Вы находитесь на странице: 1из 3

1

“A Execução contra a Fazenda Pública e as polêmicas atuais sobre as precatórias.”

Primeiramente é necessário esclarecer algumas características do Processo de


Execução o qual está expresso no artigo 566 do CPC a sua competência, a mais
importante é que o Processo de Execução é uma ação própria da qual não é
necessário o convencimento por parte do juiz, pois é certa a existência do título
executivo, sendo este um instrumento processual disponível ao credor para exigir o
adimplemento forçado da obrigação, satisfazendo o exeqüente, sendo que neste
trabalho configura como devedor a Fazenda Pública. É também relevante lembrar o
significado de Carta Precatória, sendo esta um instrumento utilizado pela Justiça, no
qual o juiz utiliza para pedir a outro juiz de comarca diferente para citar o réu, ou
testemunhas a comparecerem aos autos. No título em questão as Cartas
Precatórias são expedidas pelos juízes da execução aos Presidentes dos Tribunais
de Justiça, com o objetivo de que por seu intermédio, autorizem e expeçam as
respectivas ordens de pagamento às repartições pagadoras.
Nos processos de Execução contra a Fazenda Pública, prevista no artigo 730 do
CPC há a exigibilidade de citar a devedora, sendo esta citação causa de nulidade do
bom andamento do processo caso não seja realizada.
A execução contra a Fazenda Pública, ou seja, os pagamentos devidos pela
Fazenda Pública Federal, Estadual, Distrital e Municipal serão realizados
exclusivamente na ordem cronológica de apresentação de Precatórios, conforme
artigo 100 da Constituição Federal e seus incisos, em virtude de sentença judiciária.
Ainda a título de esclarecimento é mister dizer que a expedição do precatório
depende do prévio transito em julgado, o precatório e a requisição de pequeno valor
só devem ser expedidos após o trânsito em julgado da decisão cognitiva e da
decisão executória, não necessariamente nesta ordem. Uma vez transitado em
julgado o processo de execução contra a Fazenda Pública, caberá ao juízo de 1°
grau da execução elaborar a precatória e encaminhá-la ao presidente do Tribunal a
que está sujeita a decisão exeqüenda, sendo na seqüência repassado ao ente
condenado para que este inclua em orçamento até o dia 1° de julho do corrente ano,
aquela despesa para pagamento, art.100, §5°CF.
2

É nítido que a Fazenda Pública possui uma soberania no processo em que se


enquadra como devedora, no qual o credor deve aguardar uma vasta tirania para
alcançar seu credito devido.
Existe hoje uma discussão doutrinária sobre a impenhorabilidade dos bens públicos,
pois o artigo 37 CF diz que os atos administrativos devem seguir os princípios de
legalidade, impenhorabilidade, moralidade, publicidade e eficiência. No entanto, o
artigo 731 CPC libera, ordena o seqüestro da quantia necessária para satisfazer o
débito, confirmando assim outra condição excepcional estabelecida na Constituição
Federal, artigo 100, §6°, que permite nas hipóteses de preterição do direito do credor
da Ordem Cronológica, pleitear perante o Presidente do Tribunal, que expediu a
ordem, após ouvir o chefe do Ministério determinar o seqüestro da quantia
necessária à satisfação do débito. Adicionado a este parágrafo o §11, também
faculta ao credor a possibilidade de adquiri um imóvel público de maneira
compensatória da dívida com a União. Concluindo assim que estas são exceções a
regra de impenhorabilidade dos bens públicos.

Apesar de todas essas ferramentas que o judiciário fornece ao particular para poder
proteger seu direito de receber uma dívida pública, o Estado assume um papel
soberano sobre o Direito Privado e também o papel de péssimo pagador,
sustentando que o dinheiro público é o objeto de maior resguardo por parte do
legislador. O que se tem observado é o crescente aumento da dívida pública das
quais os governantes se preocupam, pois podem gerar perda de credibilidade
especialmente as que se resumem a empréstimos e a despesas de fornecimento de
mercadorias ou prestação de serviços. Entretanto, outras dividas como indenização,
salários e outros das quais não acrescentam riscos a preservação de créditos
passam por difíceis e exaustivos tempos de espera, gerando insatisfações e revoltas
a soberania e imunidade da Administração Pública.
Nota-se que muitas das decisões são baseadas em ações políticas e não jurídicas
do Estado, pois o judiciário não pode usar de força para compelir à obediência ao
seu preceito, não tem instrumento para satisfazer o credor, não há execução
forçada, saldando assim as dívidas que geram benefícios ao próprio Estado para
não criar dificuldades de contratação do setor privado para ajudá-lo a cumprir seus
planos políticos durante o mandato do chefe do governo atual.
3

Вам также может понравиться