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Índice
4
história
A trajetória sustentável de
sucesso da ACS

5
talentos humanos
As pessoas, tratadas como
patrimônio da empresa

7
responsabilidade social
A força diante da comunidade

8
gestão operacional
As práticas que garantem um
diferencial à parte

9
estratégia
Vamos agregar no ciclo de vida
do cliente?

10
off-shore
O caminho natural, agora, é
rumo ao exterior

11
tecnologia
Como agregar commodity com
expertise?

13
infra-estrutura
A empresa usa o meio
ambiente com inteligência

14
palavra do presidente
O sucesso não acontece por
acaso

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especial
central de atendimento
h i s t ó r i a

A trajetória sustentável de sucesso


da ACS
Com o objetivo de convidar empresas a se instalarem na região, o projeto se transformou em
uma das mais tradicionais e respeitadas empresas de contact center do mundo

O ano era 1996 e a CTBC, respeitando tas, começaram a perguntar: “Por que vocês O desafio de ter pessoal para operar o
os limites de abrangência da política não fazem isso para nós?”, relembra negócio, levou os executivos que lideraram
estatizante de operação, tinha uma capaci- Anselmo. Como o mercado sinalizava com projetos da ACS a importar know how, uma
dade de tráfego muito acima do que o mer- boas perspectivas para a atividade de contact vez que o setor ainda engatinhava. O foco
cado local (Triângulo Mineiro) podia ab- center, os dirigentes resolveram criar cerca era contratar pessoas especializadas nas áre-
sorver. A empresa apostou no Projeto, lide- de 300 posições de atendimento para aten- as técnica, gestão de produtos, tecnologia e
rado por uma equipe que hoje faz parte da der os serviços da American Express. Sur- comercial. “Foi o início de ditar novas nor-
diretoria da empresa, e estimulou um movi- giu então o primeiro cliente e a consolida- mas para o mercado no quesito relaciona-
ção da criação da empresa. mento com o cliente, porque estávamos
Na procura de um lugar apropria- totalmente desprovidos de qualquer tipo de
do para o contact center, encontra- proteção em relação a isso. Quer dizer, os
ram disponível uma área perto de um mecanismos de gestão, portas abertas, qua-
bosque, que acabou virando a sede tro mãos, fomos nós quem trouxemos. En-
da ACS. “Foi um ato de sorte”, lem- quanto os outros contact centers eram
bra, aliviado, Anselmo, que antes muito fechados, ou seja, era uma área quase
havia estado três meses nos EUA proibida aos clientes, a ACS procurou fazer
algo totalmente dife-
rente”, garante Ha-
milton. “A ACS en-
trou no mercado
para realmente que-
brar paradigma e
Acima, início das obras
civis e, ao lado, perfil da hoje todas as nossas
sede da empresa ações são copiadas, o
que o leva a concluir
que foi o começo de
mento para atrair empresas, uma nova era de
com o desenvolvimento re- contact center no
gional. Foi criado então um Brasil”. Para Hamil-
projeto envolvendo as cinco ton, existia uma his-
maiores cidades da região, re- tória de contact
corda-se Anselmo Sanches, center antes da ACS
diretor de operações da ACS. e agora existe outra,
“O objetivo era vender os po- porque além de tra-
tenciais da região para atrair zerem uma forma di-
empresas”. O caminho envol- ferente de gestão, de-
veu parcerias com os poderes políticos, a pesquisando como funcionava uma estru- finiram padrões de qualidade, de capacitação
Prefeitura, o Clube de Diretores Lojistas tura de contact center e também seus for- de pessoas, de serviço e tecnologia. Até en-
(CDL) e universidades. “O projeto final necedores. Em maio de 1998, a ACS se tão nada disso havia”.
foi enviado às duzentas maiores empresas preparava para entrar no mercado e se tor- Hamilton brinca que hoje a moda é a
do Brasil, que tinham o telefone como prin- nar uma das mais avançadas no setor. “Nos concorrência alardear que está construin-
cipal meio de contato com cliente”, lembra educamos muito com nosso primeiro clien- do um prédio “padrão ACS”, por exemplo.
Anselmo. te americano, pois ele tinha e tem uma for- Mas a empresa não pára e já prepara algu-
No primeiro momento, não havia pre- ma diferente de fazer as coisas. O que até mas mudanças na sua plataforma de cresci-
tensão em criar uma empresa especializada então era tido como desperdício - ter duas mento. “Mas sempre voltada para motiva-
em contact center. O objetivo era atrair redes telefônicas, duas fontes de água, duas ção e manutenção da essência do surgi-
companhias para que se instalassem com fontes de energia elétrica, geradores, no mento da companhia. Vamos fazer de tudo
capacidade própria. No entanto, quando o breaks -, passou a ser uma de nossas carac- para mantermos a nossa identidade”, afir-
projeto começou a chegar nas pessoas cer- terísticas de economia”. ma o executivo.

