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Efeito Estocástico:
• Leva à transformação celular. Sua causa deve-se a alteração aleatória no DNA de
uma única célula que continua a se reproduzir. Quando o dano ocorre em célula
germinativa, efeitos genéticos ou hereditários podem ocorrer.
• Não apresenta limiar de dose: o dano pode ser causado por uma dose mínima de
radiação. Tumores altamente malignos podem ser causados por doses baixas e
outros benignos por doses altas. A severidade é constante e independente da dose;
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• A probabilidade de ocorrência é função da dose;
• São difíceis de serem medidos experimentalmente, devido ao longo período de
latência.
Exemplos: câncer, (leucemia de 5 a 7 anos; tumores sólidos de 15 a 10 anos ou mais),
efeitos genéticos.
A severidade de um determinado tipo de câncer não é afetada pela dose, mas sim,
pelo tipo e localização da condição maligna. Os resultados até o momento parecem indicar
que, em indivíduos expostos, além de câncer e tumores malignos em alguns órgãos,
nenhum outro efeito estocástico é induzido pela radiação.
Efeito Determinístico:
• Leva à morte celular
• Existe limiar de dose: os danos só aparecem a partir de uma determinada dose.
• A probabilidade de ocorrência e a gravidade do dano estão diretamente relacionadas
com o aumento da dose.
• Geralmente aparecem num curto intervalo de tempo;
Exemplos: catarata, leucopenia, náuseas, anemia, esterilidade, hemorragia, eritema e
necrose.
A morte de um pequeno número de células de um tecido, resultante de exposição à
radiação, normalmente não traz nenhuma conseqüência clínica observável. Para indivíduos
saudáveis, dependendo do tecido irradiado, nenhum indivíduo apresentará dano para doses de até
centenas ou milhares de miliSieverts. Acima de um valor de dose (limiar), o número de indivíduos
manifestando o efeito aumentará rapidamente até atingir o valor unitário (100%). Isto decorre das
diferenças de sensibilidade entre os indivíduos.
Efeitos Somáticos são aqueles que ocorrem no próprio indivíduo irradiado. Podem
ser divididos em efeitos Imediatos e efeitos Tardios. Nos Efeitos Genéticos os danos
provocados nas células que participam do processo reprodutivo de indivíduos que foram
expostos à radiação, podem resultar em defeitos ou mal-formações em indivíduos de sua
descendência.
Os Efeitos Somáticos das radiações são aqueles que afetam apenas os indivíduos
irradiados, não se transmitindo para seus descendentes. Os efeitos somáticos classificam-se
em:
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Efeitos imediatos: aqueles efeitos que ocorrem em um período de horas até algumas
semanas após a irradiação. Como exemplos de efeitos agudos provocados pela ação de
radiações ionizantes pode-se citar eritema, queda de cabelos, necrose de tecido, esterilidade
temporária ou permanente, alterações no sistema sangüíneo, etc.
Efeitos tardios: quando os efeitos ocorrem vários meses ou anos após a exposição à
radiação. Exemplos dos efeitos crônicos são: o aparecimento de catarata, o câncer, a anemia
aplástica, etc.
Hormese
Hormese significa algum evento que é perigoso em altas doses, mas torna-se
benéfico em baixas doses. Os exemplos mais comuns são os elementos químicos presentes
no corpo humano tais como Li, Cd, Se, radiação UV, que são essenciais ao nosso
organismo porem se tornam letais se presentes em altas doses no nosso organismo. Os
estudiosos que apoiam essa teoria acreditam que a Hormese vale para as radiações
ionizantes. De acordo com essa teoria, em baixas doses, o sistema imunológico ficaria
ativado. No entanto esses são apenas estudos epidemiológicos.
A exposição pré-natal pode ser perigosa para o embrião ou feto devido a sua alta
radiosensibilidade. Estudos baseados nas explosões nucleares de Hiroshima e Nagasaki
demonstraram as seguintes correlações entre efeitos mais prováveis e a fase de gestação
quando ocorreu a irradiação.
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•Transmissividade: o dano biológico não se transmite. O que pode ser transmitido é
o efeito hereditário em células reprodutivas danificadas
Fatores de Influência: pessoas que receberam a mesma dose podem não apresentar o
mesmo dano. O efeito biológico é influenciado pela idade, sexo e estado físico. Para uma
mesma quantidade de radiação os efeitos biológicos resultantes podem ser muito diferentes.
• Evitar os efeitos determinísticos, uma vez que existe um limiar de dose. Manter as
doses abaixo do limiar.
• Prevenir os efeitos estocásticos fazendo uso de todos os recursos disponíveis de
proteção radiológica.
• Para efeito de segurança em proteção radiológica, considera-se que os efeitos
biológicos produzidos por radiações ionizantes sejam Cumulativos.
• Câncer é a principal preocupação de Proteção Radiológica. E difícil se distinguir se
o câncer foi, ou não induzido por radiação.