários e tornando a atividade empresarial menos onerosa, possibilitando o seu
desenvolvimento e a concorrência no mercado, além do cumprimento das obrigações sociais,
reduzindo a informalidade.
REFERÊNCIAS
ACQUAVIVA. Dicionário jurídico brasileiro. 12. ed. São Paulo: Jurídica Brasileira, 2004.
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
FABRETTI, Láudio Camargo. Prática tributária da micro, pequena e média empresa. 6. ed.
São Paulo: Atlas, 2006.
HARADA, Kiyoshi. Direito financeiro e tributário. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
MACHADO, Hugo de Brito. Comentários ao código tributário nacional. São Paulo: Atlas,
2003.
______. Curso de direito tributário. 26. ed. São Paulo: Malheiros, 2005.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Elementos de direito administrativo. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 1980.
MEYRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 5. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1977.