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t a l e n t o s h u m a n o s

As pessoas, tratadas como


patrimônio da empresa
Dos desafios iniciais, surgiu o conceito de capacitação de pessoas, a denominação de Talentos
Humanos e o objetivo de buscar os melhores resultados do mercado

Em busca de novos de- a diretora, é o trabalho no


safios. É assim que a execu- preparo das lideranças, que
tiva Cida Garcia gosta de vai do supervisor ao execu-
resumir o aceite ao convite tivo.”Neste sentido temos
para ingressar em um novo projetos já implantados,
negócio, o mundo do como o trato com as gesti-
contact center. A primeira culações e o cuidado com
grande novidade chegou alguns conteúdos, além de
com a denominação da área um processo de sucessão
que dirige - Talentos Hu- para executivos”, diz a di-
manos. “O começo foi mui- retora.
to interessante, porque O projeto funciona da
eram sete pessoas dentro de seguinte forma: a maioria
uma sala e cada uma ten- dos supervisores é promo-
tando resolver as coisas do vida através de processo
seu jeito. Todo mundo dava seletivo interno. “Nós cha-
palpites”, recorda. A per- mamos isso de Potencial
cepção inicial era de inves- Cida Garcia, diretora de Talentos Humanos Líder, que é uma pessoa
tir no capital humano, com que foi aprovada para ocu-
a responsabilidade de transformá-los em mentando melhorias para facilitar a seleção par determinado cargo e fica em formação
novos talentos e patrimônio da empresa. de talentos, formá-los e motivá-los. para assumir aquelas tarefas. Este Potencial
Na escolha dos primeiros associados, Quando vai ao mercado recrutar seus Líder absorve vários conteúdos até estar apto
como são chamados os funcionários na profissionais, a área de talentos humanos para assumir o cargo”, diz Cida. O novo ta-
Algar, Cida contou com a participação das da ACS, leva em consideração a diversida- lento passa por diversos processos, como o
outras seis pessoas que fundaram a empresa. de – um conceito também diferenciado. conhecimento da central de atendimento e
“Para ter a certeza na escolha do candidato, “Conseguimos reproduzir em casa o mesmo técnicas básica de liderança. Além disso, a
eu olhava para o lado e chamava um dos padrão da sociedade, que tem histórias, ní- área de Talentos Humanos realiza treinamen-
meus companheiros e dizia: “me ajuda a veis sociais e culturais diferentes. Esse é o tos para os candidatos se familiarizarem à fi-
entrevistar este candidato”, assim todos contexto da ACS”, explica, acrescentando losofia de administração, com objetivo de
participaram do processo”, afirma. “Foi uma que o mais prazeroso é que todos convivem averiguar se as suas aptidões estão de acordo
coisa muito pessoal”. Hoje, a companhia em harmonia, apesar de suas particularida- com a cultura da organização. No final, ele
possui 6 mil associados e continua imple- des. Outro ponto a ser destacado, segundo ainda passa por um último e decisivo teste:

Programas para estimular competência, garantir qualidade e capacitar talentos


O Programa de Gestão de Processos ro”, afirma a diretora de TH, Cida Garcia. muito valorizado, existe uma exposição
(PGP) e o Programa de Gestão de Idéias O passo seguinte é garantir a dos projetos e depois, são escolhidos os
(PGI) têm a finalidade de desenvolver a implementação. Neste caso, um profissi- três melhores, levando em consideração
capacidade empreendedora dos associa- onal fica encarregado de colocar em prá- os benefícios que cada um trouxe para a
dos. O PGI, por exemplo, está aberto a tica. Assim que estiver funcionando, o organização, com base na avaliação fi-
qualquer associado da ACS e do grupo autor da idéia é avisado.”Este programa nanceira e no impacto que a implanta-
Algar. Cada gestor de área tem a respon- traz a possibilidade das pessoas serem ção gerou. Para estar entre as melhores
sabilidade de avaliar as idéias que lhe empreendedoras em qualquer nível den- empresas para se trabalhar, Cida diz que
forem encaminhadas. Se um associado da tro da organização”, garante Cida. Se- é conseqüência de todo um processo de
ACS acha que algo deve ser mudado em gundo ela, 95% das idéias sugeridas no gestão e de um formato de tratamento
qualquer empresa do grupo, ele faz a PGP e 15% no PGI são aprovadas. Em de uma visão de empresa. “Para nós, isso
sugestão que será direcionada para uma alguns casos, essas idéias evoluem para o não é o objetivo principal. Eu sei que a
determinada área. Então as possibilida- PGP, principalmente as mais complexas globalização coloca como objetivo, mas
des são avaliadas: aprimorar, estacionar que exigem estrutura mais disciplinar ou para nós tem que ser conseqüência, re-
ou aprovar a idéia. Uma vez aprovada, o precisam de um tempo maior para ser sultado do trabalho bem estruturado”,
associado recebe um prêmio em dinhei- totalmente desenvolvida. O programa é justifica.

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especial
central de atendimento

