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Todos os seres vivos possuem um código genético. Sendo assim a maioria dos biólogos
acredita que toda a vida existente na Terra descenda de um único ancestral, um ancestral
comum para todos os seres vivos: o Último Antepassado Comum Universal.
Padrão básico
Podemos comparar os membros superiores do ser humano com as nadadeiras anteriores
de uma baleia, as patas anteriores do cavalo e as asas de um morcego. Ao observamos a
estrutura óssea desses membros percebemos que todos possuem um padrão básico, apesar
de desempenharam diferentes funções: segurar as coisas, nadar, correr e voar. Os órgãos
diferentes desses organismos que compartilham de uma estrutura básica comum indicam
que existe um ancestral comum a todos eles.
Parentesco evolutivo
Ao observar o desenvolvimento embrionário (embriologia) dos vertebrados podemos
constatar que todos têm um padrão básico desenvolvimento, o que é mais um indício do
parentesco evolutivo existe entre eles.
A vida na Terra
Nosso planeta se originou a cerca de 4,6 bilhões de anos. A existência da Terra está
dividida em eras geológicas. O período desde a formação do planeta até 570 milhões de
anos atrás é conhecido como era Pré-cambriana. Foi no início dessa era geológica que
surgiram moléculas com capacidade de autoduplicação, essas seriam as moléculas que
anunciaram a origem vida.
A atmosfera terrestre possuía uma composição diferente da atual. Acredita-se que essa
era composta pelos gases metano, amoníaco, hidrogênio e vapor de água. As fortes
descargas de relâmpagos e os raios ultravioleta vindos do sol, teriam promovido uma
grande variedade de reações químicas nessa atmosfera. Dessas reações surgiram, entre
outras, moléculas orgânicas simples como álcoois, aminoácidos e açúcares.
Essas moléculas teriam sido arrastadas da atmosfera para os mares pelas chuvas. Nos
mares, teriam sido reunidas e formando moléculas orgânicas mais complexas, como as
proteínas. As proteínas em meio ácido teriam se aproximado, e formado aglomerados
conhecidos como coacervados ou se aproximaram pela variação da temperatura, que
ocorria no meio, formando pequenas gotas conhecidas como microsferas.
Várias teorias
Outras explicações sobre a origem da vida também são aceitas. Para alguns cientistas as
moléculas precursoras da vida foram formadas no fundo dos mares, próximos as a regiões
que emitem água que foi aquecida pela lava que saiu do subsolo. Essa água é rica em gás
sulfídrico, o qual é utilizado por um tipo de bactéria para produzir alimento. Essas
moléculas estariam protegidas das intempéries: dos meteoros e da evaporação.
Podemos, ainda, acreditar que as primeiras moléculas orgânicas tenham caído na Terra
com cometas e meteoros. De qualquer forma uma parte da comunidade científica acredita
que as moléculas orgânicas teriam ficado grudadas à argila formando concentrados de
moléculas e assim interagido, produzindo novas moléculas orgânicas capazes de se
duplicar.
Dessa forma os primeiros seres vivos deveriam ser bastante simples. Existem, ainda hoje,
algumas bactérias, as arqueobactérias (arquenanas), capazes de viver em locais ermos
como fontes de água quente, lagos salgados e pântanos. Acredita-se que as arqueanas
seriam os seres que mais se assemelham aos primeiros seres vivos, embora sejam seres
bem mais complexos. Esses primeiros seres vivos cresciam e partiam-se em pedaços,
conservando características do ser original, perpetuando assim sua linhagem,
reproduzindo-se.
Alguns cientistas acreditam que os primeiros seres vivos, que se alimentavam das
substâncias orgânicas das quais foram formados, eram seres heterótrofos, pois não eram
capazes de produzir seu próprio alimento. Outros cientistas acreditam que eles obtinham
energia a partir de reações químicas, fabricando suas próprias substâncias a partir das
substâncias inorgânicas.
O papel da fotossíntese
O aparecimento da fotossíntese, a produção de alimento a partir de substâncias
inorgânicas simples utilizando-se da energia radiante (luminosa), foi um passo
importantíssimo e decisivo na história da vida na Terra. Acredita-se que inicialmente a
fotossíntese tinha como reagentes o gás carbônico e sulfeto de hidrogênio, como ocorre
nas sulfobactérias hoje em dia.
Nesse caso a fotossíntese se processava como na maioria dos casos atuais, esses seres
eram capazes de, em presença da luz, transformar gás carbônico e água em glicose e gás
oxigênio. A Terra possuía uma grande disponibilidade de água e assim esses ancestrais
das cianobactérias puderam se espalhar pelo planeta.
Essa proliferação foi tão grande que a atmosfera terrestre foi modificada, pelo acumulo
do gás oxigênio produzido nessa reação. Outras condições do ambiente terrestre também
foram modificadas. O oxigênio reagiu com os gases da atmosfera, que oxidou os metais,
os quais passaram a se depositar no fundo dos mares e rios, e reagiu também com os
compostos orgânicos degradando-os, causando um grande impacto ambiental.
Oxigênio e oxidação
Apesar do efeito destruidor do oxigênio algumas formas de vida foram capazes de
sobreviver. Algumas espécies haviam desenvolvido a capacidade de se proteger contra a
oxidação promovida pelo oxigênio. Alguns seres adaptaram-se às novas condições e
passaram a utilizar a oxidação como uma forma de desmontar, quebrar, as moléculas
orgânicas de alimento.
Acredita-se que esse tipo de célula surgiu a partir da células procariontes por alguns
processos e outras organelas celulares, como a mitocôndria e o cloroplasto, surgiram a
partir da invasão de bactérias nas células primitivas e que passaram a viver em no interior
dessas células.
Essas células eucariontes, podem ter passado a viver reunidas em colônias, formando os
primeiros indivíduos pluricelulares (formados por muitas células). Os seres que viviam
em colônias passaram a dividir "o trabalho" para realizar as funções vitais surgiram, e
assim aparecem as diferenciações dos tecidos celulares.
Vários organismos de uma mesma espécie formam uma população. O conjunto formado
pela parte inanimada do ambiente (solo, água atmosfera) e pelos seres vivos das
diferentes populações que ali habitam recebe o nome de ecossistema.