Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Autntica, 2011.
Na percepo emprica, em que as palavras se decompuseram, elas
possuem, paralelamente, ao seu lado simblico, mais ou menos escondido, um
explcito significado profano. Cabe ao filsofo restituir pela representao o
primado do carter simblico da palavra, no qual a ideia chega ao seu
autoconhecimento, que o oposto de toda a comunicao orientada para o
exterior. P. 25
no se trata de presentificao de imagens por via intuitiva; pelo contrrio, na
contemplao filosfica a ideia enquanto palavra solta-se do recesso mais
ntimo da realidade, e essa palavra reclama de novo os seus direitos de
nomeao. (...) na origem dessa atitude, no est, em ltima anlise, Plato,
mas Ado, o pai dos homens no papel de pai da filosofia. (...) nele se confirma
o estado paradisaco por excelncia, aquele que ainda no tinha de lutar com o
significado comunicativo das palavras. P. 25
A representao de uma ideia no pode em caso algum dar-se por conseguida
antes de se ter percorrido virtualmente todo o crculo de todos os extremos nela
possveis. P. 35
J a potica barroca alem, afirma-nos Benjamin, preocupava-se com de que
maneira o trgico poderia atender o lema et prodesse volunt et delectare
poetae (lema renascentista e no horaciano, como nos alerta Carpeaux p. 34,
que identifica em Alessandro Piccolomini a soluo para o teor exclusivo
latente na conjuno aut do lema horaciano, valor que tornaria a literatura ou
um divertimento ftil e inconsequente, ou um objeto moralizante srio). O
problema resolveu-se na compreenso de que o deleite da obra est na sua
montagem soluo pouco original de observarmos que Aristteles j
apontava para a mmese a capacidade de ser agradvel a despeito do
contedo.
Por isso, no