um bate-papo com a diretoria. “ Só depois


Tratamento diferenciado ao Talento Humano
do diagnóstico, é que concluímos se o candi-
dato está ou não incluído no quadro”, obser- Programas de incentivo também fazem parte da filosofia da ACS. Exemplo disso é
va a executiva. O Potencial Líder leva em o programa de remuneração variável, que permite ao associado receber por ano mais
1,8 do salário, fora 13º e férias, que estão garantidos na CLT (Consolidação das Leis do
torno de 40 dias para concluir o treinamen-
Trabalho). Para a diretora, os benefícios e os incentivos são necessários para que o turn
to. Se for aprovado em todas as baterias, pas- over seja o mais baixo possível. “Treinar uma pessoa para mantê-la numa posição de
sará por mais três meses de avaliação. Só de- atendimento custa caro. Então, não posso dar-me ao luxo de ficar trocando as pessoas
pois assume o cargo de liderança. todos os dias. É preciso que haja uma certa estabilidade no quadro”, comenta. A
O mesmo acontece com o gerente de aposta é que a permanência na operação traga excelência na qualidade do atendi-
mento e redução de custos.
operação. A diferença é que este tem uma “A cada três meses a diretoria pára literalmente para discutir os problemas com os
carga de formação maior. A preocupação ‘talentos humanos’. Durante quatro dias, vários assuntos são colocados em debate,
com a formação deste talento é tão impor- com a finalidade de buscarmos, em conjunto, as soluções para aprimorar o andamento
tante para a ACS, que foi contratada uma do trabalho. Começamos às sete horas da manhã e, se for preciso, vamos até o início da
madrugada. E todos serão ouvidos”, explica Cida.
empresa especializada na formação de exe-
cutivos e gerentes. “Este curso reúne con-
ceito e vivência, em 6 dias de treinamento,
realizado em São Paulo, onde a pessoa fica nadoria executiva é um cargo muito impor- mar etapas, não aceitar desmandos e dar
isolada para discutir características de líder, tante por se tratar de assuntos de diretoria todas as condições necessárias aos talentos
como interagir com a comunidade e com a e, por ter toda uma complexidade, temos humanos para que eles possam se desenvol-
organização”, descreve Cida. Passado por que fazer um trabalho de base, para conse- ver. “Este foi o segredo da ACS. É um dos
esta etapa, o gerente recém-formado vai a guirmos sustentar nossa filosofia e valores”, diferenciais da companhia”, aposta a dire-
campo atuar como aprendiz em uma deter- diz Cida. Segundo ela, se a ACS não tives- tora. O desafio da ACS, com todo este
minada operação. “Esse tempo de aprendiz se implantado este sistema desde o início de movimento de capacitação de talentos é
gira em torno de 6 meses, onde ele é avali- suas atividades, não teria chegado onde está manter a identidade de seus clientes, com
ado in loco. Depois deste processo, sai o hoje. “Uma das explicações para o nosso histórias, culturas e comportamentos dife-
resultado se o gerente está preparado para a rápido crescimento é o conceito de valores. rentes. “Queremos que os associados vis-
função”, garante. As pessoas já chegaram aqui sabendo o que tam a camisa do nosso cliente, porque é
A parte executiva é muito mais com- queríamos e o que esperávamos de cada uma uma colcha de retalhos, feita de vários pe-
plexa. Ela envolve o conteúdo da empresa delas”, comenta. A cultura da empresa é daços de diferentes panos, mas que cobrem
e do grupo Algar. “A função de coorde- estruturada nos seguintes pilares: não quei- o corpo e o protege do frio”.

Cida Garcia, em momento de


descontração com talentos da ACS

Associados durante treinamento

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r e s p o n s a b i l i d a d e s o c i a l

A força diante da comunidade


A companhia cumpre papel social, desenvolve o espírito solidário entre seus associados e
realiza diversas ações de saúde, educação e meio ambiente.

O Brasil deu passos isolado dentro da comunidade ou do País.


largos em direção à evo- A companhia também oferece oportu-
lução do tema responsa- nidade aos seus associados que desejam cur-
bilidade social, como fez sar uma universidade. “Temos convênios
também a ACS que apos- com várias universidades de Uberlândia,
ta na comunidade como onde oferecemos descontos que variam de
forma de diferenciação, 15% a 25% no valor das mensalidades”,
fortalecimento da marca justifica Cida. Há ainda um programa que
e retribuição. Na área de trabalha junto às gestantes de comunida-
educação, a empresa tra- des carentes. As mulheres passam por ori-
balha com a formação de entações gerais sobre o parto, aulas sobre
aleitamento materno, postura físi-
ca, sempre acompanhadas por pro-
fissionais. Segundo Cida, o obje-
tivo daqui para frente é acompa-
Acima, Maesla Carrijo, nhar essas mães também depois que
18 anos, em seu o bebê nasce. “Nossa preocupação
primeiro emprego hoje é que muitas dessas mães são
extremamente carentes e não con-
seguem orientação e informações
suficientes para cuidar dos seus fi-
lhos, e a ACS quer dar uma se-
qüência maior neste programa”, diz
Alunos beneficiados
pelos projetos de Cida. A empresa também incenti-
educação da empresa va o espírito voluntário, como o
programa de formação de porta-
dores de necessidades especiais e
da terceira idade. “Quem atua nos
projetos são associados voluntári-
os. Nós oferecemos a infra-estru-
tura e o material didático. Já os
crianças, professores e pais dos alunos. En- profissionais estão lá porque gostam de aju-
tre os programas estão o incentivo à leitura, dar o próximo”, afirma a executiva.
educação ambiental, aulas de reforço, visi- A área de tecnologia desenvolveu o
tas à empresa e cursos de inclusão digital”, programa de inclusão digital para formar
conta Cida Garcia, diretora de Talentos Hu- pessoas em informática. Através da Funda-
manos. ção Concienciarte e Pastoral do Menor, que
Ela acredita que o segredo para o cresci- cuida de adolescentes carentes, a ACS co-
mento e o fortalecimento da organização meçou assistir há um ano alguns destes ado-
junto à comunidade é “mostrar para as pes- lescentes. “Estes meninos estão participan-
soas que, se o negócio cresce, elas terão tam- do de um programa de formação com dura-
bém um desenvolvimento indireto. É uma ção de seis meses com aulas três vezes por
construção conjunta, desmistificando a idéia semana de atendimento, informática, geo-
Wagner Cardoso, com fácil
acesso ao prédio da ACS
de considerar a empresa como um ponto grafia e português”, salienta Cida.

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especial
central de atendimento
g e s t ã o o p e r a c i o n a l

As práticas que garantem um


diferencial à parte
Mais que atender. A empresa proporciona harmonia entre pessoas, ambiente, processos e
clientes

A área de operação da ACS tem alguns Entre as inovações, para sustentar os ciona da seguinte forma: dentro de cada co-
fatores que a diferenciam. “Um deles é aten- diferenciais, está o Comitê de Associados ordenação existe uma equipe formada por
dermos o cliente e fazer com que ele perce- formado por um grupo de pessoas eleitas talentos de determinadas áreas. Um coorde-
ba um sorriso na voz”, aposta Anselmo pelos próprios associados, com representa- nador de atendimento fica responsável pela
Sanches, diretor de Operações. Outro fator ção similar a um sindicato, mas atuação di- equipe e responde ao diretor de operação.
positivo que faz a diferença é quando o cli- ferente. Estas pessoas tratam diretamente Esse coordenador também faz auditoria.
ente é atendido prontamente, e o proble- com a diretoria os problemas de adminis- “Não só com aspectos de norma, como 9001
ma dele é resolvido logo na primeira vez. tração e de gestão. Gerenciam e identificam e 9002, mas para encontrar oportunidade de
“Mas, há casos em que não é possível resol- os benefícios que as pessoas desejam, traba- melhoria para a organização. Afinal, é mais
ver de primeira, o que mostra a necessidade lham em parceria com a diretoria de Talen- fácil nós encontrarmos um erro do que um
de trabalharmos para melhorar”, pondera. tos Humanos (TH) para definir políticas auditor externo”. Há ainda o gestor do ne-
Quando a empresa está em negociação de salários e incentivo – e também negoci- gócio, responsável por manter contato com
com um novo parceiro e o contrato está em am junto aos sindicatos. “Queremos con- o cliente e renegociar contrato, verificar
fase de formatação, a equipe vai a campo e duzir esse grupo para fazer a co-gestão da novas demandas, fazer cancelamentos e in-
escreve os procedimentos. Faz um skill do empresa ao lado da diretoria”, explica serir algo novo no contrato, o gestor finan-
atendente, traça um script, desenha os pro- Anselmo Sanches. ceiro, o facilitador de talentos humanos e o
cessos, faz um fluxograma e identifica os gar- Outro Comitê, o Comitê de Gestão, que gerente de projetos, que cuida dos assuntos
galos. E, ainda, quando o cliente permite, a pode desenhar e interferir nos processos, fun- referentes à tecnologia.
ACS entra na organização para
conhecer detalhes dos proces-
sos, sugerindo, inclusive, me-
lhorias. “Às vezes, é inviável,
mas queremos sempre dar um
passo maior. Queremos fazer
mais do que atender. Alguns en-
tendem esse diferencial e per-
mitem que interfiramos nos
processos, o que facilita a opera-
ção”, diz Anselmo.
A harmonia da operação é
outro diferencial. ”Para man-
ter um ambiente agradável e de
cooperação mútua, é preciso ter
uma boa política de Talentos
Humanos, uma boa situação de
tecnologia e uma boa gestão
operacional”, ensina Anselmo.
Esses diferenciais têm uma im-
portância estratégica primordi-
al, porque o mercado está bas-
tante concorrido e competiti-
vo, comenta Anselmo. Vista parcial de um dos sites de atendimento da ACS

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e s t r a t é g i a

Vamos agregar no ciclo de vida do


cliente?
O desafio é crescer mantendo os mesmos conceitos e filosofias que dão base e consolidam a
cultura corporativa que conquistam o cenário mundial

Crescer, sim, mas em que condições? O empresarial e a filosofia operacional, Hamil-


desafio que a ACS administra antes de che- ton reforça a postura da cautela. A explica-
gar à área comercial e transformar-se em ção é que a atividade, que gera a média de
metas, passa pela infra-estrutura tecnológica, 500 mil empregos diretos precisa capacitar
processos e principalmente pela capacidade pessoas para todas as áreas empresariais, da
em gerar talentos suficientes para sustentar operação aos níveis mais altos. “Hoje a for-
o crescimento estável e a satisfação do cli- mação de talentos humanos de primeira, se-
ente. O principal desafio para a área é en- gunda e terceira gestão é muito demorada,
trar cada vez mais no ciclo de vida do clien- um obstáculo para o crescimento estruturado
te de seus clientes. das empresas. Formar pessoas do jeito que
Hamilton Reis, diretor comercial e de você quer, tem que ser dentro da empresa e
marketing da ACS, aposta que o mercado isso requer tempo”, pondera.
não deve crescer mais de 10%, este ano. O perigo é a empresa se precipitar e vir
Os motivos, para ele, são que o setor fi- a utilizar o talento sem a formação adequa-
nanceiro, um segmento que demanda ser- da, o que pode chegar a comprometer a
viços, e a área de telecom continuarão em qualidade do serviço. “E a ACS não abre
expansão, mas as outras não seguirão o mão da qualidade. Operamos com patama-
Hamilton Reis, diretor comercial e de
mesmo ritmo, apesar dos indicadores eco- res de preço totalmente nivelados e o clien-
marketing nômicos apontarem para um crescimento te tem que sentir e saber que a nossa quali-
do PIB acima dos 3,5%, este ano. Enquan- dade faz a diferença”, diz o executivo, acres-
to as operadoras de telecom praticamente centando que a meta é oferecer ao cliente o
apostaram na terceirização para focar os melhor atendimento. “Servir de parâmetro
investimentos em infra-estrutura, e já se para os outros não serve. O nosso parâmetro
estabilizaram, outros segmentos convivem somos nós mesmos”, arremata. “Temos
com questões internas e não terceiriza áre- know how para permitir aos clientes gerir a
as que não estão diretamente ligadas ao operação à distância. Para que eles possam
business, como help desk, cobrança, atua- ter um contato, não somente físico, mas
lização da base de dados, agendamentos, que possam ver, ouvir e falar a partir de sua
etc. Hamilton aposta que a maioria das mesa, sem haver a necessidade de ir até a
empresas de contact center garantem um central. Há uma certa resistência em rela-
crescimento natural, otimizando os negó- ção a essa questão, mas estamos conseguin-
cios com os clientes que já estão em casa. do quebrá-la muito facilmente”, explica o
“Se o mercado se mantiver assim até o fi- diretor. Hamilton brinca que “a ACS se
nal do ano, deve chegar a uma taxa média vende por si só”. Levando o possível clien-
de crescimento de 8%”, aposta. te à operação, a estratégia mais utilizada, é
A empresa, de acordo com Hamilton, fácil mostrar “uma série de coisas que nós
cresce cerca de 20% ao ano desde a funda- temos e que ele tem que sentir e ver. É pre-
ção, em 1999, em número de PA’s. Um rit- ciso verificar o semblante das pessoas traba-
mo bem maior que o mercado dos EUA, lhando, conversar e sentir a vontade de
com índice anual de 3%. “Em compensação, fazer as coisas bem feitas, o brilho nos olhos
a geração de divisas em função da atividade e o amor dedicado àquela função, enfim, o
por lá, sobe absurdamente”, explica. Mas, cliente tem que vir aqui”, diz Hamilton. “O
em vez de crescer comprometendo a cultura resultado comercial é natural”, aposta.

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especial
central de atendimento
o f f - s h o r e

O caminho natural, agora, é rumo


ao exterior
O modelo de negócio desenhado, com expertise internacional, foi o primeiro passo para a ACS
consolidar a estratégia mundial
Apesar do modelo de ne- operação off-shore no seu pla-
gócio da ACS partir de referên- nejamento estratégico. Mais
cias internacionais, na prática uma vez, coube a José Eduardo
a empresa optou no final de assumir a dianteira de um novo
2003 por criar uma estratégia projeto. Em agosto de 2003, o
off-shore. Menos de um ano executivo viajou a Chicago,
depois, lidera o modelo no País para iniciar contatos através do
e contabiliza quatro clientes e ICCM, que culminaram no fe-
um grupo de 50 atendentes bi- chamento de três contratos, e
língües. Mas por que a compa- renderam alguns frutos. Ape-
nhia só em 2003 decidiu pres- sar de ainda ser um mercado
tar serviço para o exterior? incipiente, a ACS acredita que
“Porque até 2001 estávamos a operação para o exterior tra-
numa fase de consolidação no rá bom retorno financeiro. “Se
mercado interno. Tivemos um praticarmos as margens ade-
crescimento rápido e, além dis- O diferencial na operação off-shore quadas, oferecermos um bom
so, a demanda do mercado bra- serviço, vamos competir de
sileiro estava muito forte. Não dava tempo Numa dessas visitas surgiu o assunto. O igual para igual no mercado mundial”, aposta
nem de pensar nessa possibilidade”, explica motivo: as companhias daquele país esta- José Eduardo.
o consultor de assuntos internacionais, José vam procurando opções de menores custos Com relação aos preços praticados no
Eduardo Ribeiro Lima. para seus clientes e perceberam no off-shore, exterior, o Brasil leva vantagens sobre paí-
Na época, a empresa passava por um uma grande alternativa. Nascia aí um pré- ses como, Canadá, Irlanda, Filipinas, Áfri-
completo processo de estruturação, como o projeto. Depois deste intercâmbio, os ir- ca do Sul, México e alguns países do Caribe
fortalecimento das áreas e a criação das di- landeses vieram ao Brasil no começo de e da América Central. No entanto, não
retorias e das coordenações. “Com a base 2003 para conhecer a estrutura da empresa consegue competir com China e Índia, por
montada, começamos realmente a pensar brasileira e validar o projeto. José Eduardo exemplo. “Mas dentro da Índia, já há com-
em um planejamento mais seletivo. Foi na- foi designado para liderar a iniciativa. panhias que cobram preços globais de mer-
tural chegarmos à conclusão de que off-shore O desenvolvimento do projeto durou cado. Porém devemos levar em considera-
é uma tendência do mercado”, completa seis meses. Só que o cliente recebeu propos- ção o fator qualidade do atendimento tam-
José Eduardo. Hoje a companhia dispõe de tas de mais de 40 empresas de contact center bém”, salienta o consultor. Para ele, o Bra-
um parque tecnológico high end que, a par- do mundo inteiro e, mesmo ficando entre as sil já é referência mundial.
tir de Uberlândia, pode atender clientes do três melhores, acabamos perdendo para uma
Brasil e do mundo como se estivesse empresa da Índia”, lembra José Eduardo. Para Preço? O Brasil tem outros muitos
lá.”Estamos neste estágio avançado graças a ACS, a experiência foi válida, pois confir- diferenciais...
ao nosso primeiro cliente, que exigiu uma mou que a vantagem da Índia neste mercado O Brasil tem hoje o terceiro maior mer-
modelação internacional com pré-requisi- era apenas uma: preço. “Apesar de não ter cado de contact center do mundo em nú-
tos altamente apurados. Eles nos ensina- conquistado a operação, nos alegramos bas- mero de posições de atendimento e pesso-
ram muito”, reconhece José Eduardo. tante, porque ficou provado que teríamos as. São aproximadamente 220 mil PA´s e
No final de 2002, um diretor financei- condições de prestar serviço para empresas mais de meio milhão de funcionários, atrás
ro da companhia viajou para participar de de qualquer lugar do planeta. Demonstra- apenas dos EUA e da Inglaterra. “Temos
algumas atividades acadêmicas na Irlanda mos que tínhamos todos os requisitos exigi- um expertise muito grande. Nossa atividade
do Norte, importante centro de contact dos, tanto de tecnologia e operação, quanto é de qualidade evoluída e, além do mais,
center. Lá, visitou algumas empresas com de pessoal”, contenta-se. temos boas práticas”, afirma. Ele também
objetivo de identificar oportunidades e pos- Foi a experiência necessária para a ACS destaca a já reconhecida capacidade do bra-
síveis melhorias para adaptá-las à ACS. se estruturar e considerar com mais ênfase a sileiro em lidar com situações adversas, como

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t e c n o l o g i a
reclamações por parte do cliente, que nor-
malmente permeia o segmento. “Nós brasi-
leiros também levamos vantagens em fun-
Como agregar
ção da mobilidade e da flexibilidade. Além
disso, nosso nível cultural está bem mais
próximo dos EUA - maior economia do
mundo - do que a Índia, por exemplo”,
commodity com
enfatiza. Na avaliação de José Eduardo, o
País desfruta de uma excelente infra-estru-
tura do ponto de vista das telecomunica-
expertise?
ções e energia. “Tudo isso pode ser apresen-
tado às empresas estrangeiras como diferen-
ciais na hora de fechar um contrato off- “Ter equipamentos de primeira linha não é vantagem
shore”, conclui. nenhuma se não existe estrutura para tirar o máximo dele”, diz
Outro diferencial está ligado à questão
o coordenador de tecnologia da ACS, Anfrísio Souza Junior
do idioma. “Temos a capacidade de sermos
multilíngües. As pessoas aqui, além do in-
glês, falam espanhol, francês, italiano, ale-
mão e japonês, diferentemente dos outros “Tecnologia no segmento contact sob medida para entender o que o cliente
países. Por exemplo, na Índia as pessoas só center é commodity. Mas é fácil reconhecer precisa para, depois, apontar o caminho. Ou
falam inglês - se partir para outro idioma e reafirmar para uma empresa que nasceu a seja, qual a solução que melhor se acomoda
terá grandes dificuldades. Na América do partir de uma modelagem internacional, se ao negócio dele”, diz Anfrísio. Essa estraté-
Sul, fala-se espanhol e o inglês, mas todos tratar de uma obrigação de qualquer com- gia visa identificar oportunidades.
os povos têm dificuldade com o português - panhia que atue no setor e queira ter uma Apoio estratégico - A área de pré-ven-
uma das 20 línguas mais faladas do mundo. infra-estrutura de ponta para atender cli- das trabalha em parceria com a de TI, por ter
Então tudo isso coloca o Brasil em vanta- entes”. A afirmação é de Anfrísio Souza um foco muito técnico. Entender a necessi-
gem”, aposta José Eduardo. Segundo ele, as Junior, coordenador de tecnologia da ACS. dade do cliente é importante, mas ao mesmo
oportunidades off-shore são muito grandes O grande desafio de quem opera a tecnologia tempo o profissional tem que ter expertise
e o País que conseguir mostrar capacidade e é transformá-la em benefício. Ter um equi- para saber linkar com o tipo de solução que
competência “vai conseguir um pedaço des- pamento de ponta é algo extremamente im- será usada. “Identificada a oportunidade para
se bolo, que é enorme”, completa. portante? Não necessariamente. Depende desenvolver um sistema, por exemplo, há
Mas, ele acha que o Brasil dificilmente se isso vai dar condição de se prestar um uma interação com a área, que levanta os
terá um mercado off-shore igual ao da Chi- serviço melhor. “Ter uma infra-estrutura de requerimentos e os custos, formata e depois
na, maior País do mundo, em extensão primeira linha não é vantagem nenhuma, envia ao cliente, que decide pela aprovação.
territorial e em população, que vem cres- se não se consegue tirar o máximo proveito Uma vez aprovado, esse requerimento volta
cendo cerca de 10% ao ano desde o começo deles”, diz Anfrísio. para implementação, que é feito no contact
da década de 80. Tampouco conseguirá ul- A empresa consegue ter uma operação center pela gerência de projetos”, afirma
trapassar a Índia, que há alguns anos vem com alta produtividade, informações Anfrísio. A partir daí, as ações começam a
crescendo a taxas médias de 6,5% anual- gerenciais precisas e disponíveis por 24 ho- ser distribuídas entre as áreas de TI, Talentos
mente, ao passo que o Brasil não passa de ras, ininterruptamente. “Estes são os bene- Humanos, e assim por diante. Até chegar a
2%. Mas se por um lado não vamos ser os fícios que a tecnologia traz e agrega ao ne- etapa final, quando é entregue à equipe de
líderes, não vamos estar tão vulneráveis ao gócio do cliente. Não adianta nada falar- atendimento para dar início à operação.
mercado externo quanto eles. “O Brasil é mos de uma lista infindável de equipamen- A tecnologia da ACS é forte e acres-
auto-suficiente no mercado doméstico de tos, embora para algumas pessoas possa pa- centa resultados positivos, porque tem uma
contact center e sempre vai ser grande e recer importante”, diz. Por isso, para excelente infra-estrutura que garante níveis
fortalecido. Esse negócio de ter operações disponibilizar a melhor tecnologia para o de serviço para os clientes. “Não tenho re-
off-shore é mais no sentido estratégico de cliente, é preciso descobrir suas necessida- ceio em afirmar que o nosso data center
expansão do mercado e busca de inovações. des específicas. talvez seja o mais estruturado do mercado
Mas o sucesso ou não, não vai afetar os Ao contrário do que muitos apregoam, de contact center. Por exemplo, se você
negócios de nenhuma empresa brasileira”, a escolha da tecnologia tem que partir da tem um servidor road road e uma plataforma
explica José Eduardo, acrescentado que há necessidade da operação, não o contrário. CRM, necessariamente aquele servidor pre-
companhias na Argentina que atuam 100% Isso, segundo Anfrísio, chama-se abordagem cisa estar em um ambiente de alta disponi-
com operação off-shore e, assim como as mercadológica. É a forma que a ACS traba- bilidade, porque são dois servidores, no
empresas da Índia, China e demais países, lha, tendo uma equipe de pré-vendas que mínimo, funcionando em um regime de
estarão sujeitas às intempéries do turbulen- vai ao cliente entender claramente o que ele balanceamento de contingência. Se um ser-
to mercado globalizado. deseja. “Elaboramos um pré-projeto técnico vidor parar o outro assume, instantanea-

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especial
central de atendimento

mente. E todo o data center da ACS tem gue resolver o problema do cliente no pri- Entender bem o negócio do cliente é
essa concepção”, garante Anfrísio, acres- meiro contato em 90% dos casos. Um uma forma de entregar para ele soluções mais
centando que a infra-estrutura da compa- software especializado permite isso, elimi- customizadas, que realmente atendam as ne-
nhia é completamente voltada para um nando a necessidade de deslocar um técni- cessidades de cada um, segundo suas peculi-
ambiente seguro e de alta disponibilidade. co ao local. Só quando se trata de um pro- aridades. Por isso, o Comitê de Gestão foi
Há ainda soluções de storage, um servi- blema realmente extremo é que o profissio- criado. Mas aonde a tecnologia neste caso
dor de armazenamento de alta confiabi- nal vai pessoalmente. “Essa condição de está inserida? O profissional tem a respon-
lidade e disponibilidade. “Temos total se- operação tecnológica é extremamente in- sabilidade de procurar oportunidades a todo
gurança em guardar informações e auto- teressante, com índices comparados a pa- momento. Exemplo: se uma determinada
mação no processo de back up. Toda nossa drões mundiais. Se nos comparamos com operação demora em média quatro minutos
infra-estrutura tecnológica é sempre pensa- empresas especializadas de TI, eu asseguro para ser finalizada, ele busca alternativas para
da no sentido de garantir disponibilidade, que a nossa operação é tão boa ou até me- tentar reduzir tal operação para dois minu-
contingência, etc”, afirma Anfrísio. Outro lhor que a deles”, diz. tos, implementando alguma solução tecno-
diferencial, em termo de infra-estrutura, é o lógica. “Para conseguirmos chegar a esta so-
fato de se gerenciar muito bem esse ambi- Expertise - O staff da empresa é com- lução, colocamos um analista de negócio
ente através de uma sala toda equipada, de posto por cerca de 150 pessoas, contando junto com o ponto focal de tecnologia para
onde é possível acompanhar passo a passo com a área de pré-venda, atuando em um implementar as novidades. Esta organiza-
os programas e detectar rapidamente situa- universo aproximadamente de quatro mil ção por cliente, com uma figura de tecno-
ções de anormalidades. “Na eventualidade PA’s. “Se fizermos uma comparação do ín- logia prospectando inovações, leva a um
de um servidor precipitar uma situação crí- dice per capita junto aos nossos concorren- desenvolvimento customizado e, conse-
tica e o seu processamento se eleva, de ma- tes – no valor de staff de TI ou por PA’s ou qüentemente, a um tempo de resposta me-
neira que possa a qualquer momento dar quantidade de operadores –, percebemos que lhor”, acredita Anfrísio.
um crash e causar indisponibilidade para o temos um índice extremamente alto. Por- As áreas de TI, de forma geral, têm um
nosso cliente, o sistema consegue detectar que aqui, os custos de TI são muito mais certo estereótipo extremamente resistentes
a possibilidade e corrigi-la antes que ela acon- altos se comparado as outras empresas. Por e enxergam muito pouco o lado do cliente,
teça, numa ação próativa”, explica. quê? Porque a tecnologia realmente é parte além de serem consideradas reativas. Para
Segundo Anfrísio, o help desk conse- importante do negócio”, finaliza Anfrísio. mudar essa visão, a ACS procura focar os
analistas de sistema den-
tro de suas áreas de ope-
rações, o que traz mais
flexibilidade e menor
tempo de respostas.
“Quando você foca esse
problema, consegue
otimizar o serviço”, ga-
rante Anfrísio.
Outro fator que a
ACS se orgulha, é ter à
disposição um time de
profissionais altamente
qualificados na área de TI.
“Cerca de 60% das pesso-
as que trabalham no setor
de tecnologia da ACS
tem alguma certificação.
No mercado local, para se
ter uma idéia, nós somos
disparados a empresa que
mais tem pessoas com
certificação”, afirma
Data center da ACS
Anfrísio.

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i n f r a - e s t r u t u r a

A empresa usa o meio ambiente


com inteligência
Especialização, automatização, contingência e controle, garantem atendimento 24 horas por
dia, sete dias por semana
Um prédio inteligente, que não pode trutura, Egídio Roveda Mendonça. São dois do número da matrícula ou nome do associ-
parar nunca, assim pode ser definida a infra- reservatórios de aproximadamente 240 mil ado, consulta o sistema para encontrá-lo. A
estrutura predial da ACS que engloba toda a litros cada um, com normas rígidas de con- preocupação do ambiente de trabalho chega
estrutura civil, as instalações elétricas, for- trole de qualidade. Outra preocupação é com à limpeza, jardinagem e controle de pragas
ros, carpetes, piso, geradores, no breaks e a energia. Para isso, a empresa desenvolveu até ao transporte do pessoal, com a
tratamento de água. Aliás, o limite da efici- um prédio inteligente, completamente disponibilização de vans em horários que o
ência da empresa chega ao ponto de trans- automatizado que permite o controle de cin- transporte coletivo não cobre.
formar a concessionária de água em contin- co geradores dimensionados e interligados. Com os olhos voltados ao meio ambi-
gência, lembra o coordenador de infra-es- Além deles, a ACS conta com a energia da ente, toda a operação utiliza lâmpadas de
rede pública. A automatização che- alto rendimento que têm baixo consumo
ga ao controle e monitoramento das de energia. Além disso, o site foi planejado
pessoas dentro dos ambientes por área, o que permite concentrar as pes-
operacionais, acendendo luz, tem- soas num determinado lugar para economi-
peratura das salas para o uso racional zar energia. O Data Center é outro exem-
de ar-condicionado e controle de plo da política de inteligência predial. Com
acesso. Há ainda cerca de 70 câmeras um controle integrado, o sistema identifica
de TV e mais de 100 pontos de con- a chegada de pessoas, acende e apaga as lu-
trole de acesso permitindo mapea- zes automaticamente.
mento total da empresa. O controle Este nível de especialização faz com que
está tão avançado que permite a lo- a ACS esteja praticamente 100% disponí-
calização de qualquer associado den- vel, para garantir ao cliente que sua opera-
tro das instalações acionando a cen- ção funcione 24 horas por dia, sete dias por
tral de atendimento, que, por meio semana.

O equilíbrio perfeito entre a


organização e a utilização
do meio ambiente

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especial
central de atendimento
p a l a v r a d o p r e s i d e n t e

O sucesso não acontece por acaso

“Call centers criam mais empregos que dores de necessidades especiais. E foram es-
montadoras”. Li recentemente essa frase e sas ações que colocou a ACS há cinco anos
não hesitei em concordar. Realmente o consecutivos entre as 100 Melhores Em-
mercado de contact center tem crescido em presas para Trabalhar no Brasil.
grande escala com resultados surpreenden- A ACS desenvolveu uma consciência
tes se comparado a outros setores da econo- ambiental e multiplicadora dos conceitos e
mia. Dados da Associação Brasileira de ações de cidadania. Suas ações sociais e de
Telemarketing (ABT) apontam que até voluntariado começam no ambiente inter-
hoje foram gerados 500 mil empregos no no com os associados e seus familiares e se
setor, sendo que 45% deles destinados ao consolida na comunidade através de proje-
primeiro emprego, e expectativa de 55 mil to sociais que são conduzidos em parceria
novas vagas até o final deste ano, o que com o Instituto Algar de Responsabilida-
comprova ainda mais a ebulição do setor. de Social.
Com a ACS não é diferente. Estamos Com a comunidade local o feedback é
comemorando 5 anos de operação com re- animador. Hoje somos percebidos como
sultados acima do esperado. De 1998 até uma grande geradora de empregos e preo-
hoje criamos 5.700 empregos diretos (so- cupada com o desenvolvimento social da
mos os maiores empregadores de Uberlân- região. Empregamos 5% da força de traba-
*Divino Sebastião de Souza, dia), 8.000 empregos indiretos e fatura- lho economicamente ativa da cidade de
Diretor Superintendente da ACS,
contact center da Algar
mento de R$ 71 milhões em 2003. Além Uberlândia e atuamos fortemente em ques-
disso, ACS foi responsável por colocar o tões de inclusão social através da qualifica-
Brasil, pela primeira vez, na rota mundial ção e formação de pessoas com cursos de
de países procurados para a terceirização de capacitação para jovens em situação de ris-
serviços de atendimento ao cliente. E é por co social, pessoas da melhor idade (acima
essas e outras razões que estamos sempre em dos 40 anos) e portadores de necessidades
busca do melhor. especiais. Pretendemos contratar até o fi-
Assim como todas as grandes empresas nal do ano pelo menos mais 1000 pessoas.
de contact center do Brasil, estamos equi- A inovação é uma busca constante, as-
pados com tecnologia de ponta, mas as pes- sim como a evolução e mudanças. Um
soas sempre foram o nosso principal foco. E contact center tem que ser dinâmico e ágil
quando falamos em pessoas, não estamos e é assim que trabalhamos. Um exemplo é a
apenas nos referindo aos associados - como operação off-shore que implantamos em ape-
são chamados os funcionários no grupo nas 20 horas, a partir da solicitação do cli-
Algar -, mas também à comunidade na qual ente, análise das necessidades, busca de
estamos inseridos. A preocupação com nos- talentos, treinamento até implantar o aten-
sos associados começou já no planejamen- dimento. Em 2003, fechamos três contra-
to do prédio, que nasceu com todos as con- tos off-shore e novos clientes no Brasil.
dições estruturais para que a ACS pudesse Pretendemos continuar crescendo e
adotar uma política de recrutamento e sele- gerando cada vez mais empregos. Temos
ção da qual a empresa sente um profundo muitos planos, mas o primeiro deles, é con-
orgulho: a contratação de jovens em seu 1º tinuar com o que já fazemos: valorizar as
emprego, pessoas da terceira idade e porta- pessoas, desenvolvê-las e inovar sempre.

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